Por que estranhar?
Joanna de Ângelis
O silêncio que fazem a propósito das tuas boas ações e a forma como divulgam as tuas imperfeições constituem fenômeno humano compreensível.
Os companheiros nem sempre estão dispostos a ajudar no anonimato.
Vendo o teu aparente êxito, deixam-se pinçar pelos sentimentos negativos da inveja e do despeito, passando a ignorar-te ou a desconsiderar os teus feitos positivos.
Eles nada sabem a respeito dos teus testemunhos e sofrimentos dissimulados pela dedicação ao bem.
Pensam em equiparar-se a ti, adquirir o brilho mentiroso do triunfo que ilude.
Ao invés de serem participantes da tua realização, competem, magoados, sem desejar oferecer o contributo da renúncia e do sacrifício pessoal.
Convidados à abnegação e ante as provas normais que lhes chegam, desertam, queixam-se e maldizem, entregando-se ao desânimo e à revolta...
***
O homem que se afadiga pela conquista do pão, gasta-se, vitimado pelo cansaço.
O gastrônomo, que se abarrota de alimentos, deforma o aparelho digestivo.
O gozador das horas vãs, combure as energias e consome-se.
Aquele que amealha moedas e títulos que se vê obrigado a abandonar, atormenta-se com distúrbios emocionais, derrapando em estados lamentáveis.
Os excessos, a má conduta, os comportamentos arbitrários, afligem também aqueles que os movimentam ou se lhes submetem.
É o sofrimento em decorrência do mal.
Natural, portanto, que sofras pelo bem, ainda marginalizado, com poucos interessados reais em favor da sua propagação.
Não estranhes, desse modo, a conduta daqueles que combatem o bem em ti, o teu lado bom, através do silêncio bem mantido, como se estivessem em conspiração contínua.
Além disso, trabalhas, sem qualquer dúvida, para o Bem e não é importante que se saiba o quanto fazes, mas que Jesus, que te inspira e conduz, tenha conhecimento.
Segue, pois, em silêncio e sem mágoa, não estranhando a atitude dos beneficiários que te esquecem, nem daqueles que te ignoram.
- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles, a razão e a universalidade.
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