quinta-feira, 30 de junho de 2022

Cooperação

Cooperação

Marco Prisco


Não violenteis nenhuma consciência; a ninguém forceis para que deixe a sua crença, a fim de adotar a vossa; não anatematizeis os que não pensem como vós; acolhei os que venham ter convosco e deixai tranquilos os que vos repelem.”
O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. XXV — item 11.

 

Ninguém pede que você reprima o mal a violentos golpes de insensatez.

Cooperação é clima de paz.


Ninguém combate a ignorância com arroubos culturais.

Cooperação é luz a se espraiar na escuridão.


Ninguém ajuda um coração rebelde, contaminando-se de cólera.

Cooperação é mensagem de equilíbrio.


Ninguém atesta segurança, na tarefa de ajudar, quando revida ultrajes.

Cooperação é alma da serenidade.


Ninguém mantém a ordem no trabalho com gritaria e aflição.

Cooperação é expressão de valor moral.


Ninguém modela caracteres com imposição de uma hora.

Cooperação é medicamento vitalizante em todo o tempo.


Ninguém liberta almas, criando problemas de consciência.

Cooperação é força do direito.


Quem realmente coopera nada exige, nada revida, criando sempre um clima de simpatia e bondade.

Recorde o Divino Mestre, o Cooperador por Excelência; não imponha sua maneira de ver, não modifique o roteiro alheio. Ajude sem restrição, abrindo os braços sem embargo a todos os que necessitam, porque cooperação, em última análise, é comunhão do bem como o bem em nome do Sumo Bem, “não anatematizando os que não pensam como você; acolhendo os que venham ter com você e deixando tranquilos os que o repelem”, como preceitua o Evangelho...

Marco Prisco por Divaldo Franco do livro:
Glossário Espirita-Cristão

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Ilusão e realidade

Ilusão e realidade

Juvanir Borges de Souza



O PROGRESSO do Espírito subordina-se a leis sábias e  eternas, dificilmente identificadas pelo homem enquanto se deixa impressionar pelas aparências ilusórias. Sem a intervenção do Mundo Espiritual, sem o auxílio do Alto, através das revelações superiores, em todas as eras da Humanidade, o homem, por si só, ou se arrastaria muito mais penosamente na própria rotina, ou permaneceria estacionário por longo tempo. A evolução e o progresso resultam da conjugação dos esforços dos que se encontram à retaguarda, com a assistência solidária dos que vão à frente. 

A PRESENÇA do Cristo entre  os homens, em pessoa ou através de emissários, em todos os tempos, é a manifestação inequívoca dessa solidariedade. unindo as criaturas e expressando, ao mesmo tempo, o amor infinito de Deus por toda a criação. Revelam-se a beleza e a sabedoria das leis divinas na medida em que o Espirito vai descobrindo e compreendendo seus mecanismos. O progresso individual resulta do ajustamento de suas ações às leis naturais e da aplicação de suas energias espirituais na busca do Bem. Nesse roteiro, toda iniciativa bem orientada recebe o apoio de Cima. Por isso, não bastam o conhecimento e a fé, em sentido amplo. É necessária a ação no Bem, uma vez que os atos praticados por orgulho ou por egoísmo se tornam obras mortas. O Evangelho do Cristo, entendido em espirito, é o código que permite a compreensão dos mecanismos das leis morais da vida, resumidas em uma palavra — Amor.

*

Os opositores do Cristianismo, aferrados à ilusão da matéria e dos sentidos físicos, não conseguem compreender o significado do sofrimento e da renúncia do Cristo, como manifestação de amor. Para eles, a epopeia da passagem de Jesus pela Palestina, culminando com a tragédia do Calvário, só faz enaltecer a dor e o sofrimento, detestados pelo homem. Na estreiteza de suas percepções limitadas, só entenderiam um Cristo detentor da glória e do poder humanos, a espalhar a alegria e o encanto da vida no mundo. 

Nem mesmo os chamadas cristãos, quando prescindem do sentido espiritual dos ensinos de Jesus, compreendem o significado da salvação por Ele representada. Daí as práticas simbólicas visando à redenção, quando temas de consegui-la através da vivenda dos ensinos do Mestre, seguindo seus exemplos. 

Muito difere a Revelação Espírita, que pressupõe a responsabilidade individual para a própria ascensão, da doutrina da graça, criada pela Teologia, baseando-se no dom natural concedido por Deus para conduzir as criaturas à salvação. Restabeleceu-se o princípio da Justiça Divina que a criação teológica havia adulterado. 

Foi necessária a Nova Revelação, vale dizer, novos esclarecimentos e nova interpretação para tornar compreensível o verdadeiro significado da vinda do Mestre Incomparável e explicar o sentido espiritual de seu Evangelho. O Consolador é a Revelação Nova, representada pelo Espiritismo. À sua luz compreendemos que a dor e o sofrimento representam socorro e benção para o Espirito imperecível, necessitado de libertar--se das próprias imperfeições.

O aprendiz das novas verdades, despertando para as realidades permanentes da vida, pode então perceber o significado da verdadeira alegria, que não mais se confunde com as ilusões fluentes no mundo. Pode-se encontrar alegria no sacrifício em favor das outros, como pode estar na renúncia, no trabalho desinteressado e útil, na troca do mal pelo bem ou na superação das próprias limitações. Transmutam-se em alegria os sentimentos de amor, fraternidade, compreensão.

*

Sem a luz dos conhecimentos revelados pelo Consolador, a mente humana se deixa envolver em densas camadas de irrealismo, tecidas pelas ilusões da vida.

Como a morte do corpo físico não modifica necessariamente o estado mental das criaturas, é fácil imaginar o desespero daqueles, em número incalculável, que se agarram às situações interrompidas bruscamente pela transição. E um sofrimento terrível do qual temos noticia através da literatura espírita e das manifestações mediúnicas. Adaptar-se a novas condições de vida onde a matéria densa deixa de predominar, onde velhos hábitos são entrecortados por imposição irresistível do novo meio ambiente, onde somos privados das paisagens e da presença das pessoas e das coisas que amamos ou às quais nos habituamos, eis o quadro que cada Espirito depara, queira ou não, compreenda ou não, esteja ou não preparado.

Daí o importantíssimo papel do conhecimento espirita. O adepto da Doutrina torna-se naturalmente interessado na vida futura, sabedor de que cedo ou tarde irá deparar-se com novas situações previstas ou imprevistas em seus detalhes, mas que podem ser calculadas e avaliadas antes da travessia da fronteira do túmulo. Sabe que seu futuro habitat de desencarnado corresponderá sempre ao que ele é, em realidade, em essência. Seus companheiros terão ideias, pensamentos e sentimentos semelhantes aos seus.

A volta da carne é o período das avaliações do que produziu, dos proveitos ou perdas trazidos da romagem à vida material.

É a hora do sorriso ou da lágrima, das alegrias ou das tristezas pelo que fez e pelo que deixou de fazer.

É a  hora do encontro com a própria consciência, sem o anteparo do instrumento físico, sem apelo à fuga nas ilusões.

Os instrutores espirituais informam que os mundos espirituais próximos à Crosta desdobram-se em inúmeras colônias correspondentes à projeção territorial das diversas regiões terrenas. Hábitos, usos e costumes, língua, sentimentos. pensamentos, inclinações e tudo mais que carregamos como bagagem determinam a colônia que vamos habitar, o lugar que nos espera.

Ao desencarnar, deixamos para trás, compulsoriamente, tudo que não passa nas barreiras do novo lar. Bens materiais, dinheiro, fazendas, posição social, título, honoríficos, ilusões, tudo se desvanece. Deparamos, então, com nossa condição de átomos pensantes diante das profundas transformações ao nosso redor. Felizes as Almas que podem compreender as metamorfoses interiores e exteriores. O Espiritismo, bem estudado e praticado, facilita essa compreensão, explicando satisfatoriamente que todas as mutações estão catalogadas nas leis divinas, que tudo tem sua razão de ser e que todos nós somos viajores da eternidade, demandando nossa felicidade, que haveremos de construir à custa de trabalho, de sacrifícios e de esforços sem fim.

A vida prossegue sem cessar. Enquanto na carne, muitas vezes o Espirito se ilude, julgando-se figura central no mundo, arrogando-se uma importância tal, capaz de perturbar a marcha dos acontecimentos, pelo seu desaparecimento do cenário da vida.

No entanto, os potentados, os reis e imperadores, os grandes conquistadores, os filósofos e pensadores, os fundadores de escolas, os condutores de povos, os comandantes de exércitos, os capitães da indústria e o do comércio, assim como o homem simples e ignorado, o operário, o camponês obscuro, o felá ou o mendigo, todos, sem exceção, passam e morrem, sem que seu desaparecimento da cena perturbo o rumo natural das coisas, ao fim de breves dias, meses ou anos. Os problemas surgem e desaparecem e a vida prossegue constante, incessante.

Isto nos dá mostra de como nos deixamos enlear pelos conceitos provisórios, pelos título  e convenções humanas, iludindo-nos com os valores transitórios, em prejuízo dos méritos verdadeiros e definitivos da Alma.

O Espiritismo, como escola filosófica capaz de elucidar os problemas presentes e os do após a morte, esclarece e consola, mostrando-nos as realidades de agora e de além, tudo com uma lógica ao alcance da percepção intelectual de todos que se descompromissam com os preconceitos. 

Deixa de haver, ante seus princípios, o mistério, o enigma, desde que se compreenda que toda realidade se encerra no Espirito, seja no estado livre, seja quando preso à matéria.

Revivendo o Evangelho como roteiro do aperfeiçoamento moral, a Doutrina assegura ainda ao adepto sincero a vantagem de prevenir o obscurantismo intelectual, firmando rumos seguros ao evitar situações futuras desagradáveis, induzidas pelas ilusões da vida na carne. Não há dúvida de que prevenir-se e educar-se é multo melhor do que corrigir-se.

Quando os acontecimentos de nossa vida na Terra contrariam as melhores aspirações de elevação intelecto-moral, buscamos contorná-los de muitas formas. Uma delas é a de fugir à luta, abrigando-nos nas ilusões. Entretanto é na adversidade que encontramos as melhores oportunidades de aperfeiçoamento espiritual, desde que recusemos a fuga, resistindo às induções de desânimo e rechaçando os pensamentos e emoções negativos.

Não se resolve nenhum problema íntimo sem a disposição de enfrentá-lo. Por mais dura seja a tarefa, ou mais pesado o fardo, quaisquer que sejam as tribulações, o posicionamento interior é decisivo. Aquilo que não podemos afastar ou superar, temos de aceitar como provação, atentos  à verdade de que estamos na senda de nosso próprio bem, sob a proteção infalível das leis divinas, sempre agindo em nosso favor, desde que não nos desviemos conscientemente de nossas responsabilidades. 

Progredir, evoluir espiritualmente é expandir a consciência para níveis superiores.

Além das benesses das consolações e da libertação que a Doutrina nos proporciona, devemos encará-la como o luzeiro que ilumina o áspero caminho da ascensão, bem diferente da estrada larga e cômoda das alegrias e ilusões mundanas.

Juvanir Borges de Souza
Revista Reformador Mai. 1983

Juvanir Borges de Souza 
Nasceu em Cataguazes, MG, 1916 e desencarnou Rio de Janeiro, 2010. Juvanir Presidiu a Federação Espírita Brasileira (1990-2001). Autor das obras:  Tempo de transição, Tempo de renovação, Novos tempos e Amai-vos e instrui-vos. (FEB - editora) 
Compilou os títulos: Bezerra de Menezes – ontem e hoje, e O que dizem os espíritos sobre o aborto? Produziu também um importante texto, em forma de folheto, para comemorar o Centenário da FEB intitulado: Escorço Histórico da Federação Espírita Brasileira.
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Artigo original Revista Reformador Mai.1983.

 


quarta-feira, 29 de junho de 2022

Assim terá sucesso

Assim terá sucesso

André Luiz




Conserve a própria fé, por tal modo, que você não possa se afligir, excessivamente, em nenhuma dificuldade.

Guarde otimismo, com tamanha elevação, que os contratempos da vida não lhe venham aferir.

Habitue-se à tolerância com tanta fidelidade, que consiga se ver sempre na posição da pessoa menos simpática, evitando ressentimento ou censura.

Cultive o amor ao próximo, com tanto empenho, que você não consiga fixar-se em qualquer aversão.

Creia na influência e na vitória do bem com tanta convicção, que não possa prender-se a qualquer ideia do mal.

Sustente a própria compreensão de tal maneira que não disponha de meios para ver inimigos e sim amigos c instrutores, em toda parte.

Resguarde-se no trabalho com tanta dedicação ao bem, que não conte com qualquer ensejo de atrapalhar aos outros.

Faça o melhor que puder, em qualquer situação, com tamanho devotamento à felicidade alheia, que não sofra arrependimento ou remorso, em tempos de crise.

Atenda à harmonia onde estiver com tanta pontualidade, que não encontre motivos para perder a própria segurança.

André Luiz por Chico Xavier do livro:
Paz e Libertação / Autores Diversos

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terça-feira, 28 de junho de 2022

O calcanhar de Aquiles

O calcanhar de Aquiles

Lourdes Catherine


Escultura: O Calcanhar de Aquiles
(Ilha de Corfu / Mar Jônico - Albânia)

Fatores limitantes:
Estou sofrendo, há anos, de pequenos inchaços nas articulações dos dedos. Sou uma pessoa constantemente acometida por alguma enfermidade. Ora uma indigestão, ora uma enxaqueca, ora uma dor reumática. Na verdade, raramente estou bem. Eu era uma mulher gentil e alegre; hoje, costumo perder o controle por qualquer coisa. Quanto mais tensa ou nervosa, mais se agravam meus problemas de saúde. Essas doenças são provações relacionadas a vidas passadas ou será que estou sendo vítima de mandingas ou feitiçarias?

Expandindo nossos horizontes:

Doença é o produto final de um distúrbio profundo, ou mesmo estágio derradeiro de forças intrínsecas, desde há muito em atividade, que se corporificam no veículo físico.

A vida é energia. Sua saúde física, seus pequenos ou grandes gestos, seu tom de voz, seu comportamento, suas relações com os outros, tudo isso são fenômenos energéticos. Embora a enfermidade pareça tão cruel, não deverá ser analisada como tal; mas, se interpretada de forma correta, a guiará à supressão de crenças, pensamentos e atitudes incoerentes - autêntica origem de suas doenças.

Na mitológica Grécia, Tétis, filha de um deus, desposa um mortal, o rei Peleu, nascendo dessa união Aquiles. Tétis, no entanto, recusa-se a aceitar que a criança nascida de seu ventre não possa ter uma vida infinita, e busca um meio de torná-la imortal.

Com um manto, procura abafar o choro do filho recém-nascido e o conduz a uma clareira onde resplandece um fogo prateado, que surgia do nada. A mãe, meio amedrontada, retira o pequenino Aquiles de entre os panos e o mergulha nas chamas incandescentes e pálidas. Ele grita de dor, mas ainda não pode pedir socorro. Durante várias noites, Tétis expõe a bela criança às labaredas alvas e solitárias, curando logo em seguida suas queimaduras com ambrosia - manjar dos deuses do Olimpo.

A deusa sabe que só assim o filho conquistará a imortalidade; ela sofre, mas entende que pouco a pouco vai tornando Aquiles imune às doenças e à morte.

Na noite em que Tétis completaria sua tarefa, Peleu arranca-lhe a criança dos braços. Acredita que sua mulher seja uma criminosa desalmada.

Apesar das súplicas, por meio das quais ela tenta explicar suas razões, ele se mantém completamente surdo. Demonstrando estranheza e incompreensão, enfurecido, foge com o filho.

Naquela noite, Tétis tornaria Aquiles invulnerável por completo. Infelizmente, ela não se lembrou de proteger-lhe o calcanhar, por onde sempre o segurava. Por ironia do destino, no cerco de Tróia, Aquiles, já moço, foi mortalmente atingido por uma flecha envenenada... no calcanhar.

Condói-me ver a penúria de sua alma. Mas compreenda que as enfermidades são corretivos que destacam ensinos inadiáveis que, de outra forma, não aprenderia tão facilmente. Elas jamais deixarão de existir até que essas lições sejam totalmente assimiladas.

Seu “calcanhar de Aquiles” são seus pontos vulneráveis - áreas de seu psiquismo suscetíveis ao desequilíbrio, bloqueadores do desenvolvimento de sua paz interior.

Portanto, investigue calmamente seus comportamentos autodestrutivos.

Apenas poderá alterá-los dia após dia, pois à medida que você se tornar consciente de como eles agem em seu corpo físico é que começará a transformá-los, ou seja, libertar-se de suas cruzes e lágrimas.

O rei Peleu, que era mortal, é o símbolo dos seres incapazes de ir além da visão material das enfermidades. Ocupam-se dos efeitos, não das causas.

O conhecimento que você adquire ao longo das experiências terrenas serve para desenvolver suas virtudes inerentes e extinguir tudo o que há em você de deficiente.

Dessa forma, ele lhe proporcionará o controle pleno da vida.

A doença seria evitável se você pudesse perceber os erros que está perpetuando.

Podem ser desta ou de outras existências. Problemas de saúde não são punições, mas atitudes negativas que você não modifica e que atraem sempre novos problemas.

O que acontece é que a criatura envenena os ares, tisna os lagos, polui os oceanos e depois culpa a Natureza. Se você corrigir seus erros através dos recursos mentais e espirituais que possui, não precisará passar pelas severas lições da insanidade.

Poucos seres humanos transitaram pela Terra isentos, desde o nascimento, da enfermidade. Temos como exemplo o Cristo, consciência liberta, vivendo a plenitude do amor. Os níveis superiores da vida não são atingidos pelos elementos venenosos que geram as moléstias.

O sintoma de sua patologia é uma espécie de orientador que a ajudará a tornar cada vez mais consciência de si própria. Esse sinal quer dizer-lhe coisas importantes; preste atenção no que ele lhe transmite, é um companheiro que de fato a conhece a fundo.

Pensamentos obscuros, destrutivos, mal-intencionados, mantidos constantemente, fazem seu corpo adoecer, ou mesmo, repercutem em todo o seu cosmo orgânico.

As toxinas não entram apenas através dos alimentos, mas também por meio de pensamentos e condutas inadequadas, que se transformam em energias negativas e vão se alojar no campo mental. Caso não sejam combatidas, poderão causar sérios danos ao corpo somático. Moléstias aparentemente inexplicáveis são decorrências do grande acúmulo de vibrações
negativas no transcorrer do tempo.

É necessário limpar a mente e sanear o coração das emoções do pessimismo, dos preconceitos, dos complexos de culpa, dos murmúrios da inveja e das ansiedades. Esse sofrimento cravado em sua alma são posturas em desalinho conservadas há muito tempo. São “retalhos” de ilusão que você colecionou na “colcha” de seu destino.

Confie nas forças divinas que regem sua vida. Se você quer uma psicosfera saudável, modifique suas atitudes íntimas; assim alcançará a cura definitiva.

Lourdes Catherine por Francisco do Espírito Santo Neto do livro:
Conviver e melhorar

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Lourdes Catherine
Lourdes Catherine é uma amiga e benfeitora espiritual que se dedica à divulgação do Bem à luz do Evangelho redentor.

Pseudônimo de Catherine de Vertus, viveu no século XVII e pertenceu a uma família aristocrática da Bretanha (França). Em 1669, tornou-se noviça no convento de Port-Royal des Champs (vale de Chevreuse), a fim de compreender Deus, através do retiro junto à Natureza, e de reencontrá-Lo no santuário da própria alma. Ideal que se concretizou plenamente. Nunca pôde, no entanto, fazer os votos definitivos em razão da fragilidade de sua saúde, que a impedia de ir mais adiante com as regras daquela ordem religiosa.

Participou ativamente das "Petites-Écoles" fundadas pelos mestres de Port-Royal. Privou da amizade de várias personalidades religiosas, de pensadores e escritores famosos de Paris.

Dedicou-se não somente à religião, mas às letras e à arte com entusiasmo e grande empenho.

No século XIX, em sua mais recente encarnação, viveu em Bordeaux, onde se tornou espírita convicta, após assistir a uma palestra de Allan Kardec em 1861, por ocasião de sua visita de divulgação doutrinária àquela cidade, no sul da França. A partir desse encontro com o mestre de Lyon, prossegue, ininterruptamente, a tarefa de orientar as criaturas para Jesus, através do Espiritismo.

De Planos mais Altos, Lourdes Catherine continua entregando seu coração em favor daqueles que aspiram seguir em direção da Espiritualidade Superior e incentivando a fé cristã em todos os que trabalham para a edificação de um Mundo Melhor.

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- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610 /98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.
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segunda-feira, 27 de junho de 2022

A retomada da pureza

A retomada da pureza

Richard Simonetti


“Bem-aventurados os que têm limpo o coração, porque verão a Deus.” (Mateus, 5:8.)
Para que possamos compreender melhor a presença de Deus no Universo, é preciso que superemos a concepção antropomórfica do patriarca sentado no trono celeste a comandar os anjos, determinando castigos para os maus e oferecendo aos bons a suprema ventura de contemplá-lo, face a face, por toda a eternidade.

Deus é a Mente Criadora, a Consciência Cósmica que construiu o Universo e sustenta a Vida. Estamos mergulhados em seu seio, segundo André Luiz, como peixes num oceano. Tanto mais próximos estaremos dele quanto maior a nossa capacidade de nos ligarmos aos valores espirituais, já que Deus é Espírito e em Espírito deve ser adorado, conforme ensina Jesus.

Os místicos e os santos, cultivando rigorosa disciplina da mente e do sentimento, conseguem sobrepor-se às limitações da matéria e sentem a gloriosa realidade da presença de Deus no Universo, o que os leva a experimentar sensações de felicidade e de plenitude de vida tão intensas que são verdadeiros êxtases celestes.

Há em homens assim uma consciência tão ampla de interação, de comunhão profunda com a Natureza, que um Francisco de Assis, plenamente integrado na obra da Criação, via irmãos seus nas aves, nos animais, no mar, no rio, na flor, no fruto, no Sol, na Lua, nas estrelas...

Para encetar-se a jornada rumo a tão elevado estágio de espiritualidade, é preciso ter limpo o coração.

Poderíamos definir essa pureza como a ausência de sentimentos inferiores — a cobiça, a luxúria, a maldade, o ódio, o ressentimento, a ambição, o orgulho, a vaidade, o egoísmo...

As crianças, não porque detenham a pureza, mas porque os sentimentos inferiores ainda dormitam em seus corações, são mais espontâneas, mais capazes de uma ligação com os valores espirituais, revelando, não raro, uma surpreendente religiosidade.

Nossas orações, nos verdes anos da infância e no início da adolescência, são mais puras. Sentimos mais de perto a presença dos Espíritos em nos dirigirmos aos benfeitores espirituais com muita naturalidade. Por isso, assimilamos amplamente a proteção do Céu ao surgirem as dificuldades da Terra.

Com a maturidade física e a integração na vida social, com seus problemas, seus interesses, suas disputas despertam no indivíduo as tendências inferiores, herança de desatinos passados. E, após um período de conflitos íntimos, nascidos da luta entre os ideais religiosos não bem definidos e amadurecidos e as paixões humanas, arraigadas e fortes em sua personalidade, ele acaba por acomodar-se às próprias fraquezas.

Surge, então, o tipo comum, esmagadora maioria na Terra: o indivíduo que defende o valor do Bem, mas com facilidade se detém no Mal. Alguém que acredita em princípios morais, mas nem sempre age com moralidade. Se atrelado à religião, temos nele o fariseu, preocupado com as aparências, sem cuidar da essência.

Há um castigo imposto àqueles que se deixam levar pelas tendências puramente humanas. É a perda da tranquilidade, a insatisfação crônica, a angústia existencial, marcadas pela incapacidade de orar, de sentir a presença da Espiritualidade. E a Vida, assim, torna-se um fardo terrivelmente pesado.

No passado, muita gente tentava adquirir pureza para o cultivo da religiosidade autêntica, entregando-se a mortificações não raro caracterizadas por excessos mórbidos. Anacoretas pastavam nos campos, à maneira de animais; outros rolavam nus sobre arbustos espinhentos ou viviam em charcos infestados de serpentes. Monges de determinadas ordens passavam a existência em sombrios mosteiros, sem jamais pronunciarem uma única palavra.

Certamente, tudo o que puderam aprender nessas desastradas existências foi que ninguém pode encontrar Deus aplicando agressividade contra si mesmo ou fugindo do convívio social.

A retomada da pureza, para o cultivo da fé autêntica, não pode estabelecer-se em clima de isolamento nem de mortificação. Impossível também retomá-la ao nível da ingenuidade ou da simplicidade dos primeiros anos de vida.

Com a Doutrina Espírita aprendemos a retomá-la em níveis mais altos e definitivos, em bases de conscientização, seguindo os caminhos do trabalho no campo do Bem e do combate sistemático às nossas tendências inferiores. Neste particular, há muitas perguntas que deveríamos formular diariamente:

Quantas horas por dia estamos dedicando à participação em obras assistenciais?

Quantas vezes por semana temos comparecido ao círculo da oração, no templo de nossa preferência, não para receber, mas para oferecer algo, em termos de participação?

Quais os recursos que estamos mobilizando para ajudar a combater a miséria e o infortúnio que grassam na vida social?

Quantas vezes temos calado diante das ofensas alheias?

Quantas vezes temos perdoado aos que nos criticam?

Quantas vezes temos disciplinado a língua, evitando a maledicência?

Quantas visitas temos feito a enfermos e necessitados, atendendo suas necessidades imediatas, levando-lhes consolo e esperança?

O que temos feito para edificar o Bem no mundo? Qual nosso empenho por eliminar o Mal em nós?

Em se tratando de comunhão com Deus, o culto religioso, a reunião mediúnica, o trabalho doutrinário, a leitura do livro espírita são recursos preciosos. Todavia, representam apenas um planejamento. Para sentir a presença de Deus, precisamos muito mais de “fazejamento”.

Richard Simonetti do livro:
A voz do monte

Artigo publicado na Revista Reformador Mar. 1980

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Declaração de Origem

- As mensagens, textos, fotos e vídeos estão todos disponíveis na internet.
- As postagens dão indicação de origem e autoria. 
- As imagens contidas no site são apenas ilustrativas e não fazem parte das mensagens e dos livros. 
- As frases de personalidades incluídas em alguns textos não fazem parte das publicações, são apenas ilustrativas e incluídas por fazer parte do contexto da mensagem.
- As palavras mais difíceis ou nomes em cor azul em meio ao texto, quando acessados, abrem janela com o seu significado ou breve biografia da pessoa.
- Toda atividade do blog é gratuita e sem fins lucrativos. 
- Se você gostou da mensagem e tem possibilidade, adquira o livro ou presenteie alguém, muitas obras beneficentes são mantidas com estes livros.

- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles,  a razão e a universalidade.

- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610 /98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.
- Dúvidas e contatos enviar e-mail para: regeneracaodobem@gmail.com