domingo, 31 de julho de 2016

Há um século

Há um século

Hilário Silva


Ação publicitária de uma gigante coreana de eletrônicos que conseguiu reduzir em 
85% a taxa de suicídios na ponte Mapo, na capital Seul, Coreia do Sul.

Cap. XXV – Item 2
I

Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, naquela triste manhã de abril de 1860, estava exausto, acabrunhado. 

Fazia frio.

Muito embora a consolidação da Sociedade Espírita de Paris e a promissora venda de livros, escasseava o dinheiro para a obra gigantesca que os Espíritos Superiores lhe haviam colocado nas mãos.

A pressão aumentava...

Missivas sarcásticas avolumavam-se à mesa.

Quando mais desalentado se mostrava, chega a paciente esposa, Madame Rivail – a doce Gaby –, a entregar-lhe certa encomenda, cuidadosamente apresentada.

II

O professor abriu o embrulho, encontrando uma carta singela.

E leu:

“Sr. Allan Kardec:

Respeitoso abraço.

Com a minha gratidão, remeto-lhe o livro anexo, bem como a sua história, rogando-lhe, antes de tudo, prosseguir em suas tarefas de esclarecimento da Humanidade, pois tenho fortes razões para isso.
Sou encadernador desde a meninice, trabalhando em grande casa desta capital. Há cerca de dois anos casei-me com aquela que se revelou minha companheira ideal. Nossa vida corria normalmente e tudo era alegria e esperança, quando, no início deste ano, de modo inesperado, minha Antoinette partiu desta vida, levada por sorrateira moléstia.

Meu desespero foi indescritível e julguei-me condenado ao desamparo extremo. Sem confiança em Deus, sentindo as necessidades do homem do mundo e vivendo com as dúvidas aflitivas de nosso século, resolvera seguir o caminho de tantos outros, ante a fatalidade...

A prova da separação vencera-me, e eu não passava, agora, de trapo humano. Faltava ao trabalho e meu chefe, reto e ríspido, ameaçava-me com a dispensa.

Minhas forças fugiam.

Namorara diversas vezes o Sena e acabei planeando o suicídio.

“Seria fácil, não sei nadar” – pensava.

Sucediam-se noites de insônia e dias de angústia. Em madrugada fria, quando as preocupações e o desânimo me dominaram mais fortemente, busquei a Ponte Marie. Olhei em torno, contemplando a corrente... E, ao fixar a mão direita para atirar-me, toquei um objeto algo molhado que se deslocou da amurada, caindo-me aos pés.

Surpreendido, distingui um livro que o orvalho umedecera. Tomei o volume nas mãos e, procurando a luz mortiça de poste vizinho, pude ler, logo no frontispício, entre irritado e curioso:

“Esta obra salvou-me a vida. Leia-a com atenção e tenha bom proveito. – A. Laurent.”

Estupefato, li a obra O LIVRO DOS ESPÍRITOS, ao qual acrescentei breve mensagem, volume esse que passo às suas mãos abnegadas, autorizando o distinto amigo a fazer dele o que lhe aprouver.”

Ainda constavam da mensagem agradecimentos finais, a assinatura, a data e o endereço do remetente.

O Codificador desempacotou, então, um exemplar de O LIVRO DOS ESPÍRITOS ricamente encadernado, em cuja capa viu as iniciais do seu pseudônimo e na página do frontispício, levemente manchada, leu com emoção não somente a observação a que o missivista se referira, mas também outra, em letra firme:

“Salvou-me também. Deus abençoe as almas que cooperaram em sua publicação. – Joseph Perrier.”

III

Após a leitura da carta providencial, o Professor Rivail experimentou nova luz a banhá-lo por dentro...

Conchegando o livro ao peito, raciocinava, não mais em termos de desânimo ou sofrimento, mas sim na pauta de radiosa esperança.

Era preciso continuar, desculpar as injúrias, abraçar o sacrifício e desconhecer as pedradas...

Diante de seu espírito turbilhonava o mundo necessitado de renovação e consolo.

Allan Kardec levantou-se da velha poltrona, abriu a janela à sua frente, contemplando a via pública, onde passavam operários e mulheres do povo, crianças e velhinhos...

O notável obreiro da Grande Revelação respirou a longos haustos e, antes de retomar a caneta para o serviço costumeiro, levou o lenço aos olhos e limpou uma lágrima...

Hilário Silva do livro:
O Espírito da Verdade por Chico Xavier e Waldo Viera




A campanha publicitária citada na primeira foto foi patrocinada pela Samsung.

Clique aqui para ler a reportagem da revista EXAME sobre o resultado da iniciativa da companhia eletrônica.

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sábado, 30 de julho de 2016

O companheiro

O companheiro

Emmanuel





“Não devias tu igualmente ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?” - Jesus (MATEUS, 18: 33)



Em qualquer parte, não pode o homem agir, isoladamente, em se tratando da obra de Deus, que se aperfeiçoa em todos os lugares.

O Pai estabeleceu a cooperação como princípio dos mais nobres, no centro das leis que regem a vida.

No recanto mais humilde, encontrarás um companheiro de esforço.

Em casa, ele pode chamar-se “pai” ou “filho”; no caminho, pode denominar-se “amigo” ou “camarada de ideal”.

No fundo, há um só Pai que é Deus e uma grande família que se compõe de irmãos.

Se o Eterno encaminhou ao teu ambiente um companheiro menos desejável, tem compaixão e ensina sempre.

Eleva os que te rodeiam.

Santifica os laços que Jesus promoveu a bem de tua alma e de todos os que te cercam.

Se a tarefa apresenta obstáculos, lembra-te das inúmeras vezes em que o Cristo já aplicou misericórdia ao teu espírito. Isso atenua as sombras do coração.

Observa em cada companheiro de luta ou do dia uma bênção e uma oportunidade de atender ao programa divino, acerca de tua existência.

Há dificuldades e percalços, incompreensões e desentendimentos? Usa a misericórdia que Jesus já usou contigo, dando-te nova ocasião de santificar e de aprender.



sexta-feira, 29 de julho de 2016

Lição no apólogo

Lição no apólogo

André Luiz



Na noite de 26 de janeiro de 1956, fomos agraciados com a visita de nosso amigo espiritual André Luiz, que nos ofereceu à meditação à página simples e expressiva que ele próprio intitulou "Lição no apólogo".

 

Diante das perturbações e das lágrimas que nos visitam cada noite o santuário de socorro espiritual, lembraremos velho apólogo, dezenas de vezes repetido na crônica de vários países do mundo e que, por pertencer à alma do povo, é também uma pérola da Filosofia a enriquecer-nos os corações.

Certo cavalheiro que possuía três amigos foi convocado a comparecer no fórum, de modo a oferecer solução imediata aos problemas e enigmas que lhe manchavam a vida, porquanto já se achava na iminência de terrível condenação.

Em meio das dificuldades de que se via objeto, procurou os seus três benfeitores, suplicando- lhes proteção e conselho.

Arrogante, replicou-lhe o primeiro:

- Mais não posso fazer por ti que obter-te uma roupa nova para que compareças dignamente diante do juiz.

Muito preocupado, disse-lhe o segundo:

- Não obstante devotar-te a mais profunda estima, posso apenas fortalecer-te e acompanhar-te ate à porta do tribunal.

O terceiro, porém, afirmou-lhe humilde:

- Irei contigo e falarei por ti.

E esse último, estendendo-lhe os braços, amparou-o em todos os lances da luta e falou com tanta segurança e com tanta eloquência em benefício dele, diante da justiça, que o mísero suspeito foi absolvido com a aprovação dos próprios acusadores que lhe observavam o processo.

Neste símbolo, temos a nossa própria história à frente da morte.

Todos nós, diante do sepulcro, somos chamados a exame na Contabilidade Divina.

E todos recorremos àqueles que nos protegem.

O primeiro amigo, o doador de trajes novos, é o dinheiro que nos garante as exéquias.

O segundo, aquele que nos acompanha até à porta do tribunal, é o mundo representado na pessoa dos nossos parentes ou na presença das nossas afeições mais queridas, que compungidamente nos seguem até à beira da sepultura.

O terceiro, contudo, é o bem que praticamos, a transformar-se em gênio tutelar de nossos destinos, e que, falando em nós e por nós, diante da justiça, consegue angariar-nos mais amplas oportunidades de serviço, quando não nos conquista a plena liberação do Espírito para a Vida Eterna.

Atendamos assim ao bem, onde estivermos, agora, hoje, amanhã e sempre, na certeza de que o bem que realizamos é a única luz do caminho infinito e que jamais se apagará.

André Luiz por Chico Xavier do livro:
Vozes do grande Além

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quinta-feira, 28 de julho de 2016

O quadro de São Dinis no Panteão de Paris

O quadro de São Dinis no Panteão de Paris

André Luiz


O martírio de São Dinis -  Quadro pintado por Bonnat.

De varanda extensa e nobre, onde as colunatas se enfeitavam de hera florida, muito diferente, porém, da que conhecemos na Terra, penetramos em vasto salão mobiliado ao gosto mais antigo. Os móveis, de delicada escultura formavam conjunto encantador. Admirado fixei as paredes, de onde pendiam quadros maravilhosos. Um deles, contudo, impunha-me especial atenção. Era uma tela enorme, representando o martírio de São Dinis, o Apóstolo das Gálias rudemente supliciado nos primeiros tempos do Cristianismo, segundo meus humildes conhecimentos de História. Intrigado, recordei que vira, na Terra, um quadro absolutamente igual àquele. Não se tratava de um famoso trabalho de Bonnat, célebre pintor francês dos últimos tempos? A cópia do Posto de Socorro, todavia, era muito mais bela. A lenda popular estava lindamente expressa nos mínimos detalhes, o glorioso Apóstolo, seminu, com a cabeça decepada, tronco aureolado de intensa luz, fazia um esforço supremo por levantar o próprio crânio que lhe rola aos pés, enquanto os assassinos o contemplavam, tomados de intenso horror; do alto, via-se descer um emissário divino, trazendo ao Servo do Senhor a coroa e a palma da vitória. Havia, porém, naquela cópia, profunda luminosidade, como se cada pincelada contivesse movimento e vida.

Observando-me a admiração, Alfredo falou, sorrindo:

Quantos nos visitam, pela primeira vez, estimam a contemplação desta cópia soberba.

— Ah! sim — retruquei —, o original, segundo estou informado, pode ser visto no Panteão de Paris.

— Engana-se — elucidou o meu gentil interlocutor —, nem todos os quadros, como nem todas as grandes composições artísticas, são originariamente da Terra. É certo que devemos muitas criações sublimes à celebração humana; mas, neste caso, o assunto é mais transcendente. Temos aqui a história real dessa tela magnífica. Foi idealizada e executada por nobre artista cristão, numa cidade espiritual muito ligada à França. Em fins do século passado, embora estivesse retido no círculo carnal, o grande pintor de Bayonne visitou essa colônia em noite de excelsa inspiração, que ele, humanamente, poderia classificar de maravilhoso sonho. Desde o minuto em que viu a tela, Florentino Bonnat não descansou enquanto não a reproduziu, palidamente, em desenho que ficou célebre no mundo inteiro. As cópias terrestres, todavia, não têm essa pureza de linhas e luzes, e nem mesmo a reprodução, sob nossos olhos, tem a beleza imponente do original, que já tive a felicidade de contemplar de perto, quando organizávamos, aqui no Posto, homenagens singelas para a honrosa visita que nos fez o grande servo do Cristo. Para movimentar as providências necessárias, visitei pessoalmente a cidade espiritual a que me referi.

Grande espanto apossara-se-me do coração. Via, agora, explicada a tortura santa dos grandes artistas, divinamente inspirados na criação de obras imortais; agora, reconhecia que toda arte elevada é sublime na Terra, porque traduz visões gloriosas do homem na luz dos planos superiores.

Parecendo interessado em completar meus pensamentos, Alfredo considerou:

— O gênio construtivo expressa superioridade espiritual com livre trânsito entre as fontes sublimes da vida. Ninguém cria sem ver, ouvir ou sentir, e os artistas de superior mentalidade costumam ver, ouvir e sentir as realizações mais altas do caminho para Deus.

André Luiz por Chico Xavier do livro:
Os Mensageiros
(Trecho do capítulo XVI)

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quarta-feira, 27 de julho de 2016

Desânimo

Desânimo

Joanna de Ângelis




“O desânimo é uma falta. Deus vos recusa consolações, desde que vos falte coragem.”
ESE - Capítulo 5º — Ítem 18.



Insidioso, de fácil propagação, tem caráter pandêmico.

Grassa com celeridade, entorpecendo sentimentos com força que aniquila a vida.

Inimigo desconsiderado fere em profundidade e se agasalha dominador em todas as criaturas a todo instante, sendo difícil de ser erradicado.

Com poder semelhante às viroses contagia mais do que a grande maioria das enfermidades comuns.

Conduz às dissipações, à loucura, ao crime.

Aqueles que lhe caem nas malhas, invariavelmente derrapam para os vales desesperadores dos estupefacientes, do suicídio.

Suas vítimas apresentam-no refletido no “fácies” característico, deprimente.

São mórbidas, indiferentes, perigosas.

Grande facção da humanidade sofre-lhe a ação deletéria.

Esse adversário soez e destruidor de multidões é o desânimo.

Companheiros da fé valorosos, desencorajados de prosseguirem, recuam.

Trabalhadores devotados, assinalados pelo sofrimento, estacionam.

Serventuários da esperança, desiludidos, fogem.

Mantenedores de tarefas socorristas, desajustados, param... sob o império do desânimo.

Prossegue tu!

Todos falam que recolheram, do labor a que se devotaram, espinhos rudes e rudes ingratidões.

Explicam, com argumentos injustificáveis, que a moral evangélica para o momento em que se vive não mais tem aplicação: está ultrapassada.

Creem que perderam o tempo, aplicado anteriormente na execução do programa divino, apresentado pelo Espiritismo.

São vítimas inertes do desânimo.

Sem explicações para se justificarem a si mesmos a fuga espetacular para com os deveres assumidos espontaneamente, acusam e acusam.

Não lhes dês ouvidos.

Amigos falam que não conseguem perseverar nos ideais fascinantes e severos da Doutrina dos Imortais.

Também tu.

Alguns reconhecem os erros e a inutilidade de lutarem contra as próprias deficiências.

Dá-lhes razão, pois que não é diferente o que ocorre contigo.

Outros esclarecem que tentaram seguir os postulados espiritistas, mas o tributo a oferecer é grande demais, em considerando as incertezas de que se encontram possuídos.

Concordas com eles ao auscultares o imo em tormentos múltiplos.

Eleva o padrão mental de tuas meditações.

Expulsa o tóxico letal que se infiltra sutilmente na tua organização espiritual.

Faze um exame dos que debandaram das fileiras do dever...

O desanimado é alguém que tombou antes do termo da jornada.

Reage com todas as forças e não possibilites “horas vazias” para se encherem de desesperanças nas províncias do teu pensamento.

Homens e mulheres, que lutaram em todos os tempos para construírem o ideal de felicidade humana, experimentaram o miasma pestilento desse sicário do espírito.

Reagindo, porém, e perseverando abrasados pelos empreendimentos começados, laboraram o clima de esperança que muitos respiram, abençoados pelo sol de amor que os aquece.

Estuda o Evangelho e vive-o, embora não consigas avançar incorruptível.

Se tombares no afã da verdade, recomeça. Se despertares ao peso de irrefreável fadiga, recomeça.

Se experimentares desespero porque demora a materialização dos teus anseios, recomeça.

O trabalho de valorização do bem é de recomeço e recomeço, porquanto cada passo dado na direção do objetivo é vitória alcançada sobre o terreno a vencer...

Quando o desânimo, investindo contra os teus propósitos superiores, situar o seu quartel na rotina das tuas atividades nobres, modifica o “modus operandi” e prossegue, renovado, combatendo nos painéis da mente essa vibração desagregadora transmitida por outras mentes que perseguem o Evangelho Redentor, desde há muito, e, exaltando a alegria do serviço em cada minuto de ação superior, destroça as armadilhas bem urdidas desse revel inimigo, alcançando a plataforma superior da glória de ajudar com desinteresse e amor.


Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro: Espírito e Vida





terça-feira, 26 de julho de 2016

Amigos e inimigos

Amigos e inimigos

Emmanuel




O amigo é uma bênção.
O inimigo, entretanto, é também um auxílio, se nos dispomos a aproveitá-lo.

O companheiro enxerga os nossos acertos, estimulando-nos na construção do melhor de que sejamos capazes.
O adversário identifica os nossos erros, impelindo-nos a suprimir a parte menos desejável de nossa vida.

O amigo se rejubila conosco, diante de pequeninos trechos de tarefa executada.
O inimigo nos aponta a extensão da obra que nos compete realizar.

O companheiro nos dá força.
O adversário nos mede a resistência.

Quem nos estima, frequentemente categoriza nossos sonhos por serviços feitos, tão-só para induzir-nos a trabalhar.
Quem nos hostiliza, porém, não nos nega valor, porquanto não nos ignora e sim nos combate, reconhecendo-nos a presença em ação.

Na fase deficitária da evolução que ainda nos caracteriza, precisamos do amigo que nos encoraja e do inimigo que nos observa.

Sem o companheiro, estaremos sem apoio e, sem o adversário, ser-nos-á indispensável enorme elevação para não tombar em desequilíbrio. Isso porque o amigo traz a cooperação e o inimigo forma o teste.

Qualquer servidor de consciência tranquila se regozija com o amparo do companheiro, mas deve igualmente honrar-se com a crítica do adversário que o ajuda na solução dos problemas do reajuste.

Jesus foi peremptório em nos recomendando:

"Amai os vossos inimigos". Saibamos agradecer a quem nos corrige as falhas, guardando-nos o passo em caminho melhor.









segunda-feira, 25 de julho de 2016

Na iniciação Cristã

Na iniciação Cristã

André Luiz



Hoje abismos – amanhã culminâncias.

Hoje treva – amanhã claridade.

Hoje aflição – amanhã lenitivo.

Hoje problemas – amanhã soluções.

Hoje fel – amanhã esquecimento.

Hoje limitação – amanhã superação.

Hoje tristeza – amanhã alegria.

Hoje dor – amanhã consolo.

Hoje exclusivismos – amanhã universalismo.

Hoje egoísmo – amanhã fraternidade.

Hoje concorrência – amanhã colaboração.

Hoje desilusão – amanhã experiência.

Hoje amparar-se – amanhã socorrer aos outros.

Hoje necessidade – amanhã suprimento.

Hoje renúncia – amanhã conquista.

Hoje aprendizado – amanhã realização.

Hoje conflito – amanhã tranqüilidade.

Hoje dúvida – amanhã certeza.

Hoje lágrimas – amanhã júbilos.

Hoje indecisão – amanhã firmeza.

Hoje espinhos – amanhã flores.

Hoje erguimento – amanhã ascensão.

Hoje sementeira – amanhã colheita.

Hoje obstáculos – amanhã lições.

Hoje sombras – amanhã luzes.

Hoje pedradas – amanhã exaltação.

Hoje desgosto – amanhã contentamento.

Hoje sarcasmo – amanhã respeito.

Hoje perseguição – amanhã compreensão.

Hoje cruz – amanhã vitória.


Todavia, entre a exigência de Hoje e a resposta de Amanhã, existe uma condição de ordem absoluta que é o trabalho do discípulo, dia por dia, segundo as leis justas do Senhor.




domingo, 24 de julho de 2016

A regra áurea

A regra áurea

Emmanuel



“Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” 
- Jesus (MATEUS, 22: 39)


Incontestavelmente, muitos séculos antes da vinda do Cristo já era ensinada no mundo a Regra Áurea, trazida por embaixadores de sua sabedoria e misericórdia.

Importa esclarecer, todavia, que semelhante princípio era transmitido com maior ou menor exemplificação de seus expositores.

Diziam os gregos: “Não façais ao próximo o que não desejais receber dele.”

Afirmavam os persas: “Fazei como quereis que se vos faça.” 

Declaravam os chineses: “O que não desejais para vós, não façais a outrem.” 

Recomendavam os egípcios: “Deixai passar aquele que fez aos outros o que desejava para si.”

Doutrinavam os hebreus: “O que não quiserdes para vós, não desejeis para o próximo.”

Insistiam os romanos: “A lei gravada nos corações humanos é amar os membros da sociedade como a si mesmo.”

Na antiguidade, todos os povos receberam a lei de ouro da magnanimidade do Cristo. Profetas, administradores, juízes e filósofos, porém, procederam como instrumentos mais ou menos identificados com a inspiração dos planos mais altos da vida. Suas figuras apagaram-se no recinto dos templos iniciáticos ou confundiram-se na tela do tempo em vista de seus testemunhos fragmentários.

Com o Mestre, todavia, a Regra Áurea é a novidade divina, porque Jesus a ensinou e exemplificou, não com virtudes parciais, mas em plenitude de trabalho, abnegação e amor, à claridade das praças públicas, revelando-se aos olhos da Humanidade inteira.

Emmanuel por Chico Xavier do livro: 
Caminho, Verdade e Vida

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