segunda-feira, 31 de outubro de 2022

O Espírita e a Letra

O Espírita e a Letra

Camilo


"As reuniões de estudo são, além disso, de imensa utilidade para os médiuns de manifestações inteligentes, para aqueles, sobretudo, que seriamente desejam a- perfeiçoar-se e que a elas não comparecem dominados por tola presunção de infalibilidade." (Kardec, Allan - O Livro dos Médiuns, 2ª parte, cap. XXIX, item 329.)

Não são poucas as vezes em que inúmeros companheiros que se aproximam do Espiritismo, ou mesmo muitos que já se acham às suas hostes vinculados, há tempo, lastimam-se do teor literário das obras espíritas. Afirmam que toma-se difícil penetrar-lhes o conteúdo teórico, em virtude da sua complexidade vocabular.

Asseveram que as páginas, ditadas pelos Mensageiros da Imortalidade são quase sempre herméticas, e que, por isso, o estudo do Espiritismo toma-se deveras cansativo. Justificam que é mais fácil ouvir palestras diversas ou assimilar as informações das experiências mediúnicas, que pontilham aqui e ali, sem que se submetam a tantas exigências intelectuais.

Com toda a compreensão que nos merecem os que pensam de diversificados modos, temos o dever de alinhar alguns pensamentos que possam despertar a muitos irmãos do letargo da insossa desculpa, que lhes ocasiona paralisia da razão, quando passam todo o tempo tentando engodar a si mesmos, perdendo o precioso tempo da reencarnação, como se todos devessem estar em erro, a fim de que eles acertassem, sozinhos.

Que faz o aluno das ciências médicas, à frente dos termos técnicos e específicos, que são a base da teoria dos seus estudos?

Como age o acadêmico das ciências jurídicas, perante códigos, legislações e jurisprudências, de diversos autores, e no trato das expressões latinas que dão consistência e moldura, ao mesmo tempo, aos estudos do Direito?

De que modo se comporta o candidato a biólogo, que deverá penetrar os conceitos múltiplos das luxuriantes fitologia e zoologia, e tantas outras partes, com seus grupos, famílias e espécies, cujos termos oficiais são expressos na imponente língua do antigo Lácio?

Imaginemos se cada discípulo de tais ciências se detivesse à porta das Universidades ou se assentasse nas salas de aula, reclamando das dificuldades ou condenando os cursos que lhe exijam disposição e labor para que consiga o devido aproveitamento!... Não teríamos, é certo, os eminentes esculápios, os distintos advogados e os dignos juristas, tampouco os excelentes biólogos, que honorificam o saber universal.

E poderíamos tomar os exemplos de todas as demais ciências, filosofias e artes, para o mesmo propósito.

O Espiritismo, na sua feição de doutrina da razão, convida àqueles que se aproximam dos seus circuitos ou que mourejam em seus campos, a um mergulho no oceano dos pensamentos superiores, que são expressos com nobreza de forma e elegância vocabular, valorizando a todos quantos apreciam o próprio crescimento.

Sem apologiarmos o pedantismo, nem os gongorismos, que comumente dizem pouco e perturbam a textura verbal, participamos da convicção de que o Espiritismo é, igualmente, seara de instrução intelectual, ao mesmo tempo em que se faz messe de evolução moral, a exprimir-se no "amai-vos e instruí-vos", consoante os termos do Espírito da Verdade.

Não será difícil entender que muitas criaturas sentem bloqueios enormes para penetrarem certos textos dos ensinos espíritas, como os sentirão diante de outros textos quaisquer que não lhes sejam da vivência intelectual comum.

Os que carecem da alfabetização não penetrarão os conteúdos escritos bem elaborados, como não decifrarão os textos mais simples, exigindo que, ante a impossibilidade de serem instruídos em tempo hábil, os mais ilustrados e capazes lhes distendam a luz do necessário esclarecimento.

É preciso, porém, não desdenhar o dicionário, nem a pergunta digna sobre o que não se entende devidamente.

O hábito de ler e de estudar, o carinho e o desvelo para com o livro enobrecido e o esforço sincero para com o autocrescimento, eliminarão, aos poucos, as deficiências que imponham obstáculos, muitas vezes vistos como intransponíveis.

Nenhuma mensagem nobre é expressa de maneira chula, uma vez que a simplicidade não pactua com o desleixo, tampouco costuma nivelar pelo ponto mais inferior.

Hemos de crescer como alunos da grande Universidade do Espírito, que somos todos, perante as lições que, compreendidas, nos permitirão acesso tranquilo às praias venturosas do Infinito, desde a vida material.

Estuda, assim, com interesse, os textos da veneranda Doutrina. Usa, com maior frequência, o léxico, e aproveita o ensejo que te dá o Criador de amar e evoluir, desenvolvendo teu patrimônio intelectual, enquanto avanças na sabedoria espiritual.

Camilo por J. Raul Teixeira do livro:
Correnteza de Luz
Nota do autor:
Gongorismo - exageração de ornatos que se introduziu na literatura espanhola como imitação do estilo do poesia espanhol Gôngora (1561- 1627), e que consiste em trocadilhos, metáforas e pensamento demasiadamente afetados.
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domingo, 30 de outubro de 2022

Surra de Bíblia

Surra de Bíblia

Ramiro Gama


Lutando no tratamento das irmãs obsidiadas, José e Chico Xavier gastaram alguns meses até que surgisse a cura completa. No princípio, porém, da tarefa assistencial houve uma noite em que José foi obrigado a viajar em serviço da sua profissão de seleiro. Mudara-se para Pedro Leopoldo um homem bom e rústico, de nome Manuel, que o povo dizia muito experimentado em doutrinar espíritos das trevas. O irmão do Chico não hesitou e resolveu visitá-lo, pedindo cooperação. Necessitava ausentar-se, mas o socorro às doentes não deveria ser interrompido.

“Seu” Manuel aceitou o convite e, na hora aprazada, compareceu ao “Centro Espírita Luiz Gonzaga”, com uma Bíblia antiga sob o braço direito.

A sessão começou eficiente e pacífica. Como de outras vezes, depois das preces e instruções de abertura, o Chico seria o médium para a doutrinação dos obsessores. Um dos espíritos amigos incorporou-se, por intermédio dele, fornecendo a precisa orientação e disse ao “seu” Manuel entre outras coisas:

— Meu amigo, quando o perseguidor infeliz apossar-se do médium, aplique o Evangelho com veemência.

— Pois não, — respondeu o diretor muito calmo, — a vossa ordem será obedecida.

E quando a primeira das entidades perturbadas assenhoreou o aparelho mediúnico, exigindo assistência evangelizante, “seu” Manuel tomou a Bíblia de grande formato e bateu, com ela, muitas vezes, sobre o crânio do Chico, exclamando, irritadiço:

— Tome Evangelho! Tome Evangelho!...

O obsessor, sob a influência de benfeitores espirituais da casa, afastou-se, de imediato, e a sessão foi encerrada. Mas o Chico sofreu intensa torção no pescoço e esteve seis dias de cama para curar o torcicolo doloroso. E, ainda hoje, ele afirma satisfeito que será talvez das poucas pessoas do mundo que terão tomado “uma surra de Bíblia”...

Ramiro Gama do livro:
Lindos casos de Chico Xavier

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sábado, 29 de outubro de 2022

Caridade

Caridade

Emmanuel

CARIDADE é, sobretudo, AMIZADE.

Para o faminto — é o prato de sopa fraterna.

Para o triste — é a palavra consoladora.

Para o mau — é a paciência com que nos compete auxiliá-lo.

Para o desesperado — é o auxílio do coração.

Para o ignorante — é o ensino despretensioso.

Para o ingrato — é o esquecimento.

Para o enfermo — é a visita pessoal.

Para o estudante — é o concurso no aprendizado.

Para a criança — é a proteção construtiva.

Para o velho — é o braço irmão.

Para o inimigo — é o silêncio.

Para o amigo — é o estímulo.

Para o transviado — é o entendimento.

Para o orgulhoso — é a humildade.

Para o colérico — é a calma.

Para o preguiçoso — é o trabalho.

Para o impulsivo — é a serenidade.

Para o leviano — é a tolerância.

Para o deserdado da Terra — é a expressão de carinho.

CARIDADE é o AMOR, em manifestação incessante e crescente. É o sol de mil faces, brilhando para todos, e o gênio de mil mãos, amparando, indistintamente, na obra do bem, onde quer que se encontre, entre justos e injustos, bons e maus, felizes e infelizes, porque, onde estiver o Espírito do Senhor aí se derrama a claridade constante dela, a benefício do mundo inteiro.

Emmanuel por Chico Xavier do livro:
Viajor

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sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Quem é o responsável?

Quem é o responsável?

Thereza de Britto


Os quadros são deveras preocupantes, no contexto das famílias, em grandes contingentes.

Os problemas são tristemente hediondos, ao lançarmos o olhar sobre os dramas sociais.

A desorganização que se apresenta, em toda parte, tem causado pasmo às consciências atentas, produzindo estupor mesmo naqueles que não conseguiram grandes quotas de maturidade. Todos percebem que muita coisa vai mal, e que se espalham inseguranças e pavores aqui e acolá.

Passando em revista todos esses infortúnios que solapam a vida social, achamos na carência educacional, no desleixo para com a educação, desestruturadores componentes dessa dissolução ética da atualidade, nas ocorrências enlouquecidas de cada hora, que impõem a muita gente a dor moral e o pranto incontido.

• • •

Quando analisamos, mesmo superficialmente, os referidos quadros da desarmonização das pessoas, e quando levantamos as possíveis causas desses flagelos, não são poucas as vozes que alardeiam a culpabilidade dos veículos de comunicação de massa.

Acusa-se a televisão, o cinema, a arte cênica, em geral; condenam-se as revistas da exploração erótica, quanto os jornais de exibição escandalosa.

O sistema condenatório é dos mais antigos que se conhece. Fugir sempre de toda e qualquer responsabilidade, numa tentativa de abafar a consciência, relativamente à parte que cabe a cada um.

Ninguém descartará a influência infeliz dos citados veículos, no bojo de uma sociedade que parece haver-se olvidado das leis do equilíbrio, mantendo nefando contrato sombrio com as forças desagregadoras do caráter. Entretanto, com um pouco mais de atenção, atendendo a de citação amadurecida, chegaremos a cogitar que todos os instrumentos da comunicação de massa focalizados, tanto podem atender aos serviços da luz quanto aos da treva, podem exprimir mensagens da degradação ou da harmonia, do grandioso e do belo.

O ponto central da questão repousa nos seres que estão forjando as programações televisivas, teatrais ou periodísticas.

Os maus programas, os espetáculos deprimentes ou o noticiário apelativo e mesquinho são selecionados pelos indivíduos saídos dessa ou daquela família, de uma ou de outra instituição educacional, de tal ou qual sociedade.

Realmente, toda a gama de alucinações, de violências ou de pornografia, que vasa dentro dos lares ou que destila nas almas, advém do elemento humano deseducado para atender aos objetivos do Criador no planeta.

A desorientação moral a que são relegados tantos pequenos e enormes grupos de jovens, os exemplos de corrupção dos costumes e o depauperamento do caráter dos adultos são, inquestionavelmente, matrizes para que esses veículos sejam controlados de maneira tão infeliz.

Apenas refletem o espiritual de que foram vítimas essas almas, nas faixas infantis e juvenis, em tempos distantes ou nos dias presentes. É lamentável constatar, mas, são nossos filhos, irmãos, pais ou amigos, os responsáveis pela deformação das mentes, através dos diversos canais comunicadores, quando o lar renunciou a esse dever ou quando a família desleixou-se no que diz respeito à orientação dos seus.

Perante a tentação de inculpar os meios de comunicação, como únicos responsáveis pela dissolução em voga, será válido meditar sobre nosso papel de educadores junto à criança quanto diante do moço.

Atendemos, devidamente, aos nossos deveres à frente da existência, demonstrando aos nossos educandos a seriedade da vida?

Temo-nos mantido na fidelidade aos compromissos domésticos, nutridos pelos ensinos cristãos da nossa fé?

Adotamos postura crítica, analítica, ao lado dos nossos meninos ou dos nossos jovens, para que amadureçam conosco, ao longo do tempo?

Conseguimos renunciar aos próprios vícios e enganos conscientes, a fim de orientar nossos pequenos com base em dignas e seguras trajetórias?

Com a sinceridade permeando esses questionamentos, dirigidos a nós próprios, sentiremos que o tempo urge e quem responderá pelo estado de coisas desequilibrado, que enferma a sociedade, será sempre aquele que não tem sabido honorificar os compromissos assumidos ante a Consciência Cósmica, para gozar, egoisticamente, os fogos-fátuos de agora, que logo mais se apagarão, pois que são fátuos, deixando os equivocados e inconscientes diante da necessidade dolorida e decepcionante de recomeçar a tarefa mal cuidada, por haver-se aconselhado com as torpezas e insensibilidades que o materialismo engendra e sustenta, em detrimento dos objetivos de Deus, relativos aos Seus filhos da Terra.

Thereza de Brito por J. Raul Teixeira, do livro:
Vereda Familiar

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quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Ritmo da Vida

Ritmo da Vida

Miramez



A vida tem a excelsitude do ritmo. É interessante notar que o amor é ritmo, como também a alegria, a paz, o perdão, assim todas as virtudes ensinadas pelo Evangelho. Sabem quando saímos da cadência? Quando nos envolvemos na vingança, no ódio, na maledicência e na tristeza, pois é tudo quanto nos faz esquecer de Jesus. Entramos em desarmonia psíquica, porque entramos em desajuste cósmico. Trabalhar com a mente é grandioso, operar com os braços é necessário, e laborar com a boca é indispensável no dia a dia dos homens; no entanto, faz-se imprescindível que os pensamentos sejam retos, os braços livres no bem, e a boca ajustada no coração que bate no ritmo do amor.

Se estás terminando este livro, podes compulsar novamente tal compêndio, objetivando um aprendizado maior, buscando aqui e ali toques necessários à iniciação no comando da fala. A tua boca deve ser indulgente: mesmo se os teus pensamentos trouxerem ideias aos teus lábios que fustiguem a moral, buscando sons para que se materialize a vontade inferior, não fales!... E se os teus companheiros subestimarem as tuas atitudes nobres, não cedas!... E se alguém, acostumado com as tuas conversações negativas, provocar-te com assuntos maldizentes, por achar saborosas as palavras do mal, não digas nada!... Espera um pouco, com fé, que a mente divina, agindo em toda parte, haverá de te encontrar pensando no bem, e usará a tua boca para falar o que deve ser dito.

A boca que aqui referimos é a trindade formada no esquema da vida: Mente — Pensamento — Palavra.

Falar é exercício muito agradável, e saber falar é sentir a presença da felicidade através de nós mesmos. Quem conversa no ritmo da satisfação espiritual, acumula em si alegria cristã, de maneira que esta não falte nas horas dos problemas. Quem está sempre alegre por dentro é aquele que vence todos os desajustes e deixa uma mensagem de esperança nas pessoas que encontra. Como é bom ser alegre! A boca que fala sempre na esperança e que nunca desanima, é força poderosa na ajuda aos outros. Vale mais, mas muito mais que remédios e outros meios de auxilio. Não vamos chegar ao ponto de suprimir as coisas do mundo, necessárias ao progresso das criaturas.

Todavia, aqui colocamos a palavra educada como a maior das necessidades do homem, pois é falando que tudo se faz. 

Meu companheiro, já percebeste a harmonia da voz meiga de uma criança? Estudando a criança, aprenderemos muitas coisas que se encontram em mistério para os adultos, pelo ritmo da vida que elas levam. Não estamos aqui querendo transformar-te em um santo ou místico de um dia para outro, porque essa posição também almejamos, há milénios de lutas e ela existe apenas em homens de boa vontade, cuja disposição para o bem já dominou os instintos e comanda a inteligência.

Aprendermos a conversar corretamente, nas linhas da afabilidade, no clima da ternura e na luz do amor, sem desanimarmos com os obstáculos, traz-nos um progresso sucessivo, de maneira a adiantarmo-nos sem perceber, na escala evolutiva. Mas, para isso, se faz indispensável observarmos o ritmo da vida.

A língua poderá trazer-te muita paz, ou aborrecimentos incontáveis, dependendo do modo que for acionada. Vejamos a confirmação do que falamos, no provérbio vinte e um, versículo vinte e três: "O que guarda a sua boca e a sua língua, guarda a sua alma das angústias".
...faz se imprescindível que os pensamentos sejam retos, os braços livres no bem, e a boca ajustada ao coração que bate no ritmo do amor.
Miramez por João Nunes Maia do livro:
Horizontes da Fala

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Profissionalismo na mediunidade

Profissionalismo na mediunidade

Manoel Philomeno de Miranda


O profissionalismo mediúnico não só é lamentável pelas circunstâncias de que se reveste, senão igualmente perigoso, em face das consequências que gera.

Sendo a mediunidade uma percepção parafísica do indivíduo, a sua educação exige a observância de fatores diversos, a fim de ser exercida com dignidade e eficiência.

Na metodologia da aplicação dos recursos mediúnicos, o componente moral do médium é de relevante significado, porque através dele se expressa a qualidade dos propósitos e das finalidades legítimas de que se constitui.

Tendo o objetivo precípuo de demonstrar a imortalidade da alma à decomposição celular, outrossim, os efeitos do comportamento humano na construção das ocorrências éticas, quando na vida espiritual, impõe a prática mediúnica, seriedade e equidade, a fim de merecer consideração e ser respeitada.

O desinteresse pessoal do medianeiro, portanto, deve acompanhar sempre as atividades a que se propõe. pautando a sua conduta nas regras do serviço apostolar do amor pelo amor a favor de todos.

Quando tal não acontece, o campo psíquico no qual ocorre o intercâmbio mediúnico e onde vicejam as paixões, faz-se tumultuado, dando margem à constante intromissão de entidades doentias, perversas ou frívolas, que estabelecem um conúbio obsessivo, simples a princípio, constritor mais tarde, produzindo lamentáveis espetáculos de leviandade, nos quais se comprazem equivocados, homens e desencarnados, num atentado contínuo contra o esforço de enobrecimento e trabalho gerador do progresso a que todos nos devemos dedicar com afinco.

Repetem-se as mesmas informações corriqueiras que apenas distraem, mas não convencem, os lugares-comuns da ociosidade irresponsável, as promessas vãs e as revelações fúteis sem propostas de elevação íntima, nem convites à reeducação das falhas e fixações negativas do caráter.

As clarividências e clariaudiências, as psicometrias e os trabalhos de libertação dos problemas primam pela infantilidade, quando não pelo ridículo e desacerto, caindo nos chavões tradicionais a que se entregam os impostores e charlatães em geral, exploradores da credulidade humana.

Por isso, a mediunidade, sem o conhecimento do Espiritismo, que lhe constitui didática de aplicação moral, se transforma em perigoso instrumento de contato espiritual, em cujo exercício se enleiam e se perturbam, reciprocamente, os interessados de ambos os planos da vida.

Quem paga para assistir a um espetáculo deseja divertimento, tanto quanto quem compra uma informação espera que corresponda ao preço cobrado.

Como os Espíritos Superiores não necessitam dos valores materiais, nem sempre comparecem às exibições de tal porte, transferindo aos que são irresponsáveis e vulgares a tarefa infeliz. Mesmo esses, porque arrogantes e caprichosos, muitas vezes deixam os seus cômpares encarnados a sós, pelo simples prazer de com eles divertirem-se, ou agradam-lhes mediante a mentira e a irrisão, explorando-lhes os sentimentos irrelevantes.

Por sua vez, o médium, habituando-se aos negócios e interesses de baixo teor vibratório, embrutece-se, desarmoniza-se.

Quando se percebe sem os agentes dos fenômenos, a princípio se constrange, para depois, em face da remuneração recebida, fornecer respostas e informes, conselhos e orientações dele mesmo procedentes, caracterizando-se pelo engodo ou pela mendacidade sem disfarce.

Neste exame sobre o profissionalismo mediúnico, existem facetas que não podem ser esquecidas: o recebimento de presentes valiosos, que trazem o selo da amizade, mas que não escondem o objetivo de pagamento por parte daqueles que os ofertam; o gozo de privilégios e destaques nos cenários transitórios do mundo, onde o bafio do orgulho e da presunção empesta as consciências; o elogio sistemático que se transforma em estímulo para a tarefa, que deve serem si mesma, a grande e essencial motivação para o médium.

Não são, unicamente, profissionais da mediunidade, aqueles que recebem o dinheiro, puro e simples, senão todos quantos de alguma forma a exercem sob pagamento, inclusive pela afetividade que se converte em dependência emocional, quando não produz compromissos mais graves.

A mediunidade com Jesus liberta, edifica e promove moralmente o homem, enquanto que, com o mundo, aturde, escraviza e obsidia a criatura.

Mediunidade do bem pelo bem, eis o campo a joeirar, evitando-se a instalação de síndromes psíquicas enfermiças que terminam como obsessões de largo porte, fomentando fanatismo ou descrença, alucinação ou morte.

Paris, França, 28.10.1983.

Manoel Philomeno de Miranda por Divaldo Franco do livro:
Seara do Bem

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quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Endereços da cruz

Endereços da cruz

Emmanuel


Por ensinamento vivo e silencioso, o Cristo deixou-nos a cruz por mensagem, destinada a múltiplos endereços.

Para os que buscam elevação – oferece o traço vertical, simbolizando o caminho reto para a Vida Superior.

Para os fortes – convite ao sacrifício pessoal pela felicidade dos outros.

Para os fracos – refazimento.

Para os desvalidos – esperança.

Para os bons – chamamento ao serviço espontâneo em favor do próximo.

Para os maus – apelo à regeneração.

Para os caídos – coluna de apoio para que se levantem.

Para os ociosos – intimação muda ao trabalho.

Para os diligentes – diretriz.

Para os transviados – ponto de retorno ao rumo certo.

Para os que choram – encorajamento.

Para os enfermos – proteção.

Para os solitários – companhia.

Para os cansados – refúgio.

Para os descrentes – desafio.

Para os irresponsáveis – advertência.

Para os perseguidos – socorro.

Para os ofensores – tolerância.

Para os aflitos – reconforto.

Para os desertores – lição.

E para todas as criaturas, quaisquer que sejam, como estejam e onde estejam, a cruz oferece o traço horizontal, expressando, em qualquer tempo, a Infinita Misericórdia de Deus, sempre de braços abertos.

A paz pode passar a residir hoje mesmo em nosso campo íntimo. Basta lhe ofereçamos o refúgio da compreensão e isso depende unicamente de nós.

Emmanuel por Chico Xavier do livro:
Paz

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terça-feira, 25 de outubro de 2022

É preciso aprender

É preciso aprender

Camilo


"A instrução espírita não abrange apenas o ensinamento moral que os Espíritos dão, mas também o estudo dos fatos. Incumbe-lhe a teoria de todos os fenômenos, a pesquisa das causas, a comprovação do que é possível e do que não o é; em suma, a observação de tudo o que possa contribuir para o avanço da ciência." (Kardec, Allan - O Livro dos Médiuns, 2ª parte, cap. XXIX, item 328).
Na convivência diária com grande número de operários do bem, constatamos, com relativa preocupação, o quanto se tem tornado difícil, problemático mesmo, o esforço de alguns abnegados para realizarem a tarefa da instrução.

Mesmo estando ajustados aos trabalhos nobilitantes de respeitáveis estabelecimentos da fé, muitos irmãos se mantêm um tanto bloqueados para o aprendizado, como se fugissem de ampliar conhecimentos, num misto de pertinaz indiferença, rebeldia ou mesmo negligência.

Certas almas se vinculam muito bem aos trabalhos práticos do Espiritismo, admiram sessões e vibram com as consultas aos Espíritos comunicantes. Entretanto, não se associam com seriedade e disposição ao labor dos que desenvolvem os estudos na Instituição.

Vários outros, quando aceitam, relutantes, presenciar as reuniões para análise dos temas da vida à luz do Consolador, entregam-se, sem reação positiva, ao sono traiçoeiro e hipnotizante que, muitas vezes, expressa o poder de deletérias artimanhas dos que, invisíveis, pretendem mantê-los na ignorância, de cuja situação tiram partido em tempo próprio.

Diversos afirmam sentir-se muito bem no labor assistencial. Alimentos, vestuários, medicação, saem por suas mãos entretendo a caridade da doação, sem dúvida importante. Todavia, não operam a caridade em favor de si mesmos, curtindo declarado desinteresse pelo aprendizado que lhes fortificaria a crença, nos setores de serviço onde atuam.

O tempo que passa é tempo de inabordável importância para o crescimento da alma no Planeta.

Se, por um lado, encontramos muitos conhecedores das verdades espíritas agindo de modo inconveniente, não podemos ignorar o quanto se aturdem e se enredam os que jazem nas peias do desconhecimento.

Nunca será demais estudar.

Aquele que não foi alfabetizado, aprende ouvindo, interrogando, participando, servindo. Aos que têm os olhos toldados pela cegueira, depara-se uma série de irmãos de boa-vontade que se põem nas conversões ao Braille, em nome da fraternidade. Surdos-mudos conhecem, hoje, um pequeno exército de abnegados que se aplicam ao ministério da linguagem semiográfica, diminuindo ou anulando as sombras da ignorância.

Não pode haver maior júbilo para os seres do que a honra de poder saber, por meio da aprendizagem oportuna, vivendo melhor, cooperando melhor com a Divindade.

Irmãos e irmãs, que foram felicitados com a luz do Espiritismo nas próprias vidas, urge o tempo, é hora de nos aplicarmos ao estudo, a fim de que a alegria que já é sentida nos diversos afazeres, mesmo que falte o necessário saber, possa ampliar-se ao infinito, com a consciência das suas razões, que o conhecimento das arrebatadoras lições da Doutrina Espírita é capaz de proporcionar. Servidores atentos, que desejamos ser, dessa Mensagem que se faz manancial e farol, orientando e libertando, dirijamos a nossa visão e o nosso entendimento para o seu conteúdo excelente.

É preciso aprender!

Camilo por J. Raul Teixeira do livro:
Correnteza de Luz

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