terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Travessia da morte

Travessia da morte

Emmanuel


É na hora solene da morte que todas as recordações da vida sobem à tona da consciência.

Desacolchetam-se da memória os quadros que o tempo acumulou, em sua passagem, e as figurações do pensamento, as palavras desferidas e os atos endereçados ao caminho terrestre volvem à visão interior da alma em crise, carreando consigo os efeitos que produziram, segundo a própria espécie.

Vozes brandas e austeras se levantam para bendizer ou reprovar, mãos serenas ou crispadas de dor se erguem para auxiliar ou ferir, e imagens múltiplas, traduzindo amor e ódio, devotamento ou desprezo se sucedem irremovíveis no imo da criatura em prostração, compelindo-a a receber o fruto das próprias obras.

A morte é, por isso mesmo, o retrato da vida.

Cada atitude nossa entre os homens é uma pincelada na tela do destino a esperar-nos no limiar do sepulcro com a justa coloração.

Cada conflito que improvisamos ser-nos-á deplorável tumulto na mente, tanto quanto cada gesto de amor erigir-se-nos-á por luz crescente, na travessia no nevoeiro.

Ao invés, assim, de temeres a morte, faze da existência a lavoura de bondade e trabalho, auxílio e compreensão, em favor dos que te rodeiam, porque os semelhantes simbolizam tratos do solo que o Senhor nos concede lavrar em socorro de nossas necessidades, na vida imperecível, e para o lavrador que se vale do dia, na transformação do próprio suor em fartura de bênção e pão, a noite chega sempre por sombra esmaltada de estrelas, acalentando-lhe o sono e garantindo-lhe o despertar.

Emmanuel por Chico Xavier do livro:
Comandos do Amor

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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Remédio contra tentações

Remédio contra tentações

Irmão X.


(Arando a Terra, 1997 - Ana Maria Lisbôa Mortari
Óleo sobre tela)

Instado por um cristão novo de Jerusalém, que se fazia portador de preciosos títulos sociais, desejoso de ouvi-lo quanto a remédio eficaz contra as tentações, Simão Pedro, já velhinho, explicou sem rebuços:

– Certo homem de Gaza, que amava profundamente o Senhor e lhe observava, cauteloso, os mandamentos, após cumprir todos os deveres para com a família direta, viu-se, na meia-idade, plenamente liberto das obrigações mais imediatas e, porque suas aspirações mais altas fossem as de integração definitiva com o Altíssimo Pai, consagrou-se à contemplação dos mistérios divinos. Recolheu-se à oração e à meditarão exclusivas.

Extasiava-se diante das árvores e das fontes, perante o lar e o céu, louvando o Criador em cânticos interiores de reconhecimento. Tão maravilhosamente fiel se tornara ao Poder Celestial, que as Forças Divinas permitiram ao Espírito das Trevas aproximar-se dele, qual aconteceu, um dia, a Job, na segurança de sua casa em Hus.

O Rei do Mal acercou-se do crente perfeito e passou a batalhar com ele, tentando enegrecer-lhe o coração.

Após longos dias de conflito acerbo, o aspirante ao paraíso implorou ao Eterno, em soluços, lhe fornecesse recurso com que esquivar-se à tentação. Suplicou auxílio com fervor tão intenso, que o Misericordioso, através de um emissário, aconselhou-o a cultivar a terra.

O piedoso devoto atendeu à ordem, rigorosamente.

Adquiriu extensos lotes de chão, preparou sementeiras e adubou-as; protegeu grelos tenros, dividiu as águas com inteligência; tomou a colaborarão de regular exército de servidores e, vindo o Perverso Dominador, tão ocupada lhe encontrou a mente que foi obrigado a adiar a realização dos escuros propósitos.

O aliado de Deus agiu com tanto brilho que, em breve, a propriedade rural de que se fizera fiador converteu-se em abençoado centro de riqueza geral, a produzir, mecanicamente, para a fartura de todos.

Atendida a designação que procedia do Alto, o mordomo voltou a repousar e o Malvado se lhe abeirou dos passos, novamente.

Outro combate silencioso e o devoto suplicou a intervenção do Altíssimo.

Manifestando-se, por intermédio de devotado mensageiro, recomendou-lhe o Pai Bondoso fiar a lã dos rebanhos de ovinos que lhe povoavam as pastagens, e o beneficiado do conselho celeste observou fielmente a determinação.

Movimentou pessoal, selecionou carneiros, adquiriu teares e agulhas, fez-se credor de larga indústria do fio e, chegando o Maligno, notou-o tão ocupado que, sem guarida para provocações, se refugiou a distância, aguardando oportunidade.

O esforço do missionário, em poucos anos, imprimiu grande prosperidade ao serviço fabril, dispensado-o de maiores preocupações.

Reparando-o livre, regressou o Gênio Satânico rearticulou-se a guerra íntima.

O aprendiz da fé recorreu à prece e outra vez implorou medidas providenciais ao Doador das Bênçãos.

O Poderoso, exprimindo-se por um anjo, induziu-o a moer grãos de trigo para benefício comum.

Voltou o favorecido ao trabalho e construiu, utilizando o concurso de muita gente, valiosos moinhos, suando, à frente de todos, na fabricação de farinhas alvas. Tornando o Dragão das Sombras e percebendo-lhe tão grande preocupação na atividade salvadora, retirou-se de novo, constrangido, espreitando ocasião mais oportuna.

Com o êxito amplo do servo leal, novo descanso abriu-se para ele e Satanás retornou, furioso, à batalha pela posse de sua vida.

O piedoso discípulo da salvação refugiou-se na confiança em Deus e o Todo Amantíssimo, por outro enviado, aconselhou-o a erguer um pomar, em benefício dos servidores que lhe seguiam a experiência.

Retornou o crente ao serviço ativo e tão entregue se achava às responsabilidades novas que o Perseguidor se viu na contingência de retroceder, na expectativa de ensejo adequado.

A fidelidade conferiu ao trabalhador operoso novas bênçãos de merecida prosperidade e o apaziguamento lhe felicitou o caminho.

Quando se fixava o crente, despreocupado e feliz, na beatitude, a fim de melhor agradecer as dádivas divinas, eis que ressurge o Maldito, convocando-o a retomar o duelo oculto.

O devoto, entretanto, compreendendo, por fim, as lições do Senhor, não se internou em novas rogativas. Envolveu-se no serviço útil ao mundo e aos semelhantes, até ao fim de seus dias, quando partiu da Terra ostentando a coroa da eternidade.

O ouvinte sorriu, algo apreensivo, e o velho Pedro, calejado no sofrimento e no sacrifício, terminou, muito calmo:

– O único remédio seguro que conheço contra as tentações é o mergulho do pensamento e das mãos no trabalho que nos dignifique a vida para o Senhor.

E deu por finda a fraternal entrevista.

Irmão X. por Chico Xavier do livro:
Luz Acima

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domingo, 26 de fevereiro de 2023

Ressurreição

Ressurreição

Leôncio Correia



Triste viajante da floresta escura,
Tateando na estrada erma e sombria,
Alcancei a aflição do último dia,
Esmagado na sombra da amargura.,.

Mas, além do favor da sepultura,
Eis que a paz novamente me sorria...
E, ave exalçando a graça da alegria,
Embriaga-me a luz vibrante e pura!

Glória às dores da vida transitória!...
Não traduzo o meu grito de vitória,
Por mais que a minha fé se estenda e brade;

Cego que torna a ver, além do mundo,
Canto somente a luz de que me inundo,
Nos caminhos de sol da eternidade. 
 
Leôncio Correia por Chico Xavier do livro:
Assembleia de Luz

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sábado, 25 de fevereiro de 2023

Oração dos aprendizes

Oração dos aprendizes

Aniceto


(Veja com a narração de Haroldo Dutra Dias)

Senhor, ilumina-nos a visão de trabalhadores imperfeitos.

Justo Juiz, ampara os criminosos e transviados.

Construtor Celeste, restaura as obras respeitáveis, ameaçadas pela destruição.

Divino Médico, salva os doentes.

Amigo dos Bons, regenera os maus.

Mensageiros da luz, expulsa as trevas que ainda nos rodeiam.

Emissário da Sabedoria, esclarece-nos a ignorância.

Dispensador do Bem, compadece-te de nossos males.

Advogado dos Aflitos, reajusta os infelizes que provocam o sofrimento.

Sumo Libertador, emancipa-nos a mente, encarcerada em nossas próprias criações menos dignas.

Benfeitor do Alto, estende compassivas mãos a todos aqueles que te desconhecem os princípios de amor e trabalho, humildade e perdão, nas zonas inferiores da vida.

Senhor, eis aqui os teus servos incapazes. Cumpra-se em nós a tua vontade sábia e justa, porque a nossa pequenez é tudo o que possuímos, para que, em Teu Nome, possamos operar a nossa própria redenção, hoje, aqui e agora. 

Assim Seja.

Aniceto por Chico Xavier do livro:
Nosso livro

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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

A teoria e a prática

A teoria e a prática

Richard Simonetti



Reunidos informalmente no lar de Custódio e Nora, dois casais amigos, Godofredo e Zenóbia, Osório e Afonsina, companheiros de atividades espíritas, conversam sobre temas doutrinários.

- Não há dúvida, minha gente - diz Godofredo, convicto - a prática do Bem é a base de um mundo melhor. Allan Kardec deixou bem claro isso ao proclamar: “Fora da Caridade não há Salvação”. Se pensarmos um pouco no semelhante, verificaremos quanto podemos realizar em favor da paz, onde estivermos. A caridade é o refrigério das almas atormentadas.

A feliz definição desperta uma lembrança no dono da casa, que se dirige à esposa:

- Benzinho, que tal um refrigerante?

Em breves instantes saboroso guaraná é servido. O diálogo prossegue, animado, com comentários oportunos e edificantes. É a vez de Custódio:

- As pessoas têm uma visão distorcida da Caridade. Há quem a suponha uma contribuição mensal a obras assistenciais ou o atendimento de um necessitado que nos procura. Parece-me, todavia, que não se trata de um comportamento para determinadas situações e, sim, de uma atitude perante a vida. Onde estivermos, no lar, no local de trabalho, na rua, podemos exercitá-la, estimulando o bem onde estivermos. E voltando-se para Nora:

- Amor, por falar em estímulo, seria ótimo um estimulante cafezinho...

A diligente senhora atende com presteza. Em poucos minutos delicioso aroma invade a sala. Saboreando a apreciada bebida, diz Afonsina:

- O que dificulta o exercício da Caridade é o comodismo. Há ensejos mil de realizarmos pequenos serviços em favor do bem comum. No entanto, engessamo-nos na inércia, embalados pela indolência.

- É verdade - intervém Zenóbia - perdemos valiosas oportunidades, furtando-nos a elementares deveres...

Suas observações são interrompidas pela balbúrdia de crianças que entram na sala em correria. Custódio intervém:

- Querida, por favor, contenha a meninada... Nora recolhe os pequenos, acomoda-os em outra dependência da casa e retorna, após alguns minutos, a tempo de ouvir outra solicitação do marido:

- Benzinho, estão tocando a campainha... Ela vai atender e retorna em seguida:

- Custódio, é um moço que veio buscar os livros. Diz que você sabe do que se trata.

- Ah! Sim! Estão na biblioteca, num pacote sobre a mesa.

A prestimosa senhora providencia a entrega, enquanto o marido, enfático, argumenta com os amigos, retomando o tema em estudo:

- O mais importante é o exemplo. Não há melhor maneira de demonstrar as excelências da Caridade senão exercitando-a onde estivermos.

- A esse propósito - argumenta Osório - lembro-me de uma observação de Santo Agostinho, em O Livro dos Espíritos”, onde o generoso benfeitor espiritual recomenda que façamos uma análise de nosso comportamento todos os dias, ao deitar, a ver se aproveitamos as oportunidades de fazer algo em favor do semelhante, se não faltamos ao cumprimento de um dever, renovando-nos para o Bem a cada dia que passa.

- Por falar nisso - lembra Godofredo, sorridente, a levantar-se - é tempo de nos prepararmos para uma conversa com o travesseiro...

Os visitantes despedem-se. Pouco depois a família recolhe-se. Faz-se silêncio na casa.

Deitado, Custódio recorda Santo Agostinho e resolve fazer uma avaliação de seu dia.

Cuidadosamente analisa seu comportamento. Até que não fora mal, desenvolvendo com diligência a atividade profissional e ainda encontrando tempo para, no horário de almoço, atender algumas pessoas no Centro Espírita.

A surpresa surge na análise das últimas duas horas.

Por cinco vezes, sem a menor cerimônia, chamara a esposa ao cumprimento de variados encargos, recolhido em inarredável comodismo.

E concluiu, algo decepcionado consigo mesmo, que nas iniciativas da caridade, que se exprimem no espírito de serviço, ele estivera muito mais para “receber” do que “dar”, muito enfronhado com a teoria, mas distanciado da prática.

Nos caminhos de nossa edificação espiritual é importante que assumamos encargos variados em obras assistenciais e sociais, buscando fazer algo em favor do semelhante.

Todavia, para um melhor aproveitamento nesse sentido, não podemos nos limitar a servir algumas horas, segundo o que consideramos nossa disponibilidade. É imperioso que nos disponhamos a servir sempre, onde estivermos, com a gloriosa iniciativa de fazer o que geralmente esperamos que outros façam.

Richard Simonetti do livro:
Encontros e Desencontros

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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Compadece-te

Compadece-te

André Luiz

Compadece-te do legislador - ele responde por muita gente.

Compadece-te do juiz - ele pode enganar-se.

Compadece-te do sacerdote - ele é responsável pelas revelações do céu.

Compadece-te do médico - ele dará testemunho de pesadas obrigações.

Compadece-te do administrador - ele sofre para decidir.

Compadece-te do servo - ele padece, aprendendo a obedecer.

Compadece-te do rico - ele partirá da terra sem o próprio corpo.

Compadece-te do pobre - ele pode perder a boa lição da vida através da revolta ou da indisciplina.

Compadece-te do velho - ele começa a sentir os golpes da verdade.

Compadece-te do jovem - ele é suscetível de mergulhar-se nos abismos da ilusão.

Compadece-te do ambicioso - ele alcança, muitas vezes, o fim do corpo, de mãos dilaceradas e vazias.

Compadece-te do desanimado - ele congela as oportunidades de esperança e serviço.

Compadece-te do forte - ele, nem sempre, sabe fugir às sugestões fascinantes da vaidade.

Compadece-te do fraco - ele, frequentemente, se prosterna, ante as armas do crime, convertendo-se em servidor inconsciente do mal.

Compadece-te daquele que te orienta, daquele que te obedece, daquele que te procura na condição de adversário, de amigo, de irmão...

A vida humana é uma escola vasta e bendita.

Cada inteligência encarnada se destaca, em suas classes inúmeras, através de situações diferentes.

E todas as criaturas, diante da Grandeza Divina e perante a Glória Espiritual que nos cabe atingir, apresentam, em caracteres invisíveis, mas infinitamente vivos, no próprio peito, o apelo individual de todos os tempos:

- Ajuda-me! - Compreende-me! - Compadece-te de mim!

André Luiz por Chico Xavier do livro:
Nosso livro

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Responsabilidade solidária

Responsabilidade solidária

Túlio Tupinambá (Indalício Mendes)

As dores que dominam a humanidade nascem de cada um de nós, dos erros que praticamos, das omissões em que incorremos, da desatenção que pomos em tudo o que não nos interessa frontalmente. Por isso é que, entra ano, sai ano, temos a impressão de que a Terra piora, os homens se tornam mais frios e calculistas, mais interesseiros e egoístas.

Na realidade, porém, o número dos que confiam em Deus e dão alguma coisa de si, do seu esforço, para a melhoria do mundo tem crescido, ainda que nem todos disso se apercebam.

Dizemo-lo pelo desenvolvimento que o Espiritismo Cristão vem registrando, principalmente neste campo de observação mais ao alcance da nossa análise. Acontece que hoje se faz às escâncaras o que, em outros tempos, era feito ocultamente.

Agora; o despudor é maior, graças à influência mais forte e decisiva dos meios de comunicação que divulgam depressa e amplamente ideias tidas como importantes alterando negativamente, às vezes, os costumes e impondo hábitos de desbragada liberdade ao homem, à mulher, aos jovens e crianças em geral. Teorias anticristãs exaltadas por corifeus do materialismo, invadiram todos os países ocidentais, propugnando o abandono da educação moral, a pretexto de resguardar a criatura humana da compressão psicológica; notem que tudo isso sucede preponderantemente nesses países, ditos cristãos.

O “berço”, a “educação de berço” como se dizia em outros tempos, tem sido abandonada em muitos lares, porque os pais nem sempre se capacitam das responsabilidades que assumem ao contraírem casamento. Há propaganda contra o casamento tradicional no cinema, no teatro; na televisão e no rádio.

Defende-se o adultério e as aberrações sexuais. A procriação é encarada quase que como um erro clamoroso e são estimulados abusos que rebaixam a espécie humana, das quais resultam consequências tristes, dramáticas, dolorosas, fáceis de imaginar. Homens e mulheres procedem como animais, irmãos irracionais que, fiéis às leis da Natureza são, nesse particular, superiores às criaturas humanas degeneradas pelo vício.

Somos vaidosos, por aceitarmos que o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus. Não devemos interpretar ao pé da letra o que é de caráter implicitamente simbólico, como, por exemplo, que Deus nos fez à Sua imagem e semelhança, conforme diz o “Gênesis”1:26: “Disse também Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” e (v. 27) criou, pois, Deus, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Mas na Bíblia está, outrossim, que Deus, depois de haver formado o homem do pó da terra, compreendendo que não seria bom que o homem estivesse só, adormeceu-o e... eis o trecho: “Disse, mais Deus Jeová.: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que lhe seja idônea. (...) Fez Deus Jeová cair um sono pesado sobre o homem, e este adormeceu; então tomou uma das costelas do homem e fechou a carne no lugar dela. Da costela que Deus Jeová tinha tomado do homem formou a mulher, e a trouxe ao homem. (...) Portanto, deixa o homem a seu pai e a sua mãe, e se une a sua mulher; e são uma só carne.” (2:18. 21, 22 e 24).

Apreciamos e respeitemos o que está na Bíblia, sem, contudo, deixar de exercer o discernimento que Deus nos deu. Mas, se Deus disse “Façamos” e “nossa semelhança”. então, amigos, dar-se-á o caso de não haver estado Ele só, quando operou essas criações? Quem seria o seu acompanhante, ajudante, assistente, assessor ou que melhor nome tenha? Chi lo sa? É natural que estranhemos, pois, lá por volta dos séculos IV e V um poeta cristão, de nacionalidade espanhola - Aurélio Clement Prudêncio -, apresentou uma teoria imaginosa, como tantas outras que andam por aí, segundo a qual o Diabo fizera crer aos outros anjos que ele era o autor e criador de si mesmo e que não devia por isso a Deus a sua existência. O Diabo também se gabava de haver sido o criador da matéria extraindo-a do seu próprio corpo.

Não há dúvida de que o Diabo, Satã, Demônio ou outro qualquer nome, foi uma das invenções mais célebres da história da humanidade. Tem servido para muita coisa, uma das principais a chamada “política do campanário”. Com o que se gastou com esse mito e suas terríveis proezas poder-se-ia ter acabado com a fome e a miséria na Terra. Mas os “teólogos” da antiguidade precisavam de alguma coisa que assustasse as criaturas humanas e as tornassem, pelo medo, submissas e manobráveis aos planos dos que mandavam e desmandavam, ao sabor de interesses que variavam entre o desejo de reprimir o mal com a aplicação do mal e o de encontrar uma solução cômoda, transferindo para o Diabo, um mito, a responsabilidade dos vícios e erros humanos.

 *

Ora, “Satanás, Diabo, Demônio, são nomes alegóricos pelos quais se designa o conjunto dos maus espíritos empenhados na perda do homem”. Não se trata, pois, de um espírito especial, “mas a síntese dos piores Espíritos que perseguiam os homens, desviando-os do caminho de Deus. Desviavam-nos porque os maus Espíritos sempre se aproveitam das falhas de caráter, vícios, e defeitos morais dos homens para induzi-los à prática de ações prejudiciais ao Bem.

No fundo, na encenação alegórica apresentada pela Bíblia, há a verdade oculta pelo véu da letra. O homem, uma vez formado e em condições de exercer o livre-arbítrio que lhe é dado com oportunidade, passa a ser responsável por seus atos. Instruído sobre a conveniência de seguir o caminho reto, quando falha, torna-se responsável por sua falta. De acordo com a Lei, que o pune na proporção da gravidade da infração cometida, sofre.

Quanto mais reincide, mais padece. De nada adiantará gritar contra a dor, se não tomar a resolução de mudar seu comportamento. Foi isto que Jesus veio esclarecer e esclarece com extraordinária lucidez em seu Evangelho. Ele não veio modificar a lei transmitida através de Moisés, veio cumpri-la dando-lhe correta interpretação. Porque o Diabo é um símbolo apenas.

Eis por que devemos ter cuidado até com o que pensamos, porque o pensamento tanto pode exercer influência favorável, positiva, como desfavorável, negativa, contra e a nosso favor, contra e a favor de terceiros. O mal que podemos causar a outras pessoas quando emitimos pensamentos de inveja, ódio, despeito, antipatia, etc., recai sobre nós, aumenta o nosso débito cármico. O Evangelho de Jesus veio para que a humanidade pudesse ter mais operantes elementos de auto educação moral e, igualmente, para, colaborar na educação e reeducação de seus semelhantes. Desde que nos eduquemos para o bem, higienizando as ideias que emitimos, as palavras que proferimos e os atos que praticamos, impediremos a poluição da nossa mente e da mente daqueles que recebem nossas vibrações.

Ajudando-nos a melhorar, também contribuiremos para melhorar o ambiente em que estamos e, concomitantemente, colaboraremos para ajudar a humanidade a melhorar também. A felicidade do mundo não é conquista fácil e a curto prazo. Pelo contrário. Mas, se cada qual, a despeito das dificuldades e até dos insucessos, não desistir de procurar realizar o bem, mesmo quando o mal aparente ou não seja o resultado provisório dos seus esforços, plantará semente benéfica, cujos frutos surgirão fatalmente, mais cedo, ou mais tarde.

Os que acreditam na existência real do Diabo e os que possam acreditar na fantasia de ele ter sido o criador de si mesmo, poderão admitir, talvez, que tenha sido ele o “outro” que estaria com Deus quando o homem foi criado? Quantos absurdos juntos! Mais ainda: se o Diabo foi o criador de si mesmo é porque já existia quando se criou... E caímos ainda mais na confusão de palavras, tentando dar nexo a esse contra senso.

Pensemos no que temos a modificar em nós, ao mesmo tempo procurando consolidar as virtudes, se é que já possuímos alguma. O mal do mundo é derivado do mal dos homens, que ainda persistem em não reconhecer a realidade de uma Inteligência Prodigiosa - DEUS, que dirige os mundos e a vida. Mas porque Deus? - perguntarão os céticos. Porque foi esse o nome que se convencionou dar a essa Inteligência Superior que excede a qualquer definição humana. Como pode o inferior negar o superior, o finito contestar o infinito, o mal sobrepujar o bem? Tudo é questão simples de lógica mais elementar. Deus não deixará de existir só porque os materialistas O negam, apegados ao ateísmo tolo de quem contesta o que está além da sua capacidade de julgar. Mas, como todos estamos sujeitos a reencarnações progressivas, nós e os que negam a Deus, dia virá em que os contestadores compreenderão o que hoje recusam aceitar, com empáfia ridícula, pois estamos todos subordinados ao mecanismo psicovibratório da Lei de Causa e Efeito, que registra, aceita e devolve a cada um os sentimentos experimentados e externados no curso de sua existência. Os sentimentos, que são forças vibratórias que saem de nós, voltam para nós, beneficiando-nos ou castigando-nos conforme sua natureza.

Tudo quanto de mais secreto queiramos saber de Deus poderá ser, um dia, do nosso conhecimento, quando nos encontrarmos suficientemente evoluídos para suportar o impacto de tão transcendentais  revelações.

Não nos esqueçamos, entretanto, de que somos responsáveis na situação atual do mundo, por nosso passado espiritual ou por nosso presente delituoso. E há somente um caminho de alívio até que seja eliminado o peso dessa imensa cumplicidade: praticar o bem, exercitar sem esmorecimento a fraternidade, fazendo pelos outros pelo menos o que desejamos que os outros nos façam. Fora daí nada conseguiremos, a não ser sobrecarregar o fardo que carregamos, multiplicando nossas preocupações e nossos sofrimentos, porque estamos num mundo em que tudo tem de ser solidário. Busquemos o melhor, sendo solidários com o bem.

Túlio Tupinambá (Indalício Mendes)
Revista Reformador (FEB) Dezembro 1976
Nota: Túlio Tupinambá foi um pseudônimo utilizado por Indalício Mendes, como recurso editorial da FEB, para que ele pudesse publicar mais títulos em um mesmo número da revista.
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Foto da publicação original da
Revista Reformador Dez. 1976.


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Efeitos do materialismo

Efeitos do materialismo

Vianna de Carvalho

Pode-se creditar ao materialismo a crescente estatística de suicídio, aborto, eutanásia e homicídio, quando estes não decorrem da loucura que se manifesta como epidemia nas várias partes do mundo hodierno.

Estes atos são filhos espúrios do egoísmo que encharca os sentimentos humanos com soberba e prepotência, quando o mesmo tem, ou supõe ter contrariados os seus interesses imediatistas, porque lhe faltam os objetivos superiores da vida, colocados apenas nas manifestações do corpo transitório, assim arrojando aqueles que lhes sofrem as constrições aos abismos de difícil curso liberativo.

Acreditando na vida somente do ponto de vista material, preconiza a morte como solução de quaisquer penosas situações que não se resolve por enfrentar.

Os problemas mais ásperos das ocorrências humanas são também transitórios e, quando o homem não se intimida, estabelecendo métodos de superação, adquire experiência que o credencia a tentames mais complexos cujos desafios vence.

O suicida, pelo cultivo da indiferença aos valores espirituais, supõe que morto o corpo, cessada a vida, tomando uma resolução simplista, de cujas consequências só através da dor e do arrependimento que o humilham e despertam, se prepara para recomeços mais penosos do que a situação que desfrutava e não soube aproveitar.

Tentam-se métodos para o suicídio sem dor, como se a manifestação dos sentidos fosse apenas causa e não efeito das agressões praticadas contra o espírito imortal.

A autodestruição do corpo não resolve as contingências da vida, que prossegue em outra dimensão, sendo, aliás, a física um símile imperfeito da espiritual.

A amargura que hoje propele à loucura, amanhã terá passado.

A desgraça de agora será mais tarde superada.

A solidão e o abandono ora sofridos estarão depois olvidados.

É necessário esperar, permanecer no campo de batalha, sem deserção, até a hora da vitória, da paz.

Quem aborta, buscando livrar-se de uma situação incômoda, mas que foi procurada — à exceção do estupro violento, quando a mulher esteve submetida a imperiosa provação — complica a sua e a oportunidade do reencarnante, incidindo em grave conjuntura que depois arrastará, penosamente.

O aborto provocado, que não objetiva salvar a vida da gestante, é sempre crime contra a humanidade, considerando-se que o feto não se pode defender da ação covarde de quem ergue a clava, em desespero ou frieza, para interromper-lhe o renascimento.

Nascem nesse ato infame, ou prosseguem, obsessões perigosas em que os ódios se sustentam mediante intercâmbio psíquico demorado e vampirismo alucinante.

O respeito pela vida em todas as suas expressões conduz a mente à manutenção do equilíbrio ante as leis do Cosmo.

Só o homem, dito civilizado, provoca o aborto objetivando a própria comodidade, apoiando-se em esquemas de conveniência pessoal, econômica e social, disfarce de que se utiliza para sustentar o próprio egoísmo que o atormenta e vence.

A eutanásia é a medida cruel para abreviar o sofrimento de quem dele necessita para equilibrar-se. perante a consciência divina.

Não sendo a dor um castigo de Deus, porém uma forma de recomposição de atitudes e dignificação de valores morais, cada período de sofrimento propicia elevação íntima a quem expunge, especialmente se preservando a serenidade e a resignação.

O sofrimento são as mãos modeladoras do progresso trabalhando quantos se fazem recalcitrantes ao amor.

As enfermidades de demorado período, as limitações confrangedoras, as patologias irreversíveis, são fenômenos propiciatórios da evolução, que não podem ser interrompidos em nome da piedade e do afeto, que escondem o egoísmo que se deseja desonerar das lutas e dos problemas que outrem, sofrendo, impõe.

Quando luz o amor no sentimento e a razão é lúcida, há um convite ao carinho e à assistência ao paciente, o devotamento e a solidariedade que se fazem processos de crescimento moral e espiritual daquele que se propõe ajudar e servir.

Outrossim, as conquistas da ciência cada dia debelam doenças antes incuráveis, resolvem situações que eram inconciliáveis, minoram dificuldades variadas, sendo, portanto, válido aguardar e confiar.

Como a vida é pujante em tudo e todos, tentar interrompê-la é ignorância da sua realidade, que não passa impunemente.

O homicídio remanesce do barbarismo, que acreditava na extinção do inimigo para acabar-lhe com a resistência.

Predominando o mais forte, muitas vezes, o homicida é um fraco que tomou a dianteira no gesto alucinado ou um covarde que, à traição, realizou o crime, ou o maníaco que surpreendeu a vítima desprevenida, sem que, em caso algum, consiga a destruição do ser em face da morte do corpo.

Morto o invólucro material ressumam e se agigantam as realidades íntimas que, negativas, se voltam contra o agente da sua desdita, em antagonismo feroz que toma vulto com o tempo em processo de torpe vingança.

Se alcançado pela justiça terrena, pode o delinquente ressarcir parte do crime perante a sociedade. nem sempre, porém, ante a própria consciência e a vítima que o espreita e aguarda.

Não há justificativa para matar jamais.

O ciclo biológico deve prosseguir inalterado até a sua natural interrupção, quando os agentes mantenedores do corpo cessam de guardar o equilíbrio e preservar as células.

Antepondo-se ao materialismo, o conhecimento espiritual dignifica a vida, dá-lhe direção e sentido, robustecendo o homem e elevando-o incessantemente.

Igualmente, é a grande terapia contra a loucura, impositivo dos resgates de vidas pretéritas que a criatura não conseguiu superar.

Na raiz dos casos de suicídio, aborto delituoso, eutanásia e homicídio há sempre uma psicopatologia que aturde o homem, levando-o à ruína descabida.

O Espiritismo, que é o lídimo equacionador dos problemas gerados pelo materialismo, significa, neste momento, a força intelecto-moral mais condicente com as necessidades humanas, enfrentando os graves conflitos geradores dos sofrimentos e pondo-lhes termo, em definitivo, por meio do esclarecimento e da experiência imortalista de que se faz portador para todos os homens.

Barcelona, Espanha, 26.10.1983.

Vianna de Carvalho por Divaldo Franco do livro:
Seara do Bem

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