domingo, 30 de abril de 2023

No trabalho

No trabalho

André Luiz

Desde que se encontre em condições orgânicas favoráveis, dedicar-se ao exercício constante de uma profissão nobre e digna.

O engrandecimento da vida exige o tributo individual do trabalho.

Situar em posições distintas as próprias tarefas diante da família e da profissão, da Doutrina que abraça e da coletividade a que deve servir, atendendo a todas as obrigações com o necessário equilíbrio.

O dever, lealmente cumprido, mantém a saúde da consciência.

Examinar os temas de serviço que lhe digam respeito, para não estagnar os próprios recursos na irresponsabilidade destrutiva ou na rotina perniciosa.

Da busca incessante da perfeição, procede a competência real.

Ajudar aos colegas de trabalho e compreendê-los, contribuindo para a honorabilidade da classe a que pertença.

O espírita responde por sua qualificação nos múltiplos setores da experiência.

Cultuar a caridade nas tarefas profissionais, inclusive naquelas que se refiram às transações do comércio.

O utilitarismo humano é uma ilusão como as outras.

Jamais prevalecer-se das possibilidades de que disponha no movimento espírita para favoritismos e vantagens na esfera profissional.

Quem engana a própria fé, perde a si mesmo.

Em nenhuma ocasião, desprezar as ocupações de qualquer natureza, desde que nobres e úteis, conquanto humildes e anônimas.

O trabalho recebe valor pela qualidade dos seus frutos.

“Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.” — Jesus. (João, 5:17.)
André Luiz por Waldo Vieira do livro:
Conduta Espírita

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sábado, 29 de abril de 2023

A Paz e a Verdade

A Paz e a Verdade

Humberto de Campos


Os grandes Espíritos, que sob a tutela amorosa de Jesus dirigem os destinos da Humanidade, reuniram-se há pouco tempo, nos planos da erraticidade, para discutirem o método de se estabelecer o Gênio da Paz na face da Terra.

A essa assembleia de sábios das coisas espirituais e divinas, compareceram anciãos da sociedade de Marte, estudiosos de Saturno, cientistas e apóstolos de Júpiter e outros representantes da vida do nosso sistema solar.

Estudaram, reunidos, todos os séculos passados, esmerilhando a antiguidade egípcia, as eras clássicas, o império romano, o advento do Cristianismo, os tempos apostólicos, a Idade Média, a Revolução Francesa, o progresso científico e filosófico do século XIX e a última experiência dolorosa das criaturas humanas, em 1914, concluindo que, depois de tantas lições sábias e justas, a humanidade terrestre estaria preparada para receber em seu seio o Gênio da Paz, edificando-lhe um templo no coração atormentado e sofredor. E os mentores dos destinos humanos deliberaram aceitar unanimemente essa hipótese, marcando, porém, um dia para nova reunião coletiva, a fim de ouvirem o Mensageiro da Paz, que partiria com a tarefa de investigar todos os elementos ao seu alcance, para a consecução desse grandioso projeto.

E o mensageiro partiu.

Deixava os seus penates celestes cheios de harmonias e de carícias maravilhosas. O sistema solar era todo uma lira de luz, desferindo um cântico de glorificação a Deus no infinito dos espaços: Saturno com as suas luas e com os seus anéis rutilantes, Marte com os seus satélites graciosos, Vênus com a sua vida primária, enchendo o Céu de perfume, e as estradas aéreas formadas no éter delicioso, alcatifadas de estrelas e flores evanescentes.

Após atravessar essa região de belezas indefiníveis e depois de penetrar as camadas de ozone que revestem as massas atmosféricas do orbe terrestre, colocando as criaturas vivas a salvo dos raios desconhecidos e mortíferos do espectro solar, o Mensageiro sentiu-se oprimido sob uma atmosfera de fumo sufocante, e, em breve, estudava a situação de todos os países para colher notícias necessárias aos seus superiores, dos planos espirituais.

No dia aprazado, comparecia, torturado e abatido, à presença dos seus maiores.

Os anciãos veneráveis, que haviam deliberado a sua vinda ao planeta terreno, esperavam-no com expectativas promissoras. Mas, o nobre expedicionário começou a expor as suas opiniões sem otimismo e sem esperança:

- “Senhores – disse inicialmente -, nossas previsões não se realizaram. A Terra toda, na atualidade, é um perigoso rastilho de pólvora. Todas as nações estão prontas para a guerra.

A luta, ali, é um produto inevitável dos labores ideológicos das criaturas humanas. Procurei um lugar onde fosse possível estabelecer as minhas atividades, sem encontrar elementos para esse fim, em parte alguma. Debalde tentei sobrepor as minhas influências nos gabinetes públicos, nas doutrinas da coletividade, ou no santuário dos corações. Os homens ainda não conseguem entender nossos alvitres e conselhos. Nenhum deles cuida da necessidade de paz, com sinceridade e desinteresse. Alguns falam em meu nome, para levantarem recompensas e honrarias nos torneios políticos, ou literários. Desgraçadamente, porém, não podem prescindir das necessidades negras da guerra!”

Verificou-se, na assembleia augusta e respeitável, um movimento penoso de assombro.

Ali se encontravam Espíritos diretores de povos, de raças, e de todos os ideais que nobilitam a Humanidade.

E os antigos gênios, inspiradores das raças eslavas e germânicas, solicitaram notícias dos seus subordinados, mas a entidade amiga respondeu com franqueza:

- “Os povos que se acham sob a vossa carinhosa tutela vivem a fase terrível do mais desenfreado armamentismo. A Alemanha já reocupou a Renânia, readquirindo, igualmente, o território do Sarre e preparando-se para reconquistar o seu império colonial. Antevendo as grandes guerras que se aproximam, os alemães estão aproveitando toda as suas capacidades inventivas na criação de novos elementos de destruição, nas indústrias bélicas.

Seus zepelins atravessam todos os continentes do mundo, a pretexto de turismo, estudando a situação topográfica dos outros países, arquitetando um novo sonho de imperialismo internacional. Com a teoria do racismo, ela procura levantar o plano nefasto da sua hegemonia no Globo, criando toda a espécie de aparelhos para o domínio do mundo. A Rússia prepara-se, inventando novos engenhos para a indústria da guerra, arrancando o suor dos seus filhos para fomentar a sua ideologia política na face da Terra, incentivando revoltas e sacrificando corações. A Polônia gasta, na atualidade, um terço dos orçamentos com as forças armadas e todas as outras pequenas nacionalidades, que floresceram nas margens do Danúbio, não escondem a sua posição na corrida armamentista destes últimos tempos, fortificando-se para a luta do porvir...”

E vieram os gênios inspiradores das raças latinas, obtendo a mesma resposta:

- “A França e a Itália – prosseguiu o embaixador solícito -, que foram sempre as nações diretoras do pensamento da latinidade, estão entregues a todos os desregramentos das indústrias da guerra. A primeira, dominada pelas obrigações de ordem política, coloca-se em uma posição perigosa em face dos países que eram seus antigos aliados; a segunda, acaba de realizar a campanha condenável de conquista do território abissínio, com os mais abjetos espetáculos da força. As aviações francesas e italianas, seus vasos de guerra, seus milhares de homens da infantaria motorizada, causam dolorosa surpresa aos espíritos pacifistas do mundo. A Espanha afoga-se numa onda incendiária de sangue, e todas as outras nações europeias, inclusive a Inglaterra, que despedaça no momento todas as lanças ao seu dispor, para a conservação do seu império colonial, se preparam para a carnificina do futuro. Não se pode esperar nenhum esforço em favor da paz, por parte das raças latinas.”

E vieram, em seguida, os seres tutelares dos povos da Mongólia, recebendo idêntica resposta:

- “A China está cheia de fogo e de sangue... O Japão, repleto de associações secretas, de espionagem, para a realização dos projetos nipônicos na guerra futura. As ilhas orientais estão dominadas pelo imperialismo do século, fomentando-se dentro delas as lutas sociais, políticas e religiosas...”

E chegaram, depois, nesse inquérito, os gênios que presidem ao destino das livres Américas, obtendo sempre a mesma resposta:

- “Os vossos subordinados – exclamou o lúcido e bem informado Mensageiro -, inconscientes dos tesouros econômicos que possuem, perdem-se num labirinto de lutas políticas de todos os matizes. As nações do Norte vivem idealizando todos os poderes destrutivos para serem utilizados na sua defensiva, esperando-se, ali, mais tarde, o perigo das forças amarelas.

Atormentados pelos preconceitos, entregam-se, por vezes, a linchamentos e distúrbios sociais, incompatíveis com o seu alevantado progresso. Os americanos do Sul esquecem suas possibilidades na solução do problema da concórdia humana, entregando-se, de vez em quando, aos excessos das paixões políticas, que os arrastam à sangria fratricida das guerras civis, cujo único objetivo é multiplicar o número dos infelizes e dos desafortunados do mundo...”

Depois de penosas discussões, vieram os grandes gênios inspiradores das ciências físicas e morais da Humanidade terrestre; todavia, o Gênio da Paz continuou com a sua palavra inflexível e dolorosa:

- “Não se pode esperar um esforço sério das correntes religiosas da Terra, a favor da tranquilidade dos homens; com raras exceções, quase todas estão divididas em núcleos de combate recíproco, dentro de atividades e interesses anticristãos. Quanto às ciências físicas, todas as suas atenções estão voltadas para o extermínio e para a morte. Criaram-se na Terra os mais terríveis aparelhos de defesa antiaérea, que fazem explodir aviões e outras poderosas máquinas de guerra, gases mortíferos, torpedos do ar e do mar, salientando-se o torpedeiro moderno, que poderá carregar 2.800 toneladas e que destrói fatalmente o alvo objetivado e atingido; metralhadoras elétricas, cômodas e velozes, de tiros rápidos, graças ao sistema rotativo; canhões antiaéreos oferecendo capacidade para o tiro vertical de 15.000 metros... A Terra é um vasto pandemônio de armas, de maquinarias e munições... Percorri todas as cidades, todas as organizações e todos os lares, improficuamente!...”

A essa altura, quando a confusão de vozes se estabelecia no recinto iluminado, onde se reuniram as falanges espirituais do Infinito, o Gênio da Verdade, que era o supremo diretor desse conclave angélico dos espaços, exclamou gravemente:

- “Calai-vos, meus irmãos!... Ninguém, na Terra, poderá colocar outro fundamento a não ser o de Jesus-Cristo. A evolução moral dos homens será paga com os mais penosos tributos de sangue das suas experiências. As criaturas humanas conhecerão a fome, a miséria, a nudez, a carnificina e o cansaço, para aprenderem o amor d'Aquele que é o Jardineiro Divino dos seus corações. Transformarão as suas cidades em ossuários apodrecidos, para saberem erguer os monumentos projetados no Evangelho do Divino Mestre. Chega de mensagens, de arautos e mensageiros... No fumo negro da guerra o homem terá a visão deslumbradora da luz maravilhosa dos planos divinos!...”

E depois de uma pausa, cheia de comoção e de lágrimas no espírito de todos os presentes, a lúcida entidade sintetizou:

- “Nunca haverá paz no mundo, sem a Verdade!...”

E enquanto as aves celestes voejavam nas atmosferas radiosas e eterizadas do infinito e a luz embriagava todas as criaturas e todas as coisas, num turbilhão de claridade e de perfumes, ouviu-se uma voz indefinível, bradando na imensidade:

- “Ninguém, na Terra, pode lançar outro fundamento além daquele que foi posto por Jesus-Cristo!”

E, confundida numa luz imensa e maravilhosa, a grande assembleia da Paz foi dissolvida.

2 de janeiro de 1937.

Humberto de Campos por Chico Xavier do livro:
Crônicas de Além Túmulo

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sexta-feira, 28 de abril de 2023

O destino

O destino

Vianna de Carvalho


Examinado pelas diferentes escolas de pensamento através dos tempos, o destino vem recebendo complexas contribuições, conforme a estrutura filosófica de cada uma delas.

Na Mitologia grega, afirmava-se que o Destino é uma fatalidade imposta por Zeus, inevitável, portanto personificado, e graças às suas características, ora partia do deus máximo ou com ele se confundia, sendo representado conforme a sua expressão por deidades diferentes, às vezes ao próprio Destino todos eram submetidos.

Platão estabeleceu no destino uma causalidade de natureza metafísica que se manifesta na existência humana como efeito de uma predeterminação.

A escola estóica assim como a cínica, pelas suas raízes materialistas, propunham razões fatalistas, irrevogáveis, que afetavam as criaturas que se lhe deviam submeter com coragem, conforme a primeira ou com indiferença zombeteira, na opinião da última.

Com o surgimento do Cristianismo se apresentou o conceito da Providência Divina, estabelecendo as linhas de comportamento definidas para a sujeição do ser humano que, face à aceitação ou rebeldia das suas injunções, seria feliz ou desgraçado, num desenho antecipado do destino final no Céu ou no Inferno.

A interpretação teológica do pensamento de Jesus sofreu alterações através dos séculos, dando lugar ao aparecimento das doutrinas da graça — com predestinação para a felicidade eterna de alguns eleitos, em detrimento da maioria; da indulgência — como recurso de reparação dos arrependidos e piedosos; — e outras que desencadearam reações violentas, pela estultice e absurdo de que se constituíam.

A doutrina da unicidade das existências corporais sempre enfrentou dificuldades intransponíveis para explicar com lucidez as diferenças dos destinos das criaturas terrestres.

A mesma Energia Geradora de Vida e de Inteligência, por qual sortilégio ou para qual terrível propósito, criaria pessoas ditosas e infelizes, umas saudáveis e outras enfermas, algumas belas e diversas horrendas, inteligentes e idiotas, amadas e as demais odiadas, estas generosas e as outras perversas e ímpias, os seres portadores de valores múltiplos e tantos mais sem qualquer atributo, desprezados, miseráveis?...

Como gerar uma sociedade tão diferente, com a mesma procedência, concedendo brilho e plenitude a uma minoria, e sombra, ignorância, carência à maioria predominante?

Ademais, em consequência da jornada terrestre, como condenar todos, irrevogavelmente, alguns às bênçãos, e a quase totalidade ao degredo, às desgraças?

Somente a reencarnação faculta a perfeita compreensão e a plena justiça em torno do destino dos seres.

Todos são criados puros, simples, ignorantes, com as mesmas possibilidades em germe, estimulados a desenvolver esses recursos latentes mediante o esforço e a opção pessoal.

Ninguém, no entanto, que esteja fadado à destruição, ao infortúnio, ao sofrimento eterno. A experiência terrestre constitui-lhes mecanismo propiciador de aprendizagem, de desenvolvimento dos potenciais que lhes dormem no íntimo, aguardando as condições para o despertar e o desenvolver.

As diferenças que se apresentam entre os seres decorrem da maturidade de cada um, lograda a esforço próprio, ou da maioridade espiritual, como ser peregrino da vastidão evolutiva há mais tempo crescendo que outros, ainda titubeantes, que também alcançarão os momentos culminantes.

Compatível com a sabedoria e o amor de Deus, a reencamação é o instrumento que trabalha o destino, graças à conduta de cada qual que, em se esforçando, apressa a marcha e conquista os tesouros que nele jaz, podendo utilizá-los com eficiência para incessante burilamento e iluminação.

O destino, portanto, é o resumo das ações antes praticadas, que propiciam os acontecimentos a se sucederem na marcha de ascensão que todos os espíritos percorrem, desde o átomo até o anjo.

Quando a astúcia e a fraude, o crime e o engodo tentam burlar os imperativos da Lei que favorece o destino, o infrator defronta adiante acontecimentos inesperados que o reconduzem à trilha abandonada, impondo-lhe a aceitação dos efeitos dos atos que desejou anular.

Por isso, os comportamentos ignóbeis, as façanhas da arbitrariedade, as malhas tecidas pela sordidez, jamais logram propiciar felicidade real, não indo além de fenômenos de alegrias e triunfos fugazes que a realidade coarcta e modifica.

Ninguém foge de si mesmo, do seu destino, que elabora em cada pensamento, palavra e gesto, alterando a panorâmica da vida a cada instante, conforme a diretriz que se imponha.

O destino bifurca-se no determinismo — nascer, viver e morrer — e no livre-arbítrio. Conforme o comportamento que o homem se permita, a felicidade ou o sofrimento — como fanal escolhido — estará aguardando o viajante da evolução.

Com o Espiritismo, as luzes da reencarnação propõem a utilização sábia e coerente de cada momento da existência corporal, resgatando das sombras da ignorância o destino ditoso que é a meta fascinante que brilha a frente para todos.

Vianna de Carvalho por Divaldo Franco do livro:
Antologia Espiritual

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quinta-feira, 27 de abril de 2023

Amparo recíproco

Amparo recíproco

Meimei


Reforma íntima: duas palavras que enfeixam numerosos apelos à sublimação espiritual.

Não te enganes, porém.

Em nos referindo a esse imperativo da vida, coloquemo-nos todos na órbita de semelhante necessidade.

Não te julgues intangível.

Se ainda não sofreste o assédio dessa ou daquela tentação, é possível que o teu dia de luta, nesse sentido, aparecerá mais depressa do que pensas.

Esse amigo conquistou a honestidade, mas ainda não se livrou da sovinice.

Aquela irmã atingiu louvável equilíbrio sentimental, no entanto, ainda carrega consigo grande peso de orgulho.

Outro amigo é um modelo de generosidade, contudo, não perdoa a mínima ofensa.

Determinada companheira é um retrato da dedicação, em família, mas converte-se facilmente em franca representação do egoísmo, em se tratando dos interesses dos outros.

Esse irmão alcançou alto grau de cultura, entretanto, não se contém perante certas tentações de caráter efetivo.

Encontramos outro que brilha na condição de autêntico herói do trabalho, no entanto, ainda não sabe afastar-se do propósito de empalmar os bens alheios, desde que encontre facilidade para isso.

Reportamo-nos ao assunto, a fim de anotar que, na Terra, somos todos necessitados da compaixão recíproca.

Analisemos os pontos frágeis da cidadela em que se nos oculta a personalidade e auxiliemo-nos uns aos outros.

Jesus nos dedicou um só mandamento:

- "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei."

E atrevemo-nos a crer que o Divino Mestre nos terá dito nas entrelinhas:

- "Perdoai-vos uns aos outros como eu vos perdoei."

Meimei por Chico Xavier do livro:
Sentinelas da Alma

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Os três corpos do homem

Os três corpos do homem

J. Herculano Pires



O problema dos corpos humanos tem uma longa e confusa tradição, baseada em revelações antigas e entremeada de superstições populares. Na tradição cristã firmou-se a teoria dos dois corpos referidos pelo Apóstolo Paulo na 1ª Epístola aos Coríntios: o corpo animal ou material e o corpo espiritual. Kardec pesquisou o assunto com a insistência e o rigor que o caracterizavam e chegou a conclusões objetivas de que o homem é dotado de três corpos, que são:
a) o corpo animal ou material mencionado por Paulo, que é o corpo orgânico sujeito à destruição pela morte;
b) o corpo espiritual referido por Paulo, que Kardec verificou ter uma constituição semimaterial, com energias espirituais e materiais em mistura, destinado a ligar a alma ao corpo e a servir à ressurreição logo após a morte; esse corpo não está sujeito à morte material, mas à transformação após a morte para servir na ressurreição, e sujeito à destruição por abusos do espírito no plano espiritual inferior e às modificações exigidas por futura reencarnação, para adaptar-se a novas formas e a novas determinações genésicas e hereditárias; 
c) o corpo espiritual superior, desprovido de matéria, em que o espírito, livre daquele envoltório, vive a vida eterna de que falam as religiões; esse corpo é inacessível à nossa percepção, a não ser como uma centelha etérea, segundo a expressão Kardeciana; é o corpo natural do espírito em seu estado de pureza espiritual e só pode ser usado pelas entidades que atingiram a finalidade das reencarnações, deixando o plano da erraticidade.
A trindade humana, constituída de Espírito, Perispírito e Corpo, realiza assim a transformação de que trata o Apóstolo Paulo, atingindo a síntese suprema da evolução nos corpos inferiores. Dessa maneira, o corpo espiritual superior reflete em sua estrutura angélica real e indestrutível:
a) A Trindade Universal de Deus, Espírito e Matéria.
b) A Trindade doutrinária de Ciência, Filosofia e Religião.
Essas duas Trindades Superiores, referentes à concepção do Cosmos e à concepção da Doutrina Espírita.

Temos assim a comprovação, no mais alto plano da realidade espiritual, do principio doutrinário enunciado no O Livro dos Espíritos: Tudo se encadeia no Universo.

Por outro lado, essa comprovação da eterna sequência das coisas e dos seres revela-nos a integração do Espiritismo na realidade cósmica, na correspondência perfeita da Realidade Total com a fragmentária realidade parcial das coisas finitas e dos seres perecíveis, que na verdade não perecem nunca, passando apenas pela lei universal da metamorfose, que a tudo impulsiona sem cessar nas linhas ascensionais da transcendência. Ela nos revela, também, a perenidade da Doutrina Espírita cujas marcas, segundo Kardec, são encontradas em todas as fases a-históricas e históricas da evolução terrena.

Esta concepção cósmica do Espiritismo, que ressalta dos textos de Kardec, como vimos, confirma a Doutrina das ideias, de Platão, que nos apresenta o mundo fragmentário da matéria como reflexo estilhaçado da Realidade Superior, una e perfeita na Mente de Deus. Platão é o reflexo do pensamento de Sócrates, e Kardec considerou a ambos como precursores da ideia Cristã. Na atualidade temos a mesma confirmação no rápido e espantoso desenvolvimento da Ciência terrena, que comprovou em nosso tempo a realidade do Espiritismo com a descoberta dos fenômenos paranormais, da plenitude do Universo (onde o nada não existe e o nada não é nada, segundo a expressão de Kardec, a existência das múltiplas dimensões da Realidade, na natureza subjetiva e portanto espiritual do homem na existência, a descoberta tecnológica do perispírito (corpo bioplásmico), a interpenetração dos mundos num mesmo espaço, o poder assombroso do pensamento, a possibilidade de invasão do Cosmos por naves e astronautas e assim por diante.

A luta contra a realidade, na defesa de ilusões teológicas e ideológicas, não cessou e até mesmo se acirrou. Recursos escusos do meio cientifico, do campo religioso e de certos Estados, cuja estrutura política e social repousam em pressupostos do século passado, são mobilizados contra essas conquistas, num desesperado anseio de diminuir-lhes o alcance e a significação. Na URSS e sua órbita a questão é de sufocar a qualquer custo todas as possibilidades científicas que se oponham ao materialismo de Estado. Nos Estados Unidos e outras potências ocidentais são os interesses políticos e eleitorais que se mobilizam na defesa dos interesses religiosos de igrejas e seitas retrógradas, apegadas a princípios arcaicos, envelhecidos de quatro a seis mil anos, para asfixiar ou minimizar as novas descobertas. Chega-se ao ponto, em instituições científicas ou paracientíficas, de tentar encobrir a realidade do plasmafísico, de que se compõe o corpo bioplásmico, com o frágil disfarce do efeito corona. Os valores falhos dos dogmas religiosos e os interesses materiais imediatos dos clérigos e seus rebanhos fanáticos são superexpostos à verdade crua e ardente das pesquisas científicas, para salvação das estruturas simoníacas das instituições religiosas, em que dormem à tripa-forra os devoradores de dízimos estabelecidos pelos rabinos judeus no Templo de Jerusalém, numa civilização agrária e pastoril. A estrutura do Estado é também ameaçada pelo fantasma de matéria radiante do corpo bioplásmico, que afeta poderosos interesses criados, tradições invioláveis, a glória de messias e profetas que descobriram tábuas de ouro nas montanhas provando que o Cristo pregou em terras da América, semeando verdades mirabolantes para os apaches de cara pálida e os fogosos peles-vermelhas de penachos coloridos.

Este quadro grotesco da realidade mundial em nosso tempo não precisa de pinceladas à Van Gogh para torná-lo mais forte e impressionante. Basta a sua realidade nua para mostrar a rede de mentiras em que caímos no passado, com as falsas culturas religiosas que, nascida das entranhas do paganismo ingênuo, da idolatria supersticiosa e do fabulário mitológico, revigorou-se nas estruturas socioeconômicas do profissionalismo religioso.

As mesmas forças que se opuseram, de maneira agressiva e violenta; ao desenvolvimento das pesquisas científicas no Renascimento, continuam a agir, agora de maneira mais sutil e por isso mais profunda, mais penetrante e ameaçadora, contra o avanço e desenvolvimento da Ciência em nosso tempo. Claro que essa batalha inglória será vencida pela simples evidência da realidade, que nunca pediu nem pede licença aos homens para aparecer e impor-se. Mas essas forças retrógradas conseguem retardar a libertação do homem, num mundo em que a maioria absoluta da população não tem possibilidade de penetrar nos segredos da Ciência, nem tempo disponível para tentar essa façanha, permanecendo à margem da cultura do século e por isso mesmo obrigada a contentar-se com as crenças e superstições de um passado remoto.

A constituição semimaterial do perispírito, segundo Kardec, foi confirmada pela descoberta russa de que o corpo bioplásmico é formado de plasma físico. Para os russos, isso seria uma prova favorável à ideologia do Estado, mas a prova seguinte, de que esse corpo sobrevive a morte do corpo, escapando às possibilidades tecnológicas de sua captação visual ou fotográfica, incidiu na condenação materialista, por atentar contra o dogma do homem-pó. É essa a mais espantosa contradição do nosso século. A própria potência que enviou à órbita da Terra o primeiro Sputnik e tanto exalta o poder do homem, negando a existência de Deus, nega ao homem e a sua personalidade, à sua inteligência criadora, o direito que a Ciência concede a todas às coisas e seres: o da continuidade de após o acidente natural da morte. Tudo morre e renasce, menos o homem, a mais complexa e perfeita organização psicobiológica, com o mais poderoso cérebro e a mais penetrante das mentes.

A ojeriza materialista é contra a teoria da sobrevivência individual. Tudo morre e renasce, segundo eles, revertendo-se ao pó para novas elaborações ocasionais. Os valores espirituais ficam na dependência exclusiva dos caprichos de algum alquimista medieval que nunca morreu. Não obstante, sustentam a teoria da evolução continua, incessante e criadora, que o homem pode controlar. Há tantas contradições nas doutrinas religiosas do mundo, quanto nas doutrinas materialistas. Por isso, onde uma delas domina, os cientistas e pensadores sinceros e objetivos, que buscam a realidade, experimentam em nosso século as mesmas discriminações, condenações e expurgos. A realidade da sobrevivência individual do homem, provada na Universidade de Kirov, deslumbrou os seus descobridores e revelou as possibilidades inesperadas que pode abrir para a evolução terrena, mas os comissários do povo, agindo contra a vontade generalizada de um povo de intensa e profunda tradição espiritual, rejeitaram a descoberta em nome do povo. Mas a verdade é que a explosão mediúnica no mundo não pede licença a comissários, nem a padres, pastores ou cientistas para continuar existindo.

A luta do homem para vencer a sua esquizofrenia, restabelecendo a unidade do espírito ante a realidade material do mundo, vem das selvas aos nossos dias. A razão humana, servida pela experiência, venceu os conflitos do caos aparente da Natureza e estabeleceu as conexões necessárias entre não física e a realidade física para dominar o caos. Todas as filosofias e todas as ciências se desenvolvem nesse sentido, mas o chamado Materialismo Científico ergueu a sua barreira, juntamente com a barreira teológica — ambas formadas de dogmáticas exclusivistas — para impedir a ferro e fogo que o homem alcance o real. Hoje, para que a verdade se estabeleça na cultura humana, é necessário que o Espiritualismo formalista e o Materialismo Científico se neguem a si mesmos, revertendo-se na síntese hegeliana de uma cultura objetiva e aberta.

Ernst Cassirer, em seu ensaio sobre A Tragédia, da Cultura, cujo desenvolvimento superou a capacidade humana de dominá-la, esqueceu-se deste problema fundamental que Kardec já havia colocado há mais de um século. A grande tragédia cultural do nosso tempo não é o acúmulo cada vez maior de conhecimentos e a atomização das especialidades, mas a impossibilidade material de vencer as barreiras dogmáticas, cada vez mais reforçadas pelos interesses criados nos dois campos dogmáticos.

Os três corpos do homem têm funções gerais e específicas, desdobrando-se em planos sucessivos de manifestação, a partir do contexto humano. Vejamo-los nesse encadeamento em que eles parecem um foguete espacial, indo da Terra ao Infinito, no abandono sucessivo dos estágios inferiores:

a) o corpo material é o que define, na concepção terrena, o que geralmente se considera como a condição humana. Provindo da evolução animal, Paulo teve razão de  chamá-lo corpo animal. Todo o seu sistema psicobiológico é a resultante do processo evolutivo terreno. Todos os seus instrumentos de captação da realidade funcionam em ritmo de estímulo e resposta. Sua razão se constitui de categorias formadas na experiência. Não obstante, o seu espírito supera esse condicionamento através de percepções extrassensoriais, de intuições imediatas e globais de um conjunto gestáltico que vai arrancando-o do imediatismo vivencial para lançá-lo no plano existencial consciente. A organização animal do corpo é mantida e dominada pelo espírito, onde razão e consciência se desenvolvem paralelamente. A evolução de um homem se verifica pelo desenvolvimento de razão e consciência num plano superior de critério cada vez mais espiritualizado. O homem se liberta de suas raízes animais e prepara-se para a transcendência. Frederic Myers, psicólogo inglês dos fins do século passado, considera que o inconsciente humano é uma segunda consciência, a que chama de subliminar. Enquanto a consciência subliminar detém as faculdades necessárias a vida terrena, a consciência supraliminar auxilia aquela, através de emersões de ideias, sensações profundas e intuições, a desenvolver-se no plano extrassensorial. É da consciência supraliminar que provêm as captações extrassensoriais. É nela que encontramos a fonte da genialidade e dos fenômenos paranormais. Essa consciência pertence ao perispírito. 
b) O perispírito, corpo espiritual ou corpo bioplásmico possui, em sua estrutura extremamente dinâmica, os centros de força que organiza o corpo material. E o modelo energético previsto com grande antecedência por Claude Bernard. Os pesquisadores russos compararam esse corpo, visto através das câmaras Kirlian de fotografia paranormal, em conjugação com telescópio eletrônico de alta potência, a um pedaço de céu intensamente estrelado. Esse é o corpo da ressurreição espiritual do homem, dotado de todos os recursos necessários para a vida após a morte. Esse corpo de plasma físico e plasma espiritual vai perdendo seus elementos materiais na vida espiritual, na proporção exata da evolução do espírito. Nas pesquisas russas verificou-se que, na produção de fenômenos mediúnicos de movimentação de objetos sem contato, levitação e transporte, o elemento empregado é o plasma, o que confirma as pesquisas de Richet e de Notzing sobre o ectoplasma. Essa é uma das razões por que esses fenômenos só são produzidos por Espíritos inferiores, que Kardec comparou a carregadores do espaço a serviço de entidades superiores. Os exames de porções de ectoplasma em laboratório revelam apenas a constituição física do mesmo. O elemento mais importante e vital do ectoplasma é a energia espiritual, que não permanece nas porções colhidas pelos pesquisadores. Nesse corpo, segundo os pesquisadores russos, as condições de doença e saúde e a previsão de doenças nas plantas, nos animais e no homem são feitas com grande precisão através das variações de cores do plasma e um sistema de sinais coloridos ainda em estudo. 
c) O corpo espiritual superior destina-se à vida nos planos mais elevados do Mundo Espiritual. Não se pode considerá-lo como um instrumento de comunicação, pois constitui-se do próprio espírito em sua exterioridade natural. Kardec assinala que esses Espíritos Puros não têm mais nada com a matéria, nem a matéria os afeta. Mas como têm forma e são criaturas humanas elevadas ao máximo grau da perfeição espiritual que os homens podem atingir, seu corpo é de luz. Na verdade, não dispomos de palavras nem de ideias para imaginá-los ou descrevê-los. No seu plano superior não veríamos nem sentiríamos nada. No tocante a eles, a pesquisa de Kardec reduziu-se a diálogos com os seus instrutores. Por outro lado, socorreu-se da lógica, como sempre fez, para dar as informações que encontramos na Escala Espírita. 
Kardec considera esses Espíritos Puros como os Ministros de Deus, através dos quais a administração de toda a Realidade Cósmica se processa em todos os sentidos. Quando nos conhecermos a nós mesmos, segundo a recomendação do Oráculo de Delfos a Sócrates, poderemos imaginar o que são essas criaturas e como vivem e agem no inefável, segundo a concepção pitagórica. Antes disso, é inútil nos esforçarmos para defini-las. Só com o desenvolvimento de toda a nossa perfectibilidade possível, como queria Kant, conseguiremos obter os parâmetros capazes de nos dar uma pálida visão dessa vida superior. Kant referia-se à perfectibilidade possível na vida terrena. Acima desta existem os planos espirituais progressivos e, depois deles, o plano da Angelitude, que é precisamente o dos Espíritos Puros.
Não podemos nos atrever a solucionar esse problema, cujos dados nos escapam. Há questões que não podem ser tratadas em nosso estágio evolutivo. Mas já é importante possuirmos algumas informações provindas de entidades que passaram pelos testes rigorosos de Kardec. O Espírito Puro é para nós uma abstração, como abstração também é a Matemática, de que nos servimos para medir e pesar o mundo. O que precisamos evitar, no estudo dos corpos do homem, é o fascínio da imaginação, que costuma levar-nos além de toda a realidade possível.

Várias instituições espiritualistas do mundo criaram complicadas teorias sobre os corpos do homem, chegando a dar-lhes o número atordoante e cabalístico dos véus de Isis. No próprio movimento espírita, que devia aprofundar o conhecimento de sua própria doutrina, ainda tão mal conhecida e pior compreendida, pretensos mestres introduziram conceitos estranhos sobre esse problema. Kardec negou-se a estas fascinações do maravilhoso, lutou para afastar da mente humana os resíduos mágicos do passado, dando à Doutrina Espírita a clareza positiva da Ciência, sempre apoiado na razão e na pesquisa. Seu esquema tríplice dos corpos do homem é uma síntese luminosa de todos os esforços da Humanidade para compreender essa questão de importância fundamental. Não podemos nos levar pela vaidade ingênua e fátua de aparecer como sábios perante as multidões incultas, vangloriando-nos como pavões do colorido fictício de nossa plumagem. O Espiritismo busca a verdade pura, que é sempre simples, pois não necessita de visagens para impor-se às mentes perquiridoras e sensatas. Deixemos de caudas brilhantes fascinando os imaturos e tratemos de amadurecer no exame objetivo da realidade acessível ao nosso conhecimento imediato. Aprendamos a distinguir a pureza lógica do Espiritismo das fábulas religiosas e espiritualistas que se cevam, através dos milênios, no gosto do homem pelo maravilhoso. Não há maravilha maior do que a da Obra de Deus em sua realidade pura. Qual o fabulário mitológico que pode sobrepor-se ao mistério e à beleza de um só microscópico sistema solar atômico ou de uma folha verdolenga de relva brotando entre as pedras da calçada? O tempo das figurações simbólicas, já passou para a Humanidade Terrena, como a dos Contos da Carochinha já passou para as crianças de hoje. Elas mesmas, as crianças, exigem a verdade das coisas naturais em substituição às fantasias imaginosas do passado. Os espíritas não têm o direito de menosprezar as lições do Espírito da Verdade, ministradas por Kardec, em favor de mentiras ridículas que vão buscar poeira de civilizações mortas, cujo próprio desaparecimento atestam que se esgotaram no tempo. Tenhamos a humildade de nos contentar com os nossos três corpos, ao invés de buscarmos em ruínas milenares os corpos das múmias faraônicas soterradas na areia. Estudemos o nosso passado de ilusões e atrocidades para nos corrigirmos no presente, mas não tentemos colocá-lo acima da realidade límpida e positiva que o Espiritismo nos proporciona.

J. Herculano Pires do livro:
Curso Dinâmico de Espiritismo - O Grande Desconhecido
José Herculano Pires, “o metro que melhor mediu Kardec”, como bem definiu Emmanuel, apresentou na Rádio Mulher de São Paulo o programa: No Limiar do Amanhã, constituído por aulas de Doutrina Espírita. 
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quarta-feira, 26 de abril de 2023

A chave mágica

A chave mágica

André Luiz


A chave da simpatia está ao seu dispor.

Com ela ser-lhe-á possível atingir a oportunidade para as melhores realizações.

É apoio que você pode dar.

Em qualquer parte.

Em todo tempo.

Nas piores crises da existência.

Concurso ligeiro que nada lhe custa.

Bastar-lhe-á mobilizar a própria vontade.

É amparo com que você se fará capaz de levantar o ânimo de muita gente e confortar corações numerosos.

Ainda que você se veja sob o peso de grandes tribulações ou mesmo doente, recorde que essa chave mágica, portadora do êxito em todos os seus objetivos de trabalho e caminhos de relacionamento é o seu sorriso.

André Luiz do livro:
Fé / Chico Xavier e Carlos A. Bacelli 
- Espíritos diversos

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