terça-feira, 2 de abril de 2024

Insistir e perseverar

Insistir e perseverar

Joanna de Ângelis



De vez em quando, o bom servidor é agredido por certos sentimentos de tédio ou de cansaço, ante a ação habitual do bem.

Insinua-se essa sensação de maneira sutil e persistente, diminuindo o encanto que deve permanecer presente em qualquer atividade que se deve repetir por tempo indeterminado.

À medida que se sucede, a sensação cansativa diminui o encantamento que no início vestia a emoção do trabalhador.

Obras respeitáveis e realizações relevantes experimentam esses fenômenos emocionais, que são normais em qualquer empreendimento.

Cada vez que observes em ti mesmo essa desagradável sensação, analisa-a tranquilamente, e surgirão duas alternativas, como explicações que te auxiliarão a eleger a conduta compatível com o acerto.

A primeira, decorrência do cansaço, é filha dileta da rotina, que sempre necessita de estímulos novos para que se produzam as emoções da alegria naquilo que se está a executar.

O dia a dia e as suas obrigações produzem o natural cansaço, que pode levar ao desinteresse e ao consequente abandono do compromisso. Mesmo na área da afetividade, relacionamentos sociais, o início é rico de entusiasmo, que diminui à medida que a  identificação entre as pessoas se faz com melhor naturalidade. Equivale a dizer que o novo, o diferente, sempre causa um prazer igualmente inesperado e agradável, enquanto a repetição produz uma sensação do já conhecido, do já experimentado, do já vivido.

Há, porém, uma forma de vencer-se esse estado que tende ao agravamento, que é o desencanto com o próprio existir.

Buscar-se inusual comportamento agradável, palavras não repetidas, temas não debatidos auxilia no ardor que mantém o interesse amigável.

Todo labor exige renovação de entusiasmo através da formulação de diferente metodologia para a sua execução.

A segunda é mais complexa. Pelo fato de estar-se em contato com as forças desagradáveis e malignas que vicejam no planeta, Espíritos ociosos, que se comprazem em afligir as criaturas humanas, passam a influenciar o idealista, tisnando-lhe o prazer da ação com a estafa que se produz em tudo e se agrava à medida que é cultivada.

Por inspiração ou mesmo desgaste das energias, interferem em favor de um falso repouso, transferência e até substituição do bom trabalho pelo ócio ou futilidade perversa.

Sempre se encontra uma justificativa para substituir algo de bom e nobre, porém, exaustivo, que se repete, por algo leve, insignificante, que preenche o tempo de vazio existencial até o momento do despertar pela perda de sentido de viver.

Seja, porém, qual for a causa emocional ou psíquica que registres, esforça-te para quebrar aquilo que se pode transformar em um novo hábito, substituindo o forçoso mister a que te dediques. 

Reflexiona em torno do benefício de que resulta o teu esforço, e uma suave alegria te invadirá e com o tempo se apossará de ti, preenchendo a inutilidade existencial que te assalta.

Resiste a essa indução perturbadora dos teus compromissos e confia em Deus, que te propõe o programa espiritual mediante o concurso do que podes realizar e tem em mente que podes fazer muito mais do que realizas. É somente uma questão de resolução para produzir sempre, tornando a existência um evangelho de feitos.

Insiste no que fazes e considera que as tuas contribuições se somam às demais que constituem a dinâmica da vida.

Não permitas os devaneios mentais que te inspiram as possibilidades de postergação, deixando para realizar o que programas para outro momento, torpe fantasia do inconsciente leviano.

Renasceste para evoluir e mais crescer.

Todo espaço que deixes vazio como resultado de algo que fazias será preenchido por alguma coisa menor e irrelevante. Não aceites a inspiração de que noutro momento será muito melhor.

Outro momento significa momento nenhum. 

A mente desacostumada a compromissos relevantes sempre encontra saídas ilusórias para adiar deveres que têm os seus momentos próprios. Perdidos esses instantes preciosos, as circunstâncias não serão as mesmas e, embora se possa realizar a atividade, há uma ausência de responsabilidade de tua parte.

*

O bom obreiro é aquele que não escolhe tarefa e a executa desde a mais simples, com renovada alegria.

Quem se comprometeu com Jesus para trabalhar na Sua vinha deve estar sempre ativo e otimista, porque Ele próprio, que veio em missão especial à Terra, iniciou a jornada na intimidade do lar na condição de auxiliar de carpintaria, para culminar em duas asas de amor e sabedoria, voando na direção do infinito. 

Nunca desdenhou qualquer serviço, desde os domésticos, ajudando Sua mãe, a Guia da Humanidade, que a conduz desde os primórdios dos tempos, imortalidade afora.

Conviveu em banquetes de alegria com os excluídos de solidariedade e recebeu com igual júbilo fariseus, rabinos e cobradores de impostos detestados.

Falou em doce colóquio com uma mulher da Samaria e com mais de cinco mil pessoas na montanha, quando elaborou o Sermão das Bem-aventuranças, jamais igualado.

Tudo Lhe era de magna importância e jamais deixou de socorrer por cansaço ou rotina.

Revive Jesus na mente e no coração, n'Ele adquirindo força para insistir e persistir até o fim.

A bênção mais humana da existência terrestre é o trabalho.

O Espiritismo repete as lições do Senhor, adicionando a solidariedade, que é trabalho em favor do próximo, e tolerância, que é paz na convivência com aqueles que não nos compreendem.

Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro:
Vida Plena

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