Conduta moral do espírita
Louis Neilmoris
Sabemos que a transformação não se dá de repente, mas gradativamente. Logo, ser espírita não é ser perfeito, mas ser alguém que busca a perfeição, mesmo caindo, errando e não contendo todas as suas milenares más tendências. Porém, é imperioso que o praticante do Espiritismo aproveite seus aprendizados para sua reforma íntima, impondo-lhe uma conduta moral baseada nos benefícios apontados pelo que sua razão absorve da doutrina. Já não é um mero código penal que norteia nossos direitos e deveres cívicos e nem um catecismo religioso que dita os nossos procedimentos perante Deus e os demais: é a nossa própria consciência que nos acusa o que fazer, mediante nosso livre-arbítrio, em acordo com o que vemos de bom nos conceitos espíritas.
O espírita não deixa de fazer o mal porque o Espiritismo seja contra o mal, mas sim, procura fazer o bem porque sua inteligência vê os benefícios da bondade, a satisfação pessoal em praticá-la e reconhece as consequências de todos os atos imperfeitos, de um jeito tal que a Doutrina Espírita nos mostra e nos convence, como nenhuma outra filosofia ou religião tem feito até hoje.
O Espiritismo não constrange ninguém a fazer isso ou deixar de fazer aquilo — o que seria uma violência moral, um atentado ao livre-arbítrio —, entretanto, mostra-nos os resultados possíveis de cada ato, de modo tal que nós mesmos nos deliberamos levar a efeito essa ou aquela atitude por força própria.
E para nos orientarmos moralmente, reconhecendo os resultados dos bons e maus procedimentos, Deus nos colocou em convívio com uma imensa diversidade de caráter, em contato com indivíduos (encarnados e desencarnados) mais adiantados — com quem podemos nos espelhar — e outros menos evoluídos — com quem podemos compartilhar as virtudes e aprendizados, porém, havendo um, em especial, a quem podemos considerar como modelo maior para nossa dimensão:
Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo? “Jesus.” - O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Allan Kardec - Questão 625.
- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles, a razão e a universalidade.
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