Família
Ernest O’Brien
Venci!
- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles, a razão e a universalidade.
Venci!
Asse: Antiga moeda Romana no tempo de Jesus |
A vida cristã gira em torno do amor fraterno. Podemos expressar o que de melhor existe dentro de nós.
O Evangelho nos ensina que a cada momento pode haver um recomeço, a fim de ganharmos a presença de Cristo.
Paciência é o poder que nos traz o reino da felicidade. Jesus sabe das nossas deficiências e nos assiste com a sua tolerância. Ajudemo-nos uns aos outros. Viver é a lei.
Devemos ser fiéis em nossas pequenas promessas. Muita gente se acha completamente absorvida em glórias celestes, ao passo que cuida pouco das pequenas coisas.
Despertemos. Devoção exige realização. Aquele que sabe, torna-se responsável. O mundo precisa de ajuda.
Sirvamos todas as oportunidades. Tanto no Evangelho, como na vida prática, devemos olhar para frente.
Jesus disse: “Porventura não se vendem dois passarinhos por um asse? E nem um deles cairá sobre a terra sem vosso Pai. E até mesmo os cabelos da vossa cabeça, todos eles estão contados.”
Não podemos medir a glória de Deus em torno de nós, mas podemos reconhecer os divinos atributos de Deus através do nosso amor ao semelhante.
Tanto quanto se sabe, a definição do Novo Testamento, “Deus é amor; e aquele que se demora no amor, demora-se em Deus e Deus está nele”, encerra a promessa de que, vivendo e praticando o amor puro, o homem finalmente alcançará o estado de união com seu Criador, para sempre.
Desejaríamos encontrar a Deus? Então precisamos seguir a Jesus-Cristo. Servir com ele é aliviar os problemas da vida.
As coisas de Deus não nos chegam por acaso. A felicidade e a paz, no reino da alma, vêm dos trabalhos do amor. Quando encontramos amor em nossos corações, Jesus lá está.
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“Porque onde está o teu tesouro, aí também está o teu coração.” – Jesus (Mateus, 6:21).
(Nova Iorque, N.I., E.U.A , 9, Julho, 1965.)
“... Porque a paixão pelo dinheiro é a raiz de todos os males e, nessa cobiça, alguns desviaram da fé e se traspassaram a si mesmo com muitas dores.” (1 Timóteo 6:10)
(Londres, Inglaterra, 10 de Agosto, 1965)
- O que estraga o movimento espírita, no mundo inteiro, são os traidores da doutrina, os mercadores da mediunidade, os leitores de fenômenos, os caixeiros das trevas, fantasiados de espíritos de luz...
Mas Pierre Bazin, um confrade francês, aproveitou as reticências e opinou:
- Caro Garcia, você está certo, certíssimo. Os que abusaram da faculdade e recursos sagrados, a detrimento do Espiritismo, nos fizeram e nos fazem ainda imenso mal; no entanto, você e nós não podemos esquecer os milhares de médiuns e companheiros outros de nossa Causa que triunfaram, brilhantemente, nos seus deveres, perante a Espiritualidade Maior – no último século – o primeiro de nossas atividades. A sociedade humana não lhes enxergou o trabalho, o devotamento, a humildade, o sacrifício...
Passaram, aos milhares, na arena física, criando condições favoráveis ao progresso, impedindo desastres morais, educando coletividades e erguendo corações para o futuro...
Diante desses heróis anônimos, os vendilhões do tempo são pequena minoria...
Bazin fitou-nos de significativa maneira, indagando em seguida:
- Sabem porquê?
E finalizou:
- Isso acontece, meus amigos, porque, de modo geral, o mundo é míope para ver a abnegação, mas tudo o que se relaciona com a traição atinge logo intensa publicidade, porque o mundo entende disso muito bem.
(Paris, França, 22, Julho, 1965.)
Onde está o amor, está Deus e onde está o amor, está a alegria. As melhores disposições da vida estão em harmonia com o grande objetivo da vida. Se o nosso caminho é difícil e obscuro, o amor de Deus nos dará força e orientação íntima.
Você acredita na imortalidade? Então, anime-se. Acredite ou não, você vive no além, mesmo enquanto no corpo terreno.
O pessimista gosta de fechar os olhos à luz e visualizar as trevas. No mundo, você tem a sua parcela de dor e de tribulação, mas Deus está do seu lado. Você não trabalha sozinho. Você sabe disso.
Um problema se torna difícil somente quando você o supõe difícil. Mentalize um objetivo definitivo, exatamente o que você deseja fazer. Tenha confiança em si; ajude-se a si mesmo.
Quando aceitamos as bênçãos de Deus, a vida se enche de paz e de felicidade, dentro de nós e à nossa volta.
Se você cometer erros, recomece. Seja construtivamente autocrítico. Não se perturbe.
Leve a alegria consigo e caminhe para a frente. Conserve o espírito aberto. Seus pensamentos são importantes, muito importantes.
Não há trevas que tenham poder sobre a luz.
Deus lhe fala através da voz da consciência. Seja calmo, porém, ativo. Não desperdice tempo. Seja um voluntário que age, que dá e recebe. Tenha confiança no seu esforço e dedique-se completamente a ele. Ajude e será ajudado.
A vida terrena é uma escola. Há nela uma lição para cada um de nós. Esteja tranquilo, trabalhe e conserve a sua fé em Deus.
(Nova Iorque, N.I., E.U.A , 12, Julho, 1965.)
O caminho estacara à frente de grande supermercado da rua 48, em Nova Iorque, em que Doug Sanford trabalhava.
Solteirão, as cinquenta de idade, Sanford era conhecido pela condição de espírita distinto e laborioso. Por isso mesmo, notando que ele acompanhava, algo preocupado, a preciosa mobília austríaca que a máquina transportava, aproximou-se dele Bobby Best, colega de serviço e companheiro de fé, a observar-lhe, curioso:
- Você tem razão de resguardar cuidadosamente estas peças...
E acariciando espelhos, lustres, almofadas e cortinas, acrescentava:
- Que beleza de mobília! Ah! Se eu pudesse, adquiriria um igual... que bom gosto!...
Porque Doug nada dissesse, retornou Bobby ao assunto:
- Olhe os altos relevos! Admiráveis filigranas!... Como eu seria feliz se possuísse um tesouro assim!... Você, naturalmente, meda razão...
Doug apenas afirmava: - “é... é...”
À vista disso, Bobby indagou, direto:
- Para onde vão estas raridades?
E o amigo:
- Vão para um lar de velhos menos felizes...
- Meu Deus! – gritou Bobby, espantado – quem fez semelhante doação? De onde vem tanta riqueza?
- Esta mobília – falou Doug – foi comprada por meus avós, pertenceu à minha mãe, recentemente desencarnada, e está largando enfim a nossa casa...
- Porque você diz assim?
E o amigo explicou:
- Tenho duas irmãs casadas que se puseram a disputa-la com tamanha ambição, que os maridos, revólver em punho, se atiraram um contra o outro, na semana passada, a ponto de se ferirem e de sermos todos detidos pela polícia... Com sacrifício, adquiri todo este material para oferece-lo aos velhinhos necessitados... Sem dúvida, que é uma relíquia do bom gosto de nossos avós...
E, ante as manobras do carro que se afastava, terminou:
- Mas toda relíquia material, quando capaz de conturbar a família ou arrasar a nossa paz de espírito, deve sair de nosso ambiente com a misericórdia de Deus.
(Nova Iorque, E.U. A., 1, Julho, 1965.)