terça-feira, 30 de abril de 2024

Como tirar proveito dos erros

Como tirar proveito dos erros

Jácome Góes



Em todos os tempos, em todas as línguas e culturas, sempre se repetiu a mesma assertiva: Errar é humano. É natural que erremos; é presumível que erremos; aliás, para expressar a pura verdade, é até inevitável que erremos, tendo em vista a nossa limitação espiritual. A terra é uma simples escola primária, que nos inicia para podermos frequentar, um dia, cursos superiores e na grande universidade cósmica.

A partir dessa conclusão, que me parece convergente, na medida em que se torna incontestável, eu o convido a analisarmos, juntos, alguns detalhes importantes, a saber: nós possuímos, no âmago do ser, o "tribunal" vivo e dinâmico da consciência, que, apesar das nossas fugas e justificativas, sempre está pronto para aplicar as sentenças que condenam nos erros e absolvem nas tentativas de acertos; mas eu lhe pergunto: estamos interessados em ouvir essas vozes íntimas, que apelam para a lucidez e convocam para o discernimento? Não sei... Tomando a mim próprio como referência, eu confesso que muitas vezes prefiro não ouvi-las, para não sentir o peso da culpa e não me deixar marcar pelo estigma do remorso.

Se quisermos fazer uma reflexão panorâmica sobre a resposta humana diante da autoidentificação do erro, chegaremos, em tese, ao confronto de algumas atitudes bem específicas. Vou citar apenas cinco, entre outras:

PRIMEIRA: Não assumimos a responsabilidade dos nossos erros, e de maneira condicionada pelo hábito, o "driblamos" com justificativas mentirosas, quase neuróticas... Nesse caso, infelizmente não nos serviu de alerta ou de lição. Não foi suficiente para estabelecer limites e medir consequências. O resultado é preocupante, sabe por quê? O costume enraíza-se gerando "lei" comportamental que pode alterar o perfil do caráter, de maneira, muitas vezes, irreversível...

SEGUNDA: Instala-se, gradativamente, mutilando a indiferença, este "vírus'" infeccioso que alcança nossa alma, multilando-a em sua potencialidade de luz, de fé e de esperança... Expande-se assim, a inversão de valores, na pior de todas as crises, que é a moralidade... É comum ouvirmos expressões como estas: "Todo mundo faz, também vou fazer...", "não tô nem aí"... É dessa forma, buscando vantagens ilícitas e abrindo concessões sem imites, que chegamos a uma total omissão, a ponto de perdermos o referencial da dignidade...

TERCEIRA: Cristalizamos a culpa inócua e improdutiva, até gerarmos a depressão que desvitaliza as resistências do corpo e compromete a energia do espírito. Este é um caminho perigoso, que pode levar ao processo autopunitivo consciencial, mas simplesmente ficar por aí, nesse estágio de abstração, sem que acionemos a ação redentória...

QUARTA: Desistimos do estímulo do aprendizado, rotulando-nos de incapazes para promovermos a reestruturação na maneira de pensar, de ser e de agir... Só que na minha opinião, rotular-se de irrecuperável é uma forma simplista de testemunhar a fraqueza íntima, abdicando o direito e o dever de humanização... Não resolve e apenas solidifica a irreverência pela vida...

QUINTA: Reforçamo-nos no aprendizado, a partir da própria experiência!!! Avaliamos causas e efeitos dos nossos erros!! Fazemos do erro e do vício, um percurso para o acerto e um conduto para a virtude!!! Saímos da "irracionalidade" do regredir, para a ascensão evolutiva do progredir!!

Como você pode constatar, existe, sim, esta forma inteligente, racional e coerente para enfrentarmos a realidade íntima: o que conta não é o erro em si, mas a forma como reagimos a ele. O que importa é a lição, despertando a maturidade psicológica para não estacionarmos na mediocridade espiritual!! Por negligência em querer aprender, muitos de nós temos chegado ao limite último da miséria, como vítimas da própria insensatez...

Importante para o progresso é sermos expectadores e críticos de nós mesmos, avaliando as nossas expressões, não com excessivo rigor, mas com rigorosa justiça. Quem está decidido em mudar para melhor, descobre que o seu grande patrimônio revela a sua própria experiência.

Todos nós erramos: desde os mais sábios até os mais ignorantes; dos mais santos aos mais pecadores. Apenas os sábios e os santos agiram diferente diante das circunstâncias dos seus erros e dos seus vícios. Eu e você não somos santos, mas bem que poderíamos ser sábios o suficiente para aprendermos com referência dos nossos próprios enganos, e com os eloquentes exemplos que o mundo oferece.

Para concluir, eu diria: O PIOR CRIME NÃO É COMETER O ERRO; É NÃO SAIR DELE, POIS DESTA FORMA INFRINGIMOS AS LEIS DIVINAS QUE INSTITUEM A EVOLUÇÃO ESPIRITUAL. Assim agindo, apenas passamos pela vida como "espectos de homens", que não mereceram o privilégio de regenerar-se, e por isso não souberam enobrecer a alma, nem tampouco, iluminar a consciência...


Jácome Góes do livro:
Caminho da Redenção



Jácome Góes
Sergipano, ex-morador de São Paulo, morou em Aracajú - SE.
Foi advogado aposentado do Ministério do Trabalho.
Orador e escritor espírita, teve colunas em jornais e programas de rádio.

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segunda-feira, 29 de abril de 2024

O Médico das almas

O Médico das almas

Vinícius (Pedro de Camargo)



De caminho para Jerusalém, passava Jesus pela divisa entre a Samaria e a Galileia. Ao entrar numa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez leprosos, que ficaram de longe e levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem compaixão de nós! Jesus, logo que os viu, disse-lhes: Ide, mostrai-vos aos sacerdotes. E em caminho ficaram curados. Um deles, vendo-se curado, voltou, dando glória a Deus em alta voz, e prostrou-se aos pés de Jesus, agradecendo-lhe; e este era samaritano.

Perguntou Jesus: Não ficaram curados os dez? onde estão os outros nove? Não se achou quem voltasse para dar glória a Deus, sendo este estrangeiro ? E disse ao homem: Levanta-te e vai; a tua fé te salvou.

Porque disse Jesus ao samaritano: a tua fé te salvou? Porque a fé nesse crente, em tudo dissemelhante da dos Judeus, era despida de fanatismo, não se restringia aos moldes estreitos daquela fé convencional da escolástica religiosa.
 
A fé daquele samaritano era livre, isenta de peias dogmáticas, escoimada de todos os prejuízos sectários inerentes aos credos exclusivistas. Daí porque ele logrou sentir os eflúvios celestes banhando seu Espírito e despertando-lhe no coração os bons sentimentos, dentre os quais se distingue, como dos mais belos padrões de nobreza, a gratidão.

Jesus sarara os dez leprosos; mas, o prodígio só impressionou profundamente ao samaritano, porque só ele recebeu o influxo do céu, graças às condições do seu coração liberto do fanatismo que obceca a mente e embota as cordas do sentimento.

Por isso, enquanto os nove Judeus prosseguiram maquinalmente em demanda dos sacerdotes para cumprirem o preceito ritualístico de sua religião, o samaritano retrocedeu em busca do seu benfeitor, a cujos pés se prostrou, num gesto sublime de humildade e de profundo reconhecimento.

Sua alma possuía apreciável capacidade de sentir. O benefício recebido encontrou eco em seu coração suscetível de apreciar o bem e capaz de experimentar as emoções suaves e doces que o bem gera e acoroçoa.

Concluímos do exposto que o maior benefício que recebemos, através duma graça que nos é concedida, não está propriamente no objeto alcançado, mas no reconhecimento que o fato pode despertar. A gratidão é o elo indissolúvel que une o beneficiado ao benfeitor.

Assim, pois, quando o pecador tem capacidade moral para sentir o benefício que lhe é outorgado, fica por isso mesmo em comunhão com o céu: e nisto consiste o sumo bem conquistado.

Jesus curava o corpo, visando a redimir o Espírito. Daí seu contentamento, verificando que, ao menos num, dentre os dez leprosos beneficiados, havia atingido o alvo visado em sua missão.

É bom que todos os doentes do corpo saibam disto, a fim de se não iludirem buscando a saúde da matéria e relegando a do Espírito. São as enfermidades deste que o médico das almas, de preferência, veio curar.

Vinícius (Pedro de Camargo) do livro: 
Em torno do mestre - FEB

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Nota: Pedro de Camargo, mais conhecido por Vinícius (pseudônimo que adotou e usou por mais de 50 anos), nasceu em Piracicaba (SP) em 7 de maio de 1878. Desde muito jovem abraçou com entusiasmo o Espiritismo, tendo fundado e dirigido em sua terra natal a instituição espírita “Fora da caridade não há salvação”. Por muitos anos presidiu também a “Sociedade de Cultura Artística”, na mesma cidade. Em 1938, mudou-se para a cidade de São Paulo, onde permaneceu até a sua desencarnação em 11 de outubro de 1966. A partir de 1949, desenvolveu, através do rádio, um programa evangélico de grande proveito para os espíritas. Teve participação destacada nos esforços em prol da unificação do Movimento Espírita Brasileiro que culminaria com a criação do Conselho Federativo Nacional (CFN). Colaborou por dezenas de anos com artigos que primavam pela essência altamente doutrinária e evangélica publicados em Reformador. (Trecho extraído do site da FEB)
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domingo, 28 de abril de 2024

O Passado

O Passado

Joanna de Ângelis



Habitualmente, a pessoa que se equivocou lamenta a ocorrência, o passado, ou faz uma consciência de culpa, afligindo-se, perturbando-se.

O passado, porém, já aconteceu, e os seus alicerces não podem ser ignorados, nem evitados. Cabe a cada um diluí-los, erradicá-los.

Uma análise tranquila das ocorrências infelizes desperta a consciência para encontrar meios de diminuir-lhes as consequências, criando condições propiciatórias para um futuro mais equilibrado, através das oportunidades e realizações presentes.

A cada instante se podem produzir fenômenos salutares, que se alongarão em cadeia de acontecimentos ditosos.

Qualquer indivíduo que se envolveu, no passado próximo, em problemas e erros, certamente gerou também simpatias e agiu corretamente. Agrediu e infelicitou pessoas, no entanto, simultaneamente, entendeu e amou outras, produzindo vínculos de afeição e cordialidade. Ninguém há, destituído de valores positivos e conexões emocionais generosas.

Mesmo quando os conflitos decorrem como efeitos reencarnacionistas, que se manifestam como psicopatologias de angústia, de medo, de insegurança, sob o aguilhão do remorso de algo inexplicável, a conscientização do bem que se haja feito, e ainda se poderá fazer, produz um lenitivo que suaviza os conflitos, facultando a disposição sincera para reabilitar-se.

No exame dos insucessos, uma atitude deve prevalecer – a do autoperdão – por considerar-se que aquela era a maneira que caracterizava o estado de evolução no qual se encontrava, porquanto, se houvesse mais conquistas, ter-se-ia agido de forma diferente, sem atropelos nem desaires.

O autoperdão é uma necessidade para luarizar a culpa, o que não implica  acreditar haver agido corretamente, ou justificar a ação infeliz. Significa dar-se oportunidade de crescimento interior, de reparação dos prejuízos, de aceitação das próprias estruturas, que deverão ser fortalecidas. Graças a essa compreensão, torna-se mais fácil o perdão dos  outros, sem discussão dos fatores que geraram o atrito, com imediato, natural olvido do incidente.

Logo depois, faz-se inadiável trabalhar a culpa, corrigir o ressentimento, caso se haja sido a vítima ou o algoz. Na primeira situação, considerar que as circunstâncias de então fomentaram o acontecimento e agora elas estão alteradas, muito diferentes, portanto, exigindo um novo comportamento, que se coroará de resultados bons. A simples mudança mental propicia uma visão diversa do fato, mais favorável e benéfica. Na segunda, por haver desencadeado conflitos e prejudicado, o reconhecimento do erro é o próximo passo para a recuperação pessoal e apaziguamento com o ofendido. Em se tratando de ação pretérita, remota, a disposição psicológica para a renovação do comportamento influencia as Leis de Causa e Efeito, que proporcionam respostas emocionais gratificantes. Quando próximo, esse passado, mediante as visualizações que possibilitam o encontro mental com o prejudicado, encarnado ou não, a apresentação do arrependimento e os propósitos de não repetir o incidente, com sincero afeto, são preciosos instrumentos para o equilíbrio.

O acontecido não pode ser mais evitado, no entanto, deve ser considerado, dele se retirando os melhores resultados, sem gerar novos agentes prejudiciais.

Um homem sábio, que foi violentamente abalroado por outro, na rua, antes de recuperar-se, sofreu grosseira reação verbal do antagonista, que ficou enraivecido. Mantendo-se tranquilo, na primeira pausa, disse-lhe: – Infelizmente não tenho tempo para analisar quem atropelou quem. No entanto, se foi o senhor quem se chocou contra mim, eu o desculpo, e se foi o contrário, peço-lhe desculpas. E seguiu adiante, deixando o violento envergonhado de si mesmo.

Seria ideal que a vítima compreendesse a situação e desculpasse o agressor, porém, se isso não ocorre, não é de importância capital. O essencial é o gesto daquele que se arrepende, que se reequilibra e resgata os prejuízos causados.

Muitas vezes, deseja-se retornar ao passado com a experiência do presente, na expectativa de que se não cometeria os mesmos erros. Isso talvez ocorresse, no entanto, é provável que, se possuísse o conhecimento e não dispusesse das reservas de forças morais, a pessoa não agiria corretamente.

Todo conhecimento bem vivido e analisado transforma-se em patrimônio de experiência valiosa, ensinando, quando negativo, a técnica de como não se deve agir em determinadas situações.

Lição anotada, aprendizagem garantida.

A técnica da visualização, com o objetivo de recuperação, deverá ser repetida com frequência até o momento em que desapareça o fator conflitante, preponderando a autoconfiança em relação aos comportamentos futuros para com o desafeto.

Torna-se relevante a conquista da segurança íntima, de forma que a conduta esteja orientada pela consciência, mantendo-se sempre vigilante em todos os momentos, particularmente nas ações. Esse comportamento se tornará habitual, passando a integrar a personalidade que fruirá de harmonia pelo bom direcionamento aplicado à existência. Será uma forma de unificar o ego ao self, permitindo-lhe que o eu profundo, o Espírito, comande o corpo, controle as reações e automatismos, heranças que são da agressividade animal, dos instintos primários ainda em predomínio.

A marcha é longa e enriquecedora. Cada degrau conquistado aproxima o ser do patamar almejado, que o aguarda.

Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro:
Autodescobrimento - Uma busca interior

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sábado, 27 de abril de 2024

Super culturas e calamidades morais

Super culturas e calamidades morais

Emmanuel



“Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para quem será?” – JESUS. (Lucas, 12:20).

Não basta ajuntar valores materiais para garantia de felicidade.

A supercultura consegue atualmente na Terra feitos prodigiosos, em todos os reinos da Natureza física, desde o controle das forças atômicas às realizações da Astronáutica. No entanto, entre os povos mais adiantados do Planeta, avançam duas calamidades morais do materialismo, corrompendo-lhes as forças: o suicídio e a loucura, ou, mais propriamente a angustia e a obsessão.

É que o homem não se aprovisiona de reservas espirituais à custa de máquinas. Para suportar os atritos necessários à evolução e aos conflitos resultantes da luta regenerativa, precisa alimentar-se com recursos da alma e apoiar-se neles.

Nesse sentido, vale recordar o sensato comentário de Allan Kardec, no item 14, do Capítulo V, de “O Evangelho segundo o espiritismo”, sob a epígrafe “O Suicídio e a Loucura”:

“A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio. Com efeito, é certo que a maioria dos casos de loucura se devem à comoção produzida pelas vicissitudes que o homem não tem a coragem de suportar. Ora, se encarando as coisas deste mundo, da maneira por que o Espiritismo faz que ele as considere, o homem recebe com indiferença, mesmo com alegria, os reveses e as decepções que o houveram desesperado noutras circunstâncias, evidente se torna que essa força, que o coloca acima dos acontecimentos, lhe preserva de abalos a razão, os quais, se não fora isso, o conturbariam”.

Espíritas, amigos! Atendamos à caridade que suprime a penúria do corpo, mas não menosprezemos o socorro às necessidades da alma! Divulguemos a luz da Doutrina Espírita!

Auxiliemos o próximo a discernir e pensar.

(Paris, França, 19 de Agosto, 1965)

Emmanuel do livro:
Entre irmãos de outras terras
de Chico Xavier e Waldo Vieira

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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Observe e Lucre

Observe e Lucre

Marco Prisco


“A cada desgraça que nos chegue, cuidemos de saber se não teria estado em nossas mãos evitá-la -  O Evangelho Segundo a Espiritismo - Cap. XXVIII— item 3.

Aonde quer que você vá, encontrará a mensagem da sabedoria divina, concitando-o à renovação. 

Observe com atenção todas as coisas e retenha o lucro.

Examine onde você está e o que tem: 

A Terra — um educandário; 

a vida — uma lição; 

a saúde — uma concessão; 

a enfermidade — um aviso; 

a mediunidade — uma porta de serviço; 

a obsessão — um chamamento; 

a alegria — uma bênção; 

o acidente — uma advertência; 

o poder — um perigo; 

a felicidade — uma promessa; 

a riqueza — um fardo; 

a miséria — um resgate; 

a solidão — uma prova; 

o adversário — uma oportunidade; 

o amigo — um prêmio.

Aqui você enxergará a dor, essa página constante da lição da vida, retificando almas.

Ali você descobrirá a aflição, corrigindo hoje os infratores de ontem.

Mais além perceberá a saúde, malbaratada pelo desrespeito em jogos de ilusão.

Em toda parte você defrontará a Lei, corrigindo ou sendo violentada, mas sempre funcionando como mensagem de Deus. 

Marco Prisco por Divaldo Franco do livro:
Glossário Espirita-Cristão

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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Caridade real

Caridade real

Antônio Cardoso



Toda criatura plasma ou alberga pensamentos novos a todo instante.

Naquilo que te importa mais intimamente, recebes contínuas abordagens mentais, dignas e indignas, e, porque te decides a escolher, és, ao mesmo tempo, como Espírito encarnado, o benfeitor ou o malfeitor de ti próprio.

Se urge estudar a nós mesmos, na esfera das nossas reações, para sanarmos as próprias faltas, a caridade preceitua, igualmente, estudar a alma dos semelhantes, nas tendências que os caracterizam, para servi-los com mais segurança.

Não raro, somos obrigados, em nome da fraternidade, a fazer aquilo a que não nos achamos predispostos no momento, vencendo indisposições, dores e achaques, cansaços e desconfortos. É aí que testemunhamos mais vivamente a caridade pura.

Quantas vezes, embora sem ânimo para conversar, torna-se preciso entabular determinado entendimento por requisição da caridade?

Em quantas ocasiões, apesar da fadiga, é forçoso te entregues ainda a algum sacrifício, caminhando um pouco mais, à face da
caridade que assim reclama?

Quantas horas, não obstante sem qualquer disposição íntima, serás compelido a despender, em servir o próximo nisso ou naquilo, para atender a silenciosa rogativa da caridade?

A caridade real é essa doação de algo pessoal e único que trazemos dentro de nós e que somente nós podemos oferecer.

É o esforço de esquecimento do "eu" para louvar os outros.

É a anulação do direito que nos compete para consagrar o direito de alguém.

É o silêncio de nossa voz para que se faça ouvir uma voz mais frágil que a nossa.

É a luta contra os incômodos pessoais para dilatar o bem-estar alheio.

É a muda sufocação de toda tristeza nossa para acentuar a alegria no coração de outrem...

Se todos somos almas convalescentes, estejamos, no entanto, convictos de que não há mal inextirpável na intimidade do próprio ser.

Estuda fraternalmente as aflições do próximo. Uma criança a chorar, conquanto nos enterneça as fibras mais íntimas, lembra, em qualquer parte, a vida acordando os que se dispõem a sofrer por um mundo melhor, mas já meditaste no pranto de um homem?

O drama de um homem soluçante que nos oferta o espetáculo da própria indigência é um desafio supremo à nossa possibilidade de sentir a tragédia alheia, a fim de remediá-la.

***

Amplia a capacidade de amar desinteressadamente, estabelecendo comunhão espiritual com a Humanidade e alargando os limites emocionais de teu sentimento no rumo da imensidade do amor que vivifica a Criação. Ovelhas em meio de lobos, gazelas entre leões ou pombos diante de abutres, oponhamos a caridade ao ódio, a verdade ao erro e a luz à sombra, onde respirarmos, porque apenas dentro da luta incessante é que promoveremos o triunfo imarcescível do bem, por vozes vivas anunciando a vitória do Cristo de Deus.

Antônio Cardoso por Waldo Vieira do livro:
Seareiros de Volta

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O Controle Ético da Moral

O Controle Ético da Moral

J. Herculano Pires



A moral flui da consciência. Toda a experiência vital e espiritual do homem, no decorrer dos processos evolutivos, concentrou-se no princípio inteligente, após o desenvolvimento possível de suas potencialidades, estruturando o intelecto, que é a própria inteligência humana. O centro aglutinador forma o epicentro monádico que estrutura a consciência. Esta reflete em si mesma os anseios naturais de transcendência da alma, que é o espírito individualizado, essência específica do homem. A lei que rege essa essência é a ética, que nas línguas latinas sobrepõe-se tradicionalmente à moral e a controla. Toda a normativa prática da moral é regida pelos princípios teóricos da ética. O conjunto sincrônico ético moral constitui a consciência. A maioria dos homens, pertencente à categoria do homo faber ou homem prático, subordina-se à moral. A minoria intelectual, que forma a categoria do homo sapiens ou dos homens do saber, forma a elite consciente da sociedade, contrabalançada na estrutura social pela subelite prática, ligada ao plano das atividades práticas ou profissionais. Esse é o plano do senso comum ou bom senso, servido pela mente, que é a captadora e disciplinadora de toda a realidade material. A razão é a função organizadora e disciplinadora da experiência nas relações do homem com o mundo, as coisas e os seres. Os impulsos instintivos, a afetividade e a vontade estão subordinados à orientação do senso prático e sofrem perturbações com as possíveis interferências das instâncias superiores, não obstante necessárias ao desenvolvimento total, mas progressivo da evolução humana.

Kardec tomou como medida das situações do espírito o seu maior ou menor grau de apego ao mundo material, como se pode ver na Escala Espírita.

Todo esse esquema é apenas uma tentativa de disciplinar a nossa compreensão do sistema intelecto moral da condição humana na terra. Não devemos torná-lo como esquema fixo, mas como esquematização de estruturas e processos dinâmicos do espírito, principalmente para bem entendermos a significação e a função de todo o ser no processo da vida e particularmente no processo existencial da evolução humana.

O esquema psicanalítico, basicamente formado pelas instâncias do Id, do Ego e do Superego, com seus fenômenos de introjeção e seus complexos, não abrange toda a dinâmica da personalidade. Freud era um desbravador, como Kardec, mas desprovido dos recursos de sondagem paranormal do mestre espírita. Jung, que era médium, teve de romper com ele ante a sua aversão científica aos problemas espirituais. A rejeição violenta e sincrônica da Ciência, da Religião e da Filosofia dos fins do século passado ao Espiritismo, com a cobertura da imprensa e de todas as instituições culturais da época, negou qualquer atenção ao trabalho de Kardec e reduziu o movimento doutrinário a pequenos e esparsos grupos de investigadores anônimos, desprovidos de condições científicas, salvo alguns nomes que foram impiedosamente anatematizados como traidores da Ciência e estimuladores de superstições populares. Em consequência dessa pressão universal, inteiramente apoiada e estimulada pelos poderes oficiais, a Ciência Espírita, coberta de apodos e calúnias, caiu na posição da pedra rejeitada da parábola. Mas era sobre ela, como hoje se vê, que o Edifício Cultural do futuro devia erguer-se.

Hoje, cabe aos espíritas estudiosos, cultural e cientificamente capacitados, aprofundar os veios da mineração kardecista em todo o mundo. Pioneira, inclusive, da investigação e da sustentação da pluralidade dos mundos habitados, a Ciência Espírita abrange a totalidade dos problemas científicos atuais, muitos deles já comprovados pelas pesquisas de laboratório e pelas tentativas de incursões astronáuticas no Cosmos. Se o controle ético da moral funcionar como deve, tentando vencer os preconceitos e a ignorância ilustrada que ainda mantém o seu cerco à expansão e desenvolvimento da Ciência Espírita, ela ajudará os céticos, materialistas, empiristas e pragmatistas da atualidade a vencerem a alergia ao futuro de que fala Remy Chauvin, para o conhecimento urgentemente necessário da verdade espírita nestas vésperas da Era Cósmica. Seria muito difícil e demasiado ridículo, para nós, pisarmos no limiar da Nova Era com a esmagadora carga de incompreensões e resíduos selvagens e mitológicos de que não queremos nos desapegar. Felizmente tem sido cada vez mais frequentes e alentadoras as manifestações favoráveis à cultura espírita em nosso meio cultural, por todo o mundo. Não obstante, torna-se cada vez mais necessária, no meio espírita, a vigilância contra as incursões de criaturas pretensiosas, evidentemente desprovidas do senso de suas próprias medidas, sem aptidões nem conhecimentos suficientes para incursões temerárias no campo científico e cultural em geral em nome do Espiritismo. Essas incursões vaidosas causam mais prejuízos à doutrina e sua pureza do que todas as agressões dos adversários, como dizia Kardec dos adeptos demasiado entusiastas do seu tempo, cujo fanatismo lhe dava muito trabalho. Falta aos espíritas em geral formação doutrinária. Diante do aceleramento atual da evolução científica, eles se conturbam ou se exaltam. Vendo que as proposições espíritas são aceitas de maneira auspiciosa, acreditam-se dotados de uma sabedoria que os sábios não possuem e julgam-se capazes de escrever e divulgar novidades científicas em nome da doutrina. Outros, pelo contrário, se amedrontam com invasões atrevidas, como as da Parapsicologia, no campo dos princípios espíritas, e passam a repelir as contribuições dos cientistas atuais, com autossuficiência de megalomanos. Em contraposição, o mesmo acontece nos meios religiosos, onde padres e frades inscientes, viciados num autoritarismo milenar no plano cultural, atrevem-se a explorar as faculdades de médiuns interesseiros e ignorantes fazendo-se de entendidos num assunto que só conheceram, em toda a sua vida, através das elaborações mentirosas dos meios clericais, destinadas apenas a defender os interesses materiais de suas igrejas. Que os clérigos façam isso, vá lá, pois foram criados, educados e estimulados na ideia de uma falsa autoridade divina, que sempre lhes garantiu a impunidade nas pretensões mais descabidas e a capacidade de ensinar e pregar de cara limpa os maiores absurdos. Mas os espíritas não possuem essa tradição de casta e precisam compreender as suas responsabilidades nesta hora de transição. O espírita que quiser dar um pio nas polêmicas atuais deve primeiro mergulhar no estudo da doutrina em profundidade, mesmo que disponha dos mais importantes títulos universitários ou esteja colocado nas mais altas posições sociais. Os analfabetos ilustres são em regra mais analfabetos que os outros. Precisamos convencer-nos de que, no tocante aos problemas espíritas, estamos todos ainda na escola material. Se formos suficientemente prudentes e despretensiosos para voltarmos a nos alimentar no exuberante seio materno da doutrina, poderemos pelo menos evitar semear joio na seara.

A ética profissional estabelece normas e diretrizes para a moralidade dos consultórios médicos, dos gabinetes dentários, dos hospitais, das bancas de advogados e até mesmo dos confeiteiros e dos joalheiros. A primeira dessas normas exige o conhecimento da profissão. Os espíritas precisam tomar consciência da ética doutrinária, se realmente quiserem ajudar a doutrina na sua expansão necessária. As tribunas espíritas não existem para encenações e exibições de oratória de tipo bacharelesco, mas para esclarecimento das multidões que afluem às instituições doutrinárias em busca de conhecimento e não para se deleitarem com palavrórios retumbantes. A finalidade do Espiritismo é conduzir-nos ao conhecimento da verdade, daquilo que realmente é, e não adormecer-nos com cantigas de ninar nos braços da ilusão. O muito falar pode encher o mundo de palavras, mas se essas palavras não encerrarem conceitos em sua sonoridade, nada mais são do que falatórios de sofistas.

Um pregador espírita novato procurou o velho João Pita, de Matão, para consultá-lo sobre o que devia pregar. Pita rangeu os dentes fortes de português da Madeira, seus olhos brilharam por baixo das pestanas brancas de Papai Noel e ele disse: "Não pregue nem faça discursos. Ensine o que souber, depois de haver lido e estudado Kardec. Fiz milhares de pregações e me arrependo de meus entusiasmos. Na verdade, conversando depois com os ouvintes que me elogiavam, tive a surpresa de verificar que de todos os meus falatórios, só uma pessoa havia aprendido alguma coisa: eu mesmo, que aprendi a conter a língua." Pita tinha razão. De outra feita um amigo e admirador o encontrou na plataforma de uma estação do interior, aguardando o trem. Abriu os braços e exclamou: "Seu Pita, que felicidade encontrar o senhor aqui, um mestre, um verdadeiro apóstolo!" Pita tirou o corpo do abraço e respondeu: "Estás redondamente enganado, amigo, eu não sou um apóstolo, mas uma pústula." De outra feita ainda, falando sobre a dignidade humana, no Centro Luz e Verdade de Marília, disse: "O homem ruim é a pior coisa que existe no mundo. É pior que o pior dos animais. Um boi ruim, arrombador de cercas, que vive chifrando os outros bois, o dono o mata e aproveita tudo o que o seu corpo oferece: o couro, a carne, os ossos, os chifres e até mesmo os cascos. Mas de um homem ruim nada se aproveita. Morto, tem de ser enterrado às pressas para não empestar a casa com o seu mau cheiro."

Nestes apólogos reais transparece o perfil da nova moral que o Espiritismo nos trás. Suas normas rejeitam as complicações e ritos do passado, simplificam os processos da vida, substituem as parolagens pela explicação didática, o formalismo pela naturalidade, os aplausos pelo debate, a hipocrisia dos louvores pela pergunta socrática: "O que é isso?" A moral espírita é objetiva, exige a verdade da prova, põe de molho as revelações fabulosas, não admite a mentira, a hipocrisia, a falsidade nas relações sociais. A verdade é a sua essência, pois é a verdade a moral legítima, que não contradiz a realidade nem transforma o amor em crime e as exigências vitais em vergonha e pecado. Por isso mesmo, o pecado não pertence à sua terminologia. Durante milênios os beatos bateram no peito dizendo: "Nós, pecadores", e continuaram pecando em todos os sentidos. Agora o pecado acabou, desgastou-se no tempo, deixou de existir. A moral espírita obriga o homem a despir-se de seus modismos e de suas fantasias para encarar a realidade face a face e ver a sua própria face no espelho do seu meio social, que lhe reflete os defeitos e as virtudes, os erros e os acertos nas consequências de suas atitudes e do seu comportamento. Ser o que é, não fingir nem tergiversar, essa é a exigência básica da verdadeira moral. Uma assembleia espírita de elogios mútuos e salamaleques não é espírita, será quando muito espiritóide, ou seja, uma falsificação ridícula de reunião espírita. Do contrário, o Espírito da Verdade teria perdido o seu tempo e Kardec a abnegação de toda a sua vida.

J. Herculano Pires do livro:
O mistério do Ser ante a dor e a morte

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