sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Oásis de Luz

Oásis de Luz

Meimei



Suave, suavemente, belo jorro de luz desceu da Amplidão, coroando, de todo, a casa singela.

Dir-se-ia que a construção fora atingida em segundo por fulgura cascata de raios luminescentes.

Inflamara-se o teto de láurea rutilante.

As paredes coloridas por luminárias ocultas faziam-se transparentes, despedindo bonançosas centelhas.

De janelas e portas, fluíram de inesperado, caudais de bênçãos, qual se o ambiente interior estivesse inundado de nutriente energia.

Chama blandiciosa dissolviam as sombras, desabotoando prematura alvorada em meio às trevas noturnas e o firmamento, nos cimos parecia cálida, umbela deitando flores argenteadas sobre o anônimo ninho humano, que passara da condição de apagado recinto à ilha refulgente de alvenaria.

Os insetos da noite ciciaram com mais brandura, cães das proximidades aplacaram ladridos e os habitantes de residências vizinhas experimentaram sem perceber a intangível presença de paz profunda.

Contudo, na intimidade doméstica, acentuava-se, deslumbrante, o painel festivo, qual se varinha mágica fizesse nascer de pessoas e cousas, balsâmicas radiações de entendimento e simpatia.

Trajara-se a sala modesta de surpreendente grandeza, convertida em deleites remanso por banho lustral de amor puro que fixava sorrisos musicais de bondade em cada fisionomia.

Halos fulgurantes revestiram todas as formas alindando-lhes os traços e as cores sob o poder de ignoto cinzel.

Auréolas de esplendor tocaram os moradores, lágrimas de jubilosa esperança tremularam, furtivas, em olhos alumiados de reconforto, rostos brilharam confiantes, impregnaram-se as frontes de lume tênue, palavras ressoaram mais ternas, tonificaram-se corações em novos haustos de força e alcandorou-se a emoção a eminências desconhecidas, em transportes de irresistível candura.

Na esteira de luz em torno, transeuntes do Espaço respiraram felizes, enquanto, não longe, menestréis da Vida Maior, vocalizaram canções de bom ânimo para todo o grupo de intenso brilho.

A transfiguração arrebatadora e imprevista era Jesus, o conviva celeste em visita à casa humilde; instalara-se ali, o culto santificante do Evangelho.

Meimei por Chico Xavier do livro:
Ideal Espírita

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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Ao sol do amor

Ao sol do amor

Emmanuel




Brilhando por luz de Deus, ainda mesmo nas regiões em que a escuridade aparentemente domina, o amor regenera e aprimora sempre.

Podem surgir grandes malfeitores abalando a ordem pública, mas, enquanto existirem pais e mães responsáveis e devotados, o lar fulgirá no mundo, cooperando para que se dissolva a lama da delinquência na charrua do suor ou na fonte das lágrimas.

Podem surgir crianças-problemas e jovens transviados de todos os matizes, mas, enquanto existirem professores dignos do nome bendito que carregam, erguer-se-á a escola por santuário da educação.

Podem surgir doentes agoniados em todas as estâncias da vida, mas, enquanto existirem cientistas consagrados ao socorro dos semelhantes, levantar-se-á o hospital, como pouso da Bênção Divina para a redenção dos enfermos.

Podem surgir criminosos de todas as procedências, gerando reações populares pelos delitos em que estejam incursos, mas, enquanto existirem juízes compreensivos e humanos, destacar-se-á o instituto correcional por cidadela do bem, onde as vítimas da sombra retornem de novo à luz.

Podem surgir empreiteiros do ateísmo e do ódio, da intolerância e da guerra, como verdadeiros alienados mentais, mas, enquanto existirem sacerdotes e missionários da fé, com bastante abnegação para ajudar e perdoar, luzirá o templo, nas diversas confissões religiosas do mundo, como autêntica oficina de acrisolamento da alma.

É justificável, portanto, que a afeição não repouse, além da morte.

Para lá da fronteira de cinza, agiganta-se o trabalho para todos os corações acordados ao clarão do amor sem mácula.

Mães esquecidas na legenda do túmulo transformam-se em anjos invisíveis de renúncia, ao pé de filhos desmemoriados e ingratos, para que não resvalem de todo nas tenebrosidades do abismo; esposas renascidas do nevoeiro carnal apoiam companheiros desorientados no infortúnio, para que se restaurem no tálamo doméstico; filhos, desligados do corpo físico, tornam, despercebidos, à convivência dos pais, arrebatando-os às tentações do desânimo ou do suicídio, e arautos de ideias renovadoras sustentam-se, em espírito, ao lado daqueles que lhes continuam as obras.

Se te encontras, assim, em tarefas de sacrifício, não recalcitres contra os aguilhões que te acicatam as horas, consciente de que a matemática do destino não nos entrega problemas de que não estejamos necessitados.

Humilha-te e serve, desculpa e edifica, diante dos que se fazem complicados instrumentos de tua dor.

A prova antecipa o resgate, a luta anuncia a vitória e a dificuldade encerra a lição.

E embora se te situem as esperanças no agressivo espinheiro do sofrimento, ama os que te não compreendem e ora pelos que te injuriam, porque a Lei conhece o motivo pelo qual cada um deles te cruza os passos, e erguer-te-á o ânimo, aqui e além da Terra, para que prossigas no apostolado do amor, em perpetuidade sublime.

Emmanuel por Chico Xavier do livro:
Religião dos Espíritos

Reunião pública de 7/9/59 Questão nº 569 LE


Livro dos Espíritos - LE (Questão 569 - com dissertação de Emmanuel acima)

569. Em que consistem as missões de que podem ser encarregados os Espíritos errantes?

“São tão variadas que seria impossível descrevê-las. Muitas há mesmo que não podeis compreender. Os Espíritos executam as vontades de Deus e não vos é dado penetrar-Lhe todos os desígnios.”

As missões dos Espíritos têm sempre por objeto o bem. Quer como Espíritos, quer como homens, são incumbidos de auxiliar o progresso da Humanidade, dos povos ou dos indivíduos, dentro de um círculo de ideias mais ou menos amplas, mais ou menos especiais, de preparar os caminhos para certos acontecimentos, de velar pela execução de determinadas coisas. Alguns desempenham missões mais restritas e, de certo modo, pessoais ou inteiramente locais, como sejam assistir os enfermos, os agonizantes, os aflitos, velar por aqueles de quem se constituíram guias e protetores, dirigi-los, dando-lhes conselhos ou inspirando-lhes bons pensamentos.

Pode dizer-se que há tantos gêneros de missões quantas as espécies de interesses a resguardar, assim no mundo físico, como no moral. O Espírito se adianta conforme à maneira por que desempenha a sua tarefa.

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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Diante do próximo

Diante do próximo

Emmanuel



O próximo, em cada minuto, é aquele coração que se acha mais próximo do nosso, por divina sugestão de amor no caminho da vida.

No lar, é a esposa e o esposo, os pais e os filhos, os parentes e os hóspedes.

No templo do trabalho comum, é o chefe e o subordinado, o cooperador e o companheiro.

Na via pública, é o irmão ou o amigo anônimo que partilham conosco a mesma estrada e o mesmo clima.

Na esfera social, é a criança e o doente, o desesperado e o triste, as afeições e os laços da solidariedade comum.

Na luta contundente do esforço humano, é o adversário e o colaborador, o inimigo declarado ou oculto ou, ainda, o associado de ideais que se expressam por nossos instrutores.

***

Em toda parte, encontrarás o próximo, buscando-te a capacidade de entender e de ajudar.

Auxilia-o com aquilo que possuas de melhor.

***

Os santos e os heróis ainda não residem na Terra. Somos espíritos humanos, mistos de luz e sombra, amor e egoísmo, inteligência e ignorância.

Cada homem, na fase evolutiva em que nos encontramos, traz uma auréola de rei e uma espada de tirano.

Se chamares o fidalgo, encontrarás um servidor...

Se procurares o guerreiro, terás um inimigo feroz pela frente....

Por isso mesmo, reafirmou Jesus o velho ensinamento da Lei –
“ama o próximo, como a ti mesmo...”
Emmanuel por Chico Xavier do livro:
Taça de Luz

Psicografia em Reunião Pública – 1951.
Local – Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas.

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terça-feira, 27 de setembro de 2016

E as sessões mediúnicas de Lincoln na Casa Branca?

E as sessões mediúnicas de Lincoln na Casa Branca?

Correio Fraterno  / Hermínio C. Miranda



Cena do filme Lincoln de 2012.

O filme Lincoln, de Steven Spielberg, é o favorito do Oscar, cuja cerimônia de entrega dos troféus acontece na noite de 24 de fevereiro, em Los Angeles, USA. Com 12 indicações, a história sobre o 16º presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln, está concorrendo aos prêmios de melhor filme, diretor, roteiro, fotografia, edição, design e produção, figurino, argumento e também nas categorias de representação – para os protagonistas Daniel Day-Lewis, Sally Field e Tommy Lee Jones.

A cinebiografia de um dos mais notórios presidentes americanos surge justamente neste ano, quando se comemoram os 150 anos em que ele assinou o documento histórico, a proclamação da emancipação, tratado que deu início à emenda proibindo a escravidão nos Estados Unidos. Lincoln, aliás, também nasceu em fevereiro: 12/02/1809. E, no espiritismo, vários autores já declinaram capítulos de livros, artigos e comentários sobre a realização das sessões mediúnicas que ele realizava na Casa Branca, informação que o roteiro do filme não considerou.

O escritor Hermínio C. Miranda, em seu livro O que é fenômeno mediúnico (Correio Fraterno) conta detalhes destes episódios em "De como os Estados Unidos continuaram unidos". Segundo o autor, a realidade das faculdades mediúnicas ainda é ignorada por muitos. 
" - Lamentável que não haja uma [médium] Nettie Colburn Maynard para cada presidente, rei ou rainha neste mundo. O problema é que precisaríamos ter também um presidente Lincoln em cada um destes postos de comando político-social, com grandeza suficiente e humildade bastante para ouvir com atenção e senso crítico a palavra franca, positiva e sábia de um espírito desencarnado de alto grau evolutivo. Não para ditar ordens, mas para trocar ideias e expor alternativas".
Ele conta que, aconselhado pelos espíritos, Lincoln preservou a integridade de seu país e apressou a libertação dos negros. "O fenômeno mediúnico foi, é e continuará sendo o instrumento, o veículo dessa realidade que teima apresentar-se aos olhos da humanidade, que por sua vez teima obstinadamente em ignorá-la", analisa. "Essa é a grande tragédia da história moderna", afirma Hermínio nesta interessante obra que traz outros episódios marcantes da história geral, permeados por orientações espirituais.

Confira abaixo, nas palavras de Hermínio, como isso se deu, afinal, com o presidente Abraham Lincoln.

Eliana Haddad / Correio Fraterno

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Nota: Após a publicação da matéria, na noite de 24/02/2013 na 85ª edição dos Academy Awards com 12 indicações para o Oscar, o filme Lincoln foi agraciado com duas estatuetas pela academia de Hollywood, sendo o de melhor ator para Daniel Day-Lewis e o de melhor direção de arte para Rick Carter e Jim Erickson.   Oscar 2013
RDB

De como os Estados Unidos continuaram unidos

Por Hermínio Miranda


Lincoln em cena do filme.

Sabe-se hoje, positivamente, que o grande presidente Abraham Lincoln recorreu com certa frequência aos conselhos de seus amigos espirituais, especialmente pela mediunidade de Nettie Colburn Maynard, que narra, ela própria, como as coisas aconteceram(1).

Segundo esse depoimento, não há dúvida de que as sessões realizadas na Casa Branca e em outros locais exerceram decisiva influência em eventos do maior relevo na história dos Estados Unidos. Significativamente, um dos capítulos do livro chama-se We make History, isto é, Fazemos história, precisamente o que relata um dos mais importantes episódios daquele conturbado período de definições da nacionalidade americana.

A desgastante Guerra da Secessão arrastava-se penosamente, com pesadas perdas de vidas e as tropas do governo, que combatiam pela preservação dos ideais de unidade e liberdade do presidente Lincoln, já se mostravam pouco dispostas a continuar a luta. Tudo indicava que o país acabaria mesmo dividido, pois os sulistas lutavam pela separação.

Os espíritos fizeram um diagnóstico objetivo e nada otimista, pois a situação era de fato muito precária, ao assumir o general Hooker o comando das operações.

– O exército está completamente desmoralizado – disse o espírito incorporado em Nettie –, os regimentos estão ensarilhando as armas, recusando-se a obedecer às ordens ou cumprir o dever. Ameaçam uma retirada geral, com declarado propósito de voltarem para Washington.
Lincoln, que ouvia atentamente, concordou com o diagnóstico e comentou:

– Você parece bem informado da situação. Poderia indicar o remédio?

– Sim – disse o espírito, firme –, se você tiver a coragem de usá-lo.

Lincoln sorriu e comentou com simplicidade:

– Experimente-me.

O espírito indicou a única solução ainda possível, a seu ver. O presidente deveria ir imediatamente ao fronte visitar os soldados. Não como figura distante, com todo o aparato do cargo, cercado de ministros e generais, apenas para passar revista às tropas, mas com o mínimo possível de gente, levando sua família. Deveria caminhar entre os soldados, conversar com eles, saber de suas queixas e dificuldades.

– Mostre-se tal qual é às dificuldades que eles enfrentam na marcha através dos pantanais, onde, tanto em coragem como em número, eles têm sido desfalcados.

A providência era tão urgente no entender do espírito que Lincoln deveria mandar anunciar imediatamente sua decisão de ir, enquanto preparava a viagem, que demoraria alguns dias.

Ao cabo de uma longa exposição, o presidente disse uma só frase:

– Isso será feito.

A conversa continuou, porém, abordando outros aspectos. O presidente e o espírito manifestado em Nettie discutiram assuntos de relevo que somente aos dois interessavam e, naturalmente, à nação americana que ensaiava seus primeiros passos como a grande potência mundial que seria dentro de algum tempo.

Lincoln fez a viagem sugerida pelo seu amigo espiritual e a sorte da guerra mudou prontamente porque, agora sim, os soldados que lutavam pelos seus ideais estavam motivados. Com muitos deles o presidente falara pessoalmente. Deixara de ser o vago e desconhecido figurão político que, de Washington, mandava ordens.

Assim, graças a uma sessão mediúnica, os Estados Unidos continuaram unidos. Sem Nettie Colburn Maynard provavelmente teríamos hoje dois países ali, em lugar de um só.

E mais; foi também em atenção a uma mensagem mediúnica de seus amigos espirituais que o presidente resolveu promulgar a famosa Proclamação da Emancipação que acabava com a escravatura no país, contrariando interesses mesquinhos de muitos, mas promovendo os interesses da lei divina na Terra. Dizem mesmo que até na redação final desse documento histórico colaboraram pessoalmente os espíritos. Lincoln empenhou praticamente sua vida nessa lei. Era uma das suas mais importantes tarefas, depois de manter a unidade política, geográfica e social da grande nação que lhe fora confiada pelo voto popular.

Parece, aliás, que o mundo espiritual tinha planos importantes acerca dos Estados Unidos, pois foi ali, em Hydesville, em 1847, que se deslanchou como que 'oficialmente' a fenomenologia mediúnica moderna, servindo de médiuns as meninas da família Fox.

Pelo menos sob o governo de Lincoln, portanto, importantíssimas decisões foram tomadas depois de sugeridas ou discutidas com seus amigos desencarnados. Até a morte do presidente lhe foi revelada num sonho.

Sonhou ele, certa noite, que pesava sobre a Casa Branca uma atmosfera de tristeza e luto. Procurando saber o que se passava, chegou a um dos salões onde estava exposto um caixão de defunto guardado por vários soldados. O presidente, em sonho, aproximou-se de um deles e perguntou:

– Quem é o morto?

– É o presidente – disse-lhe o soldado. Foi assassinado.

Era o recado vindo através do mecanismo do sonho, para que ele estivesse de sobreaviso, não para impedir que a tragédia se consumasse, mas para que seu destino se cumprisse, como se cumpriu.

Dentre as muitas 'coincidências' entre episódios da vida de Lincoln e a de John F. Kennedy, podemos acrescentar mais este – a do aviso da morte súbita. No caso de Kennedy o veículo foi a sra. Jane Dixon, que com bastante antecedência foi informada mediunicamente da tragédia de Dallas, que ela via como uma nuvem negra como que pousada sobre a Casa Branca. Por intermédio de amigos comuns, ela tentou avisar ao presidente Kennedy, mas tal como no caso de Lincoln, bem como no de Júlio César, havia uma fatalidade a ser cumprida.

1- Nettie Colburn Maynard, Was Abraham Lincoln a spiritualist? (Foi Abraham Lincoln um espiritualista?) Ed. Spiritualist Press, Londres/Inglaterra.

O misterioso 'poder' de Lincoln

Por Raymundo Rodrigues Espelho (2)




Abrahan Lincoln nasceu perto o Hodgenville, Kentucky, em 1809 e foi assassinado por um fanático sulista, em Washington, no dia 14 de abril de 1865. O grande emancipador era descendente de imigrantes ingleses semianalfabetos. Como seus pais, era agricultor e trabalhou também como lenhador até a maioridade. Com 21 anos de idade sabia apenas ler e escrever e só mais tarde pôde frequentar escolas. Formou-se em Direito e se iniciou na advocacia em 1836. Foi deputado por Ilinois de 1834 a 1842, em quarto legislaturas e senador de 1846 a 1849. Liderou vigorosa campanha abolicionista. Foi eleito presidente em 1860 e reeleito em 1864.

Esse grande estadista até os 21 anos de idade pouco contato teve com a chamada civilização, mas soube aproveitar bem o seu tempo. Se em 1830 era semianalfabeto, em 1860 era conduzido ao mais elevado cargo de umas maiores e mais adiantadas nações.

O livro Sessões espíritas na Casa Branca (1)  relata:

Escrevendo Lincoln a seu amigo Speed, deixa-se extravasar nestas linhas: 
" - Sempre tive uma acentuada tendência para o misticismo. Tenho sido controlado por um misterioso poder que não simplesmente a minha vontade. Com frequência, vejo perfeitamente claro o caminho a seguir, embora conscientemente não tenha suficientes fatos a apoiar minha decisão. E não me lembro de uma única vez os resultados não fossem satisfatórios..."
Um fato que registra sua inflexível serenidade e deixa patente como sabia aproveitar muito bem o seu tempo:

"... Lincoln era de origem muito humilde e o líder político Stephen Arnold Douglas não perdia oportunidade de fazer referência a esse respeito.

Certa ocasião, numa roda animada, declarou que vira Lincoln, pela primeira vez, do outro lado do balcão de um armazém. E louvou a qualidade de Lincoln como atendente de bar.

Houve grandes risadas, mas Lincoln, serenamente, sem se alterar, comentou por sua vez:

– Mr. Douglas disse a verdade. De fato tive um armazém no qual vendia de tudo, desde velas a charutos. Às vezes vendia também uísque. Mr. Douglas lembra-se bem disto, pois era um dos meus melhores fregueses.

Ele, do lado de fora do balcão e eu do lado de dentro, muitas vezes lhe vendia. O tempo passou e continua a haver uma diferença entre nós:

Eu saí do lado de dentro do balcão e Mr. Douglas continua frequentando o lado de fora com a mesma obstinação de outrora."

Enquanto algumas criaturas param no tempo e no espaço, outras, por mais pobres e humildes que sejam, esforçam-se para aproveitar o tempo, a fim de tornarem-se úteis para aqueles que a cercam e muitas vezes se destacam na coletividade.

Você está mais para Abraham Lincoln ou para Mr. Douglas?

1- Nettie Colburn Maynard e Wallace Leal V. Rodrigues, O Clarim, 1981.
2- A revelação da chave, Raymundo R. Espelho, EME, 1992.

Publicado no jornal Correio Fraterno, edição 450 -Janeiro/Fevereiro 2013

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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Imagens

Imagens

Emmanuel




Não é somente o homem que escreve, a pessoa capaz de trazer monstruosas criações ao pensamento do povo, assim como não apenas o tribuno pode formar na mente alheia estados alarmantes de ansiedade e loucura.

Quantas vezes, nas tarefas cotidianas, traçamos nos outros destrutivas impressões de revolta e indiferença, com os nossos gestos impensados?

Quantas vezes nossa cólera terá gerado naqueles que nos cercam, o desânimo e a frustração?

Em quantos pequeninos lances da luta diária, damos pasto a calúnia e a maledicência, plasmando ideias que, hoje vagas e imprecisas, podem ser amanhã, decisivos fatores de perturbação e delinquência?

Longe de ponderar as responsabilidades que nos enriquecem o espírito, frequentemente descemos a questiúnculas e bagatelas infelizes, sugerindo a maldade e disseminando a aflição, agravando, assim, nossos débitos, consolidando as forças da ignorância e da crueldade, em desfavor de nós mesmos.

No altar de nossa fé e no campo da caridade que o Senhor nos deu a lavrar, recorda que responderemos pelas imagens que os nossos pensamentos, palavras e atos estabelecem na alma dos outros, tanto quanto os arquitetos se incumbem das construções que lhes obedecem aos planos.

E acordando para a luz que nos cabe acender na viagem da vida, não te esqueça da claridade de paz e bom ânimo, confiança e alegria que nos compete estender, na proteção aos que nos cercam, a fim de que possamos avançar livremente ao encontro da harmonia e do progresso, porque toda as nossas criações de pessimismo e indisciplina, desalento e amargura, em seus golpes de retorno, significarão para nós mesmos, penúria e dificuldade, infortúnio e provação.



domingo, 25 de setembro de 2016

Ambientes

Ambientes

Emmanuel



Importante pensar que não apenas termos o que damos, mas igualmente viveremos naquilo que proporcionamos aos outros.

Daí o impositivo de doarmos tão somente o bem, integralmente o bem.

Se em determinada faixa de tempo criamos a alegria para os nossos semelhantes e criamos para eles o sofrimento em outra faixa, nossa existência estará dividida entre felicidade e desventura, porque teremos trazido uma e outra ao nosso convívio, arruinando valiosas oportunidades de serviço e elevação.

Se oferecemos azedume, é óbvio que avinagraremos o sentimento de quem nos acolhe, reavendo, em câmbio inevitável, o mesmo clima vibratório, como quem recolhe água inconveniente para a própria sede, após agitar o fundo do poço, de cuja colaboração necessite.

Se atiramos crítica e ironia à face do próximo, de outro ambiente não disporemos para viver senão aquele que se desmanda em sarcasmo e censura.

Certifiquemo-nos de que não somente as pessoas, mas os ambientes também respondem. 

Queiramos ou não, somos constrangidos a viver no clima espiritual que nós mesmos formamos.

Pacifiquemos e seremos pacificados.

Auxilia e colherás auxílio.

Tudo que espiritualmente verte de nós, regressa a nós, “Dá e dar-se-te-á”, ― asseverou Jesus. O ensinamento não prevalece tão só nos domínios da dádiva material propriamente considerada. Do que dermos aos outros, a vida fatalmente nos dá.








sábado, 24 de setembro de 2016

Erro e reabilitação

Erro e reabilitação

Joanna de Ângelis



A lei do progresso, fomentando as inevitáveis conquistas do processo da evolução do homem e das comunidades, confirma a assertiva do Cristo, quando elucida que "o Pai não deseja a morte do pecador, mas, sim, a do pecado".

A herança ancestral, procedente das experiências primevas por onde transita o princípio espiritual, se demora, em mecanismo atávico, jugulando o ser aos hábitos infelizes, que lhe constituem a natureza animal, inferior.

À força da educação e sob o império das necessidades de superar os sofrimentos e deles liberar-se em definitivo, somente assim galga os degraus do aperfeiçoamento moral, modificando o meio ambiente e as estruturas em que se apoia, gerando condições novas propiciatórias do próprio desenvolvimento.

A cultura e as artes, as ciências e a tecnologia vêm em seu apoio, promovendo os valores de que se utiliza e através dos quais conquista os títulos de enobrecimento e de paz.

Certamente, ainda não se vive, na Terra, uma sociedade justa, onde a miséria de vário porte haja cedido lugar à abundância, ou vigorem os direitos humanos. Igualmente, medeiam ainda muitos males, desde as contínuas ondas de violência promotora de guerras, como infortúnios que resultem da desatenção e desrespeito, aos superiores Códigos de equilíbrio que regem a vida.

Sem embargo, muitos barbarismos que eram habituais e legislações vazadas na impiedade e na vingança vão cedendo lugar a conceitos mais compatíveis com os fenômenos psicológicos, sociais e econômicos que evitam os crimes.

Já se pode sentir o esforço quase generalizado de povos e nações que estabelecem leis de respeito mútuo como Organizações que propugnam por uma humanidade mais feliz, na qual os seus direitos sejam reconhecidos, assim como os seus deveres sejam cumpridos.

De passo em passo, de experiência em experiência, o progresso moral firma as suas bases, abrindo campo para tentames mais expressivos, portanto, relevantes.

Combate o erro, onde quer que o encontres; no entanto, enseja ao errado a lição educativa.

Insurge-te em atitude contrária ao crime; não obstante, corrige o criminoso.

Opõe-te à violência; mas, acalma o violento.

Reage ao mal de qualquer procedência; entretanto, não te esqueças de socorrer os maus com a tua bondade.

Arrebenta as algemas da ignorância onde se manifeste; todavia, esclarece a vítima necessitada.

Arranca a máscara da hipocrisia onde quer que se apresente; porém, socorre aquele que lhe padece a sanha.

Acusar por acusar ou perseguir por perseguir não resolve o problema que inquieta as criaturas.

O cristão, em geral, e o espírita, em particular, faz mais: ajuda o caído, ao tempo em que invectiva contra os fatores e circunstâncias responsáveis pela sua queda.

Ninguém combate as pragas de uma seara, a fim de condená-la ao abandono.

Não é justo apontar enfermidades sem cuidar dos doentes em aflição.

A atitude correta diante do mal é a prevalência do bem, assim como deve ser o comportamento do crítico, do acusador: a do amparo total e indiscriminado ao equivocado, ao infeliz.

Jesus, que não concordava com o erro em situação nenhuma, jamais deixou de educar, atender, socorrer e amparar os que haviam tombado nas malhas intrincadas da delinquência.

Vigilante e operoso, todo o Seu ministério é um poema de compreensão e fraternidade com os miseráveis, sem que jamais se vinculasse à miséria.

E o fazia, porque o Pai deseja a salvação do ímpio, ao mesmo tempo em que a impiedade deixe de existir no homem.

Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro: 
Viver e Amar

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