terça-feira, 31 de outubro de 2023

O plano da vida após a morte

O plano da vida após a morte

Cairbar Schutel


O primeiro plano do Mundo Espiritual é bem parecido com o plano em que vivemos, o plano terrestre. Pode-se dizer que o nosso plano de vida aqui, na Terra, é uma cópia materializada do primeiro plano da Vida Espírita. O que existe na Terra, existe nesse plano do mundo espírita, sendo que ele contém ainda mais alguma coisa do que existe no nosso mundo. Mas é muito mais aperfeiçoado, mais belo, sem comparação; e tudo o que existe, está claro, é formado de matéria contida nesse plano de vida, ou mundo.

O termo “mundo”, na linguagem Espírita, não exprime somente os planetas, os globos, mas também as camadas que chamamos atmosféricas e que envolvem os planetas, os cometas, as estrelas ou sóis, e outros mundos imperceptíveis mesmo aos astrônomos e aos que se dedicam às coisas espirituais. Poderíamos chamar esses mundos de mundos aéreos, entretanto reais, pois é neles que vivemos a nossa vida verdadeira. Nos mundos materiais a nossa vida é ligeira, aparente, transitória, sujeita aos cinco sentidos e limitada à personalidade, ao passo que, no Mundo Espírita, não é a personalidade que vive, mas sim a individualidade, com o sentido amplo que abrange o seu passado.

De modo que, como foi dito pelos Espíritos que ditaram ensinos a Allan Kardec, o Mundo Espiritual é um reflexo aperfeiçoado do mundo material. Com efeito, os videntes veem esse reflexo assim como os poetas e pensadores, debruçados à beira mar veem em suas águas retratados os astros e as estrelas dos céus.

Para os homens na Terra, essa visão não passa de miragem, de reflexo, mas para os habitantes do Mundo Espírita, esse reflexo é tão real, como é real, na Terra, o que o homem vê, observa e executa: as cidades, casas, veículos, etc... (Nossas citações são comparativas; fazemo-las assim como um índio que tivesse ido a uma cidade ou a uma metrópole e, de volta, a descrevesse à sua tribo.)

Acresce, porém, que o Mundo Espírita não limita a sua evolução somente ao reflexo, isto é, não contém só o que contém a Terra, porém muito mais, pois é claro que, sendo ele o “Mundo Normal Primitivo", o que existe na Terra é originário desse mundo. Todas as novidades, todas as novas descobertas, os melhoramentos que o mundo terreno vai tendo, vêm do Mundo Espiritual e são uma cópia grosseira, materializada, do que existe no Mundo Espiritual.

Esse Mundo Espiritual é muito maior do que o mundo material; nem pode haver comparação, senão muito relativa, seja em estrutura, nas belezas da Arte, nas maravilhas da Ciência, na altura da concepção dos seres intelectuais e das coisas, na harmonia, etc.; em tudo ele excede, mas excede muito ao mundo material.

Basta dizer que a vida, ali, é isenta do "ganha pão", do "ganha roupa" e do "ganha cobertura". O trabalho é muito mais suave, independente de suores, fadigas, canseiras, e ainda mesmo esse trabalho, conquanto seja obrigatório, como o é o trabalho na Terra, tem o seu limite para permitir as distrações, o estudo, a formação do intelecto, o progresso do Espírito.

Os que se amam constituem-se em famílias, obedecem às leis sociais de respeito mútuo, muito mais ainda do que na Terra. Entretanto, nesse plano de existência, mormente no momento atual, o bem-estar tem sido terrivelmente perturbado pela ação nefasta de Espíritos maléficos, que vão deixando a Terra atormentados pelas guerras, epidemias, suicídios e catástrofes de várias espécies. [No estado ordinário, sem contar as vitimas de guerras e de cataclismos, morrem diariamente, no mundo, cerca de 100 mil pessoas (1932).]

Devemos acrescentar que esse plano de vida está ainda muito distante da felicidade. E quando dizemos que ele é belo e admirável, fazemo-lo sempre em relação ao mundo material, onde predominam paixões de todos os gêneros e o vil interesse dos bens materiais.

Propositalmente com o intuito de trazer revelação sobre a Vida Espiritual, e para que não a julguem milagrosa, abstrata, é que deliberamos publicar este livro.

Finalmente, vamos repetir: a vida Além do Túmulo não se cifra num Inferno candente, num Purgatório de labaredas, num Céu de beatífica e nula contemplação, num mistério, numa abstração; lá existem cidades flutuantes, sonhos de Júlio Verne, grandes avenidas, largas praças, jardins esplêndidos, museus, ruas belíssimas, onde se destacam magníficos edifícios, construções que maravilhariam os maiores arquitetos da Terra, onde cruzam e se multiplicam veículos de que o homem ainda não pode fazer ideia; ascensores que conduzem aos planos superiores, e, para determinados fins, os Espíritos inferiores, que, pela sua materialidade, não se podem elevar ao azul do firmamento. Enfim, lá a vida é tão intensa, o movimento tão acentuado, que confunde os Espíritos menos avisados, como confuso e boquiaberto ficaria o sertanejo que do mundo nada conhecesse a não ser o recanto em que nasceu e fosse transportado para um dos centros principais do mundo terrestre, por exemplo, Londres ou Paris.

Esse ar que nos envolve e parece ser o vácuo, o nada, é um mundo de seres e de coisas, que não podem ser percebidos por nós, devido à deficiência da nossa retina, que só percebe a matéria densa, conglomerada.

Os Espíritos, logo que partem da Terra, pela transformação da morte, acostumados às sensações grosseiras e às percepções que lhe são dadas exclusivamente pelos cinco sentidos, não veem logo as coisas espirituais, não as percebem, e então continuam a utilizar-se desses mesmos sentidos; mas, não tendo mais o corpo carnal que lhes servia de "periscópio", encostam-se às pessoas da Terra que lhes são similares, para, com o auxílio destes intermediários, satisfazerem seus desejos materiais, pelos sentidos psíquicos.

Com razão, pois, se diz, que ao lado de cada homem, de cada pessoa, existem muitos Espíritos. E esse fato tem sido verificado pelos médiuns videntes, que os enxergam até mesmo, tomando parte nos nossos negócios, viagens, diversões. Pelas casas, pelas ruas, pelas praças, estradas de ferro, automóveis, carros, carroças, andam milhares de Espíritos; em toda parte eles são encontrados: nos jantares, aos bailes, nos teatros, nas igrejas. Esses Espíritos, de condição inferior, são os designados com o nome de familiares, na Doutrina Espírita.

Não queremos dizer, com isto, que todos os familiares sejam ruins, atrasados e sofredores; há os em diversas escalas de bondade e de sabedoria, como existem na Terra pessoas de todas as categorias.

Alguns são missionários, que poderiam estar num plano superior, mas preferem auxiliar parentes e amigos que aqui deixaram. Outra multidão de missionários vive em nossa atmosfera, guiando os Espíritos atrasados, protegendo e auxiliando os homens de boa vontade: iniciam na vida espiritual os que para lá se passam; preparam para uns, novas encarnações; exilam outros para mundos inferiores, ou para outros planetas.

Esses casos são muito comuns no Mundo Espírita; é o que aqui na Terra chamamos "lei da deportação". Quando o indivíduo é perigoso, obstinado criminoso contumaz, irredutível, os governos da Terra, encerram-no num presídio, ou deportam-no para outra nação; no Mundo Espírita, em semelhantes condições, enviam o Espírito, ou para um presídio, onde receba instrução e fique preso, ou para outro Planeta mais atrasado, com a dupla vantagem de que, ele levará aos habitantes dessas outras Terras alguma novidade que aprendeu, ao mesmo tempo que, aguilhoado pelo sofrimento, regenera-se e efetua o seu progresso.

No Mundo Espiritual há o princípio de autoridade, e disso temos muitas provas, seja pela cura de obsessões, seja na cura de moléstias, dadas pela Ciência como incuráveis e que não são mais que a ação de Espíritos maléficos, odientos, rancorosos, ciumentos, invejosos, cuja ação cessa quando eles são chamados à ordem e cedem ao principio de autoridade.

Contudo, não é demais repetir que, no momento atual, também o Mundo Espírita passa por grande crise, cujo reflexo se vê na Terra. Mas a crise não é definitiva: é sempre um tempo curto de revoluções, que tem um fim; esperamos que muito breve a crise do mundo material seja superada, para que mais depressa seja abafada a crise no Mundo Espírita, pois recíproca é a ação de um mundo sobre o outro.

A deportação, para outros planetas, de um verdadeiro Império de Perturbadores, que há séculos vem aniquilando e avassalando tanto o mundo Terra quanto o Mundo Espírita, dará fim a essa crise. E é por esse motivo que vós, espíritas, não podeis ainda consolidar as vossas mais altas aspirações, cumprindo com alegria as provas que, por Deus, vos foram impostas; e ao mesmo tempo vos é difícil manter íntima relação com os Espíritos que vos auxiliam. Os efeitos dessa crise também concorrem para os insucessos de muitas curas e a ineficácia das preces que fazeis, bem como prejudicam experiências probativas da Imortalidade. Mas tudo passará breve e as duas Humanidades, ligadas por um mesmo Ideal, marcharão apressadamente para tornarem o Mundo Terreno uma habitação superior, ao menos bem confortável, e o Mundo Espírita, um Paraíso para o descanso e úteis diversões, ao mesmo tempo, uma Escola de Progresso, a oferecer aos que deixarem a Terra novas oportunidades.

Tudo vai ser reformado, tudo vai ser remodelado para o Império do Bem e do Belo, porque o Reinado do Cristo Jesus se avizinha e se proclama em todo o mundo e no Espaço.

Cairbar Schutel do livro:
A Vida no Outro Mundo

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segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Hospital ou escola?

Hospital ou escola?

Richard Simonetti



A experiência demonstra que geralmente as pessoas comparecem ao Centro Espírita à procura de solução para tormentosos problemas pessoais, destacando-se, isoladamente ou em conjunto:

Enfermidades renitentes.

Desentendimentos no lar.

Tensão nervosa.

Depressão.

Dificuldades financeiras.

Frustrações profissionais.

Insistentes ideias infelizes.

Desenganos sentimentais.

Isto significa que o Centro Espírita é para muitos um hospital mágico, onde mentores espirituais podem realizar os mais variados prodígios em favor dos consulentes.

Semelhante situação é no mínimo extravagante, porquanto não se inspira nos postulados doutrinários... Não há nada, em Espiritismo, que sugira a ideia de que o intercâmbio com os mortos é uma panaceia infalível para os males humanos.

* * *

Muito mais que atender aos interesses da Terra, o Espiritismo faz nossa iniciação nos ideais do Céu, mostrando-nos a estrutura e funcionamento das Leis Divinas. Simultaneamente convoca-nos à sua observância como o único caminho para que nos libertemos de sentimentos inferiores como o egoísmo, a vaidade, o orgulho, geradores de todos os nossos infortúnios. Somente assim nos habilitaremos a viver felizes, contribuindo para a construção de um mundo melhor com o empenho glorioso de nossa própria renovação.

O desconhecimento desses objetivos induz a alguns enganos lamentáveis. O principal deles relaciona-se com a famosa “consulta”. Os frequentadores querem conversar com os Espíritos, ouvir a promessa de decisiva intervenção ou receber a indicação de “poções” infalíveis em seu benefício.

Assim, poucos vinculam-se ao Centro. Tomado à conta de hospital, é compreensível que os “pacientes” tendam a afastar-se atendendo a dois motivos: melhoraram e consideram desnecessário continuar o tratamento; ou não melhoraram e resolvem procurar ajuda em outro lugar.

Há dirigentes espíritas que contribuem para essa situação anômala. Por desconhecimento da Doutrina e por temerem perder a “clientela”, fazem a atividade do Centro girar em tomo de receituários e aconselhamentos espirituais, que podem amenizar determinados problemas mas jamais os resolvem, porquanto atacam efeitos sem remontar às causas.

Se um alcoólatra procura o Centro porque está com uma crise hepática, pouco valerá cuidar apenas de seu fígado. É indispensável ajudá-lo a superar o vício.

Se alguém é envolvido por Espíritos que o atormentam com ideias e sentimentos infelizes, será ocioso afastá-los simplesmente. Eles sempre retornarão. A providência fundamental é ajudar o obsidiado a modificar seu padrão vibratório com a assimilação de conhecimento renovador. Então ele próprio se libertará em definitivo. Se temos uma ferida exposta sempre haverá moscas em torno. A razão nos diz que sem cuidar do ferimento gastaremos muito tempo a afugentá-las.

* * *

No Centro Espírita “Amor e Caridade”, em Bauru, não há manifestações mediúnicas nas reuniões públicas.

“Mas aqui é mesmo um Centro?” - perguntou-nos alguém. Uma dúvida compreensível, já que muita gente confunde Espiritismo com manifestação dos Espíritos.

Evidentemente, há ali os trabalhos práticos, em vários dias (é parte da atividade espírita), mas privativamente, em pequenos grupos, dos quais participam companheiros que têm conhecimento do fenômeno mediúnico e da responsabilidade que envolve seu exercício.

Nessas sessões estuda-se basicamente “O Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec, onde se destaca que somos todos médiuns e que muitos de nossos desajustes guardam sua origem no desconhecimento dos mecanismos que regem nossas relações com o mundo dos Espíritos.

Nas reuniões públicas são comentados “O Evangelho Segundo o Espiritismo” e “O Livro dos Espíritos”.

O primeiro aborda um tema que pode parecer surpreendente ao leigo: o aspecto religioso da Doutrina Espírita.

“Ué! Espiritismo é religião?” - perguntam-nos.

Resposta positiva. Espiritismo é religião! Uma religião diferente, sem ritos, sem rezas, sem cerimônias. Seu objetivo não é de formalizar uma atitude religiosa com o comparecimento ao templo ou a adoção de determinada postura física, mas de renovar nossas concepções a respeito da comunhão com Deus.

“Deus é Espírito, e em espírito e verdade é que o devem adorar os que o adoram” - diz Jesus à mulher samaritana, demonstrando que devemos procurar Deus no único lugar onde realmente o encontraremos - na intimidade de nosso coração. Com esse propósito Kardec comenta os ensinamentos de Jesus em sua essência - a moral evangélica - demonstrando ser indispensável que nos renovemos para o Bem. Sem esse empenho jamais teremos a pureza necessária para o encontro glorioso com o Criador, como destaca o Mestre, na sexta promessa de “O Sermão da Montanha”: “Bem-aventurados os que têm limpo o coração, porque verão a Deus”.

A fim de que nos sintamos estimulados a esse esforço temos em “O Livro dos Espíritos”, síntese filosófica da Doutrina, a resposta racional e lógica para os “porquês” da Vida. Por que estamos na Terra, por que sofremos, por que experimentamos frustrações, por que há tanta violência no Mundo, por que a enfermidade grassa, e muito mais, convidando-nos a desenvolver a capacidade de reflexão, no empenho de conhecermos a nós mesmos e o que nos compete fazer.

* * *

As reuniões públicas do Centro Espírita devem ser tomadas à conta de uma iniciação espírita, onde participaremos de um banquete de luzes que enriquecem a existência.

Para tanto é preciso superar a concepção distorcida e irreal do centro-hospital, com pleno entendimento de que ele é, acima de tudo, uma abençoada escola.

- Antes de cogitar dos benefícios que o Centro Espírita pode lhe oferecer, procure conhecer a Doutrina Espírita. Muita gente perde valiosas oportunidades de edificação por não atentar a essa necessidade.

- Leia e estude as obras básicas de Allan Kardec e as complementares, particularmente de Francisco Cândido Xavier, que atendem a todos os gostos literários e a todos os níveis de entendimento. 0 livro espírita é precioso repositório de bênçãos que deve estar sempre ao alcance de nossa mão.

- Eleja os dias da semana em que comparecerá ao Centro Espírita, assumindo, perante si mesmo, compromissos de assiduidade e perseverança. Sem esse empenho é provável que se considere impossibilitado por contratempos frequentes, não obstante serem perfeitamente superáveis.

Richard Simonetti do livro:
Uma razão para viver

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domingo, 29 de outubro de 2023

Mentir a si próprio

Mentir a si próprio

Miramez

Quando Jesus disse que a verdade liberta a alma foi, desta maneira, destruindo a mentira. A mentira maior acontece quando mentimos para nós mesmos; ao alimentarmos os vícios, estamos nos enganando; quando negamos o progresso em todos os sentidos, estamos procurando ludibriar as necessidades da verdade; quando damos vazão à gastronomia, sentindo a consciência do erro, pagamos caro na manifestação da doença. Ao mentirmos a nós mesmos, estamos cavando a própria sepultura antes do tempo marcado pelo verdadeiro tempo.

Devemos modelar a nossa vida com a vida do Cristo, que Ele nos salvará, indicando-nos as vias para o equilíbrio e a paz. Compreende-se daí que temos necessidade de um guia. D'Aquele que serve a toda a humanidade desde o princípio. Devemos ter cuidado com as aparências, porque elas podem levar à tristeza. O vigiar e orar de Jesus nos dá segurança contra as imposturas, que de passo a passo sempre encontramos nos caminhos.

Convém a todos nós organizar nossos pensamentos e ter maior cuidado na formação das ideias, para que elas não carreguem o traço do embuste, fazendo com que os companheiros que acreditam em nós constatem a brevidade dos assuntos de que assumimos a paternidade.

Não mentir para nós mesmos significa retidão de vida e, para tanto, o nosso trabalho, que o empenho nos faz levar avante, deve ser grandioso, modificando toda uma estrutura de vida.

O homem cheio de patranha nos seus ideais de vida é sempre infeliz por onde passa, sendo capaz de semear discórdia por onde transita. Tudo o que fazemos malfeito é, pois, um começo de fraude, como a semente da mentira. Necessário se faz que compreendamos que responderemos por essas ideias semeadas, porque colheremos os frutos desastrosos.

Quando julgamos alguém, mesmo que esse alguém esteja errado no nosso conceito, sempre acrescentamos algo da nossa parte, que pode avolumar e vir ao nosso encontro, como a água dos rios que corre para o mar. Se não mentes para ti mesmo, nunca mentirás para os outros. A harmonia de dentro ilumina por fora e, se conhecemos a árvore pelos frutos, conhecemos as almas pela sua vida, pelos seus pensamentos, palavras e ações.

A ilusão desarticula todas as possibilidades do que dela se faz instrumento. É bom que observemos a vida dos sábios; eles conversam pouco, porém falam sempre a verdade que educa, que instrui e ainda liberta quem se interessa por ela. Todo embromador atrofia seus valores espirituais, sendo desvalorizado junto aos seus companheiros; todas as notícias, tanto do bem como do mal, "correm mundo" e, por vezes, o último se irradia mais na faixa humana. O mentiroso é um infeliz, porque nem ele mesmo acredita nele, quanto mais nos outros que o ouvem, mas, como tudo tem conserto, quem deseja melhorar-se pode começar agora mesmo com a ponderação, porque o acostumado à impostura vive dentro dela e os anos a fazem solidificar-se, como que condicionando vibrações negativas, que somente o tempo, envolvido com a verdade, pode desarticular, modelando o bem, na regência da verdade. O engano, com o tempo, nos faz crer que existe a verdade.

Procura Deus, mesmo da maneira que sabes, que as intenções, sendo sérias, possibilitarão o seu aparecimento, pelos meios que a tua evolução comportar e te ensinarão a falar e a viver as coisas certas. Não tenhas medo de enfrentar o monstro que te ronda, viajando no barco das aparências, porque quem anda com Deus pode acreditar que Jesus se encontra lado a lado, com Ele nos seus caminhos.
A harmonia de dentro ilumina por fora e, se conhecemos a árvore pelos frutos, conhecemos as almas pela sua vida, pelos seus pensamentos, palavras e ações.

Miramez por João Nunes Maia do livro:
Horizontes da Vida

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sábado, 28 de outubro de 2023

Decisão e Atitude

Decisão e Atitude

Marco Prisco

Pois aquilo que o homem semear, também isso ceifará. (Paulo — Gálatas — 6:7.) 
Sua decisão num momento responderá pelos seus dias futuros. 

Não se precipite.

A meditação o ajudará a discernir com clareza e segurança.

*

A indecisão prolongada ante uma posição a assumir gera a complicação do problema que deverá ser enfrentado, por mais adiado permaneça.

Não cultive receios.

Ore e consulte o Evangelho, após o que não tarde em demasia a definição.

*

Aja com elegância mesmo quando diante de circunstâncias perturbadoras.

Não reaja movido pelas paixões inferiores.

Todos somos chamados, inevitavelmente, a testemunhos que aferem os valores individuais, na pauta da evolução de cada um.

*

Quando não tenha conhecimento pessoal de uma ocorrência desagradável, ouvindo a narração sem a necessária calma, você não estará em condições de assumir responsabilidade.

O desequilíbrio dos outros contamina também os que participam emocionalmente do problema, obnubilando-lhes a lucidez.

Harmonize-se antes e não se envolva, para ajudar com elevação.

*

Pudor e escândalo dependem de quem cultiva honorabilidade e insensatez.

O que você cultiva, rebeldia ou serenidade, exterioriza-se, quando você for testado, no momento de sua posição real perante a vida.

Resguarde-se da ira, fuja dos momentos da rebeldia, liberte-se do mal que teima residir no seu íntimo.

Não avinagre suas horas, mediante a sustentação do clima pessimista, em decorrência de amigos, situações e atitudes.

Faça sol interiormente, e quando se decidir pelo bem, não recue, não se arrependa, não reclame.

Não exija santificação dos outros.

Melhore-se primeiro e aprenda a decidir e agir com Jesus em qualquer conjuntura.

Marco Prisco por Divaldo Franco do livro:
Momentos de Decisão

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sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Drágeas de saúde

Drágeas de saúde

André Luiz


Obstáculos?
Trabalhe sempre.

Problemas?
Ação discreta.

Provações?
Aceite-as.

Ofensas?
Perdoe.

Tribulações?
Paciência.

Mágoas?
Esqueça.
 
Discórdias?
Pacifique.

Males?
Persevere no bem.

Incompreensões?
Entendamos.

Fracasso?
Recomece.

Conflitos no lar?
Tolerância.

Solidão?
Ampare alguém.

Dificuldades?
Siga adiante.

Maledicência?
Silêncio.

Perturbações?
Mais calma.
Cansaço?
Renove-se.

Perigo iminente?
Oração.

Reclamações?
Servir mais.

Adversários?
Respeite-os.

Tempestades na vida?
Confie em Deus.

André Luiz por Chico Xavier do livro:
Busca e Acharás

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quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Inconveniências

Inconveniências

Valérium



O jovem periodicamente brunia o revólver de alto preço.

Admirava.

Lubrificava.

Revisava.

Experimentava.

Um dia, alguém lhe perguntou:

— Você é caçador?

— Não — respondeu.

— Para que tem a arma?

— Tenho nela simplesmente valioso objeto de estimação.

E guardou-a de novo.

Certa feita, repetia a operação da limpeza esmerada, quando movimentou irrefletidamente um dedo e o revólver disparou, projetando sobre um dos seus pés a única bala guardada no tambor, obrigando-o a severa hospitalização de alguns dias.

*

A lição simples assinala a atitude de alerta que devemos sustentar para com tudo o que seja inconveniente.

As vezes, por egoísmo ou por vaidade, conservamos conosco isso ou aquilo que nos garanta impressões favoráveis junto à maioria, em muitas ocasiões enganada no campo dos preconceitos.

Entretanto, sempre chega o momento em que entramos no papel das vítimas do tiro pela culatra.

*

Espírita, irmão, não se esqueça, na experiência cotidiana, de que tudo aquilo que não serve, não serve mesmo.

Valérium por Waldo Vieira do livro:
Bem-aventurados os simples

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Delinquência, perversidade e violência

Delinquência, perversidade e violência

Joanna de Ângelis




A onda crescente de delinquência que se espalha por toda a Terra assume proporções catastróficas, imprevisíveis, exigindo de todos os homens probos e lúcidos acuradas reflexões.

Irrompendo, intempestivamente, faz-se avassaladora, em vigoroso testemunho de barbárie, qual se loucura de procedência pestilencial se abatesse sobre as mentes, em particular grassando na inexperiente Juventude, em proporções inimagináveis, aflitivas.

Sociólogos, educadores, psicólogos e religiosos preocupados com a expressiva mole de delinquentes de toda lavra, especialmente os perversos e violentos, aprofundam pesquisas, improvisam soluções, experimentam métodos mal elaborados, aderem aos impositivos da precipitação, oferecem sugestões que triunfam por um dia e sucumbem no imediato, tudo prosseguindo como antes, senão mais turbulento, mais inquietador.

Os milênios de cultura e civilização parece que em nada contribuíram a benefício do homem, que, intoxicado pela violência generalizada, adotou filosofias esdrúxulas, em tormentosa busca de afirmação, mediante o vandalismo e a obscenidade, em fugas espetaculares para as “origens”.

Numa visão superficial das consequências calamitosas desse estado sociomoral decorrentes, asseveram alguns observadores que a delinquência, a perversidade e a violência fluem, abundantes, dos campos das guerras sujas e cruéis, engendradas pela necessidade da moderna tecnologia em libertar os países superdesenvolvidos do excesso de armamentos bélicos e dos equipamentos militares ultrapassados, gerando focos de conflitos a céus abertos entre povos em fases embrionárias de desenvolvimento ou subdesenvolvidos, martirizados e destroçados às expensas dos interesses econômicos alienígenos, dominadores arbitrários, no entanto, transitórios...

Indubitavelmente, a Humanidade vê-se compelida a responder por esse pesado ônus, fruto do egoísmo de homens e governos impenitentes, que fomentam as desgraças imediatas, geratrizes de males que tais...

O homem condicionado à técnica da matança desenfreada e selvagem, atormentado pelo medo contínuo, submetido às demoradas contingências da insegurança, incerteza e angústia disso resultantes, adestrado para matar antes e examinar depois, a fim de a si mesmo poupar-se, obrigando-se a cruciais situações, ingerindo drogas para sustentar-se, açular sensações, aniquilar sentimentos, só, mui dificilmente, poderá reencontrar-se, mesmo que transladado dos campos de combate para as comunidades pacíficas e ordeiras.

A simples injunção de uma paz assinada longe do caos dos conflitos onde perecem vidas, ideais e dignidade, jamais conseguirá transformar de improviso um “veterano” num pacato cidadão.

Além desse fator odioso, com suas intercorrências, referem-se os estudiosos aos da injustiça social vigente entre as diversas classes humanas, de que padecem os proletários e os menos favorecidos sempre arrojados às posições subalternas ou nenhures, mal remunerados, ou sem salário algum, subnutridos, abandonados. Atirados aos redutos sórdidos das favelas, guetos e malocas, vivendo de expedientes, dependentes uns dos outros, em aventuras, urdem na mais penosa miséria econômica, da qual se derivam as condições mesológicas deploráveis — causas de enfermidades orgânicas e psíquicas de diagnose difícil quão ignorada; geradoras de ódios, brutalidades e sevícias, nos quais se desarticulam os padrões do sentimento, substituídos por frieza emocional resultante de inditosa esquizofrenia paranoide — os desforços contra a Sociedade indiferente que os relega a estágio primitivo, sub-humano.

Ás vezes sobrevivem alguns descendentes, vítimas inermes do meio ambiente, cujos hábitos e costumes arraigados os jungem a viciações de erradicação difícil, quando não perturbante, de que não se conseguem libertar, estiolando-se, mais tarde...

Todavia, devemos considerar, à margem das respeitáveis opiniões dos técnicos e especialistas no complexo problema, as condições morais das famílias abastadas — tendo-se em conta que a delinquência flui, também, abundante e referta, assustadora e rude, em tais meios assinalados pela linhagem social e pela tradição — cujos exemplos, nem sempre salutares, substituem o cumprimento dos retos deveres pelo suborno ou os transferem para realização a servos e pedagogos remunerados, enquanto os pais se permitem desconsiderações recíprocas, desprezo a leis e costumes, impondo seus caprichos e desaires como normas aceitas, convenientes, sobre as quais estatuem as diretrizes do comportamento, agindo de maneira desprezível, apesar da aparência respeitável...

A leviandade de mestres e educadores imaturos, não habilitados moralmente para os relevantes misteres de preparação das mentes e caracteres em formação, contribui, igualmente, com larga quota de responsabilidade no capítulo da delinquência juvenil, da agressividade e da violência vigentes, ameaçadoras, câncer perigoso a dizimar com crueldade o organismo social do Planeta.

Experiências em laboratório com ratos hão demonstrado que a superdensidade de espécimes em área reduzida torna-os violentos, após atravessarem períodos de voracidade alimentar, de abuso sexual até a exaustão, fazendo-os, depois, perigosos e agressivos, indiferentes às outras faculdades e interesses. Creem os especialistas em demografia, que o problema é semelhante no homem que vive estrangulado nos congestionados centros urbanos, onde as cifras da delinquência se fazem superlativas, cada dia ultrapassando as anteriores.

Destaquemos, aqui, a falência das implicações morais e da ética religiosa do passado, que depois da constrição proibitiva a todos os processos evolutivos viam-se ultrapassadas, sentindo necessidade de atualização para a sobrevivência, saltando do estágio primário da proibição pura e simples para o acumpliciamento e acomodação a pseudovalores novos, não comprovados pela qualidade de conteúdo. A permissividade total concedida por alguns receosos pastores, em caráter experimental, contribuiu para a morte do decoro e a vigência da licenciosidade que passou a vulgarizar a temática evangélica em indesculpável servilismo das paixões dominantes...

O delinquente, no entanto, padece, não raro, de distúrbios endógenos ou exógenos que o impelem ou predispõem à violência, que se desborda ante os demais contributos sociais, econômicos, mesológicos...

Sem qualquer dúvida, a desarmonia endócrina, resultante da exigência hereditária, as distonias psíquicas se fazem vigorosos impositivos para a alienação e a delinquência.

Muitos traumas psicológicos e recalques que procedem do próprio espírito aturdido e infeliz espocam como complexos destrutivos da personalidade, expulsando-os para os porões do desajuste da emoção e para a rebeldia sistemática a que se agarram, buscando sobreviver, não raro enlouquecendo pelas falta de renovação e pela intoxicação dos fluidos e miasmas psíquicos que cultivam.

Além disso, os distúrbios orgânicos, as sequelas de enfermidades várias, os traumatismos ocasionados por golpes e quedas são outra fonte de desarranjos do discernimento, ensejando a fácil eclosão da violência e da agressividade.

Pulula, ainda, nos complexos mecanismos da reencarnação em massa destes dias, o mergulho no corpo somático de Espíritos primários nos quadros da evolução, necessitados de progresso e ajuda para a própria ascensão que, não encontrando os estímulos superiores para o enobrecimento, são, antes, conduzidos à vivência das sensações grosseiras em que transitam, desbordando os impulsos agressivos e os instintos violentos com que esperam impor-se e usufruir mais fogosas cargas de gozos em que se exaurem e sucumbem. Aderem à filosofia chã de viver intensamente um dia, a lutarem e viverem todos os dias. (No capítulo “Doenças mentais e obsessão" examinaremos a problemática obsessiva e sua contribuição na delinquência, na perversidade e na violência. Nota da Autora espiritual.) - [ Link para o texto citado: Doenças mentais e obsessão ]

A simples preocupação dos interessados — e a questão nos diz respeito a todos nós —, não resolve, se medidas urgentes e práticas, mediante uma política educativa generalizada, não se fizerem impor antes da erupção de males maiores e das suas consequências em progressão geométrica, apavorantes. Teríamos, então, as cidades transformadas em imensos palcos para o espetáculo cada vez mais rude da delinquência e dos seus famigerados comparsas.

Tem-se procurado reprimir a delinquência sem se combaterem as causas fecundas da sua multiplicação. Muito fácil, parece, a tarefa repressiva, inútil, porém, quando não se transforma em um fator a mais para a própria violência.

A terapêutica para tão urgente questão há de ser preventiva, exigindo dos adultos que se repletem de amor nas inexauríveis nascentes da Doutrina de Jesus, a fim de que, moralizando-se, possam educar as gerações novas, propiciando-lhes clima salutar de sobrevivência psíquica e realização humana.

A valorização da vida e o respeito pela vida conduzirão pais, mestres, educadores, religiosos e psicólogos a uma engrenagem de entendimento fraternal com objetivos harmônicos e metódicos — exemplos capazes de sensibilizar a alma infantil e conduzi-la com segurança às metas felizes que devem perseguir.

Por coerência, espiritualmente renovado e educado, o homem investirá contra a chaga vergonhosa da injustiça social, contra os torpes métodos que fomentam a miséria econômica e seus fâmulos, contra o inditoso e constritivo meio ambiente pernicioso, contra o orgulho, o egoísmo e a indiferença.

Os portadores de perturbação psíquica de qualquer procedência e violentos serão amados e atendidos por uma Medicina mais humana e mais interessada nos pacientes que preocupada em auferir lucros e homenagens com que muitos dos seus profissionais se envilecem, na tortuosa correria para a fama e o poder...

O homem iluminado interiormente pela flama cristã da certeza quanto à sobrevivência do Espírito ao túmulo e da sua antecedência ao berço, sabendo-se herdeiro de si mesmo, modifica-se e muda o meio onde vive, transformando a comunidade que deixa de a ele se impor para dele receber a contribuição expressiva, retificadora.

Os homens são, pois, os seus feitos.

A sociedade são os homens que a constituem.

A vida humana resulta dos Espíritos que a compõem.

Com sabedoria incontestável elucidou Jesus, o Incomparável Psicólogo, que prossegue vitorioso, não obstante os séculos transcorridos: “Busca, primeiro, o reino de Deus e Sua Justiça e tudo mais te será acrescentado”, demonstrando que, em o homem se voltando para a Pátria Espiritual — a verdadeira — e suas questões, de fundamental importância, os de mais interesses serão resolvidos como efeito natural das aquisições maiores.

Nesse cometimento todos estamos engajados e ninguém se pode omitir, porquanto somos igualmente responsáveis pelas ocorrências da delinquência, perversidade e violência — esses teimosos remanescentes da natureza animal do homem em luta consigo mesmo para insculpir o bem e libertar dos grilhões do primarismo terreno a sua natureza espiritual.

Toda contribuição de amor como de paciência, toda dádiva de luz como de saber são valiosas oferenda para o amanhã de paz e ventura que anelamos.

Joanna de Ângelis por Divaldo franco do livro:
Após a Tempestade

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