terça-feira, 31 de agosto de 2021

Citações de tratamento

Citações de tratamento

André Luiz



Evite menosprezar-se.

Você é uma criação de Deus.

Terá deficiências, é claro, mas é justo observar que todos nos achamos no cadinho do progresso.

Dificuldade é medida de avaliação dos nossos recursos.

Dor é sublimação.

Erro é experiência.

Recorde a sua originalidade.

Ninguém possui ideias totalmente iguais às suas.

Sua voz e suas mãos são únicas.

As marcas de sua presença destacam-se inconfundíveis

Aceite-se, desse modo, tal qual é, procurando melhorar-se.

Trabalhe, quanto se lhe faça possível, no bem geral, reconhecendo que se os outros precisam de você, também você necessita dos outros.

Guarde a consciência tranquila, vivendo a existência que Deus lhe concedeu.

E lembre-se: cada qual de nós, até que se integre na Grandeza Suprema, é uma obra-prima de inteligência em processo de habilitação na oficina da vida, a caminho da Perfeição.

André Luiz por Chico Xavier do livro:
Busca e Acharás

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- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610/98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.
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Neurofisiologia da Mediunidade

Neurofisiologia da mediunidade

Nubor Orlando Facure




Para Allan Kardec, no Livro dos Médiuns, em diversas citações os espíritos esclareceram que, todos os fenômenos mediúnicos de efeito inteligente se processam através do cérebro do médium.

O desenvolvimento da neuropsicologia apoiada por recursos propedêuticos sofisticados como a tomografia computadorizada, a ressonância magnética e a tomografia por emissão de pósitrons, têm permitido uma compreensão cada vez maior dos mecanismos envolvidos na fisiologia do cérebro.

Com base nesses achados, têm surgido novas interpretações para os quadros mentais das demências, das psicoses e até dos distúrbios do comportamento.

Atualmente, a medicina admite que a atividade mental é resultante, em termos neurológicos, de um concerto de um grupo de áreas cerebrais que interagem mutuamente constituindo um "sistema funcional complexo".

Com o conhecimento espírita aprendemos, porém, que os processos mentais são expressões da atividade espiritual com repercussões na estrutura física cerebral. A participação do cérebro é meramente instrumental.

Sabemos também que a ação do espírito sobre o cérebro, ao integrar elementos de classes diferentes (mente e matéria), implica a existência de um terceiro elemento, transdutor desse processo, que transmite e transfere as "ideias" geradas pelo espírito em fluxo de pensamento expresso pelo cérebro.

Esse elemento intermediário que imprime ao corpo físico as diretrizes definidas pelo espírito, constitui nosso corpo espiritual ou perispírito.

Após a morte, o espírito permanece com seu corpo espiritual, o qual permite sua integração no ambiente espiritual onde vive. É por esse corpo semimaterial, de que dispõe também os espíritos desencarnados, que se tornam possíveis as chamadas comunicações mediúnicas.

Para Allan Kardec, no Livro dos Médiuns, em diversas citações os espíritos esclareceram, mais de uma vez, que todos os fenômenos mediúnicos de efeito inteligente se processam através do cérebro do médium.

No estágio atual do conhecimento que nos fornece a neurologia, seria oportuno indagarmos se é possível uma maior compreensão do fenômeno mediúnico, procurando-se identificar no cérebro as áreas e as funções que estariam envolvidas nesses processos.

Os espíritos desencarnados devem, de alguma maneira, coparticiparem das funções cerebrais dos médiuns seguindo regras compatíveis com os recursos da fisiologia cerebral.

Podemos correlacionar, pelo menos hipoteticamente, quais as funções cerebrais já conhecidas que podem se prestar para a exteriorização da comunicação mediúnica.

O CÓRTEX CEREBRAL

No córtex cerebral origina-se a atividade motora, voluntária e consciente. Nele são codificadas também todas as percepções sensitivas que chegam ao cérebro e são organizadas as funções cognitivas complexas.

A atividade cerebral, para se expressar conscientemente, estabelece uma interação entre o córtex cerebral, o tálamo e a substância reticular ponto-mesencefálica. É nessa substância reticular do tronco cerebral e do diencéfalo que se situa a sede de nossa consciência. Uma lesão nessa área provoca o estado de coma.

A partir da substância reticular, integrando o tálamo e o córtex cerebral, projetam-se estímulos neuronais que ativam ou inibem atividade cerebral como um todo, levando a um maior ou menor estado de atenção, alerta ou sonolência.

Pelo exposto, podemos compreender que fenômenos como a psicografia, a vidência, a audiência e a fala mediúnica, devem implicar uma participação do córtex do médium já que aqui se situam áreas para a escrita, a visão, a audição e a fala.

Se o espírito comunicante e o médium não disciplinarem seu intercâmbio para promoverem um bloqueio no sistema reticular ativador ascendente, as mensagens serão sempre conscientes e o médium, além de acrescentar sua participação intelectual na comunicação, poderá por em dúvida a autenticidade da participação espiritual do fenômeno.

Por outro lado, nenhuma mensagem poderá ser totalmente inconsciente, visto que em todas há participação do córtex do médium e, se por acaso este não se recordar dos eventos que se sucederam durante a comunicação, o esquecimento deve ser atribuído à ocorrência de uma simples amnésia.

Considera-se, portanto, que o processo mediúnico transcorre sempre em parceria, com assimilação das ideias do espírito comunicante e a participação cognitiva do médium. Sendo comum uma amnésia que ocorre logo após a rotura da ligação fluídica (interação de campos de força), entre o médium e a entidade espiritual.

É do conhecimento dos pesquisadores do fenômeno mediúnico que a clarividência, a telepatia e a capacidade de desenhar objetos fora do alcance da visão do médium, ocorrem com características muito semelhantes à organização de noção geométrica e espacial que, ultimamente, tem se intensificado na fisiologia normal do hemisfério cerebral direito.

Quando ocorrem lesões no hemisfério cerebral direito as falhas nos desenhos são muito características. Os objetos são esquematizados com negligência de detalhes, ficando as figuras incompletas. Um óculos, por exemplo, é desenhado sem uma das hastes e uma casa pode ser rabiscada sem um dos seus lados ou sem o telhado.

Os médiuns que captam as informações à distância ou registram visões imateriais, também costumam descrever suas percepções com falta de detalhes ou amputações das imagens de maneira muito semelhante à negligência observada nas síndromes do hemisfério direito.

É possível que esses médiuns registrem as imagens utilizando as áreas corticais específicas para funções visuais e gnósticas (de reconhecimento) do hemisfério direito do cérebro. O grau de distorção ou de falta de detalhes mais precisos deve depender do maior ou menor grau de desenvolvimento mediúnico.

GÂNGLIOS DA BASE

As estruturas nucleares constituídas por aglomerados de neurônios situadas na profundidade da substância branca cerebral são denominadas de gânglios ou núcleos da base. Eles são responsáveis por uma série de funções motoras automáticas e involuntárias, fazendo parte do chamado sistema extrapiramidal.

Os gânglios da base controlam o tônus muscular, a postura corporal e uma série enorme de movimentos gestuais que complementam nossa movimentação voluntária.

Após o nascimento, a gesticulação de uma criança é visivelmente reflexa e automatizada. Progressivamente vão surgindo os movimentos intencionais (voluntários), projetados a partir do córtex piramidal (área motora principal). No processo de aprendizado, a criança vai repetindo gestos para pegar os objetos, para se levantar, para engatinhar e andar até que, progressivamente, esses movimentos vão se sucedendo com maior facilidade, passando a se realizarem automaticamente.

A mímica, a mastigação, a marcha, são automatismos aprendidos no decorrer do desenvolvimento da criança.

Posteriormente, uma série de automatismos mais complexos vão se desenvolvendo, como, por exemplo, quando aprendemos a dirigir um automóvel, a tocar piano ou a nadar.

Depois de uma certa idade, é possível de se ver facilmente que, qualquer movimento voluntário que realizamos conscientemente, é enriquecido com uma constelação de gestos automáticos e involuntários que dão um colorido característico, individual e identificador do nosso modo de ser.

Esses nossos pequenos gestos estão, frequentemente, muito bem fixados na imagem que nossos amigos fazem de nós. Por isto dissemos acima que eles servem também para nos identificar.

Convém ficar claro essa noção de que nossos movimentos podem ser voluntários e involuntários. No primeiro caso, quando são conscientes e intencionais, como, por exemplo, quando estendemos a mão para pegar um lápis. No segundo caso, quando o movimento é semiconsciente, automático, muito menos cansativo que o primeiro. Os movimentos automáticos podem ser mais simples como mastigar e deglutir ou mais complexos como, por exemplo, para dirigir automóvel, nadar ou tocar um instrumento musical.

A execução de um ato automobilístico mobiliza os gânglios da base e as áreas motoras complementares do lobo frontal. Mesmo os mais complexos como, por exemplo, tocar uma partitura bem decorada ao piano, nos permite perceber que ficam livres funções do cérebro, particularmente nossa consciência e todas as demais capacidades cognitivas do cérebro. Assim, mesmo tocando ao piano ou dirigindo um automóvel podemos manter livremente uma conversação.

Considerando o fenômeno mediúnico da psicografia e da fala mediúnica, podemos observar corriqueiramente que os médiuns ao discursarem ou psicografarem um texto sob influência do espírito comunicante, o fazem revelando gestos, posturas e expressões mais ou menos comuns a todos eles.


PSICOGRAFIA

No caso da psicografia, a escrita se processa frequentemente com muita rapidez, as palavras podem aparecer escritas com pouca clareza, as letras às vezes são grandes, provavelmente para facilitar a escrita rápida, a caligrafia tem pouco capricho, não há necessidade do médium acompanhar o que escreve e pode ocorrer escrita em espelho.

COMUNICAÇÃO ORAL

Na comunicação oral, o médium se expressa com vozes de características variadas, o sotaque pode ser pausado como que feito com esforço, mas, em médiuns mais preparados, a fala costuma ser fluente, muito rápida, parecendo se tratar de um discurso previamente preparado ou muito bem decorado. Nota-se também que, durante a comunicação, o médium assume posturas e gestos incomuns ao seu modo habitual de se expressar.

Quando interrogamos os médiuns conscientes, esses dizem que, no decorrer do fenômeno, são levados a falar ou escrever como se isso não dependesse da vontade deles.

Correlacionando agora o que vimos em termos neurológicos para a fisiologia do sistema extrapiramidal (gânglios da base e área cortical pré-motora) com as características da comunicação mediúnica, temos a impressão que a entidade comunicante se utiliza desse sistema automático para se manifestar com maior rapidez, com o mínimo de dispêndio de energia, com menor interferência da consciência do médium e com maior possibilidade de se suceder uma amnésia.

Resumidamente, poderíamos enquadrar esse tipo de comunicação mediúnica como uma constelação de automatismos complexos, desempenhados pelo sistema extrapiramidal do médium, mas com a coautoria do espírito comunicante.

Já vimos também que, durante nossos atos automáticos, nossa consciência está livre para a execução de atos voluntários e intencionais podendo com eles interromper ou modificar nossos automatismos. Por isso, podemos dizer e concluir que a manifestação mediúnica, em se tratando de gestos automatizados, sofre o controle e a ingerência da consciência do médium. O que não deixa de ser um fator inibidor, mas necessário para a própria "disciplina" da entidade comunicante, quando isso se fizer necessário.


O TÁLAMO

O tálamo é um núcleo sensitivo por excelência. Ele exerce um papel receptor, centralizado e seletor das informações sensitivas que se dirigem ao cérebro.

Os estímulos externos do tipo dor, tato, temperatura e pressão percebidos em toda a extensão do nosso corpo percorrem vias neurais que terminam no tálamo (no centro do cérebro). A partir daí, esses estímulos são priorizados e selecionados para que cheguem ao cérebro apenas os estímulos convencionais, principalmente os mais urgentes, como é o caso dos estímulos nocivos, que exigem uma rápida retirada. É ocaso de retirarmos logo a mão de um objeto que está muito quente.

Por outro lado, mesmo para estímulos de pouca importância, o tálamo pode fornecer para a consciência as informações desejadas, quando elas forem requeridas para o córtex. É o caso de, a qualquer momento, mesmo de olhos fechados, querermos saber se estamos ou não usando uma aliança no dedo ou uma meia-calça nos pés.

Portanto, as informações sensitivas são percebidas no tálamo e este exerce um papel bloqueador interrompendo o caminho até o córtex cerebral; que só será alcançado quando a informação for nova ou quando despertar interesse ou risco.

As informações monótonas e rotineiras ficam permanentemente inibidas no tálamo. Mesmo porque seria muito inconveniente estarmos ligados permanentemente a todas as informações que tocam, por exemplo, a nossa pele.

É possível que muitas das sensações somáticas referidas pelos médiuns, que dizem perceber a aproximação de entidades espirituais, como se estes lhes estivessem tocando o corpo, seja efeito de estímulos talâmicos.

Nesse caso, pela ação do córtex do médium os estímulos espirituais podem ser facilitados ou inibidos pela aceitação ou pela desatenção do médium, bem como por efeito de estados emocionais não disciplinados pelo médium.


A GLÂNDULA PINEAL

A estrutura e as funções da glândula pineal passaram a ser estudadas com maior ênfase após a descoberta da melatonina por Lerner, em 1958.

Embora a pineal já fosse conhecida desde 300 anos d.C. (foi descoberta por Herophilus), só após a descoberta da melatonina se conheceu sua relação com a luminosidade e a escuridão.

Ficou demonstrado experimentalmente que a luz interfere na função da pineal através da retina, atingindo o quiasma óptico, o hipotálamo, o tronco cerebral, a medula espinhal, o gânglio cervical superior, chegando, finalmente, ao nervo coronário na tenda do cerebelo. Entre a pineal e o restante do cérebro não há uma via nervosa direta. A ação da pineal no cérebro se faz pelas repercussões químicas das substâncias que produz.

Hoje já se identificou um efeito dramático da pineal (por ação da melatonina), na reprodução dos mamíferos, na caracterização dos órgãos sexuais externos e na pigmentação da pele.

Investigações recentes demonstram uma relação direta da melatonina com uma série de doenças neurológicas que provocam epilepsia, insônia, depressão e distúrbios de movimento.

Animais injetados com altas doses de melatonina desenvolvem incoordenação motora, perda de motricidade voluntária, relaxamento muscular, queda das pálpebras, piloereção, vasodilatação das extremidades, redução da temperatura, além de respiração agônica.

Descobriu-se também que a melatonina interage com os neurônios serotoninérgicos e com os receptores bendiazepínicos do cérebro tendo, portanto, um efeito sedativo e anticonvulsante.

Pacientes portadores de tumores da pineal podem desenvolver epilepsia por depleção da produção de melatonina.

A melatonina parece ter também um papel importante na gênese de doenças psiquiátricas como depressão e esquizofrenia.

Outros estudos confirmam uma propriedade analgésica central da melatonina, integrando a pineal à analgesia opiácea endógena.

A literatura espiritual há muito vem dando destaque para o papel da pineal como núcleo gerador de irradiação luminosa servindo como porta de entrada para a recepção mediúnica.

Como a pineal é sensível à luz, não será de estranhar que possa ser mais sensível ainda à vibração eletromagnética. Sabemos que a irradiação espiritual é essencialmente semelhante à onda eletromagnética que conhecemos, compreendendo-se, assim, sua ação direta sobre a pineal.

Podemos supor que este primeiro contato da entidade espiritual com a pineal do médium possibilitaria a liberação de melatonina predispondo o restante do cérebro ao "domínio" do espírito comunicante. Essa participação química ao fenômeno mediúnico poderia nos explicar as flutuações da intensidade e da frequência com que se observa a mediunidade.

Até o presente, a espécie humana recebe a mediunidade como uma carga pesada de provas e sacrifícios. Raras vezes como oportunidade bem aproveitada para prestação de serviço e engrandecimento espiritual.

A evolução, no entanto, caminha acumulando experiências, repetindo aprendizados. Aos poucos, iremos acumulando tanto espiritual, como fisicamente, modificações no nosso cérebro. O homem do futuro deverá dispor da mediunidade como dispõe hoje da inteligência. Confiamos que a misericórdia de Deus nos conceda a bênção de usar bem as duas a partir de hoje. 

Nubor Orlando Facure
 
Ex-Professor Titular de Neurocirurgia UNICAMP
Diretor do Instituto do Cérebro Prof. Dr. Nubor Orlando Facure 
(Campinas,SP)

Fonte: Revista Cristã de Espiritismo nº 01

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segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Tecnologia e Evangelho

Tecnologia e Evangelho

Vianna de Carvalho



Ante o esplendor da Tecnologia colocada a serviço da comodidade humana, exaltamos, no Evangelho, a técnica profunda para a libertação do homem.

Não desconsideramos os preciosos recursos da ciência tecnológica aplicados para a decifração dos perturbadores problemas que vêm desafiando os séculos, na condição de enigmas aparentemente insolúveis. 

Em face do aguçado olhar dos microscópios eletrônicos foram surpreendidas colônias de organismos e vidas perniciosas, adentrando-se o homem na profunda mecânica das células, das moléculas, dos átomos e das expressões subatômicas; as grandes lunetas de radioastronomia detectam o agitar de “quasares” azuis e de Universos outros pulsantes no Infinito dos espaços; possuem em outros mundos os engenhos interplanetários... 

A Terra diminui de expressão, enquanto as distâncias desaparecem; os acontecimentos televisionados, via satélite artificiais, invadem os lares com expressivas cargas de informações rápidas, que, de certo modo, aturdem as criaturas. Há conforto, música, beleza, ordem, limpeza e programação em quase todos os lugares do mundo. 

Poder-se-á mesmo dizer que o triunfo tecnológico teria mudado as paisagens do planeta, não fossem as ermas ou frias, revoltadas, tristes ou miseráveis paisagens do mundo moral do homem, que prossegue, genericamente, sem rumo, no báratro das realizações exteriores. 

Simultaneamente o orgulho dizima os poderosos, que se olvidam dos fracos, enquanto necessidades sócio-econômicas aniquilam os pobres, que olham, revoltados, a abastança dos ricos... 

Abraça-se o opulência com a miséria, não obstante as aparentes segregações. Quase todos, porém sob o açodar de íntimas aflições sem nome, se arrojam a guetos de exteriores diversos, quais imensos abismos de angústias e sombras onde buscam os prazeres fugidios que os não saciam. 

De um lado, a opulência vã, que não ultrapassa os limites das necessidades morais urgentes, e de outro, a frieza, a indiferença, o cansaço dos que supõem haver conquistado o mundo, quando, em realidade, apenas triunfaram por fora... 

As montras que exibem os mais aperfeiçoados aparelhos eletrônicos, joias sofisticadas, móveis de alto luxo confundem-se com as que convidam ao sexo aviltado, em multiforme expressão que escapa às imaginações mais exacerbadas – de inspiração procedente das baixas regiões do Mundo Espiritual -, com os cassinos e bares onde as paixões e ilusões não conseguem evadir-se à constrição devastadora... 

Sob a mesma inspiração, afoga-se a juventude no pântano dos tóxicos ou engaja-se, alucinada, nas experiências da velocidade, da aventura, da criminalidade. E muito mais... 

Não olvidamos os inestimáveis serviços prestados à saúde do corpo e da psique, que resultam das laboriosas conquistas científicas, expulsando enfermidades cruéis, e que cedem lugar a novas técnicas, tais, aliás, raramente ao alcance das bolsas dos aflitos. 

A Ciência sem Deus é loucura e morte. A Tecnologia sem o apoio do Evangelho é passo largo para o desespero e a insensatez. 

A Tecnologia melhora a forma, dá beleza, enquanto o Evangelho reforma o homem e dá-lhe sentimento. 

A ciência tecnológica programa o mundo, enquanto a sabedoria evangélica edifica o homem, que, renovado, modifica o mundo. 

A primeira trabalha para o exterior; a segunda promove o interior. 

Uma é claridade, atuando de fora para dentro; outra é luz a exteriorizar-se de dentro para fora. 

Para o materialismo não há saída. O futuro se encarregará de mudar-lhe as atuais estruturas conceptuais e tecnológicas, impelindo o homem, inevitavelmente, para Deus. 

Certamente, nenhum desdém pelas nobres conquistas do cérebro; todavia, sem a eloquente contribuição do sentimento renovado em Cristo Jesus, o homem não se encontra consigo mesmo. Não indo além de uma forma bem equipada e perigosa, a caminho das sombras do túmulo. 

Por isso, reverenciamos na Doutrina consoladora dos Espíritos a Ciência da crença, sob o Sol sublime que é Jesus, astro de primeira grandeza a sustentar o equilíbrio do sistema, fecundo e soberano, que espera por nós há milênios, sem pressa nem angústia. 

Vianna de Carvalho por Divaldo Franco,
em 09/06/1977, em Frankfurt, Alemanha.
Rev. Reformador – Fev. 1978 (Destaque abaixo)

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domingo, 29 de agosto de 2021

Primeiras lições de moral da infância

Primeiras lições de moral da infância

Allan Kardec


Cena do filme: Kardec

De todas as chagas morais da sociedade, o egoísmo parece a mais difícil de extirpar. Com efeito, ela o é tanto mais quanto mais alimentada pelos mesmos hábitos da educação. Tem-se a impressão que, desde o berço, a gente se esforça para excitar certas paixões que, mais tarde, se tornam uma segunda natureza, e nos admiramos dos vícios da sociedade, quando as crianças os sugam com o leite. Eis um exemplo que, como cada um pode julgar, pertence mais à regra do que à exceção.

Numa família de nosso conhecimento há uma menina de quatro a cinco anos, de rara inteligência, mas que tem os pequenos defeitos das crianças mimadas, ou seja, é um pouco caprichosa, chorona, teimosa, e nem sempre agradece quando lhe dão alguma coisa, o que os pais cuidam bem de corrigir porque, fora desses pequenos defeitos, segundo eles, ela tem um coração de ouro, expressão consagrada. Vejamos como eles agem para lhe tirar essas pequenas manchas e conservar o ouro em sua pureza.

Certo dia trouxeram um doce à criança e, como de costume, lhe disseram: “Tu o comerás se fores ajuizada”. Primeira lição de gulodice. Quantas vezes, à mesa, não acontece dizerem a uma criança que não comerá tal guloseima se chorar. Dizem: “Faze isto ou faze aquilo e terás creme”, ou qualquer outra coisa que lhe apeteça; e a criança é constrangida, não pela razão, mas tendo em vista a satisfação de um desejo sensual que incentivam. É ainda muito pior quando lhe dizem, o que não é menos frequente, que darão a sua parte a uma outra. Aqui já não é só a gulodice que está em jogo, é a inveja. A criança fará o que lhe pedem, não só para ter, mas para que a outra não tenha. Querem lhe dar uma lição de generosidade? Então dizem: “Dá esta fruta ou este brinquedo a alguém”. Se ela recusa, não deixam de acrescentar, para nela estimular um bom sentimento: “Eu te darei um outro.” Assim, a criança só se decide a ser generosa quando está certa de nada perder.

Um dia testemunhamos um fato bem característico neste gênero. Era uma criança de cerca de dois anos e meio, a quem tinham feito semelhante ameaça, acrescentando: “Nós o daremos ao irmãozinho e tu não comerás.” E, para tornar a lição mais sensível, puseram a porção no prato deste; mas o irmãozinho, levando a coisa a sério, comeu a porção. À vista disto, o outro ficou vermelho e não era preciso ser pai ou mãe para ver o lampejo de cólera e de ódio que brotou de seus olhos. A semente estava lançada: poderia produzir bom grão?

Voltemos à menina, da qual falamos. Como não levou em consideração a ameaça, sabendo por experiência que raramente a executavam, desta vez os pais foram mais firmes, pois compreenderam a necessidade de dominar esse pequeno caráter, e não esperar que a idade lhe tivesse feito adquirir um mau hábito. Diziam que é preciso formar as crianças desde cedo, máxima muito sábia e, para a pôr em prática, eis o que fizeram: “Eu te prometo - disse a mãe - que se não obedeceres, amanhã cedo darei o teu bolo à primeira criança pobre que passar.” Dito e feito. Desta vez cederam e lhe deram uma boa lição. Assim, no dia seguinte de manhã, tendo sido avistada uma pequena mendiga na rua, fizeram-na entrar, obrigaram a filha a tomá-la pela mão e ela mesma lhe dar o seu bolo. Acerca disto elogiaram a sua docilidade. Moralidade: a filha disse: “Se eu soubesse disto teria tido pressa em comer o bolo ontem.” E todos aplaudiram esta resposta espirituosa. Com efeito, a criança tinha recebido uma forte lição, mas lição de puro egoísmo, da qual não deixará de aproveitar outra vez, pois agora sabe o que custa a generosidade forçada. Resta saber que frutos dará mais tarde esta semente, quando, com mais idade, a criança fizer aplicação dessa moral em coisas mais sérias que um bolo. Sabem-se todos os pensamentos que este único fato pode ter feito germinar nessa cabecinha? Depois disto, como querem que uma criança não seja egoísta quando, em vez de nela despertar o prazer de dar e de lhe representar a felicidade de quem recebe, impõem-lhe um sacrifício como punição? Não é inspirar aversão ao ato de dar àqueles que têm necessidade?

Um outro hábito, igualmente frequente, é o de castigar a criança mandando-a comer na cozinha com os empregados domésticos. A punição está menos na exclusão da mesa do que na humilhação de ir para a mesa dos criados. Assim se acha inoculado, desde a mais tenra idade, o vírus da sensualidade, do egoísmo, do orgulho, do desprezo aos inferiores, das paixões, numa palavra, que são consideradas como as chagas da Humanidade. É preciso ser dotado de uma natureza excepcionalmente boa para resistir a tais influências, produzidas na idade mais impressionável e onde não podem encontrar o contrapeso da vontade, nem da experiência. Assim, por pouco que aí se ache o germe das más paixões, o que é o caso mais comum, considerando-se a natureza da maioria dos Espíritos que encarnam na Terra, não pode senão desenvolver-se sob tais influências, ao passo que seria preciso espreitar-lhe os menores traços para os abafar.

Sem dúvida a falta é dos pais; mas, é bom dizer, muitas vezes estes pecam mais por ignorância do que por má vontade. Em muitos há, incontestavelmente, uma censurável despreocupação, mas em outros a intenção é boa, é o remédio que nada vale, ou que é mal aplicado. Sendo os primeiros médicos da alma de seus filhos, deveriam ser instruídos, não só de seus deveres, mas dos meios de os cumprir. Não basta ao médico saber que deve procurar curar: é preciso saber como proceder. Ora, para os pais, onde os meios de instruir-se nesta parte tão importante de sua tarefa? Hoje se dá muita instrução à mulher; submetem-na a exames rigorosos; mas jamais exigiriam de uma mãe que ela soubesse como agir para formar o moral de seu filho. Ensinam-lhe receitas caseiras, mas não a iniciam nos mil e um segredos de governar os jovens corações. Assim, os pais são abandonados, sem guia, à sua iniciativa, razão por que tantas vezes enveredam por falsa rota; também recolhem, nas imperfeições dos filhos já crescidos, o fruto amargo de sua inexperiência ou de uma ternura mal entendida, e a sociedade inteira lhes recebe o contragolpe.

Considerando-se que o egoísmo e o orgulho são a fonte da maioria das misérias humanas, enquanto reinarem na Terra não se pode esperar nem a paz, nem a caridade, nem a fraternidade. É preciso, pois, atacá-los no estado de embrião, sem esperar que fiquem vivazes.

Pode o Espiritismo remediar esse mal? Sem nenhuma dúvida; e não vacilamos em dizer que é o único bastante poderoso para o fazer cessar, a saber: por um novo ponto de vista sob o qual faz encarar a missão e a responsabilidade dos pais; fazendo conhecer a fonte das qualidades inatas, boas ou más; mostrando a ação que se pode exercer sobre os Espíritos encarnados e desencarnados; dando a fé inabalável que sanciona os deveres; enfim, moralizando os próprios pais. Ele já prova sua eficácia pela maneira mais racional pela qual são educadas as crianças nas famílias verdadeiramente espíritas. 

Os novos horizontes que abre o Espiritismo fazem ver as coisas de modo bem diverso; sendo o seu objetivo o progresso moral da Humanidade, forçosamente deverá projetar luz sobre a grave questão da educação moral, fonte primeira da moralização das massas. Um dia compreenderão que este ramo da educação tem seus princípios, suas regras, como a educação intelectual, numa palavra, que é uma verdadeira ciência; talvez um dia, também, haverão de impor a toda mãe de família a obrigação de possuir esses conhecimentos, como impõem ao advogado a de conhecer o Direito.

Allan Kardec
Revista Espírita Fev. 1864

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sábado, 28 de agosto de 2021

O sustento do corpo e do espírito

O sustento do corpo e do espírito

Meimei



Certo aprendiz, em conversa com o professor, queixou-se de grande incapacidade para reter as lições.



Sentia-se sonolento, desmemoriado...


Ao cabo de alguns instantes de leitura, esquecia de todo os textos mais importantes, ainda mesmo os que se referissem às suas mais prementes necessidades.


Que fazer para evitar a perturbação?


Travou-se então entre os dois o seguinte dialogo:


– Meu filho, quando tens sede, foges do copo d'Água?


– Impossível. Morreria torturado.


– Quando nu, abandonas a veste?


– De modo algum. Não dispenso o agasalho.


– Esqueces de levar o alimento à boca, ao te apresentarem a refeição?


– Nunca. Como poderia andar sem comer?


– Pois também não podes viver sem educação - concluiu o orientador.


– Lembra-te dessa verdade e estarás acordado para os ensinamentos de nossos mestres.


O mentor do grupo esboçou silencioso gesto de bom humor e salientou:


– Nossa alma precisa estudar e conhecer, tanto quanto nosso corpo necessita de respirar e nutrir-se.

Meimei por Chico Xavier do livro:
Antologia da Criança

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sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Viagens ao Espaço

Viagens ao Espaço

Irmão X.



Falas, entusiasticamente, em habitantes de outros mundos, como se não estivéssemos habituados à experiência espírita. 

Ante a evolução dos projéteis balísticos, referes-te às criaturas de Marte e Júpiter, Vênus e Saturno, com o êxtase de uma criança. E pensas em alterações e reviravoltas milagrosas, como se a tela moral do orbe pudesse modificar-se de momento.

Lembra-te, porém, de que a vida estua, vitoriosa, em toda à parte, e de que a própria gota d’água é um pequenino mundo, povoado por miríades de seres dos quais o microscópio nos proporciona ampla notícia.

Cada esfera quanto cada paisagem é habitada a seu modo. E todos nós, amigos desencarnados, formulamos votos para que o homem, nosso irmão, continue devassando pacificamente o espaço, surpreendendo novas características de vida no reino cósmico. Nota, entretanto, que há mais de um século os homens que “morreram” chamam, debalde, a atenção dos homens que “vão morrer”. E gritam que a vida continua para lá do sepulcro, que a matéria se gradua em outros estados diferentes daquele pelo qual é conhecida na Terra.

Convidados à verificação da verdade, sábios eminentes como Crookes, Myers, Morselli, Ochorowicz, Aksakof, Lodge, empenham a própria autoridade, trazendo a lume observações e declarações indiscutíveis. 

Médiuns consagrados ao bem colaboram na difusão dos novos conhecimentos. Home, Eusápia, Esperance, Piper, sem nos reportarmos às irmãs Fox, submetem-se a exigências constantes. 

Os espíritos são vistos, ouvidos, apalpados, fotografados e identificados, mas, porque os medianeiros permanecem naturalmente unidos à mensagem, como o violino ao musicista, o notável pesquisador constrói com tal sutileza a sua filosofia da dúvida, que a Doutrina Espírita estaria transfigurada simplesmente em vasto laboratório de intermináveis experimentos, não fosse a legião de bravos que lhe sustentam o estandarte de amor e luz, como autênticos vanguardeiros do progresso, junto da Humanidade.

Ainda assim, apesar de todos os empeços, avança a evidência do Mundo Espiritual.

Nos países mais cultos do Globo os fenômenos do Evangelho vão sendo revividos, imprimindo consequências morais por toda parte. Os assuntos da sobrevivência são reexaminados.

Outros médiuns chegam à sementeira das grandes revelações e o movimento prossegue, anunciando a continuação da vida no Além.

O problema, contudo, é tão fascinante que até mesmo os espíritos, privilegiados do entendimento, manuseiam-lhe os valores como quem lhe desconhece a grandeza. Permanecem na realidade fulgurante, à maneira do homem comum à frente do Sol. À força de recolher-lhe, gratuitamente, a vitalidade e o calor, se esquece de agradecer-lhe a presença.

Não precisa perguntar-nos, assim com esse ar de encantamento, se pode habilitar-se a uma excursão até Vênus ou Marte, em época próxima. Queiras ou não, farás, como nós já o fizemos, uma viagem muito pais importante. Mesmo que bebas soros de longevidade, com geleia real de contrapeso, conforme as usanças do século, apresentarás as tuas despedidas no momento adequado.

Creias ou não creias, conhecerás cidades prodigiosas e ninhos abismais, superlotados de gente que sente e pensa como tu. Não precisarás, para isso, tripular um foguete em velocidade. Virás mesmo na barca do velho Caronte.

Nem alarme, nem propaganda. Para os homens, nossos irmãos na Terra, estarás em silencio.

Mas teus olhos verdadeiros mostrar-se-ão percucientes por trás da fronte marmórea e a tua voz se levantará, renovada, por cima da boca hirta. Tão logo comece a romagem, dirão no mundo que estás morto.

Pensa nisso para acostumar-te, desde agora, às dificuldades com que te haverás, depois, para seres recebido entre os homens.

De qualquer modo, porém, encontrarás na Doutrina Espírita todos os recursos necessários à grande preparação. Se respeitada, ela te será precioso passaporte, laboriosamente adquirido, para que te dirijas, tranquilo, aos domínios maravilhosos que desejas conhecer. E essa circunstância; no caso, é a mais expressiva de todas, porque, se podes chegar hoje, em carne e osso, a planetas diversos do nosso, a fim de observares o que é dos outros para morreres em seguida, amanhã desembarcarás nos planos da Vida Maior, em espírito e verdade, para receberes o que te pertence.

Irmão X. por Chico Xavier do livro:
Histórias e Anotações

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