sexta-feira, 17 de maio de 2024

Honestidade emocional

Honestidade emocional

Hammed



"(...) no estado de enfermidade, o cérebro está sempre mais ou menos enfraquecido, não existe equilíbrio entre todos os órgãos, alguns somente conservam sua atividade, enquanto que outros estão de alguma sorte paralisados; daí a permanência de certas imagens que não são mais apagadas, como no estado normal, pelas preocupações da vida exterior. Aí está a verdadeira alucinação e a causa primeira das ideias fixas".  (O Livro dos Médiuns 2ª Parte, cap. VI, item 113.)
Um indivíduo em estado de fixação mental nada vê, nada ouve, nada sente ou nada percebe além da pessoa, objeto ou fato a que sua mente cristalizada se prendeu.

A fixação mental pode perdurar por séculos, ou seja, por diversas encarnações. A alma se isola do mundo externo, passando a visualizar unicamente o centro do desequilíbrio, permanecendo paralisada, dominada por ocorrências ou fatos aflitivos, recentes ou remotos.

Trata-se de uma verdadeira tortura mental sobre a qual o enfermo não tem nenhum controle. A fronte pensadora mantém um diálogo ininterrupto: vive em constante conversa de si para consigo mesmo.

A mente se fixa em determinada criatura ou acontecimento e fica incapaz de evitar que os pensamentos, as discussões e as palavras continuem girando sem parar. O mundo mental se torna hiperativo; repete o mesmo problema muitas vezes, levando a criatura à fadiga, acompanhada de uma sensação de cabeça pesada e de sobrecarga íntima.

A perturbação interior pode imobilizar-nos por tempo incalculável entre os fios de sua "textura de escuridão". A alma infeliz se faz prisioneira não só de inimigos externos, mas, sobretudo, dos mais ferrenhos inimigos: os internos.

Indivíduos doentes contemplam tão somente, e por largo tempo, as aflitivas criações mentais deles mesmos, ficando obstruída a possibilidade de observarem novas e edificantes paisagens de desenvolvimento e crescimento espiritual. São processos de monoideísmo, verdadeiros estados mentais alucinatórios, em que vivem isolados em circuitos fechados. São aprisionados nos próprios painéis íntimos e justapostos às criaturas afins, desencarnadas ou não, coagulando ou materializando imagens repetidas por associação individual e espontânea.

Reservados, insociáveis, carrancudos, tímidos, envergonhados, superssensíveis e desprovidos de humor, eis as características mais frequentes desses indivíduos.

Na mansão do pensamento, o raciocínio emite as ordens, mas é o sentimento que guia. A pessoa que não consegue aproximar-se dos outros e expressar suas emoções cria uma aversão à afetividade; reduz cada vez mais sua capacidade amorosa, tornando-se indiferente e apática.

As criaturas desenvolvem um "mecanismo de distância", isto é, cultivam um "isolamento alucinatório". Vivem numa espécie de desonestidade emocional, criando um afastamento não apenas do mundo, mas também de si mesmas.

"(...) a permanência de certas imagens que não são mais apagadas, como no estado normal, pelas preocupações da vida exterior (...)" e "(...) a verdadeira alucinação e a causa primeira das ideias fixas (...)" podem estar potencialmente ligadas ao fato de não expressarmos nossos sentimentos ou emoções.

Criamos um bloqueio mental e/ou emocional, separando o nosso horizonte contextual e o nosso conteúdo sentimental, o que resulta na perda do verdadeiro significado de nosso mundo afetivo.

Estar com medo ou negar o que sentimos pode nos levar a uma situação que provoca alucinação. A criatura não consegue resolver-se, por ignorar suas reações emocionais, nem mexer-se, porque se autodistrai, criando uma ideia fixa que a mantém imobilizada ou paralisada intimamente.

Aprender a identificar o que estamos sentindo é um desafio que podemos dominar, mas não nos tornamos especialistas da noite para o dia. Ignorar as sensações não faz com que os sentimentos desapareçam.

Muitos de nós tentamos nos convencer de que não devemos entrar em contato com nossos sentimentos; ficamos hábeis em seguir as regras do "não sinto nada" ou "não devo sentir isso". De todas as proibições que tivemos, essas talvez sejam as regras mais duradouras e persistentes em nosso mecanismo mental.

Precisamos deixar um espaço para trabalhar nossos sentimentos e emoções. Somos seres humanos, não marionetes.

Quem somos, como amadurecemos, como vivemos e como crescemos, tudo está intimamente interligado com nossa área emocional - uma parte preciosa de nós mesmos. Realmente temos sentimentos, às vezes difíceis e problemáticos, outras vezes explosivos, que precisam ser reelaborados ou transformados. Não precisamos reprimi-los rigidamente, nem permitir que eles nos controlem ou nos imponham atos e atitudes. Lembremo-nos de que apenas podemos nos redimir até onde conseguimos nos perceber, ou seja, até onde nos permitirmos sentir.

Como nos reformar, se evitamos constantemente nossas sensações? Muitos de nós ficamos longo tempo ligados na negação. A "negação" é considerada um mecanismo de defesa que nos protege até que possamos ficar equipados para lidar com os fatos da vida, dentro e fora de nós. Mas não devemos passar muito tempo negando a realidade.

A alucinação ou a ideia fixa, tanto consciente quanto inconsciente, limita a nossa liberdade de ação nas atividades mediúnicas, como também nos diversos setores da vida. Toda ilusão deixa a criatura obcecada, e não admitir o que se sente é uma forma de autoilusão. Para não ficarmos enredados nas malhas da fixação mental, precisamos entrar em contato com o "chão da realidade".

A cura definitiva para esse tipo de mal é aprimorar nossos sentimentos e abrandar nosso coração, identificando com atenção as reações interiores e transformando-as para melhor.

A Vida Maior não tenta distanciar o homem da Natureza, mas facilitar sua conexão com ela. Portanto, mais cedo ou mais tarde, o homem terá de voltar à naturalidade da vida, destruindo gradativamente os excessos do formalismo social e religioso e os exageros do artificialismo das convenções, que contrariam as leis naturais e, por consequência, geram conflitos ilusórios e perturbação íntima.

A edificação da paz no reino interior se estabelece em nós definitivamente quando começamos a cultivar a "honestidade emocional" em todas as nossas relações, com nós mesmos ou com os outros.

Hammed por Francisco do Espírito Santo Neto do livro:
A imensidão dos Sentidos

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quinta-feira, 16 de maio de 2024

Dádivas

Dádivas

Eros



À porta do templo faustoso a caravana estacionou, e do palanquim armado sobre o dorso do elefante adornado de seda e pedras preciosas, o marajá desceu com pompa, ao som de clarins e rufar de tambores.

Um imenso tapete vermelho alongou-se coberto de pétalas de rosas perfumadas desde a porta de entrada até ao altar, onde a estátua do Mestre imobilizado, apresentava a face em pedra silenciosa, enigmática.

Passo a passo, o dominador avançou até aos degraus de mármore que davam acesso aos pés do Senhor.

Curvando-se, em profunda reverência, desdobrou precioso tecido de veludo e retirou rutilante gema, que depositou no lugar enflorescido com lótus de brancura invulgar, exclamando:

- Eis a minha oferenda, Senhor! É a maior gota de sangue da terra ferida, este rubi lapidado e misterioso. Brindo-o a Ti, Triunfador glorioso, homenageando a Tua magnanimidade.

Dos turíbulos de prata e ouro evolavam os perfumes do incenso e da mirra, que bailavam no ar em fios de fumaça leve.

No silêncio dominador, deslumbrado e submisso ante a grandiosa figura, teve, porém, a impressão que a estátua monumental oscilou, e da pedra marrom salpicada de brilhantes e esmeraldas, se destacou uma forma luminosa, que se condensava e, descendo com majestade, tomou a pedra preciosa nas mãos e devolveu-a ao doador, redarguindo:

- Por quê me devolves aquilo que já me pertence? Esqueces-te que eu sou o Senhor da Vida, e que tudo que existe é de minha propriedade? Por que me homenageias, a mim que não necessito de nada?

E ante o assombro do soberano, prosseguiu, com severidade:

- Concedi-te posição social e fortuna, poder e vida, para que distribuísses em meu nome, todo o excesso que te chegasse. Quando, porém, te visitei e pedi-te algo, me negaste. Por quê agora me queres ofertar algo, que não é de tua propriedade?

Quase, sem voz, o marajá inquiriu:

- Quando me buscaste, que não me lembro, e eu não Te atendi.

- No dia em que uma viúva na miséria foi ter contigo, e antes de ouvi-la a expulsaste do palácio; noutra vez, quando uma criança maltrapilha e esquálida, veio correndo no teu séquito para suplicar-te ajuda, e mandaste enxotá-la, mesmo sem a ouvir; e por fim, quando um enfermo esfaimado te estendeu a mão imunda rogando-te a ajuda de uma migalha, e viraste o rosto com soberba e escárnio...

Era sempre eu que mudava de aparência, para testar-te os sentimentos, batendo à porta do teu coração vestido de necessidade e de sofrimento... e não me recebeste.

Leva tua gota de sangue da terra e transforma-a em paz, esperança, alegria de viver e saúde para os teus irmãos, os párias, esquecidos e malsinados, e não me apareças enquanto não os atendas no seu mundo de misérias, onde certamente me encontrarás...

O marajá empalideceu e desmaiou.

Levado, às pressas, ao seu palácio, delirou em febre, e, ao recuperar a saúde, parecendo haver enlouquecido na opinião de muitos, abandonou o trono, distribuiu tudo quanto possuía, e, depois, deu-se totalmente ao seu Senhor, que encontrara nos guetos e favelas da desolação humana.

Eros por Divaldo Franco do livro:
A busca da perfeição

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Conceitos e princípios

Conceitos e princípios

Deolindo Amorim



Os conceitos humanos são considerados, em grande parte, segundo os pontos de vista de quem os interpreta. Cada conceito, dentro de um ângulo de visão, tem um valor próprio, de acordo com as diversas concepções de vida. O conceito de verdade, que é muito subjetivo, toma sentidos muito diferentes, conforme os contextos em que esteja situado. A verdade, para um filósofo, tem aspectos ou sutilezas que o homem de espírito muito pragmático não pode apreender, justamente porque está habituado a ver tudo pelo prisma concreto e imediato. A visão do místico, do homem que vive mais para o espírito não coincide com a visão objetiva do homem de laboratório. O conceito de honra, para um indivíduo depravado, não tem o mesmo peso, o mesmo sentido de nobreza moral desse mesmo conceito, quando considerado por um homem de bem. O conceito de amor, para uma criatura dissoluta, não tem a significação de amor entendido em termos de espiritualidade, do amor cultivado pelas pessoas que se elevaram acima das paixões comuns.

E assim diversos conceitos estão sujeitos a interpretações restritivas, em virtude das desigualdades morais, intelectuais, emocionais, etc. Cada qual, dentro de seu sistema de ideias, tem um conceito de amor, de justiça, de liberdade... Cada qual avalia os conceitos em razão de suas tendências íntimas, sua cultura, sua filosofia de vida.

O meio social, por sua vez, lança sobre o indivíduo uma carga bem forte de exigências e pressões, muitas vezes condicionando os próprios conceitos. Daí decorram os conceitos de sagrado e de profano, de decente e de indecente, de justo e de injusto, como tantos outros, os quais não podem ser definitivos nem absolutos, pois variam, no tempo e no espaço, isto é, em função da época e do meio.

Se é verdade que as chamadas injunções sociais muitas vezes modificam os conceitos, que são criações humanas, também é verdade que existem princípios capazes de resistir ao tempo e às mudanças históricas. As conveniências ocasionais podem torcer os conceitos, amoldando-os à vontade, desvirtuando-lhes o verdadeiro sentido mas não podem invalidar a consistência de certos princípios.

Chegamos então ao ponto em que se faz sentir a força do ensino espírita. Pouco importa, por exemplo, que haja diversas maneiras de entender o conceito de amor, segundo as influências da cultura ou do meio social, mas o que a Doutrina Espírita afirma, como princípio, tenha o nome que tiver, é que o amor edifica o espírito, e que sem amor não há progresso espiritual. É um princípio válido no tempo e no espaço. Cada qual pode ter o seu conceito de amor para uso próprio, mas existe o amor real, acima de todos os conceitos convencionais. A Doutrina Espírita não discute conceitos, ela ensina princípios. Lá está no Livro dos Espíritos — questão 153: Chamai as coisas como quiserdes, contanto que vos entendais. 

Quando a Doutrina afirma que existe uma Lei Moral, uma lei que não é contingente ou transitória, não está circunscrita a uma área nem a qualquer grupo, porque se sobrepõe a todas as configurações geográficas ou sociais, quando a Doutrina afirma isto — convém frisar bem — ela não pergunta qual é o conceito de Moral deste ou daquele grupo, desta ou daquela escola. O princípio é este: queiram ou não queiram os homens, tanto faz no Oriente como no Ocidente, a Lei Moral prevalece, é insubstituível. 

E qual o seu foro? 

A consciência, diz a Doutrina.

Há muitos conceitos de Moral, como se sabe, mas a Doutrina não se preocupa com os conceitos, porque lhe interessa principalmente infundir princípios que reformem o ser humano por sua influência. Não há reforma profunda e duradoura, entretanto, se não há compatibilidade com a Lei Moral. A reforma exterior apenas atende a eventualidades sociais, mas não modifica o indivíduo por dentro, 0 indivíduo pode usar todos os artifícios, empregar todos os expedientes de argúcia para burlar a lei escrita, que é obra dos homens, mas não pode fugir ao julgamento inexorável da Lei Moral, porque a consciência não dorme nem se deixa enganar. Cedo ou tarde, o espírito devedor terá que ajustar contas com a sua própria consciência, ainda que tenha sido absolvido ou exaltado pelos homens.

Cada qual deve, pois, esforçar-se, desde cedo, para evitar o julgamento severo da consciência, sob a ação inflexível da Lei Moral, pois se uma existência não for suficiente, haverá outras experiências, através da reencarnação. Este princípio, que ninguém pode alterar nem acomodar por meio de conceitos particulares, constitui uma das pedras angulares do ensino espírita. 

(Mundo Espírita - Curitiba - PR - Novembro de 1976)


Deolindo Amorim do livro:
Ponderações Doutrinárias
(Coletânea de artigos publicados por Deolindo Amorim, em diversos jornais e revistas espíritas do Brasil e do Exterior / Livro organizado por Celso Martins)
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quarta-feira, 15 de maio de 2024

Autonomia, solidariedade e resignação

Autonomia, solidariedade e resignação

Louis Neilmoris



O equilíbrio espiritual é uma conquista individual. Cada qual tem a autonomia de se equilibrar espiritualmente. Logo, a primeira faceta da terapia espírita é iluminar-se, para, a partir daí, ajudar as consciências de que elas próprias podem se autotratarem — quando conquistamos nossos objetivos por nossas próprias capacidades. Desta forma, o Espiritismo nos enseja ver que cabe a cada qual a tarefa de nos tornarmos perfeitos e felizes, embora haja uma ligação interpessoal nesse processo em que somos assistidos e assistimos os nossos semelhantes, num aprendizado coletivo do qual se extrai o aprendizado individual. Portanto, dentro da terapia espírita estão os conceitos autonomia — esforçar-se para se autodepurar — e solidariedade — colaboração com os irmãos e com o meio ambiente onde se vive.

Entretanto, na condição humana, por mais que adiantado que o Espírito seja, dentro do processo de aperfeiçoamento, a carne impõe as durezas próprias da natureza física. Na geração atual, por exemplo, o período da infância ainda é longo, pelo que vemos quanto tempo o Ser espiritual demora se adaptando à dimensão terrena; vemos como o corpo material perece rapidamente e o quanto o período geriátrico ainda é de demasiada debilitação orgânica para o sujeito. Diante desses condicionamentos naturais, só nos restam dois apontamentos a observar: 1) que devemos ser resignados, uma vez que tais imposições estão acima de nossa alçada; e 2) compreendermos que todos esses desígnios de Deus têm um propósito sábio, bom e justo; que os sofrimentos e reclames da vida física são lições para nosso intelecto (porque impele as inteligências na Terra para que trabalhem no desenvolvimento de novas alternativas para o bem-estar comum), assim como as dificuldades carnais são provas para nossas virtudes (como a supracitada, resignação).

Aliás, para bem dizer, quem dentre esta geração pode calcular o valor de uma enfermidade que, embora castigue o homem fisicamente, o livra de mais e mais excessos, que o remete a preciosos instantes de reflexão — ainda que envolto de reclamações e até blasfêmias — e o encaminha para o encontro com o seu eu espiritual? Não temos visto esporadicamente almas nobres suportarem cruciantes dores enquanto sustentam um olhar esperançoso, um sorriso firme e as mãos unidas e voltadas para o alto? Como eles louvam aos céus, tão logo retornam à pátria espiritual, pelas penúrias sofridas no orbe terrestre, pois que com isso seus perispíritos então gozam de indizível alívio. Os homens choram o falecimento dos parentes e amigos — especialmente em se tratando de mortes prematuras — ignorando a libertação espiritual que aí se processa.

A força de resignação é por si só um exercício de autoterapia.

Lembremo-nos aqui da pequena prece conhecida como "Oração da Serenidade": 

Concedei-nos, Senhor, a Serenidade necessária
para aceitar as coisas que não podemos modificar,
coragem para modificar aquelas que podemos,
e Sabedoria para distinguir umas das outras.
Louis Neilmoris do livro:
Terapia Espírita

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terça-feira, 14 de maio de 2024

No trabalho de passes

No trabalho de passes

Suely Caldas Schubert



É importante ressaltarmos o trabalho de passes visto pelo lado espiritual.

O que vamos apresentar em seguida pressupõe que a Casa Espírita tenha uma dependência destinada à aplicação dos passes, entretanto, quando isto não for possível, devido à falta de espaço, os passes são aplicados na mesma sala de palestras. O que não quer dizer que não haja ali os recursos imprescindíveis ao êxito do trabalho. A Espiritualidade Maior a tudo prevê e provê. 

Vejamos como André Luiz relata, em "Nos domínios da mediunidade" as características do serviço de passes.

Observando primeiramente o ambiente, menciona, através das elucidações do Instrutor espiritual Áulus, que o recinto destinado aos passes apresenta características próprias, em virtude do trabalho ali realizado. Sendo local de atendimento ao público é compreensível que este interfira na ambiência. Entretanto, como se pode deduzir, a grande maioria das pessoas que buscam o socorro do passe o fazem imbuídas dos melhores sentimentos.

Assim, referindo-se à sala de passes, esclarece estarem ali reunidas "sublimadas emanações mentais da maioria de quantos se valem do socorro magnético, tomadas de amor e confiança". Estas vibrações permanecem no ambiente e se acumulam, a tal ponto que, no dizer de Áulus, criam uma atmosfera especial formada "pelos pensamentos, preces e aspirações de quantos nos procuram trazendo o melhor de si mesmo". Esse conjunto vibratório surpreendeu André Luiz pelo "ambiente balsâmico e luminoso" que apresentava.

Portanto, o recinto destinado a essa atividade recebe dos Espíritos especializados a assepsia e as defesas magnéticas imprescindíveis à manutenção e preservação do ambiente.

No momento estavam presentes dois médiuns passistas, Clara e Henrique. André notou que ambos oravam com tal fervor que se apresentavam envoltos em luz e em sintonia com a equipe espiritual que os assessoravam. Explica Conrado, o Orientador espiritual das tarefas do passe, a André Luiz e seu companheiro Hilário que:
- ... A oração é prodigioso banho de forças, tal a vigorosa corrente mental que atrai. Por ela, Clara e Henrique expulsam do próprio mundo interior os sombrios remanescentes da atividade comum que trazem do círculo diário da luta e sorvem do nosso plano as substâncias renovadoras de que se repletam, a fim de conseguirem operar com eficiência, a favor do próximo. Desse modo, ajudam e acabam por ser firmemente ajudados.
Diante dessa afirmativa acerca dos benefícios da prece, Hilário lembra uma questão que surge no meio espírita, vez que outra, a de que os médiuns passistas quando aplicam passes em um número maior de pessoas terminariam o trabalho exauridos, sem forças e necessitando também de "receber passes" para reporem as energias despendidas. Esse receio tem algum fundamento? É oportuno transcrevermos a resposta:
- De modo algum. Tanto quanto nós, não comparecem aqui com a pretensão de serem os senhores do benefício, mas sim na condição de beneficiários que recebem para dar. A oração, com reconhecimento de nossa desvalia, coloca-nos na posição de simples elos de uma cadeia de socorro, cuja orientação reside no Alto. Somos nós aqui, neste recinto consagrado à missão evangélica, sob a inspiração de Jesus, algo semelhante à singela tomada elétrica, dando passagem à força que não nos pertence e que servirá na produção de energia e luz.
Quando o passista se sente exaurido após aplicar passes em algumas pessoas, é preciso analisar se ele não estaria com algum problema de saúde, talvez muito estressado, desgastado por dificuldades que esteja atravessando, pois o que acontece é que o médium passista se sinta muito mais fortalecido e satisfeito pelo trabalho realizado.

Quanto ao atendimento aos enfermos, o autor espiritual explica que há um "quadro de auxiliares, de acordo com a organização estabelecida pelos mentores da Esfera Superior", enfatizando que para o bom êxito do labor de passes há que se observar: experiência, horário, segurança e responsabilidade daquele que serve.

Em outra obra, Missionários da luz, André Luiz dedica o capítulo 19 ao tema Passes, esclarecendo que iria enfocar as providências atinentes às equipes espirituais. Isso nos permite ter uma visão mais detalhada da ação desses benfeitores.

Relata que o trabalho era atendido por seis entidades, que se apresentavam envoltas em túnicas muito alvas, que quase não falavam e, sim, operavam intensamente, como enfermeiros atentos. Atendiam tanto aos encarnados quanto prestavam socorro aos Espíritos necessitados, sendo muitos destes acompanhantes daqueles.

Eram os técnicos em auxílio magnético, segundo informa o Instrutor espiritual Alexandre, ressaltando que faziam parte de um departamento especializado. André quer saber se esses trabalhadores apresentam requisitos especiais, ao que o Instrutor passa a explicar com mais detalhes. Revela que para exercer o serviço em apreço não basta a boa vontade, são imprescindíveis "determinadas qualidades de ordem superior e certos conhecimentos especializados". Vejamos o que ele esclarece:
O servidor do bem, mesmo desencarnado, não pode satisfazer em semelhante serviço, se ainda não conseguiu manter um padrão superior de elevação mental contínua, condição indispensável à exteriorização das faculdades radiantes. O missionário do auxílio magnético, na Crosta ou aqui em nossa esfera, necessita ter grande domínio sobre si mesmo, espontâneo equilíbrio de sentimentos, acentuado amor aos semelhantes, alta compreensão da vida, fé vigorosa e profunda confiança no Poder Divino. (Grifo nosso)
Como é evidente, são rigorosas as condições para aqueles Espíritos que estão no serviço de passes, o que nos leva a inferir que estes seriam os parâmetros ideais, embora difíceis de ser alcançados no âmbito dos servidores encarnados. É o que esclarece Alexandre, mencionando que no plano em que estão esses requisitos são imprescindíveis, mas que na esfera carnal, havendo boa vontade sincera, esta pode suprir algumas deficiências, levando-se em conta que os servidores espirituais estariam completando os recursos necessários no momento da transmissão do passe. Menciona o Instrutor que todos os que evidenciam o desejo de prestar auxílio fraterno ao próximo recebem assistência de entidades bondosas e acrescenta:
- ... Em todo lugar onde haja merecimento nos que sofrem e boa vontade nos que auxiliam, podemos ministrar o benefício espiritual com relativa eficiência. Todos os enfermos podem procurar a saúde; todos os desviados, quando desejam, retornam ao equilíbrio. Se a prática do bem estivesse circunscrita aos Espíritos completamente bons, seria impossível a redenção humana. Qualquer cota de boa vontade e espírito de serviço recebe de nossa parte a melhor atenção.
Na sequência do capítulo são apresentados quatro atendimentos a encarnados e as providências do Espírito Anacleto, coordenador do setor de passes, para atendê-los.

Convidamos os leitores à leitura da referida obra para observarem os detalhes desses atendimentos.

Passe: um ato de amor


No momento dos passes é possível a alguns médiuns videntes divisar a intensa movimentação dos Benfeitores, que se utilizam de aparelhagens especiais adequadas aos enfermos presentes.

A organização do mundo espiritual é, pois, exemplar. Não obstante, nós os encarnados deixamos muito a desejar com as nossas falhas costumeiras que vão desde a Invigilância em nosso cotidiano até a frequência irregular, o que por certo prejudica os trabalhos.

É fundamental, portanto, que haja uma conscientização de nossa parte, da grandeza e complexidade dos labores espirituais, a fim de participarmos de modo mais eficiente e produtivo. Que isso não seja, porém, um fator que leve ao misticismo (mas sim à responsabilidade) e que venha a influir ou modificar a nossa conduta no instante do passe ou no ministério mediúnico. Embora o trabalho que se desenvolve "do outro lado" seja complexo, a nossa participação deve ser a mais simples possível, permeada, contudo, do mais acendrado sentimento de amor ao próximo.

Que nos lembremos sempre que para exercermos tais atividades a nossa preparação é principalmente interior. É no mundo íntimo que devemos laborar. É a nossa transformação para melhor a cada momento.

Assim, não é a cor da roupa do passista ou a sua gesticulação ou a sala ser azul ou branca que irão influir na qualidade da transmissão energética no instante do passe, mas sim a sua mente impulsionando e direcionando as energias fluídicas, o seu desejo de servir, a sua capacidade de ser solidário com aquele que ali está e de amá-lo como a um irmão. Por isso, a simplicidade deve ser a tônica no momento do passe, já que este é, essencialmente, um ato de amor. E o amor é simples, desataviado e puro, tal como exemplificou Jesus.

Suely Caldas Schubert do livro:
Dimensões Espirituais do Centro Espírita

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segunda-feira, 13 de maio de 2024

No aprendizado da fidelidade

No aprendizado da fidelidade

Camilo



É complexa a questão da fidelidade, no mundo.

As grandes massas dos indivíduos que compreendem as sociedades terrenas ainda não se acham de todo aclimatadas aos exercícios da fidelidade. Em parte, tal ocorre por razões culturais, cultura desenvolvida ao longo de muitos séculos por Espíritos ainda de evolução rudimentar.

A infidelidade aos ditames do bem, por exemplo, tem sido grandemente difícil, visto que os indivíduos não são acostumados a usar em favor de si mesmos as verdades que já conhecem.

Não conseguem, assim, ser fiéis ao conhecimento adquirido, o que caracteriza o espírito infantil de grandes contingentes humanos.

Como se admitirá que alguém que não é capaz de ser fiel a si próprio poderá ser fiel a quem quer que seja ou ao que quer que seja?

É comum que se verbalize bastante a respeito dos malefícios dos alcoólicos, do tabagismo, dos excessos graxosos no organismo. É comum que as diversas mídias periódicas, televisivas e outras, apresentem entrevistas, reportagens, estudos diversos, encarecendo a necessidade de cuidados acurados, de parte de nomeadas autoridades da área.

Nada obstante, prossegue intenso o consumo de tais produtos, em larga escala, por pessoas que justificam a mantença de seus vícios com o direito à liberdade que detêm.

Difícil é se darem conta de que a questão não diz respeito ao poder de comprar, ou à liberdade de usar, porém, os necessários cuidados dizem respeito à manutenção do bom estado da saúde orgânica, ao cuidado devido ao corpo somático, instrumento de progresso e de redenção do Espírito encarnado.

O problema vai ainda mais longe. Trata-se dos estragos impostos ao corpo sutil da alma, o que se reflete, irremediavelmente, sobre o corpo carnal, seja na mesma encarnação, seja nos dias porvindouros, nas experiências da erraticidade ou no futuro, em novos corpos orgânicos.

Tudo diz respeito também às sintonias forjadas pelos viciosos com seres espirituais igualmente viciados ou instigadores de tais vícios.

A dependência do copo, do garfo, da fumaça, do sexo, da droga, da maledicência etc., costuma servir de atrativo a determinados tipos de Espíritos, que se atiram sobre a pessoa em desarmonia, como moscas ou formigas sobre dejetos; sobre os produtos que as atraem.

O problema, então, deixa transparente o quanto a criatura humana é infiel a sua saúde física, psicológica, moral, espiritual.

Logo, como esperar que seja fiel à família, aos amigos, aos esposos, ou a qualquer pessoa ou coisa a que deva respeito e consideração?

*

A veneranda Doutrina Espírita, por sua vez, aponta-nos incontável número de instruções que nos podem capacitar ao entendimento do valor de sermos fiéis, de modo a resguardarmos a paz consciencial e vivermos felizes.

A fidelidade ao bem corresponde à obediência da razão, uma vez que o indivíduo consegue avaliar, com seus conhecimentos e com sua maturidade, o valor de ajustar-se à fidelidade.

Sempre que a pessoa logra entender o porquê de fazer ou deixar de fazer isso ou aquilo; sempre que a criatura verificou tudo o que pode iluminar-lhe ou empanar-lhe a vida, e se mostra apta a eleger o que constrói, reconstrói ou ilumina a existência em si e ao derredor, alcança, sem embargo, a harmonia, por ser fiel.

E nas páginas brilhantes da Boa Nova, nas referências ao Apocalipse, que o Senhor instiga a alma humana, dirigindo-se às comunidades de fé, às igrejas: "Sê fiel e te darei a coroa da vida."

A vida abundante.

A vida tornada nobre e útil.

A vida que serviu de exemplo benfazejo a outras vidas, coroando seus objetivos terrenos.

Eis o coroamento da vida, da existência. A coroa da vida.

A partir dos estudos sérios do Espiritismo, da compreensão gradual de seus ensinamentos, será de primordial importância investigar a amplitude de tua fidelidade, seja da fidelidade a teus conhecimentos eloquentes, na profissão, seja de teus conhecimentos nos circuitos da crença religiosa; tuas conquistas emocionais na convivência com tua família e com teus demais amigos, mas, fundamentalmente, a fidelidade quanto à realidade de ti mesmo, para o quê está no mundo a generosa Doutrina Espírita.

Estuda o Espiritismo, para que clareies a mente, a cognição, o saber.

Pratica o Espiritismo, para que clareies teus passos humanos, teus movimentos, teu mundo interior.

Vibra na frequência do Espiritismo, a fim de que te situes na sintonia de Jesus, conquistando, assim, a anelada felicidade, que é teu sonho e tua meta.

Camilo por J. Raul Teixeira do livro:
O Tempo de Deus

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domingo, 12 de maio de 2024

Mãe, Deus te abençoe!...

Mãe, Deus te abençoe!...

Maria Dolores



Quero, mãezinha, agradecer-te, em festa, por tudo o que me dás ao coração, entretecer-te uma canção modesta, mas todo esforço é vão...

Se pudesse dizer a gratidão que sinto por teu santo carinho protetor, precisaria conhecer na essência toda a glória do Amor.

Tens o segredo da Bondade Eterna, Deus me acena e sorri por tua face... Não há sábio no mundo que defina o Sol quando aparece, o lírio quando nasce !...

Falar de ti, mostrar-te? Isso seria como explicar da Terra, olhando a Altura, a doce maravilha de uma estrela a guiar o viajor em noite escura.

Converto em prece o reconhecimento, que em meu peito humilde se extravasa, rogando ao Céu te envolva em rosas de ventura, anjo sustentador de nossa casa!...

Deus te guarde, mãezinha, pelo berço, descuidado e risonho, em que me acalentaste para a vida, como flor de teu sonho.

Deus te engrandeça pelos sacrifícios e pelos sofrimentos que te impus, quando em pranto escondido te arrasavas para ser minha Luz.

Deus te compense pelas noites tristes de aflição que te dei, pelo perdão de tantas vezes, tantas ! ... Quantas foram, não sei ...

Deus te enalteça a fonte de ternura, que nunca se enodoa e nem se cansa, pelo cuidado com que me restauras, ante o dom do trabalho e a forca da esperança!

Perdoa se te oferto unicamente, na minha devoção de todo dia, o meu ramo de flores orvalhadas nas lágrimas que choro de alegria!

Com júbilos divinos, Mãe querida, que a celeste bondade te coroe ! ... Por tudo o que nos dá nos caminhos da vida, Deus te exalte e abençoe ! ...

Maria Dolores por Chico Xavier do livro:
Luz no lar

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sábado, 11 de maio de 2024

Gaveta de papéis

Gaveta de papéis

João Marcus 

(Pseudônimo de Hermínio C. Miranda)



Acho que as ideias, como os seres, os bichos e as plantas, também envelhecem e também morrem quando se aferram à sua condição transitória, esquecidas do apoio eterno da verdade. Isso é natural e explicável, pois que, se assim não fosse, a lei evolutiva, que evidentemente governa o Universo inteiro, seria impossível. De vez em quando temos de fazer uma revisão em nossas ideias, a fim de abandonar as que não servem mais e examinar com cuidado as que se incorporaram aos nossos arquivos psíquicos. É assim que evoluímos espiritualmente, pois, afinal de contas, o Espírito tem uma vocação irresistível para o aperfeiçoamento moral e o esclarecimento intelectual.

Mais ainda: é preciso desenvolver harmoniosamente os dois termos da equação humana: moral e intelecto. Nem tudo pode fazer uma criatura moralizada, quando reduzidos lhe são os recursos intelectuais, não lhe permitindo uma atividade esclarecedora em benefício próprio e alheio. Em todo o caso, é infinitamente melhor sermos bem evoluídos moralmente e acanhados do ponto de vista intelectual, do que sermos grandes sábios, pejados de conhecimentos, sem uma estrutura moral suficientemente desenvolvida. Deficiências morais e intelectuais são transitórias; essas faculdades tendem a se ajustarem, de vez que o Espírito às vezes se detém na sua caminhada, mas nunca recua, como ensina Allan Kardec. Acabará o Espírito por encontrar em si mesmo o justo equilíbrio, tornando-se moral e intelectualmente evoluído, o que, de resto, constitui seu objetivo e seu passaporte para o mundo maior. Em suma: é muito melhor ser bom e inculto do que sábio e imoral, mas o ideal só começamos a alcançar quando nos tornamos bons e sábios.

Enquanto não nos bafejamos com a brisa da bondade e da sabedoria, em doses equilibradas e justas, precisamos, não obstante, viver, aqui e no mundo espiritual, à medida que vamos e voltamos, em sucessivas encarnações. Ora, viver é escolher. A vida é uma série infinita de escolhas, de decisões e resoluções. Temos de as tomar, no livre exercício do nosso arbítrio. Ninguém pode, em sã consciência, pegar-nos pela mão e nos conduzir ao nosso destino; temos de ir com as nossas próprias forças e recursos. Quanto mais alta a hierarquia espiritual daqueles que se incumbem da espinhosa missão de nos guiar, mais cuidadosos se mostram em não tomar por nós decisão que nos compete. O que fazem esses orientadores é nos mostrar as alternativas. Se resolvermos pelo caminho do bem, dizem-nos, teremos o mérito das nossas vitórias; se nos decidirmos pelo mal, ficaremos com a responsabilidade e os ônus dos nosso erros. O Espírito, portanto, é deixado livre na sua escolha e iniciativa. Nessas contínuas e repetidas decisões é que vamos renovando nossas idéias e treinando a nossa vontade. O que ontem nos parecia certo, hoje pode parecer duvidoso e amanhã inteiramente inaceitável. De outro lado, muito do que considerávamos há pouco completamente errôneo, pode, de repente, assumir aspectos menos hostis, até que acabamos por incorporar as novas idéias à nossa bagagem intelectual.

Há, porém, a considerar, aqui, um ponto da mais alta importância: é que tanto podemos caminhar na direção da luz como permanecer nas trevas, tateando, ou nelas afundando cada vez mais, conforme esteja ou não alertada aquela condição básica a que o Mestre chamou vigilância. Se nos faltar esta que, ainda segundo o Cristo, se fortalece com a oração (Orai e Vigiai), vamos aceitando ideias indignas e dissolventes que antes nos repugnavam, mas que passamos a achar muito naturais. Se estamos atentos, se guardamos em nós a singeleza de coração que nos leva a receber, com humildade, não apenas as alegrias, mas principalmente as tristezas, então as ideias que começamos a considerar são as que constroem e educam, que aperfeiçoam e moralizam cada vez mais. É aí, pois, que entra em ação a nossa capacidade de escolha e decisão. E surge a pergunta: a ideia que se nos oferece é digna de ser incorporada à estrutura do nosso espírito ou é uma dessas que só vão contribuir para nos dificultar a marcha? Será que não estaremos trocando uma ideia nova, que à primeira vista nos seduz a imaginação, por uma outra que, embora velha, está escorada na Verdade? Ou, examinando a medalha do outro lado: será que não estamos desprezando uma ideia magnífica, apenas porque não desejamos, por comodismo ou temor, abandonar a ilusória segurança das nossas velhas e desgastadas noções?

Essas coisas todas me ocorrem quando me lembro da dificuldade que temos para nos livrarmos de ideias que somente nos prejudicam. Algumas delas têm sido mesmo responsáveis por muitas das nossas aflições e, em acentuada proporção, pelo próprio retardamento da marcha evolutiva da Humanidade. Estão neste caso alguns dos dogmas mais caros e mais irredutíveis da teologia ortodoxa. E aqui não se distingue a teologia católica da teologia protestante. Esta última, a despeito de todo o seu ímpeto reformista, conservou certos princípios que ainda prevalecem, como a questão da salvação.

Espero que o leitor fique bem certo de que não pretendo atacar o Catolicismo nem o Protestantismo. Reencarnacionistas convictos, como somos os espíritas kardequianos, podemos estar razoavelmente certos de já havermos trilhado os caminhos da ortodoxia religiosa. E bem provável que muitos de nós tenhamos até trabalhado ativamente para propagar essas idéias dogmáticas que agora não mais podemos aceitar. No entanto, temos de pensar — sem que nisso vá nenhuma pitada de superioridade — que aqueles caminhos ainda servem a muitos e muitos irmãos nossos.

Mas, voltando ao fim da conversa, em que consiste a salvação? Salvamos a nossa alma, diz o teólogo, das penas do inferno e vamos para o Céu, se agirmos de acordo com os preceitos da lei moral e se praticarmos fielmente os sacramentos, observando os ritos, conforme a prescrição canônica. Para a teologia ortodoxa não basta que o homem seja altamente moralizado, bom e puro: é preciso também que pratique os sacramentos e se conforme com a estrita orientação espiritual da sua Igreja. O desvio, por menor que seja, é logo tido por heresia e o seu iniciador é proscrito do meio, depois de esgotados os recursos habituais de persuasão, com o objetivo de reconduzir ao seio da comunidade a ovelha desgarrada.

Convém examinar bem essa ideia da salvação, pois esta é uma das que têm trazido bastante dano à evolução do espírito humano. No fundo, é um conceito egoístico: o Espírito se salva pela fé e pelas obras, diz o católico. Não, diz o protestante, basta a fé, porque o homem é intrinsicamente pecador e sem a graça vai para o inferno irremediavelmente. E, assim, muitos se encerraram em claustros, passaram a viver isolados do mundo para que nele não contaminassem suas almas destinadas ao Senhor, logo após a libertação da morte. Outros, empenhados não apenas em salvar as suas próprias almas, como a dos outros, saíram pregando aquilo que lhes parecia ser a doutrina final, a última palavra em matéria teológica. Ainda outros, mais zelosos e exaltados, achavam que não bastava salvar suas próprias almas e convocar as de seus irmãos a fim de lhes mostrar o caminho; era necessário obrigá-los a se salvarem, porque nem todos estariam em condições de decidir acerca dessas coisas tão importantes. E, por isso, aqueles que estudavam Teologia e se diziam em íntimo contato com Deus e agiam em nome do Senhor se sentiam não apenas no dever, mas na obrigação de salvar a massa ignara que nada entendia disso. "Creia porque eu creio e eu sei mais do que você" — parecia pensarem estes mais agressivos salvadores de almas. Quando o irmão recalcitrava, era preciso corrigi-lo, aplicando penas que iam desde a advertência amiga e verdadeiramente cristã até o extremo da tortura e, finalmente, do inacreditável assassínio frio e calculado, em masmorras infectas ou nas fogueiras purificadoras. Disso não se eximiu nem mesmo o nascente Protestantismo, cuja intolerância religiosa conduziu a crimes lamentáveis. Era melhor queimar um corpo físico — pensavam todos — do que permitir que aquela alma rebelde contaminasse outros seres incautos, com as suas doutrinas, e acabasse pelos arrastar às fornalhas do inferno.

Vemos, então, que a ideia da salvação se prende solidamente a duas outras: a do céu e a do inferno. A questão é que também estas precisam de um reexame muito sério.

Aqueles de nós que têm tido oportunidade de entrar em contato com Espíritos desencarnados, ficam abismados com a quantidade imensa de pobres seres desarvorados que não conseguem entender o estado em que se encontram e a vida no Além, ficando numa confusão dolorosa por um lapso de tempo imprevisível. O Espírito que levou uma ou mais existências ouvindo a pregação dogmática, sem cuidar de examiná-la, praticando as mais nobres virtudes, frequentando religiosamente todos os sacramentos e assistindo a todas as cerimônias do ritual, sente-se, com certa razão, com direitos inalienáveis ao prêmio que lhe foi prometido, isto é, subir para Deus imediatamente após a morte do corpo físico. No entanto, não é isso que acontece. Quem somos nós, Senhor, já não digo para sermos acolhidos no seio de Deus, mas para suportar com nossos pobres olhos o brilho de um Espírito mais elevado? Que mérito temos nós, ainda tão imperfeitos, para exigir o chamado céu, após uma vida (uma só, como creem os ortodoxos) em que tanto erramos, por melhores que tenham sido nossas intenções? Como poderemos ambicionar chegar a Deus se nem ainda tivemos tolerância suficiente para admitir a coexistência de outras crenças?

Daí o desapontamento daquele que morreu em pleno seio da sua Igreja amada, protegido por todos os sacramentos, recomendado por tantas missas e serviços religiosos, mas que, a despeito de tudo isto, ainda não viu a Deus.

Conhecemos também a angústia daqueles que, conscientes dos seus erros e crimes, ou mesmo ainda indiferentes a eles, mergulham num clima de angústia que lhes parece irremediável e sem fim, tal como lhes diziam que era o inferno. Hipnotizados à ideia do sofrimento eterno, nem sequer sabem que estão “mortos” na carne nem suspeitam que podem recuperar-se pela oração e pelo arrependimento. Figuras sinistras passeiam à sua volta e deles escarnecem e os fazem sofrer. São os demônios, pensa a criatura aterrada e desalentada. No entanto, são seres como ele próprio, também desarvorados e infelizes, todos inconscientes das forças libertadoras que trazem em si próprios e que podem ser despertadas pelo poder da lágrima e da prece.

Tanto num caso como noutro, não há como negar, estamos diante de vítimas do dogmatismo cego que proíbe o livre exame das questões. Enquanto na carne, aceitavam aquelas ideias ou seriam forçados a abandonar as igrejas a que pertenciam, se não excomungados, pelo menos proscritos do meio. E se de um lado estão os que não se dispuseram a deixar as ideias erradas por indiferença ou comodismo, de outro vemos os que não as deixaram por receio de não se salvarem, pois que uma das doutrinas prediletas das organizações dogmáticas é a de que fora delas não há salvação. Assim, vai a criatura inteiramente despreparada para enfrentar o momento supremo da sua vida terrena, isto é, aquele em que, mais uma vez, se encontra diante do trágico balanço da sua existência.

Por isso o Espiritismo mudou o conceito da salvação. Não dizemos que fora do Espiritismo não há salvação, e sim que fora da caridade não há salvação. Mas completamos esse nobre conceito explicando que céu e inferno são figuras de ficção que já perderam sua razão de ser e, ainda, que nunca essas ideias se conciliaram com a de um Deus justo e bom, puro e perfeito. Esse Deus, imenso de caridade e amor, não iria criar filhos seus para as chamas do inferno irremediável e eterno, como também não ficaria como um potentado, rodeado de multidões a Lhe cantarem loas eternas. O que Deus quer de nós é o trabalho fraterno e a conquista da nossa própria paz interior, palmo a palmo, com o nosso próprio esforço, se bem que muito ajudados pelo infinito amor que Ele derrama tão generosamente por todo esse grandioso Universo, fervilhante de vida.

Salvar-se, para o Espiritismo, não é escapar às penas de um inferno mitológico, para subir às glórias de um céu de contemplação extática. Salvamo-nos caminhando sempre para a luz divina, aos pouquinhos, vencendo nossas fraquezas, caindo aqui, levantando ali, ajudando e sendo ajudados, distribuindo as alegrias que nos sobram e recebendo um pouco da mágoa que aos outros aflige, pois que já disse alguém que a felicidade aumenta com o dar-se e o sofrimento alivia quando partilhado.

Salvar-se, para a Doutrina Espírita, não é escapar ao inferno que não existe, é aperfeiçoar-se espiritualmente, a fim de não cairmos em, estados de angústia e depressão após o transe da morte. E, em suma, libertar-se dos erros, das paixões insanas e da ignorância. Salvamo-nos do mal e nos liberamos para o bem, eis tudo.

Examine o leitor as suas ideias, como quem remexe uma gaveta de papéis. Aqui e acolá vai encontrando alguns que não servem mais e precisam ser postos fora, como também encontrará alguns conceitos novos que, sem se saber ao certo, juntaram-se à nossa bagagem. Estes também precisam de ser examinados com atenção. Talvez nos sejam úteis, mas tenha cuidado com eles. Uma ideia pode ser nova e boa e pode ser apenas nova. Pode ser velha e excelente e pode ser não mais que uma velharia que já teve seu tempo e desgastou-se. A pedra de toque de todas as ideias é a Verdade e esta somente nos ajuda a selecionar o nosso mobiliário mental e espiritual quando vamos adquirindo serenidade e humildade no aprendizado constante que é a vida, aqui e no Espaço.

João Marcus

Hermínio C. Miranda
(Sob pseudônimo de João Marcus), do livro:
Candeias na noite escura

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Nota explicativa: - Hermínio C. Miranda também assinava seus artigos como João Marcus e H.C.M. Este expediente foi sugerido pelo editor da Revista Reformador para que pudessem ser publicados mais artigos dele em uma mesma revista. 

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