sábado, 29 de fevereiro de 2020

Calamidades e provações

Calamidades e provações

André Luiz




O homem desejou recursos para mais facilmente abrir estradas e a Divina Providência lhe suscitou a ideia de reunir areia a nitroglicerina, em cuja conjugação despontou a dinamite. A comunidade beneficiou-se da descoberta, no entanto, certa facção organizou com ela a bomba destruidora de existências humanas.

O homem pediu veículos que lhe fizessem vencer o espaço, ganhando tempo, e o Amparo Divino ofereceu-lhe os pensamentos necessários à construção das modernas máquinas de condução e transporte. Essas bênçãos carrearam progresso e renovação para todos os setores das aquisições planetárias, entretanto, apareceram aqueles que desrespeitam as leis do trânsito, criando processos dolorosos de sofrimento e agravando débitos e resgates, nos princípios de causa e efeito.

O homem solicitou apoio contra a solidão psicológica e a Eterna Bondade, através da ciência, lhe concedeu o telégrafo, o rádio e o televisor, aproximando as coletividades e integrando no mesmo clima de aperfeiçoamento e cultura. Apesar disso, junto desses nobres empreendimentos, surgiram aqueles que se valem de tão altos instrumentos de comunicação e solidariedade para a disseminação da discórdia e da guerra.

O homem rogou medidas contra a dor e a Compaixão Divina lhe enviou os anestésicos, favorecendo-lhe o tratamento e o reequilíbrio no campo orgânico. Ao lado dessas concessões, porém, não faltam aqueles que transformam os medicamentos da paz e da misericórdia em tóxicos de deserção e delinquência. 

O homem pediu a desintegração atômica, no intuito de senhorear mais força, a fim de comandar o progresso, e a desintegração atômica está no mundo, ignorando-se que preço pagará o Orbe Terrestre, até que essa conquista seja respeitada fora de qualquer apelo à destruição.

Como é fácil observar, Deus concede sempre ao homem as possibilidades e vantagens que a Inteligência Humana resolve requisitar à Sabedoria Divina. Por isso mesmo, as calamidades que surjam nos caminhos da evolução no mundo, não ocorrem obviamente, sob a responsabilidade de Deus.


André Luiz por Chico Xavier de livro: Busca e Acharás




sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Viva em Paz

Viva em Paz

Marco Prisco




Você é membro da família universal.

A importância que se atribui ou não, tem a dimensão que você lhe dá.

Porque não é o centro da vida, despreocupe-se em relação aos outros.

Não se importe se é ou não amado; se lhe oferecem ou não bondade; se é aceito ou rejeitado.

Quando alguém usar de violência ou de generosidade em relação a você, descarte qualquer merecimento nessa ocorrência.

Você é somente pretexto para que o próximo se desvele.

Quando alguém o agrida ou o ame, a si próprio se violenta ou se estima. Você é apenas o móvel daquela manifestação que está latente nele.

Não fosse você e aquela exteriorização seria dirigida a outrem.

Por isso, não se agaste com ninguém ou coisa nenhuma.

Quando você se irrita ou se pacifica com uma pessoa, ela foi só o motivo da sua realidade íntima, que então se irradia do seu mundo interior.

Trabalhe-se intimamente, domando as suas paixões de qualquer espécie.

Autoanalise-se com severidade.

O que você vê fora, resulta do que você cultiva por dentro.

O conceito que você supõe que os outros fazem a seu respeito é o conceito que você faz de si mesmo.

Ao compreender que tudo é conforme a sua própria realidade e que você deve melhorar-se sem a presunção de modificar os outros, você principiará a viver em paz, sem que lhe atinjam o elogio ou a calúnia, o apoio ou a repressão...

Você faz parte da vida e é vida em desdobramento na direção da Vida plena.

Assuma o seu papel e execute a sua parte, na esfera do seu autoburilamento espiritual.

Marco Prisco por Divaldo Franco do livro:
Luz Viva

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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Para viver melhor

Para viver melhor

Emmanuel




A importância do perdão, de modo geral, ainda não foi claramente compreendida pelos companheiros domiciliados no Plano Físico.

O espírito, em estágio na Terra, é um inquilino do corpo em que reside transitoriamente.

Imaginemos o usufrutuário da moradia a martelar estruturas da sua própria casa, em momentos de revolta e azedume.

Quanto mais repetidos os acessos de amargura e ressentimento, mais ampla a depredação em prejuízo próprio.

Esse é o quadro exato da criatura, habituada às reações negativas, nos instantes de prova ou desagrado.

Daí nascem muitas das moléstias obscuras, diagnosticáveis ou não, agravando as condições do veículo físico, já de si mesmo frágil e vulnerável, embora maravilhosamente constituído.

Se tens mágoa contra alguém, observa que esse alguém não terá agido com os teus conceitos e pensamentos.

O amor nos vinculará sempre a determinado grupo de pessoas, entretanto, em nosso próprio benefício, amemo-las, tais são, sem exigir que nos amem, sob pena de cairmos frequentemente em desequilíbrio e abatimento.

Doemos alma e coração aos seres queridos, sem escravizá-los a nós e sem nos escravizarmos a eles.

Por muito se nos enlacem no mundo físico, sob as teias da consanguinidade, saibamos deixá-los libertos de nós, a fim de serem o que desejam, na certeza de que a escola da experiência não funciona inutilmente.

A criança é responsabilidade nossa e responderemos, ante as leis da vida, pela proteção ou pelo abandono que estejamos devotando aos pequeninos confiados à nossa tutela temporária.

Os adultos, porém, são donos dos próprios atos e, não será justo chamar a nós, a consequências das empresas a que se adaptem ou dos caminhos que escolham, tanto quanto não seria razoável, atribuir a eles os resultados de nossas próprias ações.

Perdão e tolerância são alavancas de sustentação da nossa paz íntima.

Desculpar faltas e agravos será libertar-nos de choques e golpes que vibraríamos sobre nós mesmos, criando em nós e para nós, dilapidações e doenças de resultados imprevisíveis.

Ensinou-nos o Cristo: - "Perdoa não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes".

Isso, na essência, quer dizer que não somente nos cabe esquecer as ofensas recebidas em proveito próprio, mas também significa que seria ilógico disputar atenção e carinho daqueles que porventura nos agridam, já compromissados, por eles mesmos, nas equações infelizes das atitudes a que se afeiçoem.

Em suma, para quem quiser na Terra trabalhar e progredir com mais saúde e paz, alegria e segurança, vale a pena perdoar constantemente para viver sempre melhor.



Emmanuel por Chico Xavier do livro: Amigo


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Ante os adversários

Ante os adversários

Emmanuel




Interpretemos nossos adversários por irmãos, quando não nos seja possível recebê-los por instrutores.

Quando o Senhor nos aconselhou a paz com os inimigos do nosso modo de ser, recomendou-nos certamente o olvido de todo o mal.

Às vezes, fustigando aqueles que nos ofendem, a pretexto de servirmos à verdade, quase sempre faltamos ao nosso dever de amor.

Nem todos podem enxergar a vida por nossos olhos ou aceitar o mapa da jornada terrestre, através da cartilha dos nossos pontos de vista.

E, não raro, em zurzindo os outros com o látego de nossa crítica ou intoxicando-os com o vinagre de nosso azedume, procederemos à maneira do lavrador que enlouquecesse, de improviso, espalhando cáusticos destruidores sobre a plantação nascente, necessitada de auxílio pela fragilidade natural.

Claro que o amor fraterno encontra mil modos diversos para fazer-se sentir, no reajuste das situações difíceis no caminho da vida e é justamente para a verdadeira solidariedade que devemos apelar em qualquer circunstância obscura do roteiro comum.

Se não apagamos o incêndio, atirando-lhe combustível, e se não podemos sanar feridas, alargando-lhes as bordas, a golpes de força, também não entraremos em harmonia com os nossos adversários por intermédio da violência.

Usemos o amor que o Mestre nos legou, se desejamos a paz na Vida Maior.

Compreendamos aos que nos ofendem.

Oremos pelos que nos perseguem ou caluniam.

Amparemos os que nos perturbam.

Sejamos o apoio dos companheiros mais fracos.

E o Divino Senhor da Vinha do Mundo, que nos aconselhou o livre crescimento do joio e do trigo, no campo da Terra, em momento oportuno, se fará revelar, amparando-nos e selecionando os nossos sentimentos, através do seu justo julgamento.


Emmanuel por Chico Xavier do livro: Instrumentos do Tempo




terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

A porta

A porta

Manoel Monteiro




Se trabalhas na porta,
Ao acolher alguém,
Oferta de ti mesmo
A mensagem do bem.

A porta aberta exige vigilância,
Justo pensemos nisso;
A prudência, entretanto, não excluí
Atenção e serviço.

Frequentemente aquele que te busca,
Ainda mesmo quando não te agrade,
É um companheiro que procede, em crise,
Da terra triste da necessidade.

Viajores, pedintes, consulentes
Nem sempre se revelam como são...
Muito espírito nobre do caminho
Traz cravadas no peito as marcas da aflição,

A porta unida à rua
É um dos pontos mais santos que há no lar;
Se te dispões a receber quem chama,
Exerce o privilégio de ajudar...

Fôssemos nós da fila dos que passam
Na longa e desditosa caravana,
Quanto agradecimento a quem nos desse
Leve parcela de ternura humana!

O olhar de compreensão, o sorriso de paz,
O entendimento, uma palavra boa,
São migalhas de amor que enaltecem a vida
E que a vida abençoa...

Crês na esperança como crês no Céu,
Dizes que a caridade te conforta,
Não negues, desse modo, a quem te pede auxílio
A bondade na porta.


Chico Xavier por Manoel Monteiro do livro: Poetas Redivivos / Espíritos Diversos


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Onde estiveres

Onde estiveres

André Luiz



Onde estiveres, não percas a oportunidade de semear o bem.

Se a conversa gira em torno de uma pessoa, destaca-lhe as virtudes, recordando que todos ainda nos encontramos muito longe da perfeição.

Se o assunto descamba para comentários maliciosos, à cerca de certos acontecimentos, procura, discretamente, imprimir um novo rumo ao diálogo, sem te julgares superior a quem quer que seja.

Onde estiveres, não permitas que o mal conte com o teu apoio para se propagar.

Se muitos falam em tom de pessimismo sobre os problemas que afligem a Humanidade, demonstra a tua confiança no futuro, recordando aos interlocutores que nada acontece sem a permissão de Deus.

Se outros se transformam em profetas da descrença, quais se fossem eles mesmo os únicos a se salvarem do naufrágio dos valores morais em que o homem se debate neste ocaso de milênio, trabalha com todas as tuas forças na construção de um mundo melhor, porquanto um só exemplo tem mais poder de persuasão sobre as almas do que um milhão de palavras.

Onde estiveres, não te esqueças de que o bem necessita de ti como instrumento para manifestar-se e não cruzes os braços, como se nada tivesses a ver com o que acontece ao teu redor.

André Luiz do livro:
Confia e Serve - Chico Xavier / Carlos A. Bacelli

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domingo, 23 de fevereiro de 2020

Uma ética para a genética

Uma ética para a genética

Hermínio C. Miranda



Todo um universo de insuspeitadas dimensões está surgindo da penetração da pesquisa pelos domínios da Biologia. Tamanha é a massa de informação que está sendo colhida e tão extraordinário o seu conteúdo que muitos cientistas, fascinados pela excitação intelectual do êxito, imaginam-se novos deuses capazes de criar a vida à sua imagem e semelhança. Não sabem que, longe disso, estão apenas começando a descobrir os maravilhosos segredos que Deus coloca nas coisas que faz. 

O nosso futuro está sendo jogado em partidas pesadas nos laboratórios do presente por homens e mulheres de ciência que têm o seu próprio código de ética, que talvez não seja o que melhor convém à sociedade humana. É que nesse verdadeiro exército de cientistas, são percentagem desprezível aqueles que têm consciência da grandeza de Deus e do sentido espiritual da vida. Vendo-os trabalharem nos seus magníficos laboratórios, concentrados no estudo do homem, ocorre a nós, que estamos voltados para a realidade espiritual, a nítida impressão de que estão estudando os componentes materiais de marionetes, mas ignorando totalmente a consciência e as motivações que fazem os bonecos se moverem. Ah!, que falta nos fazem cientistas espíritas que se dedicassem, com reverência e amor, ao estudo das forças que impulsionam a vida e lhe dão forma e sentido e não apenas dos componentes materiais em que ela se apoia! 

Surgem, por isso, dilemas atrozes que envolvem milhões de seres. “Se permitirmos que os fracos e os deformados vivam — diz o doutor Theodosius Dobzhansky — e propaguem a sua espécie, teremos de enfrentar um crepúsculo genético. Mas, se os deixarmos morrerem ou sofrerem quando podemos salvá-los, enfrentaremos a certeza de um crepúsculo moral.” 

A equação não está bem armada, porque a pesquisa ainda não recebeu o impulso correto na direção certa. O pensamento deve ser reformulado. Que processos espirituais ou psicossomáticos desencadeiam deficiências físicas? Podem ser revertidos? Podem ser evitados? Podemos impedir que se propaguem? Certamente que essas possibilidades poderão ser exploradas com segurança, a partir do instante em que o cientista se convencer de que o homem não é meramente um mecanismo biológico, mas um ser espiritual. O problema é realmente difícil para aquele que não aceita, nem como hipótese de trabalho, a realidade espiritual . É que, para atuar no mundo material, o espírito precisa ter na matéria os contatos e as “tomadas” necessárias, junto aos quais atua através do seu perispírito. 

Até que se assuma tal posição, no entanto, muita desorientação ainda há de provocar danos imprevisíveis aos processos da vida e, por conseguinte, ao homem de futuras gerações. É que, sem o saber, a ciência está interferindo em alguns dos dispositivos da própria reencarnação, ao manipular genes, na tentativa de acelerar ou provocar desvios no sistema evolucionista da vida. O homem moderno tem pressa; não quer esperar pela sabedoria das leis divinas. Está, assim, tentando obrigar a natureza a dar saltos, coisa que ela nunca fez. Os planos são muitos e cada qual mais mirabolante. Ainda na infância espiritual, os homens de ciência descobriram no universo do ser um imenso e imprevisto quarto de brinquedos, os brinquedos da vida. Os projetos são inúmeros e o limite é a imaginação de cada um. Um deles é aumentar a caixa craniana para ter homens mais inteligentes. E fazer o que com a inteligência?, perguntamos nós. Os astronautas não precisam de pernas; portanto, vamos mexer nos genes para criar homens sem pernas. A mulher deseja filhos? É fácil: faça-se nela a inseminação com material genético devidamente estudado e preparado. Quer filhos, mas não deseja a gravidez? Implante-se seu óvulo em mãe mercenária. Quer filhos homens, de olhos azuis e cabelos louros? Basta alterar os genes, no ponto certo, tirando partículas e acrescentando outras. Se homens e mulheres desejarem conservar do sexo apenas o prazer momentâneo, então os seres poderão ser criados em úteros artificiais, em série, fabricados em incubadeiras coletivas, às quais qualquer um poderá encomendar seus filhos pelo crediário, com rígidas especificações, como se fosse um novo automóvel. Se o país precisa de um novo exército “gera-se” um, clonizando células de grandes militares. Para transmitir conhecimentos, basta injetar as “células da memória” de um ser que sabe noutro que não sabe. Para preservar a vida física indefinidamente, pensam os biologistas em clonizar seres humanos de reserva, que ficariam cuidadosamente depositados em congeladores para fornecerem “sobressalentes”, tais como coração, pulmões, rins, braços ou pernas, e até cabeças novas para aqueles que se desgastaram pelo uso ou abuso. 

Há planos para criar um monstro meio homem meio máquina, chamado “cyborg”, que seria um cérebro vivo, ligado a um mecanismo que apenas servisse às suas limitadíssimas necessidades. Já se pratica a técnica da criogenia, segundo a qual se congelam as pessoas doentes ou desgostosas da vida para que no futuro, quando for possível resolver os seus problemas biológicos ou psicológicos, sejam trazidas de volta à vida ativa. E o espírito? Disso ninguém cuida, dele ninguém sabe, por ele ninguém se interessa. 

Os centros das sensações estão sendo identificados e “mapeados” nas ignotas regiões do cérebro. A introdução de elétrodos em determinados pontos provoca sensações novas e extraordinárias. Experiências feitas em ratos levaram os pobres animais a uma completa alucinação, na busca desesperada do prazer, até a morte por exaustão, completamente desinteressados de tudo o mais, inclusive alimentação e atividade sexual. Descobertas como estas criam problemas imprevisíveis de comportamento futuro. Já há quem preveja “centros de experimentação” em substituição às drogas, aos bares e aos cafés, onde as criaturas se reuniriam para viverem horas de prazeres nunca dantes experimentados, ligados a uma aparelhagem verdadeiramente diabólica. 

Sensações artificialmente provocadas levariam a um mundo onde tudo o mais seria secundário. Edgar Cayce, o notável médium americano, falou muitas vezes, nas suas comunicações (“readings”), que os cientistas da Atlântida haviam adquirido controles sobre seres que passaram à condição sub-humana, porque desde o nascimento recebiam implantações de alguns instrumentos no cérebro e se tornavam (Cayce chamava-os de “coisas” — Things) escravos-robôs. José Delgado, um fisiologista americano, realizou experiências conclusivas segundo as quais consegue deter, a poucos metros, um touro enfurecido, enviando-lhe, por meio de um transmissor de rádio, uma determinada faixa de onda à região onde o animal tem implantado um elétrodo. 

Acham outros cientistas que, retirando de um indivíduo alguns componentes genéticos podem reproduzi-lo à vontade, com todas as suas características físicas — cor de pele, dos olhos e dos cabelos — e ainda com absoluta identidade mental e espiritual.  Seria assim, fácil criar um milhão ou dois de novos Lincolns ou Einsteins. É claro que, se isso fosse possível, não faltaria quem desejasse criar uma quadrilha inteira de Al Capones ou uma nação de Hitlers. Nesse ponto, o embriologista Robert T. Francoeur, autor de “Utopian Motherhood” (“Maternidade Utópica”) diz um — basta! — que é um brado de alerta: “Xerox de gente? Não deveria ser praticada em laboratório, nem mesmo uma só vez, com seres humanos.” 

A questão é que os cientistas escolhem seus métodos e decidem sua própria ética. E é por isso que já se pensa nos Estados Unidos, a sério, na proposição de leis que instituam um código ético básico para traçar limites ao que pode ou que não pode ou não deve ser realizado, em laboratórios, com o ser humano. O problema é, no entanto, muitíssimo mais complexo, porque a tais atitudes respondem muitos cientistas declarando a impossibilidade de pesquisar dentro de faixas rigidamente determinadas por legisladores que não estão preparados para decidir questões de âmbito científico. 

Por outro lado, mesmo que seja possível estabelecerem, os próprios cientistas, um código voluntário de ética, quem poderá assegurar a aplicação ética das descobertas que forem realizadas? Isso porque a ciência pura não se interessa — em princípio — pela utilização dos seus “achados”. Os homens que começaram a desvendar os segredos do átomo talvez não permitissem que se atirassem bombas sobre populações indefesas, se para isso tivessem autoridade política e militar, mas os que jogam bombas não são os mesmos que descobrem os processos de liberação da energia nuclear. 

Não é minha intenção, neste brevíssimo e incompleto sumário, inquietar ou assustar o leitor, mas creio que é útil a todos nós dar essa espiada ligeira em alguns dos problemas que estão ocupando os melhores intelectos do mundo moderno. Não podemos, no entanto, livrar-nos de uma pesada e opressiva sensação de melancolia, ao vermos que tanto esforço, tempo, dinheiro e talento são colocados na tentativa infantil de “corrigir” a obra de Deus. Nessa atmosfera de ficção científica, onde tudo é possível para os cientistas, onde está o espírito? Onde está Deus? Vemos, desalentados, que essas entidades não são tomadas em consideração nem mesmo como hipóteses de trabalho, para ajudar o raciocínio ou testar experimentações incompreensíveis, quando deveriam ser a base, o princípio dominante de toda a especulação em torno dos fenômenos da vida, manifestação legítima da grandeza infinita de Deus. 

Ao contrário, o que vemos, nessas pesquisas e nesses estudos, são homens brilhantíssimos, donos das mais respeitáveis culturas técnicas, trabalhando nos mais avançados laboratórios mas de cabeça baixa, voltados para a matéria, só matéria, matéria sempre, sem saberem que o átomo é apenas o suporte transitório da vida, muleta de que o ser precisa por algum tempo, no início da sua carreira evolutiva na sua escalada para o infinito, na direção de Deus. 

Para tomar um só exemplo, vejamos o que está sendo pesquisado em torno da memória. A história começa com a sensacional descoberta do RNA (ácido ribonucleico) e do DNA (ácido desoxirribonucleico), ingredientes básicos do gene existente nas células de todos os organismos vivos. Esse achado científico foi considerado tão importante quanto a desintegração atômica, porque foi surpreender fenômenos da vida nas suas bases de sustentação e propagação. Na realidade, as pesquisas vão de tal forma adiantadas que Arthur Kornberg, da Universidade de Stanford, conseguiu produzir uma fieira de moléculas de DNA capaz de reproduzir-se, tal como um vírus. 

Experiências posteriores, partindo do conhecimento obtido acerca do comportamento do RNA, sugerem a possibilidade de transferir informações armazenadas na memória de um ser para a memória de outro, mas os próprios cientistas ainda têm muitas dúvidas sobre a validade dos dois testes feitos, que não acham bastante conclusivos. No entanto, já se partiu para a especulação das possibilidades e perspectivas resultantes da experimentação. Alguém imaginou as “pílulas de conhecimento” que, compradas na drogaria ali da esquina, poderiam proporcionar àquele que as ingerisse conhecimento de línguas, de arte ou de matemática. A coisa, porém, não é tão simples assim, porque então, como diz James McConnell, psicólogo da Universidade Michigan, para que desperdiçar todo o vasto conhecimento adquirido por um eminente professor? Em lugar de aposentá-lo ao cabo de uma vida de trabalho, a solução melhor seria os alunos comerem o mestre... 

Brincadeira ou não, o certo é que as aventuras no domínio da genética e da biologia prosseguem na ignorância total da condição espiritual do homem. 

Wilder Penfield, um cirurgião canadense, ao realizar uma operação cerebral com anestesia local, descobriu que certos pontos do cérebro, eletricamente estimulados, levavam o paciente a ouvir uma canção antiga, ou a reviver, com todos os seus vívidos pormenores, uma esquecida cena da infância, ou uma senhora a experimentar, novamente, as sensações de uma antiga gravidez. Daí concluíram alguns cientistas que o cérebro tem capacidade para registrar e conservar com precisão incrível todas as sensações que receba, por menos importantes que sejam. O Espiritismo sabe disso há muito tempo, ensinando que esse registro se faz no perispírito, mesmo porque as memórias que guardamos não são apenas as desta vida, mas as das anteriores também, até onde alcançar a nossa consciência. A demonstração disso está no fenômeno da regressão de memória. 

Alguns pesquisadores suspeitaram, a seguir, de que as memórias eram arquivadas por meio de impulsos elétricos, mas onde guardar tanta informação — bilhões e bilhões delas — no simples compartimento de um cérebro? Experiências posteriores vieram demonstrar que animais de laboratório conservam a lembrança do que aprendem, mesmo quando a atividade elétrica de seus cérebros é afetada por frio intenso, drogas ou choques. Ficava prejudicada apenas a lembrança de fatos recentes; os mais antigos persistiam, a despeito das condições adversas. Conclusão — pura e inteiramente materialista: a de que algo de mais permanente era necessário para explicar a persistência da memória a qual, portanto, não poderia ser arquivada num simples impulso elétrico, que facilmente se descarrega; a base da memória seria, então, um composto químico! Estudando mais o assunto, descobriram que, realmente, a mensagem levada por um nervo somente passa de uma célula à outra quando existem entre elas certas substâncias químicas, que funcionam como transmissoras. Com esta conclusão, ainda preliminar, é verdade, mas admitida por muitos, a memória não passaria de um conjunto de informações guardadas numa substância química. Dispersada a substância com a morte do indivíduo, tudo se perderia para sempre. Quer dizer: não saímos do círculo vicioso do materialismo estreito, por mais que os homens estudem, por mais que pesquisem e por mais ricos que sejam os seus laboratórios reluzentes. 

Abismado pelas complexidades e grandezas da biologia molecular, o homem ainda não aprendeu a ser humilde diante da obra de Deus e perguntar, como George Washington Carver, o que desejou o Criador dizer com as maravilhosas coisas que fez. Em lugar disso, o homem quer criar e corrigir a obra da natureza, uma obra de que ele ainda não entendeu nem os princípios fundamentais. 

Vejamos, por exemplo, uma lição de humildade. Há uma bactéria no aparelho digestivo chamada “escherichia coli”. Uma colher de chá de DNA dessa bactéria é capaz de armazenar informações que somente seria possível fazer-se com um computador cuja memória tivesse 160 quilômetros cúbicos! Mas, isso não é nada, porque o homem possui  mil vezes mais DNA do que a bactéria. E mais ainda: certos animais marinhos, como a salamandra, ou mesmo vegetais, como a alga, têm ainda muito maior quantidade de DNA que o homem. Assim, a despeito da extrema miniaturização dos computadores, a capacidade de armazenamento do cérebro humano ainda lhe é fantasticamente superior. Já imaginaram um homem com um cérebro de 160.000 quilômetros cúbicos? E os cientistas ainda não sabem que o ser humano traz em si, também, as memórias de inúmeras vidas passadas... 

Todas essas descobertas e debates estão preocupando os pensadores, teólogos e filósofos dos tempos modernos. Que vai sair desses laboratórios ameaçadores? Um ser artificial? Um “cyborg” a ditar ordens implacáveis? Multidões clonizadas por cópias, como xerox? Seres sem alma? Nada disso. Se forem criadas artificialmente as condições existentes na mais profunda e sagrada intimidade do organismo materno, então o espírito eterno aí se encarnará, mas o homem não poderá criar a vida, isto é, um ser humano pensante, mesmo que tente copiá-lo de um já existente!

 A fantasia, no entanto, está solta. Um biofísico chamado Leroy Augenstein escreveu, em 1969, um livro intitulado “Come, Let Us Play God” (“Venha, Vamos Brincar de Deus”). Acha ele que o homem sempre assume o papel divino quando Deus falha. Que, aliás, já tem feito isso através dos tempos, mudando a face da Terra, desde que usou o arado até às modernas obras de engenharia. Não precisamos ser geniais para concluir que foram desastradas muitas dessas interferências; do contrário, não teríamos hoje o desequilíbrio ecológico a que estamos assistindo, nem o tremendo problema da poluição, nem a extinção de plantas e espécies animais úteis ao bom funcionamento da vida sobre a Terra, nem fome e miséria num mundo que tudo pode dar para todos. 

Brincar de Deus... Não sabemos ainda nem como brincar de homens! 

Esse é o quadro que a biologia molecular e a genética estão compondo neste exato momento em que o leitor lê estas linhas. O homem está brincando é de aprendiz de feiticeiro e se os poderes espirituais não tomassem as medidas necessárias, no tempo oportuno, a civilização moderna se suicidaria em poucos decênios. Muitas dores por certo ainda hão de vir, enquanto brilhar a inteligência divorciada da moral, mas não vem muito longe o dia em que Deus vai mostrar, mais uma vez, que o Universo que Ele criou não anda à matroca, nem precisa de correções, a não ser aquelas que forem necessárias para corrigir os desvios provocados pela vaidade humana. Há, pois, uma urgente necessidade, neste ponto da civilização: uma ética para a genética. 

Hermínio C. Miranda

Este texto originalmente publicado na  Revista Reformador Jun/1971, foi atualizado e revisado pelo autor, republicado na Revista Reformador Ago/1997 e no Jornal Mundo Espírita Jun/1998.

Posteriormente foi incluído no livro "As duas faces da vida - Textos reunidos", da Editora Lachâtre.

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sábado, 22 de fevereiro de 2020

O carnaval da nova era

O carnaval da nova era

Divaldo Franco


Parte1



Parte2



Parte3



Fonte: Programa Transição

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Veja mais sobre o tema no link abaixo:
Compilação de mensagens espíritas sobre o carnaval
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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Jesus no Livro dos Espíritos

Jesus no Livro dos Espíritos

Allan Kardec



625. Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?

“Jesus.”

Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava.

Quanto aos que, pretendendo instruir o homem na lei de Deus, o têm transviado, ensinando-lhe falsos princípios, isso aconteceu por haverem deixado que os dominassem sentimentos demasiado terrenos e por terem confundido as leis que regulam as condições da vida da alma, com as que regem a vida do corpo.

Muitos hão apresentado como leis divinas simples leis humanas estatuídas para servir às paixões e dominar os homens.


626. Só por Jesus foram reveladas as leis divinas e naturais?

Antes do seu aparecimento, o conhecimento dessas leis só por intuição os homens o tiveram?

“Já não dissemos que elas estão escritas por toda parte? Desde os séculos mais longínquos, todos os que meditaram sobre a sabedoria hão podido compreendê-las e ensiná-las. Pelos ensinos, mesmo incompletos, que espalharam, prepararam o terreno para receber a semente. Estando as leis divinas escritas no livro da natureza, possível foi ao homem conhecê-las, logo que as quis procurar. Por isso é que os preceitos que consagram foram, desde todos os tempos, proclamados pelos homens de bem; e também por isso é que elementos delas se encontram, se bem que incompletos ou adulterados pela ignorância, na doutrina moral de todos os povos saídos da barbárie.”

627. Uma vez que Jesus ensinou as verdadeiras leis de Deus, qual a utilidade do ensino que os Espíritos dão?

Terão que nos ensinar mais alguma coisa?  “Jesus empregava amiúde, na sua linguagem, alegorias 
e parábolas, porque falava de conformidade com os tempos e os lugares. Faz-se mister agora que a verdade se torne inteligível para todo mundo. Muito necessário é que aquelas leis sejam explicadas e desenvolvidas, tão poucos são os que as compreendem e ainda menos os que as praticam.

A nossa missão consiste em abrir os olhos e os ouvidos a todos, confundindo os orgulhosos e desmascarando os hipócritas: os que vestem a capa da virtude e da religião, a fim de ocultarem suas torpezas. O ensino dos Espíritos tem que ser claro e sem equívocos, para que ninguém possa pretextar ignorância e para que todos o possam julgar e apreciar com a razão. Estamos incumbidos de preparar o reino do bem que Jesus anunciou. Daí a necessidade de que a ninguém seja possível interpretar a lei de Deus ao sabor de suas paixões, nem falsear o sentido de uma lei toda de amor e de caridade.”

628. Por que a verdade não foi sempre posta ao alcance de toda gente?

“Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado.

“Jamais permitiu Deus que o homem recebesse comunicações tão completas e instrutivas como as que hoje lhe são dadas. Havia, como sabeis, na antiguidade alguns indivíduos possuidores do que eles próprios consideravam uma ciência sagrada e da qual faziam mistério para os que, aos seus olhos, eram tidos por profanos. Pelo que conheceis das leis que regem estes fenômenos, deveis compreender que esses indivíduos apenas recebiam algumas verdades esparsas, dentro de um conjunto equívoco e, na maioria dos casos, emblemático. Entretanto, para o estudioso, não há nenhum sistema antigo de filosofia, nenhuma tradição, nenhuma religião, que seja desprezível, pois em tudo há germens de grandes verdades que, se bem pareçam contraditórias entre si, dispersas que se acham em meio de acessórios sem fundamento, facilmente coordenáveis se vos apresentam, graças à explicação que o Espiritismo dá de uma imensidade de coisas que até agora se vos afiguraram sem razão alguma e cuja realidade está hoje irrecusavelmente demonstrada. Não desprezeis, portanto, os objetos de estudo que esses materiais oferecem. Ricos eles são de tais objetos e podem contribuir grandemente para vossa instrução.”


Allan Kardec - O Livro dos Espíritos