terça-feira, 31 de maio de 2022

Limpar a mente

Limpar a mente

Miramez



Os bons costumes tornam a mente límpida e clareiam o verbo, enriquecendo-o, para que os ouvintes sejam estimulados ao exercício do bem eterno. A poluição mental turva a consciência e conturba o raciocínio, deixando a alma trôpega no vaso da carne. O homem civilizado não tem o costume diário de higienizar o corpo? Pois a mente, na verdade, tem grande necessidade de limpeza, tanto quanto o corpo, por ser o centro da vida que comanda toda a massa somática.

E esse trabalho começa como a chuva: divide-se em bilhões de gotículas, mas farta a humanidade e a natureza, limpa a atmosfera e destampa as minúsculas aberturas das árvores, de onde promana o oxigénio puro, no vigor da própria existência. Assim, a chuva, para a mente, há de surgir nessas mesmas proporções: bilhões ou trilhões de pequenos esforços, somando uma torrente de energias vivas, conduzindo todo o entulho da consciência por canais apropriados.

E a pureza de raciocínio faz nascer um clima enriquecido para as belezas imortais do amor, da alegria e da fraternidade. Sugestiona o ser à procura de Deus e a obedecer às leis.

A castidade mental é obra de grande importância para a nossa supremacia espiritual, sem as sutilezas da arrogância e as manobras do orgulho. Devemos nos esforçar todos os dias, a partir do momento em que nos alistamos no exército do Cristo. Como espíritos, mesmo no mundo; mas à procura da luz, compreendamos, na urgência das nossas necessidades, que renovação é o tema central da alma - ovelha que reconhece o pastor, atendendo os seus magnânimos convites, pela inteligência e pelo coração.

A elegância dos pensamentos ajusta o meio ambiente em que viveis, para chamados fraternos e para uma conversação sadia, desamarrando, do núcleo da vida, a expressão do amor, de modo a participar, na mesma frequência, a razão.

Para que isso tudo se faça, o esforço próprio é imprescindível, dia a dia. A autoeducação haverá de se processar passo a passo, e a vigilância deve arregimentar todas as forças possíveis nessa imensurável batalha que somente termina na pureza espiritual, para começar outros labores, em escalas que escapam ao raciocínio humano.

A vida é um turbilhão de vidas sucessivas, que se associam por lei de esforços e de obediências correlatas. No homem, o começo do sofrimento é sinal de princípio de maturidade. É, pois, a força do progresso atingindo sua farda física, para que o
corpo espiritual se atualize nas necessidades maiores. Os grandes golpes na alma clareiam seu caminho para certas mudanças na arte de viver melhor.

Escrevemos para todos, é certo. No entanto, endereçamos nossas mensagens, com mais intimidade, aos despertos, aos companheiros conscientes dos seus deveres ante a escalada do Mestre. Se começais hoje a vos renovar na vida que levais, amanhã sereis torturados impiedosamente pelas forças contrárias, donde resulta a desistência de muitos estudantes da verdade, por ignorarem que o ataque, a maledicência, a injúria, o desprezo são outras tantas forças do bem, revestidas aparentemente de inimigos. Todavia, o que Jesus disse nos conforta sobremaneira: "Aquele que perseverar até o fim, será salvo".

Associemos nossos esforços ao regime das leis de Deus, respeitando-as em todas as suas nuances. Se algo faltar de nossa parte, nunca haverá de ser a persistência, como onda de luz a transformar as nossas boas intenções em realidades.

Higienizemos a nossa mente, sem afrontá-la agressivamente.

A experiência nos aconselha que o trabalho paciente e constante vencerá obstáculos que se nos afiguravam em posição irremovível. Na verdade, a mente plasma o que os olhos veem, como máquina fotográfica pronta para disparar tendo em mira o objetivo visado. Não obstante, poderemos fechar o diafragma.

Assim sucede com os ouvidos, assim se processa na formação das ideias. Orar e vigiar é atitude certa para que a mente não se suje mais. E o trabalho de limpeza deve ser eficiente, diminuindo a carga corrosiva acumulada em muitos séculos, Um pouco de boa vontade vos colocará, com habilidade, nesse saneamento, e os conceitos que propomos neste livro são, um tanto ou quanto, companheiros da limpeza espiritual, convidando todos para a libertação.

Miramez por João Nunes Maia do livro:
Horizontes da Mente

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segunda-feira, 30 de maio de 2022

Observe para atender

Observe para atender

Marco Prisco


"A piedade é o melancólico, mas celeste precursor da caridade, primeira das virtudes que a tem por irmã e cujos benefícios ela prepara e enobrece." (O Evangelho Segundo o Espiritismo / Capitulo XIII - Item 17.)

Você comentará falhas alheias, sem resultado edificante, e se fará dilapidador das fraquezas do próximo.

Você censurará, o vizinho, sem lhe retificar a posição, e se converterá em juiz impiedoso das vicissitudes dos outros.

Você discutirá as imperfeições do amigo, sem lhe modificar a situação moral, e se transformará em algoz de quem já é vitima de si mesmo.

Você debaterá problemas dos conhecidos, sem os solucionar, e se tornará leviano examinador das causas que lhe não pertencem.

Você exporá feridas do caráter das pessoas, sem as medicar, e se situará na condição de enfermeiro negligente em doenças a que lhe não cabe oferecer assistência. 

Cale o verbo que não ajuda, observe e sirva.

Você caminha sob a mesma ameaça. Os outros observam-no também.

Deixe que a tentação da censura morra asfixiada no algodão do silêncio.

Ninguém é infeliz por prazer.

Os que mais erram são doentes contumazes que requerem o medicamento fraterno da prece e do entendimento.

O comentário improdutivo é gás que asfixia as plantas da esperança alheia.

Sua censura é espinho na alma do vizinho.

A exposição dos insucessos do próximo é estilete a ferir-lhe a chaga aberta.

*

Recorde o Mestre e examine-se.

Sua ascensão apoia-se na ascensão dos companheiros.

A queda de alguém é embaraço em seu caminho.

Auxilie sem exigência e indistintamente.

Permita ao grande tempo a tarefa de corrigir e educar. Confira a você mesmo o impositivo somente de ajudar.

Marco Prisco por Divaldo Franco do livro:
Glossário Espirita-Cristão

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domingo, 29 de maio de 2022

A força positiva

 A força positiva

Vinícius (Pedro Camargo)



"Aproximou-se de Jesus um leproso, prostrou-se e disse-lhe: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo: Jesus, estendendo a mão, retrucou: - Quero; fica limpo. No mesmo instante o leproso ficou são."                                                                    (Mateus 8:2,3)

Nós nos achamos sob a influência de duas forças antagônicas entre si: a positiva e a negativa. Consoante a ação desta ou daquela, sentimo-nos grandes ou pequenos, capazes ou inertes, varonis ou pusilânimes.

A primeira é força construtora, edifica sempre. A segunda é demolidora, destrói fatalmente. Uma gera otimismo; outra engendra pessimismo. Esta nega; aquela afirma.

A força positiva congraça, originando ondas simpáticas; a negativa dispersa, dando origem a ondas antipáticas.

A corrente positiva é absoluta, tem sua origem na fonte eterna da vida: Deus. Sua antagonista é relativa, incerta, dúbia, ora perdendo, ora ganhando intensidade; dimana do homem, de seus defeitos, fraquezas e paixões. Está, por isso, destinada a ser, em dado tempo, aniquilada, visto como age de encontro à harmonia do Universo. Perdura enquanto o homem ignora seus perigos, sua natureza e os meios de a alijar de sua mente e de seu coração. Logo, porém, que lhe seja dado discernir entre a influência dissolvente de uma, e a influência benfazeja de outra, ele deixará de produzir e alimentar a força inimiga, para sorver a largos haustos a energia criadora que tudo vivifica.

Em rigorosa análise, podemos dizer que estas duas forças guardam entre si aquela mesma relação que se verifica entre a luz e as trevas. Estas não são outra coisa senão a ausência daquela. Não há realidade nas trevas, como também não há na corrente negativa. Contudo, as consequências da falta de luz, como os efeitos da ausência de força positiva, ocasionam males tremendos.

Ninguém triunfará na vida senão pela força positiva. Nos planos superiores ela domina o ambiente. Nos inferiores é escassa e fugidia, como o clarão dos relâmpagos.

Jesus enchia-se de contentamento quando ela se lhe deparava na Terra.

Comprazia-se em acentuar que só através da força positiva lhe era dado exercer sua missão de amor.

O leproso, de que nos fala a passagem acima transcrita, agiu mediante o influxo da força positiva, de que se achava possuído. Seu pedido foi expresso em linguagem categórica e firme: Senhor, si quiseres, podes tornar-me limpo. A resposta foi articulada no mesmo tom: Quero; fica limpo. A voz do céu, pela boca do seu legítimo intérprete, não podia vibrar em outro diapasão.

A tua fé te salvou; a tua fé te curou; seja feito segundo tua fé, e outros dizeres semelhantes têm sua explicação no poder dessa energia, na ação inconfundível da força positiva através da qual Jesus-Cristo operou os prodígios que maravilharam o mundo.

Vinícius (Pedro Camargo) do livro:
Nas pegadas do Mestre

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Nota: Pedro de Camargo, mais conhecido por Vinícius (pseudônimo que adotou e usou por mais de 50 anos), nasceu em Piracicaba (SP) em 7 de maio de 1878. Desde muito jovem abraçou com entusiasmo o Espiritismo, tendo fundado e dirigido em sua terra natal a instituição espírita “Fora da caridade não há salvação”. Por muitos anos presidiu também a “Sociedade de Cultura Artística”, na mesma cidade. Em 1938, mudou-se para a cidade de São Paulo, onde permaneceu até a sua desencarnação em 11 de outubro de 1966. A partir de 1949, desenvolveu, através do rádio, um programa evangélico de grande proveito para os espíritas. Teve participação destacada nos esforços em prol da unificação do Movimento Espírita Brasileiro que culminaria com a criação do Conselho Federativo Nacional (CFN). Colaborou por dezenas de anos com artigos que primavam pela essência altamente doutrinária e evangélica publicados em Reformador. (Trecho extraído do site da FEB)
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sábado, 28 de maio de 2022

O raio da morte

O raio da morte

Emmanuel


Em toda a parte onde a criatura não se vigia, ei-lo que surge, como arremessado pelos abismos da sombra.

É o raio da morte que extermina, implacável, todas as sementeiras do bem.

Na maternidade - é a força imponderável que provoca o desastre do aborto ou que fulmina pobres anjos recém-natos a sugá-la por veneno sutil, à flor do materno seio.

Na paternidade - é a frustração das mais preciosas esperanças endereçadas pelo Céu em socorro à família.

No lar - é o espinho magnético, alimentando o sofrimento naqueles que mais amamos.

No templo - é o assalto das trevas às promessas da luz.

Na caridade - é o golpe da violência colocando o vinagre do desencanto e o fel da revolta no prato da ingratidão.

Na escola - é a ofensa à dignidade do ensino.

Entre amigos - é o azorrague de brasas crestando as bênçãos da confiança.

Entre adversários - é o instinto que arma o braço desavisado para o infortúnio do crime.

Nos moços - é a certidão de incapacidade para servir.

Nos adultos - é o punhal invisível degolando sublimes desejos de entendimento e progresso.

Por onde passa deixa sempre um rastro de lodo e sangue, lágrima e desespero, exigindo a mais ampla serenidade do tempo e o mais dilatado perdão para que o equilíbrio da vida se refaça.

Esse raio mortal é a cólera onde aparece.

Para conjurar-lhe o perigo, só existe um remédio justo - receber-lhe o impacto destruidor no clima do silêncio sobre a antena do coração.

Emmanuel por Chico Xavier do livro:
Coragem

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sexta-feira, 27 de maio de 2022

Contigo mesmo

Contigo mesmo

Hammed


“... O dever começa precisamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranquilidade do vosso próximo; termina no limite que não gostaríeis de ver ultrapassado em relação a vós mesmos...”   (O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 17º, item 7.)

Como decifrar o dever? De que maneira observar o dever íntimo impresso na consciência, diante de tantos deveres sociais, profissionais e afetivos que muitas vezes nos impõem caminhos divergentes?

Efetivamente, nasceste e cresceste apenas para ser único no mundo.

Em lugar algum existe alguém igual a tua maneira de ser; portanto, não podes perder de vista essa verdade, para encontrar o dever que te compete diante da vida.

Teu primordial compromisso é contigo mesmo, e tua tarefa mais importante na Terra, para a qual és o único preparado, é desenvolver tua individualidade no transcorrer de tua longa jornada evolutiva.

A preocupação com os deveres alheios provoca teu distanciamento das próprias responsabilidades, pois não concretizas teus ideais nem deixas que os outros cumpram com suas funções. Não nos referimos aqui à ajuda real, que é sempre importante, mas à intromissão nas competências do próximo, impedindo-o de adquirir autonomia e vida própria.

Assumir deveres dos outros é sabotar os relacionamentos que poderiam ser prósperos e duradouros. Por não compreenderes bem teu interior, é que te comparas aos outros, esquecendo-te de que nenhum de nós está predestinado a receber, ao mesmo tempo, os mesmos ensinamentos e a fazer as mesmas coisas, pois existem inúmeras formas de viver e de evoluir. Lembra-te de que deves importar-te somente com a tua maneira de ser.

Não podemos nos esquecer de que aquele que se compara com os outros acaba se sentindo elevado ou rebaixado. Nunca se dá o devido valor e nunca se conhece verdadeiramente.

Teus empenhos íntimos deverão ser voltados apenas para tua pessoa, e nunca deverás tentar acomodar pontos de vista diversos, porque, além de te perderes, não ajustarás os limites onde começa a ameaça à tua felicidade, ou à felicidade do teu próximo.

Muitos acreditam que seus deveres são corrigir e reprimir as atitudes alheias. Vivem em constantes flutuações existenciais por não saberem esperar o fluxo da vida agir naturalmente.

Asseveram sempre que suas obrigações são em “nome da salvação” e, dessa forma, controlam as coisas ou as forçam acontecer, quando e como querem.

Dizem: “Fazemos isso porque só estamos tentando ajudar”. Forçam eventos, escrevem roteiros, fazem o que for necessário para garantir que os atores e as cenas tenham o desempenho e o desenlace que determinaram e acreditam, insistentemente, que seu dever é salvar almas, não percebendo que só podem salvar a si próprios.

Nosso dever é redescobrir o que é verdadeiro para nós e não esconder nossos sentimentos de qualquer pessoa ou de nós mesmos, mas sim ter liberdade e segurança em nossas relações pessoais, para decidirmos seguir na direção que escolhemos. Não “devemos” ser o que nossos pais ou a sociedade querem nos impor ou definir como melhor. Precisamos compreender que nossos objetivos e finalidades de vida têm valor unicamente para nós; os dos outros, particularmente para eles.

Obrigação pode ser conceituada como sendo o que deveríamos fazer para agradar as pessoas, ou para nos enquadrar no que elas esperam de nós; já o dever é um processo de auscultar a nós mesmos, descortinando nossa estrada interior, para, logo após, materializá-la num processo lento e constante.

Ao decifrarmos nosso real dever, uma sensação de autorrealização toma conta de nossa atmosfera espiritual, e passamos a apreciar os verdadeiros e fundamentais valores da vida, associados a um prazer inexplicável.

Lembremo-nos da afirmação do espírito Lázaro em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”: “O dever é a obrigação moral, diante de si mesmo primeiro, e dos outros em seguida”. (O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 17º, item 7.)

Hammed por Francisco do Espírito Santo Neto
do livro: Renovando atitudes

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quinta-feira, 26 de maio de 2022

Súplica de todos

Súplica de todos

Maria Dolores



Companheiros enganados
São tantos que, as vezes, penso
Que ninguém conseguiria
Enumera-los num censo
A nomes de cada um...

Enquanto estive na terra,
Via este quadro comum:
Nas sendas por onde vão,
Nunca soube o que pediam
Por dentro do coração.

Passavam como eu passava,
Uns de carro, outros a pé,
Muitos deles se arrastavam
Clamando falta de fé.

Quantos nobres cavalheiros
Seguiam de fronte erguida,
Intentando dominar
As fontes da própria vida!...

Outros muitos caminhavam,
Face triste e passo lento,
Revelando sem palavras
Amargura e sofrimento.

De muitos, eu me afastava,
Ao vê-los em grandes crises,
Agressivos, revoltados,
Coléricos e infelizes...

Quantas mulheres passavam
Arquitetando aventura!...
Guardava comigo a ideia
De vê-las arrebatadas
Aos turbilhões da loucura.
De muitas somente ouvia
Os mais arrojados planos
Para conquista de laços
Que acabam em desenganos,
Outras seguiam adiante,
Indiferente à vida,
Tristes irmãs desprezadas,
De alma doente e sofrida.

Via passar homens fortes
Sob estranho cativeiro,
Queriam ouro e mais ouro,
Atolados em dinheiro.

Fitava moças e moços
Parecendo, mais ou menos,
Alucinados da Terra,
Usando estranhos venenos;
Quantos deles se mostravam
Irresponsáveis? Não sei.
Sabia apenas nota-los
Por irmãos fora da lei.

Em minha severidade,
Culpava filhos e pais,
Minhas censuras a esmo
Subiam cada vez mais.

No entanto, a morte surgiu,
Transformou-me, de repente,
Foi então que vi, de perto,
As lutas de tanta gente...

Esses passantes do mundo
Que encontrara, face à face,
Nunca haviam merecido
Palavra que os condenasse.
Morando agora, no além,
Conheço, em alta razão:
Ninguém caminha na terra
Buscando reprovação.
Sei hoje a grande verdade
Que sinto e não sei expor:
Todos nós, dentro da vida,
Pedimos somente amor.

Maria Dolores por Chico Xavier do livro:
Coração e vida

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quarta-feira, 25 de maio de 2022

Renovação

Renovação

Eurípedes Barsanulfo



A força inexorável do progresso vem alterando em profundidade, nos últimos tempos, a face ultrajada do planeta.

Ruem as muralhas que separavam os povos, sob os camartelos da solidariedade que abre espaço ao entendimento entre os homens.

Bastiões considerados inexpugnáveis tombam vencidos pela força do amor que ilumina as mentes e os corações, fazendo que batam em retirada os arbitrários dominadores de consciências e esmagadores das liberdades democráticas, nas quais estão estatuídos os direitos do homem ao exercício de uma vida saudável, consentânea às suas conquistas intelecto-morais.

Cedem passo, aos ideais da paz, os quarteis de armamentos bélicos, e as autoridades que governam as Nações, ao invés da guerra fria e ameaçadora, marcham ao encontro uns dos outros para firmarem compromissos de respeito às criaturas, estabelecendo a necessidade de abolir a hidra violenta da destruição para que se implantem as admiráveis conquistas do progresso, a benefício dos homens.

Fábricas de assassínio de vidas cerram as suas portas, deixando de produzir a indústria da morte, para que sejam implantados os lares da educação, os núcleos de apoio social e promoção humana, facultando ao futuro realizações libertadoras de consciências e de edificação da paz.

Em todo esforço extraordinário que os missionários do Alto, reencarnados, executam, surpreendendo a sociedade, observa-se o homem, estorcegando-se sob os flagelos que ele desencadeou para si próprio, resgatando compromissos negativos, enquanto se estrutura para os futuros cometimentos da felicidade humana.

São inevitáveis as leis do progresso, e ninguém, força alguma é capaz de detê-lo.

O homem está fadado à Grande Luz e avança com passo seguro no rumo da sua destinação.

Ao Espiritismo, neste momento altamente significativo da História, cabe a tarefa de conduzir a consciência social ao fanal que lhe está reservado.

Momento este de revisionismo, de contestação, de aferição de valores, de análise de estruturas, é também de renovação.

A releitura do Evangelho de Jesus, sob a óptica da Doutrina Espírita, faculta-lhe o entendimento da vida na sua significação profunda e impostergável.

Este é o momento da implantação da Era do Espírito Imortal.

O homem, esfaimado de amor, bate aflito às portas dos Céus buscando respostas, e O Consolador brinda-o com os elementos nutrientes e abençoados, capazes de atender as necessidades que o afligem.

Arrebentando as algemas da ignorância e abrindo os braços ao amor, o homem que encontrou a Mensagem Espírita está habilitado a desempenhar as tarefas de crescimento espiritual e moral para a qual reencarnou.

Indispensável que, ao lado das grandes transformações que se operam em favor da renovação geral, arrebentem-se, também, as barreiras morais que separam os indivíduos, que se derrubem as paredes que impedem, emocionalmente, o entendimento humano e sejam lançadas pontes nos abismos, facultando o trânsito livre de todos em favor da verdadeira fraternidade.

Juventude é um estado de espírito, e é mediante essa atitude interior, rica de esperança e de otimismo, que todos os homens, conscientes das suas responsabilidades, trabalhem em benefício da relevante realização do bem em favor de todos.

A juventude de ontem, hoje amadurecida, que teve a coragem de encetar os primeiros passos em prol dos novos tempos que ora vivemos, propõe aos jovens de agora, apoiados nas preciosas lições de Jesus Cristo, darem prosseguimento ao labor que apenas surge, engrandecendo a Humanidade na qual se encontram como membros atuantes, através do trabalho, da ordem e do amor, para que batam em retirada, em definitivo da Terra, os perversos fantasmas da fome, da miséria, da doença, do abandono, da dor, que se tornarão páginas do período de primitivismo que o planeta passou, quando olhados através das claridades sublimes do futuro.

Renovação com Jesus é reconstrução de vida a benefício de todas as vidas.

Eurípedes Barsanulfo por Divaldo franco do livro:
Antologia Espiritual

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