sexta-feira, 31 de maio de 2019

Por fim, a sabedoria

Por fim, a sabedoria

Eros



O discípulo entusiasmado, solicitou ao Mestre que o preparasse para a sabedoria.

O Educador recebeu-o com carinho na sua gruta, explicou-lhe as dificuldades para a conquista da sabedoria e ensinou-lhe as regras fundamentais para a aquisição do conhecimento espiritual. Depois, ofereceu-lhe gastos manuscritos e alfarrábios das doutrinas antigas, para que os lesse e meditasse no seu conteúdo.

Passado um largo período, indagou-lhe um dia, buscando saber como estava sentindo-se, e ele respondeu:

- Muito feliz e ansioso por conhecer mais, por adentrar-me no infinito das informações. Tenho sede de saber, de entesourar conhecimentos, de embriagar-me do licor da Verdade...

O Mestre ensinou-lhe novos ramos do pensamento, abriu-lhe diferentes caminhos da percepção, sugeriu-lhe meditação e renúncia.

Tempos transcorridos, voltou a indagá-lo a respeito de como estava, e ele explicou:

- Alguma confusão me inquieta. São tão variados os ramos do saber, que agora procuro fazer as conexões entre uma e outra doutrina filosófica, para encontrar a lógica de todas. Necessito de muito mais tempo do que pensava...

O Orientador paciente esclareceu-lhe sobre a necessidade da compaixão e do amor, da piedade por si mesmo e pelo próximo, sugerindo que aquietasse a mente e pensasse com o coração, meditando e esperando.

Passados alguns anos em silêncio, quando a juventude se transformara em maturidade e essa em experiência de vida, o Sábio perguntou ao antigo candidato, como se encontrava.

Sem qualquer ansiedade ou desânimo, ele respondeu em calma:
- Estou em paz, porque em mim brilha a delicada chama do amor e não necessito de mais nada.
Não houve mais qualquer palavra de um ou do outro.

Ele havia adquirido a sabedoria.


Eros Divaldo Franco do livro:
A busca da Perfeição


Declaração de Origem
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quinta-feira, 30 de maio de 2019

Hedonismo

Hedonismo

Joanna de Ângelis





O conceito de hedonismo tem-se desdobrado em variantes através dos séculos. Criado, originariamente para facultar o processo filosófico da busca do prazer, hoje apresenta-se, do ponto de vista psiquiátrico como sendo uma expressão psicopatológica, por significar apenas o gozo físico, abrasador, incessante, finalidade única da existência humana, essencialmente egotista.

Tal conceito surgiu com o discípulo de Sócrates, Aristipo de Cirene, por volta do século 5º antes de Cristo e foi consolidado por seus seguidores.

A finalidade única reservada ao ser humano, sob a óptica hedonista, era o prazer individual.

Na atualidade, consideram-se duas vertentes no hedonismo: a primeira, denominada psicológica ou antiga, que tem como meta o prazer como sendo o último fim, constituindo uma realidade psicológica positiva, gratificante, e a ética ou moderna, que elucida, não procurarem as criaturas atuais sempre e somente o prazer pessoal, mas que se devem dedicar a encontrar e conseguir aquele que é o prazer maior para si mesmas e para a humanidade.

A tendência do ser humano, todavia, é a busca do que agrada de imediato, em razão do atavismo remanescente da posse, da dominação sobre o espécime mais fraco, que se lhe submete servilmente, proporcionando o gozo da falsa superioridade.

Nesse comportamento, a libido predomina, estabelecendo a meta próxima, que se converte na autorrealização pelo atendimento ao desejo.

O desejo é fator de tormento, porquanto se manifesta com predominância de interesse, substituindo todos os demais valores, como sendo primacial, após o que, atendido, abre perspectivas a novos anseios.

Nesse capítulo, o desejo de natureza lasciva, fortemente vinculado ao sexo, atormenta, dando surgimento a patologias várias, que necessitam assistência terapêutica especializada.

Noutras vezes, as frustrações interiores impõem alteração de conduta, dando origem ao desejo do poder, da glória, da conquista de valores amoedados, na vã ilusão de que essas aquisições realizam o seu possuidor. A realidade, no entanto, surge, mais decepcionante, o que produz, às vezes, estados depressivos ou de violência, que irrompem sutilmente ou voluptuosos.

São algumas dessas ocorrências psicológicas que dão surgimento aos ditadores, aos dominadores arbitrários de pessoas e de grupos humanos, aos criminosos hediondos, aos perseguidores implacáveis, a expressivo número de infelicitadores dos outros, porque infelizes eles próprios. No íntimo, subconscientemente, está a busca hedonista, impositiva, egoica, sem nenhuma abertura para o conjunto social, para a comunidade ou para si mesmo através das expressões de afeto e de doação, de carinho e bondade, que são valores de alto conteúdo terapêutico.

O hedonista vê-se apenas a si mesmo, aturdindo-se na insatisfação que acompanha o prazer, porquanto jamais se torna pleno. A ânsia do prazer é tão incontrolável quão intérmina. Conseguido um, outro surge, numa sucessão desenfreada.

Quando a consciência do dever estabelece os paradigmas da autoconquista, o prazer se transfere de significado, adquirindo outro sentido, que é de legitimidade para a harmonia do ser psicológico, exteriorizando-se em serviço, elevação interior, realizações perenes. Arrebenta as amarras do ego e abre as asas para o ser profundo poder expandir-se, voando em direção do Infinito.

O prazer de ajudar transforma o indivíduo em um ser progressista, idealista, que se realiza mediante a construção da felicidade em outrem, sem qualquer forma de fuga da sua própria realidade.

Nessa fase experimental da saída do ego e de sua superação, novos prazeres passam a ocupar os estados emocionais: a visão das paisagens irisadas de Sol e ricas de beleza, o encantamento que o mundo oferece, a alegria de estar vivo, o sentido de utilidade que experimenta, a empatia que decorre dos valores que vão sendo descobertos, contribuindo para o autoencontro, para o significado existencial.

A busca do prazer, portanto, é parte essencial dos desafios psicológicos existenciais, desde que seja direcionada para aqueles que propõem libertação, conquista de paz, realização interior.

O altruísmo é o antídoto, a terapia mais valiosa para a superação do estágio hedonista da evolução do ser.


Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro: Amor, Imbatível amor




quarta-feira, 29 de maio de 2019

Sua responsabilidade

Sua responsabilidade

Marco Prisco



É fácil exigir que o próximo seja modelo de virtudes e sempre dê exemplos de comportamento superior.

Ele deve ser irretocável na conduta, nas atividades que abraça, na conversação que mantém.

A ele cabem os deveres de elevação e bondade, que ainda não fazem parte dos seus compromissos, porque, dessa forma, você se concede o direito de apenas cobrar, sem qualquer contribuição moral de seu lado.

Cada criatura, no entanto, é responsável, certamente, pelos seus atos, sem que transfira para os outros, as consequências deles.

Necessário que você se conscientize das finalidades da existência corporal na Terra, que é sempre de breve duração, por mais larga se apresente.

Suas conquistas como os seus prejuízos são de sua única responsabilidade.

Por isso, medite antes de agir, evitando que os seus prazeres e júbilos de hoje se apoiem no sofrimento de outrem, que os tinha ontem...

Examine com cuidado as oportunidades que lhe surgem, não usurpando o direito de ninguém, sob escusas, nem justificação.

A vida escreve na consciência de cada criatura o seu documentário com as tintas da responsabilidade pessoal.

Seja você quem cede, aquele que trabalha e constrói, que desculpa e ama.

No campeonato da insensatez, seja a sua postura, a de equilíbrio e a sua colheita, a de suor.

A sua é a responsabilidade com o bem e a verdade, que lhe desvendam a face real da vida e o convidam à ascese, mediante uma estância saudável no mundo.



Marco Prisco por Divaldo Franco do livro: Antologia Espiritual/ Diversos Espíritos











terça-feira, 28 de maio de 2019

Tribulações e problemas

Tribulações e problemas

Emmanuel



Dizes, muitas vezes, que tens a vida repleta de problemas.

Entretanto, os problemas que venhamos a encontrar foram criados por nós mesmos.

Decorrem de nossas iniciativas.

Interpretados por frutos de nossas escolhas, serão eles de hoje, de ontem ou de outras eras, nas quais tenhamos tido outras vivências.

O terreno da mente é infinito e o espírito permanece acima de todos os condicionamentos terrestres.

A semente plantada apresenta os resultados que lhe dizem respeito.

Existem sementes e sementes.

A mostarda cresce e produz por algum tempo. A sequoia vive por milhares de anos.

E tanto é possível aproveitar a mostarda em determinado dia, quanto é possível utilizar os benefícios da sequoia depois de séculos.

Os nossos problemas se nos revelam em forma de sofrimento.

A dor, no entanto, nos oferece a rentabilidade da experiência.

E sem as nossas próprias experiências estaremos espiritualmente em gestação, no claustro da natureza, dependendo de outras vidas para criarmos em nós a força da resolução de sermos nós mesmos, a fim de desempenhar as funções para as quais nos mentalizou o Criador. E isso ocorre porque sendo Deus, em si, conforme os propósitos da Criação Divina.

Não te lastimes nas atribulações a que a vida te conduza.

Através de nossos problemas é que aprendemos a conhecer-nos, habilitando-nos, perante a Eterna Sabedoria, a realizar tudo aquilo de melhor que fomos chamados a fazer.


Emmanuel por Chico Xavier do livro: Seara da Fé



segunda-feira, 27 de maio de 2019

Espíritos Inexperientes

Espíritos Inexperientes

Emmanuel



Na comunhão com os espíritos domiciliados no Além, encontrarás não apenas os instrutores que te induzem à disciplina e à renovação.

Qual ocorre na Terra mesmo, aqui e ali, surpreenderás espíritos inexperientes, conquanto simpáticos, que te partilham o nível de ideias e sentimentos.

Harmonizados com as tuas necessidades e inclinação, dedicam-se ao teu bem-estar e mostram-se dispostos a te servirem na condição de verdadeiros escravos, às vezes, em detrimento de teus melhores interesses na vida espiritual.

Sempre fácil e agradável o intercâmbio com eles, de vez que se te sujeitam alegremente aos menores caprichos.

Quem de nós, espíritos endividados e imperfeitos que ainda somos, não terá consigo algo da criança necessitada de carinho e de aprovação?

Embora agradecidos ao bem que semelhantes amigos nos facultam, é preciso não nos viciemos a pedir-lhes proteção indiscriminada e incessante. Em virtude de nos assemelharmos, de algum modo, à criança, e claramente por isso mesmo, não nos será lícito dispensar o concurso de professores que nos conduzam à aquisição do autoconhecimento, por vezes, à custa de disciplinas constrangedoras, mas necessárias.

Aceitemos a colaboração dos espíritos inexperientes, entretanto, não nos esqueçamos de que, na maioria das circunstâncias, são eles companheiros de evolução e burilamento, em condições tão deficitárias quanto as nossas.

Muita gente prefere o exclusivo convívio deles no intercâmbio espiritual, pretextando que apenas deles recolhe o conforto e a assistência de que precisa e compreendemos, em tese, essa disposição de espírito, porquanto ninguém vive sem o calor da amizade. Ponderemos, no entanto, que sem a autoridade do instrutor que esclarece e corrige, a escola perderia a finalidade.

Agradece o concurso fraterno dos espíritos inexperientes, não obstante simpáticos, sem olvidar que eles são nossos companheiros de classe no educandário da vida, necessitados tanto quanto nós mesmos, de ensinamento e orientação.


Emmanuel por Chico Xavier do livro: No Portal da Luz



sábado, 25 de maio de 2019

Indicações de paz

Indicações de paz

Hilário Silva



Faça o bem que puder.

Não se irrite.

Não censure a ninguém.

Conserve a paciência.

Desculpe sem condições.

Não crie adversário.

Adquira amigos por onde passe.

Não atrase o socorro possível a quem sofre.

Converse auxiliando para o bem.

Esqueça o mal, seja ele qual seja.

Não lamente.

Ensine a prática da bondade e da tolerância começando da própria casa.

Guarde silêncio, ante qualquer insulto.

Tolere com serenidade a palavra ou o gesto de qualquer agressor.

Aceite os seus problemas, buscando resolve-los, sem levantar problemas para os outros.

Mantenha o seu sorriso de compreensão e solidariedade.

Dentro da consciência tranquila, transforme, quanto possível, o que lhe apareça na feição do mal em benefício concreto.

Trabalha servindo.

Não esmoreça, diante as provas necessárias, persistindo com o melhor que você possa fazer.

Em qualquer obstáculo ou situação difícil, imagine o que Jesus faria ou não faria, em seu lugar, e prefira estar com Jesus, em sua consciência e em seu coração, porque atendendo às indicações de Jesus, nunca perderemos o tesouro da paz.



Hilário Silva por Chico Xavier do livro: Seara de Fé /  Autores Diversos






sexta-feira, 24 de maio de 2019

Como conseguir a felicidade

Como conseguir a felicidade

Joanna de Ângelis




No momento quando se materializa a felicidade, isto é, quando se a considera como resultado de posses econômicas, de poder social, político, religioso, artístico, científico ou cultural, ela se faz frustrante, em decorrência das oscilações que existem nos relacionamentos humanos e das circunstâncias existenciais que se alteram a cada momento.

O conceito de uma felicidade estática é equívoco do sentimento, porquanto o processo da evolução é inestancável e as variações do amadurecimento psicológico são contínuas, em face das experiências que são armazenadas no trânsito existencial.

Em cada faixa biológica da vida física, em decorrência do desenvolvimento orgânico e intelectual, os conceitos alteram-se, e tudo quanto, em uma fase, é significativo e relevante, portador de grande expressão, logo depois cede lugar a novas aspirações e a conceitos mais profundos. Assim ocorre também em relação à felicidade, que, de acordo com a faixa etária e as conquistas morais, espirituais do ser humano, passa a adquirir significado diferente.

Quando se é jovem, as metas por alcançar, parecem constituir-se como essenciais à aquisição da felicidade.

Nada obstante, logo que são logradas, perdem a empatia de que se revestiam antes de conseguidas.

Por isso, a felicidade é um sentimento que deve ser trabalhado em padrões de harmonia emocional, de complementação sexual, de realização profissional, de vitória sobre os conflitos, de interiorização espiritual, a fim de saber-se o que realmente tem sentido, em relação àquilo que é de natureza secundária, e momentaneamente desfruta de especial significação.

O místico alcança a felicidade no momento do seu êxtase; os genitores, quando os filhos logram a realização social e profissional; o cientista, quando consegue entender e decifrar o enigma da sua busca; o artista, no instante em que a obra é reconhecida ou tem-na como concluída e perfeita, e assim, sucessivamente...

A felicidade do agricultor apresenta-se quando o mesmo contempla a plantação enriquecida de flores, frutos, sementes, abrindo-se à colheita.

O indivíduo, de acordo com os objetivos que estabelece para a existência, empenhando-se em nunca desistir dos seus sonhos - claro que dos ideais de enobrecimento - consegue permanecer fiel, mesmo quando não compreendido, perseguido ou desprezado, experiência a felicidade durante todo o período em que se demora devotado na luta pela sua realização.

Nem sempre, portanto, a felicidade estará presente apenas no término, quando se logra o objetivo anelado, mas essencialmente durante todo o transcurso da sua realização.

A felicidade é conseguida quando cada qual se torna administrador da própria existência, podendo estabelecer os métodos de conduta saudável e segui-los, edificando-se e realizando outras vidas.

Há fatores sociológicos, econômicos, políticos, que contribuem em favor da aquisição da felicidade individual e coletiva.

Nos pequenos e prósperos burgos onde o estresse não aflige, porque se dispõe de tempo para todas as realizações, inclusive para os divertimentos renovadores, onde as competições cedem lugar à cooperação, diante de regime democrático, no qual todos são convidados a participar da administração e das decisões locais, certamente os fatores propiciatórios à felicidade são muito maiores do que nas urbes desgastantes, onde todos são desconhecidos e inimigos fraternos, indiferentes uns aos outros, ambiciosos e agressivos.

Nos reduzidos núcleos de atividade, há interesse pela vida do próximo, participação nas suas realizações e solidariedade nos seus sofrimentos, enquanto que, nas grandes populações tudo é automático, os encontros são rápidos e superficiais, as amizades quase inexistem, porque parece haver uma necessidade emocional de todos estarem vigilantes em relação pessoal com os demais.

De certo modo, a postura de vigilância é saudável, ante as tragédias do quotidiano, as ocorrências desastrosas, os relacionamentos perturbadores, no entanto, essa cautela não deve ser levada a extremos geradores de inquietação e de estresse. Quando cada membro da sociedade procura adaptar-se ao sistema, melhorando-o com a sua contribuição e ampliando o círculo de amizade sincera, modificam-se os quadros de ocorrências negativas, favorecendo o bem-estar possível.

Quando a pessoa sente-se desamparada, ignorada, sem possibilidade de encontrar entendimento, logo se apresentam os componentes da inquietação e da revolta íntima, quando não resvala para a depressão. Torna-se necessário que se expandam o sentimento de solidariedade e o contributo da amizade para que o grupo social seja mais ativo em relação aos seus membros, buscando ampará-los em um tipo de amplexo espiritual que dê ideia e seja realmente de segurança e de proteção.

Quando a solidariedade é cultivada, proporciona ampliação da capacidade de conviver com as diferentes condutas sem prejuízo para a harmonia do grupo. Compreendendo-se, que cada indivíduo traz conflitos graves, expressos ou disfarçados, à semelhança daqueles que são do seu Self, essa sombra se dilui, cedendo lugar à claridade da alegria de viver e da esperança de ser-se feliz.

A ausência de controle sobre o próprio destino, a incerteza em torno do futuro, a insegurança no comportamento constituem processos geradores de infelicidade, conhecimento da impossibilidade de conseguir-se realizações prazenteiras, objetivos libertadores.

A mente, sempre ela, é convidada ao equilíbrio, à fixação de pensamentos edificantes, reservando-se a irrestrita confiança em Deus, o Pai afável de todas as criaturas...

Uma conduta, portanto, religiosa, destituída de qualquer tipo de fanatismo e de exclusivismo, é fator de segurança para o encontro com a felicidade, mesmo que sob injunções difíceis que se tornam suportadas com resignação dinâmica e coragem para superá-las.

Nunca será demais repetir-se que o espírito elabora o seu destino, sendo o semeador e o colhedor de tudo quanto realize.

No âmago do ser, encontra-se em germe o tesouro que lhe cabe conquistar, impresso nos genes, exteriorizando-se nos neurotransmissores, expressando-se no comportamento psicológico ou na organização fisiológica.

Alterar esse destino a cada momento faz-se possível, em razão da neurogênese, que ora assevera que os neurônios se renovam, nascem em todas as épocas da existência e cuja função pode ser orientada pela mente.

O hábito salutar da meditação e da oração, de caminhadas e exercícios que liberam toxinas cerebrais e renovam a oxigenação do encéfalo, predispõe às realizações enobrecedoras, mediante o esforço físico bem direcionado, propiciando felicidade.

Uma vida ativa, assinalada pela produção equilibrada de serviços, produz pensamentos favoráveis ao bem-estar, por expressar autorrealização, utilidade existencial.

Herdeiro de conceitos equivocados sobre o destino na Terra, tida, por muito tempo, como vale de lágrimas, lugar de degredo, paraíso perdido, o ser humano criou arquétipos de infelicidade para ser feliz, num comportamento masoquista e doentio, sem nenhum sentido ético.

A Terra é escola de renovação espiritual e de dignificação moral, onde todos aprendemos a descobrir os valores adormecidos no íntimo, o Deus em nós, o Arquétipo primordial.

As preocupações desordenadas com a aparência como fator de autorrealização vêm desviando as pessoas da sua realidade, da beleza interior que se reflete no exterior, assim como as exigências descabidas dos padrões de beleza estimulando o surgimento da anorexia e da bulimia de efeitos devastadores na conduta psicológica, respondem por atitudes infelizes que não se justificam racionalmente. Esses pacientes, sem dúvida, encontram-se dominados por conflitos de inferioridade, procurando realizações externas ante a autodesconsideração em que se firmam, realizando projeções do que gostariam de ser ou de como estar, impondo-se aflições punitivas.

A felicidade, porém, apresenta-se com simplicidade, destituída de atavios e complexidades que somente a enfeitariam sem produzi-la em realidade, qual mecanismo de fuga em relação à sua conquista verdadeira.

Assim, é possível desfrutar-se de felicidade em qualquer situação, desde que não se estabeleça que terá de permanecer duradoura, incessante, sem desafios emocionais e físicos, de trabalho e de renovação interior, tornando-a monótona e tediosa.

Afinal, a vida física é de efêmera duração, sendo uma escolaridade para ser alcançada a plenitude espiritual em definitivo após o trânsito carnal.


Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro:
Encontro com a paz e a saúde.


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quinta-feira, 23 de maio de 2019

A lenda da caridade

A lenda da caridade

Meimei



Diz interessante lenda do Plano Espiritual que, a princípio, no mundo se espalharam milhares de grupos humanos, nas extensas povoações da Terra.

O Senhor endereçava incessantes mensagens de paz e bondade às criaturas, entretanto, a maioria se desgarrou no egoísmo e no orgulho.

A crueldade agravava-se, o ódio explodia...

Diligenciando solução ao problema, o Celeste Amigo chamou o Anjo Justiça que entrou, em campo e, de imediato, inventou o sofrimento.

Os culpados passaram a resgatar, os próprios delitos, a preço de enormes padecimentos.

O Senhor aprovou os métodos da Justiça que reconheceu indispensáveis ao equilíbrio da Lei, no entanto, desejava encontrar um caminho menos espinhoso para a transformação dos espíritos sediados na Terra, já que a dor deixava comumente um rescaldo de angústia a gerar novos e pesados conflitos.

O Divino Companheiro solicitou concurso ao Anjo Verdade que estabeleceu, para logo, os princípios da advertência.

Tribunas foram erguidas, por toda parte, e os estudiosos do relacionamento humano começaram a pregar sobre os efeitos do mal e do bem, compelindo os ouvintes à aceitação da realidade.

Ainda assim, conquanto a excelência das lições propagadas repontavam dúvidas em torno dos ensinamentos de virtude, suscitando atrasos altamente prejudiciais aos mecanismos da elevação espiritual.

O Senhor apoiou a execução dos planos ideados pelo Anjo da Verdade, observando que as multidões terrestres não deveriam viver ignorando o próprio destino.

No entanto, a compadecer-se dos homens que necessitavam reforma íntima sem saberem disso, solicitou cooperação do Anjo do Amor, à busca de algum recurso que facilitasse a jornada dos seus tutelados para os Cimos da Vida.

O novo emissário criou a caridade e iniciou-se profunda transubstanciação de valores.

Nem todas as criaturas lhe admitiam o convite e permaneciam, na retaguarda, matriculados nas tarefas da Justiça e da Verdade, das quais hauriam a mudança benemérita, em mais longo prazo, mas todas aquelas criaturas que lhe atenderam as petições, passaram a ver e auxiliar doentes e obsessos, paralíticos e mutilados, cegos e infelizes, os largados à rua e os sem ninguém.

O contato recíproco gerou precioso câmbio espiritual.

Quantos conduziam alimento e agasalho, carinho e remédio para os companheiros infortunados recebiam deles, em troca, os dons da paciência e da compreensão, da tolerância e da humildade e, sem maiores obstáculos, descobriram a estrada para a convivência com os Céus.

O Senhor louvou a caridade, nela reconhecendo o mais importante processo de orientação e sublimação, a benefício de quantos usufruem a escola da Terra.

Desde então, funcionam, no mundo, o sofrimento, podando as arestas dos companheiros revoltados; a doutrinação informando aos espíritos indecisos quanto às melhores sendas de ascensão às Bênçãos Divinas; e a caridade iluminando a quantos se consagram ao amor pelos semelhantes, redimindo sentimentos e elevando almas, porque, acima de todas as forças que renovam os rumos da criatura, nos caminhos humanos, a caridade é a mais vigorosa, perante Deus, porque é a única que atravessa as barreiras da inteligência e alcança os domínios do coração.

Meimei por Chico Xavier do livro: 
Seara de Fé /  Espíritos Diversos

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- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles,  a razão e a universalidade.

- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610/98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.
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