quarta-feira, 31 de maio de 2023

Em que dia

Em que dia

Rabindranath Tagore

A música da Tua voz penetrou-me como um raio e nunca mais desapareceu na acústica do meu ser.

O perfume da Tua presença impregnou-me de forma insuperável, jamais se apartando de mim.

O conteúdo da Tua palavra dominou-me a razão e alterou para sempre os rumos da minha vida.

A vibração da Tua bondade enlevou-me, conduzindo-me a viver no país da abnegação, sustentando as minhas aspirações de beleza.

O encantamento da Tua pobreza fez-me despir os trapos e os atavios que me sufocavam, auxiliando-me na tarefa da libertação.

O sorriso da Tua face emoldurada de tristeza comoveu-me tanto, que me fiz melancólico, a fim de imitar-Te o semblante comovedor.

Oh! Conquistador Inconquistado! Em que dia poderei repetir, como a Tua voz, as palavras que me disseste, aprofundando o pensamento, de forma a musicar as ações da caridade e despojar-me das joias das paixões, para, então, embriagar de sorrisos os tristes peregrinos sem rumo?

Rabindranath Tagore por Divaldo Franco do livro:
Pássaros Livres

Saiba mais sobre: Rabindranath Tagore
Nota: Conservamos a mesma formatação existente no livro.    RDB
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terça-feira, 30 de maio de 2023

Cantiga da Esperança

Cantiga da Esperança

Maria Dolores




Alma querida,
Por mais que o mundo te atormente
A fé simples e boa,
Por mais te lance gelo na alma crente,
Na sombra que atraiçoa,
Alma sincera,
Escuta!...

Sofre, tolera, aprende, aperfeiçoa,
Porque de esfera a esfera,
Ninguém consegue a palma da vitória,
Sem apoio na luta.

Espera, que a esperança é a luz do mundo –
Oculta maravilha –
Que, em toda a parte, se revela e brilha
Para a glória do amor.

A noite espera o dia, a flor o fruto,
O espinho a rosa, o mármore o buril,
O próprio solo bruto
Espera o lavrador
Armado de atenção, arado e zelo...
O verme espera o sol para aquecê-lo.

A fonte amiga que se desentranha
Do coração de pedra da montanha,
Enquanto serve, passa e se incorpora
Aos encargos do rio que a devora,
E espera descansar,
Quando chegue escondida
A paz da grande vida
Que há no seio do mar.

Seja o que for
Que venhas a sofrer,
Abraça o lema regenerador
Do perdão por dever.

Leva pacientemente o fardo que te leva,
Entre o rugir do vento e o praguejar da treva...
Abençoa em caminho
Os açoites da angustias em torvo redemoinho;

Onde não passas, coração
E segue sem parar,
Amando, restaurando, redimindo...
Edificando, em suma,
Não te revoltes contra coisa alguma!...

Ao vir a tarde mansa,
Na doce quietação crepuscular,
Quando a graça do corpo tomba e finda,
Verás como foi alta, nobre e linda
A ventura de esperar.

E, enquanto a noite avança
Para dar-te as visões de uma alvorada nova,
Nas asas da esperança,
Bendirás a amargura, a dor e a prova,
Agradecendo a Terra a bênção de entendê-las.

Subiras, subiras
Para o ninho da luz nas estâncias da paz,
Que te aguarda, tecido em radiações de estrelas!...
Então, compreenderás
Que, além do mais Além –
No Coração da Altura –
Deus trabalha, Deus sonha, Deus procura,
Deus espera também!...

Maria Dolores por Chico Xavier do livro:
Antologia da Espiritualidade

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segunda-feira, 29 de maio de 2023

Procurar e encontrar

Procurar e encontrar

Emmanuel



Estudando o Evangelho em sua Divina simplicidade, jamais nos cansemos de aprender com a Natureza.

Não basta procurar para que o êxito te acompanhe. É preciso saber o que fizeste daquilo que já encontraste.

O verme pede luz e recolhe a claridade solar. Em troca, aduba a terra, auxiliando a sementeira.

A árvore reclama a presença da fonte que lhe refresque as raízes, obtendo o manancial que lhe assegura a seiva farta. Em troca, entrega a quem passa todo um tesouro de serviços a expressar-se em frutos dadivosos, assistência e doçura.

A abelha suspira pelo néctar que lhe enriquece a moradia e recebe das flores preciosa alimentação. Em troca, oferece ao homem o milagre do mel.

Todos os elementos e todos os seres buscam algo e algo encontram, estendendo o câmbio valioso da cooperação e da simpatia que garantem o mundo em seus fundamentos.

Reflitamos o ensino e situemo-nos na posição do usufrutuário que dispõe consigo de infinitos recursos, em favor de si mesmo.

Procurávamos ocasião de resgatar o pretérito e clamávamos pelo reencontro com antigos adversários para o trabalho de recuperação e de reajuste.

Suplicávamos talentos, possibilidades, tempo e dons...

E, tudo isso brilha em nosso coração e em nossos braços, enquanto a oportunidade nos favorece agora a recomposição do destino...

Valorizemos, desse modo, os meios que já nos felicitam a existência e, em troca, do carinho com que a bondade celeste nos ampara, saibamos produzir mais trabalho, mais compreensão e mais fraternidade junto de nós.

Amanhã, sofreremos a inspeção da Contabilidade Divina.

Que não sejamos identificados na condição do servo ocioso que gastou a riqueza dos dias procurando vantagens e benefícios, quando benefícios e vantagens nos cercam por todos os ângulos do caminho.

Que a Justiça Eterna nos encontre por trabalhadores fiéis que fizeram do amor recebido mais ampla lavoura do amor, a fim de que o amor, como Divindade Imperecível da Vida, nos coroe de paz e vitória, hoje e sempre.

Emmanuel por Chico Xavier do livro:
Refúgio

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domingo, 28 de maio de 2023

Influência da mídia no processo de identificação do adolescente

Influência da mídia no processo de identificação do adolescente

Joanna de Ângelis




Em um mundo que, a cada instante, apresenta mudanças significativas, o processo de identificação do adolescente faz-se mais desafiador, em razão das diferenças de padrões éticos e comportamentais.

Os modelos convencionais, vigentes, para ele, são passíveis de críticas, em razão do conformismo que predomina, e aqueles que são apresentados trazem muitos conflitos embutidos, que perturbam a visão da realidade, não sendo aceitos de imediato.

Tudo, em torno do jovem, caracteriza-se por meio de formas de inquietação e insegurança. 

No lar, as imposições dos pais, nem sempre equilibrados, direcionados por caprichos e interesses, muitas vezes, mesquinhos, empurram o jovem, desestruturado ainda, para o convívio de colegas igualmente imaturos. Em outras circunstâncias, genitores irresponsáveis transferem os deveres da educação a funcionários remunerados, ignorando as necessidades reais dos filhos, e apresentando-se mais como fornecedores de equipamentos e recursos para a existência, do que pessoas afetuosas e interessadas na sua felicidade, dão margem a sentimentos de rancor ou de imediatismo contra a sociedade que eles representam. Ademais, nas famílias conflituosas, por dificuldades financeiras, sociais e morais ou todas simultaneamente, o adolescente é obrigado a um amadurecimento precipitado, direcionando o seu interesse exclusivamente para a sobrevivência de qualquer forma, em considerando a situação de miséria na qual moureja.

Eis aí um caldo de cultura fértil para a proliferação de desequilíbrios, expressando-se nos mais variados conflitos, que podem levar à timidez, ao medo, às fugas terríveis ou à agressividade, ao desrespeito dos padrões éticos que o jovem não compreende, porque não os vivenciou e deles somente conhece as expressões grosseiras, decorrentes das interpretações doentias que lhes são apresentadas.

A soma de aflições que o assalta é grande, aturde-o, trabalhando a sua mente para os estereótipos convencionais de desgarrados, indiferentes, rebeldes, dependentes, que encontra em toda parte, e cujo comportamento de alguma forma lhe parece atraente, porque despreocupado e vingativo contra a sociedade que aprende a desconsiderar.

Nesse contubérnio de observações atormentadas, a mídia, desde os primeiros dias da sua infância, vem exercendo sobre ele uma influência marcante e crescente.

De um lado, no período lúdico, ofereceu-lhe numerosos mitos eletrônicos, agressivos e cruéis em nome do mal que investe contra o bem, representados
por outros seres de diferentes planetas que pretendem salvar o universo, utilizando-se, também, da violência e da astúcia, em guerras de extermínio total. Embora a prevalência do ídolo representativo do bem, as imagens alucinantes do ódio, da perversidade e das batalhas intérminas plasmam no inconsciente da criança mensagens de destruição e de rancor, de medo e de insegurança, de fascínio e interesse por essas personagens míticas que, na sua imaginação, adquirem existência real.

Outros modelos da formação da personalidade infantil, apresentados pela mídia, têm como característica a beleza física, que vem sendo utilizada como recurso de crescimento econômico e profissional, quase sempre sem escrúpulos morais ou dignidade pessoal. O pódio da fama é normalmente por eles logrado a expensas da corrupção moral que viceja em determinados arraiais dos veículos da comunicação de massa. É inevitável que o conceito de
dignidade humana e pessoal, de harmonia íntima e de consciência seja totalmente desfigurado, empurrando o jovem para o campeonato da sensualidade e da sexualidade promíscua, em cujo campo pode surgir oportunidade de triunfo... triunfo da aparência, com tormentos íntimos sem conta.

A grande importância que é dada pela mídia ao crime, em detrimento dos pequenos espaços reservados à honradez, ao culto do dever, do equilíbrio, estimula a mente juvenil à aventura pervertida, erguendo heróis-bandidos, que se celebrizam com a rapidez de um raio, que ganham somas vultosas e as atiram fora com a mesma facilidade, excitando a imaginação do adolescente.

Ainda, nesse capítulo, a supervalorização de determinados ídolos dos esportes, de algumas artes, embora todos sejam dignos de consideração e respeito, proscrevem o interesse pelos estudos e pela cultura, pelo trabalho honesto e sua continuidade, deixando a vã perspectiva de que vale a pena investir toda a existência na busca desses mecanismos de promoção que, mesmo alcançados tardiamente, compensam toda uma vida terrena. Esse paradoxo de valores, naturalmente, afeta-lhe o comportamento e a identidade.

É evidente que a mídia também oferece valiosos instrumentos de formação da personalidade, da conquista de recursos saudáveis, de oportunidades iluminativas para a mente e engrandecedoras para o coração.

Lamentável, somente, que os espaços reservados ao lado ético e dignificante do pensamento humano, próprio para a formação da identidade nobre dos adolescentes, sejam demasiado pequenos e nem sempre em forma de propostas atraentes, na televisão, por exemplo em horários nobres e compatíveis, como um eficiente contributo para a aprendizagem superior.

As emoções fortes sempre deixam marcas no ser humano, e a mídia é, essencialmente, um veículo de emoções, particularmente no seu aspecto televisivo, consoante se informa que uma imagem vale mais que milhares de palavras, o que, de certo, é verdade. Por isso mesmo, a sua influência na formação e na estruturação da personalidade, da identidade do jovem é relevante nestes dias de comunicação rápida.

As cenas de violência, associadas às de deboche, às de supervalorização de indivíduos exóticos e condutas reprocháveis, de palavreado chulo e de aparência vulgar ou agressiva, com aplauso para a idiotia em caricatura de ingenuidade, despertam, no adolescente, por originais e perversas, um grande interesse, transformando-se em modelos aplaudidos e aceitos, que logo se tornam copiados.

É até mesmo desculpável que, na área dos divertimentos, apresentem-se esses biótipos estranhos e alienados, mas sem que sejam levados à humilhação, ao ridículo... O desconcertante é que enxameiam por todos os lados e alguns deles se tornam líderes de auditórios, vendendo incontável número de cópias das suas gravações e cerrando os espaços que poderiam ser ocupados por outros valores morais e culturais, que ficam à margem, sem oportunidade.

Falta originalidade nos modelos de comunicação, que se vêm repetindo há décadas, assinalados pelos mesmos conteúdos de vulgaridade e insensatez, mantendo a cultura em baixo nível de desenvolvimento.

Essa influência perniciosa, que a mídia vem exercendo nos adolescentes, qual ocorre com os adultos e crianças também, estimulando-os para o lado mais agitado e perturbador da existência humana, pode alterar-se para a edificação e o equilíbrio, na medida que a criatura desperte para a construção da sociedade do porvir, cuidando da juventude de todas as épocas, na qual repousam as esperanças em favor da humanidade mais feliz e mais produtiva.

Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro:
Adolescência e Vida

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sábado, 27 de maio de 2023

O inquilino do corpo

O inquilino do corpo 

J. Herculano Pires



A juventude é a fase das esperanças e dos entusiasmos. José Ingenieros acentuou, em As Forças Morais, que “a juventude toca a rebate em toda renovação”. Mas na verdade falta-lhe a experiência, a vivência existencial (pois cada existência traz os seus problemas novos) para que ela possa controlar as suas forças e aplicá-las com eficiência. O Espírito, esse “inquilino do corpo” como Emmanuel o chama, precisa de tempo para dominar a nova situação em que se encontra. Lembremos que Jesus só se entregou à sua missão na idade madura e Kardec só iniciou a Codificação do Espiritismo aos cinquenta anos de idade.

Devemos nos lembrar, por outro lado, que cada Espírito traz as suas dificuldades e muitas vezes precisa vencê-las na fase juvenil a fim de sentir-se desembaraçado na madureza e na velhice, para o cumprimento de seus novos encargos. Não é fácil atirar à beira do caminho os pesados fardos do passado, o que não raro demanda longos sacrifícios. Ingenieros tem razão ao assinalar a função renovadora da juventude, mas ele mesmo adverte que há jovens-velhos e velhos-jovens. Hoje, que a população mundial cresce velozmente, os jovens são maioria e fazem sentir a sua presença em todos os setores de atividade. Não obstante, são ainda os homens maduros e os velhos que dirigem o mundo. E até mesmo no campo novíssimo da Astronáutica a experiência da maturidade se impôs sobre os arroubos da juventude.

A razão de Emmanuel é evidente. Não podemos crer em velhice quando vemos que o tempo nos traz a riqueza da experiência. Não há limite preciso entre juventude e velhice, quando o “inquilino do corpo” conseguiu dominar o seu instrumento e conservá-lo viril através dos anos. Esse “inquilino”, o Espírito, não envelhece. Pelo contrário, o tempo o aprimora e aguça, dando-lhe a juventude que se repete, cada vez mais bela e segura, em cada nova encarnação. A juventude terrena é um tempo de preparação do homem em cada existência. A juventude espiritual é a atualização dos poderes do espírito de maneira definitiva, acima da transitoriedade da matéria.

J. Herculano Pires
Do livro: Astronautas do Além

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sexta-feira, 26 de maio de 2023

Palpite errado

Palpite errado

Richard Simonetti


Jovino era médium vidente. Percebia, frequentemente, junto de si, simpático Espírito que se dizia seu protetor. Habituara-se a consultá-lo, em princípio a respeito de questões doutrinárias; depois, problemas pessoais; finalmente, a pretexto de qualquer assunto.

Quando adquiriu um automóvel, motorista inexperiente, incorporou a ajuda do acompanhante espiritual a partir da sua indecisão, num cruzamento movimentado, quando este lhe falou, resoluto:

- Vai que dá!

E Jovino foi. .. Daí em diante, encontrou no mentor um eficiente "copiloto'

Em qualquer dificuldade no trânsito, aguardava o "sinal verde"

- Vai que dá!

Certa feita transitava por estrada acidentada quando, no alto de uma encosta, avistou enorme caminhão que iniciava a descida do outro lado, em alta velocidade. Lá embaixo havia ponte estreita, com passagem para um veículo apenas. Jovino vacilou. Daria tempo para cruzá-la antes da chegada do caminhão? O mentor veio em seu socorro:

- Vai que dá!

Confiante, o médium pisou no acelerador e desceu a encosta imprimindo velocidade ao veículo. O velocímetro atingiu rapidamente a marca dos 100 quilômetros horários, impulso aumentando sempre..

No entanto, ao entrar na ponte, viu que o caminhão entrara, também, do outro lado! O choque, de consequências catastróficas, era inevitável! Jovino arregalou os olhos, apavorado, enquanto o mentor, a seu lado, dizia-lhe, num murmúrio desolado:

- Xii! Acho que não vai dar, não!

Há "mentores espirituais cuja sabedoria não vai além da ignorância dos consulentes. Estaremos à mercê de seus palpites sempre que vulgarizarmos o intercâmbio com o Além, transformando-o em consultório de indagações pueris, relacionadas com assuntos sobre os quais nos compete decidir.

Richard Simonetti do livro:
Atravessado a Rua

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quinta-feira, 25 de maio de 2023

Olhando para trás

Olhando para trás

Joanna de Ângelis



Respondeu-lhe Jesus: - Ninguém, tendo posto a mão ao arado e olhando para trás, é apto para o reino de Deus. (Lucas: 10:16)

Todo aquele que busca seguir Jesus, não tem passado, nem presente, apenas o futuro.

A sua é a decisão de vir a ser, das suas possibilidades de crescimento e de renovação interior permanente.

Surgida a oportunidade do encontro com o Mestre, nem sempre a pessoa logra desatar-se das amarras constritoras do passado.

Não raro, esse passado constitui uma terrível marca na trajetória da evolução humana.

Vive-se de recordações ingratas que o assinalaram dolorosamente; de reminiscências amargas, quando se sonhava com o amor e a ternura; de evocações dos momentos de ansiedade e amargura que se pensava seriam de bênçãos e renovação transcendente; de apelos às horas da escravidão aos gozos que se converteram em tenazes de dor, dilacerando os mais belos sentimentos...

Desfilam, então, pela mente, as frustrações e os desejos não fruídos; as decepções e os anseios que ficaram ceifados; os abandonos a que se viu relegado mil vezes, e, por tudo isto, e muito mais, não pode seguir adiante, porque se detém, olhando para trás.

Não poucos homens e mulheres, igualmente se demoram na paisagem das lembranças felizes que não retornarão.

Repassam, mentalmente, as alegrias experimentadas, que os emularam ao avanço e depois escassearam; os tesouros de ternura com que foram aquinhoados e hoje cessaram; as expectativas de realização externa, que abriam estradas emocionais para o progresso e agora se apresentam sem trânsito; as carícias que os enriqueceram de emoção e ora estão distantes; os folguedos e a juventude que já passaram...

Vivem de evocações que os mantêm olhando para trás, sem que se animem a reiniciar a marcha, a avançar com segurança.

A vida terrestre, no entanto, é impermanente.

As alegrias de agora podem ser o prenúncio de lágrimas de depois. Assim como as dores acerbas deste momento, podem significar a cirurgia da libertação para os grandes voos do espírito.

Todo aquele que, realmente, encontra Jesus, é convidado a uma decisão; tomar da charrua do dever e, sem saudades nem ansiedades mórbidas, avançar, passo a passo, com equilíbrio.

A decisão é pessoal, que deve ser seguida pela ação.

Não é indispensável que se fuja do mundo ou se adote uma conduta ascética, severa, que inspira o ódio contra o mundo.

A posição ideal é a da neutralidade dinâmica. Isto é, viver no mundo sem que se lhe escravize. Fomentar o progresso com decisão, assumindo responsabilidades que promovam outros homens e as várias expressões da vida.

Maria de Magdala, por exemplo, tomou da charrua e recuperou a virtude que a elevou às culminâncias da doação total.

Saulo, igualmente, segurou a charrua, e, sem recordar-se do passado, carregou a sua cruz e plantou-a no monte da sublimação.

Gandhi, da mesma forma, segurou a charrua e ofereceu-se em holocausto, tornando-se uma grande luz para milhões de vidas.

Hoje como ontem a humanidade necessita de criaturas que, tomando da charrua não olhem para trás, seguindo animadas, após superadas as dificuldades habituais.

Se desejas seguir Jesus e tornar-te pleno; se almejas a renovação e a paz através do Evangelho; se queres a glória interior sem receios nem fronteiras, toma da charrua do amor clareado pela fé e, mediante a ação da caridade, não olhes para trás.

Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro:
Antologia Espiritual

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Qualificação de Santo aplicada a certos Espíritos

Qualificação de Santo aplicada a certos Espíritos

Revista Espírita Abril 1866 
Allan Kardec



Num grupo de província, tendo-se apresentado um Espírito sob o nome de “São José, santo, três vezes santo”, deu lugar a que se fizesse a seguinte pergunta:

Um Espírito, mesmo canonizado em vida, pode dar-se a qualificação de santo, sem faltar à humildade, que é um dos apanágios da verdadeira santidade e, invocando-o, concorda que lhe deem esse título? O Espírito que o toma deve, por esse fato, ser tido por suspeito?

Um outro Espírito respondeu:

“Deveis rejeitá-lo imediatamente, pois tanto valeria um grande capitão se vos apresentando exibindo pomposamente seus numerosos feitos de armas, antes de declinar o seu nome, ou um poeta que começasse gabando os seus talentos. Veríeis nessas palavras um orgulho deslocado. Assim deve ser com homens que tiveram algumas virtudes na Terra e que foram julgados dignos de canonização, Se eles se vos apresentam com humildade, crede neles; se vierem se fazendo preceder da santidade, agradecei e nada perdereis. O encarnado não é santo porque foi canonizado: só Deus é santo, porque só Ele possui todas as perfeições. Vede os Espíritos superiores, que conheces pela sublimidade de seus ensinamentos: não ousam dizer-se santos; qualificam-se simplesmente de Espíritos de verdade.”

Esta resposta requer algumas retificações. A canonização não implica a santidade, no sentido absoluto, mas simplesmente um certo grau de perfeição. Para alguns a qualificação de santo tornou-se uma espécie de título banal, fazendo parte integrante do nome, para distinguir de seus homônimos, ou se lhes dá por hábito. Santo Agostinho, São Luís, São Tomás, podem, pois, antepor o vocábulo santo à sua assinatura, sem que o façam por um sentimento de orgulho, que estaria tanto mais deslocado em Espíritos superiores que, melhor que outros, nenhum caso fazem das distinções conferidas pelos homens. Seria o mesmo com os títulos nobiliárquicos ou as patentes militares. Seguramente o que foi duque, príncipe ou general na Terra não o é mais no mundo dos Espíritos e, entretanto, assinando, poderão tomar essas qualificações, sem que isto tenha consequência para o seu caráter. Alguns assinam: aquele que, em vida na Terra foi o duque de tal. O sentimento do Espírito se revela pelo conjunto de suas comunicações e por sinais inequívocos em sua linguagem; é assim que a gente não se pode enganar quanto aquele que começa por se dizer: “São José, santo, três vezes santo.” Só isto basta para revelar um Espírito impostor, enfeitando-se com o nome de São José. Assim, pôde ver que, graças ao conhecimento dos princípios da doutrina, sua malandragem não encontrou crédulos no círculo onde quis introduzir-se.

O Espírito que ditou a comunicação acima é, pois, muito absoluto no que concerne a qualificação de santo e não está certo quando diz que os Espíritos superiores se dizem simplesmente Espíritos de verdade, qualificação que não passaria de um orgulho disfarçado sob outro nome, e que poderia induzir em erro, se tomado ao pé da letra, porque nenhum se pode gabar de possuir a verdade absoluta, nem a santidade absoluta. A qualificação de Espírito de verdade não pertence senão a um só, e pode ser considerada como um nome próprio. Está especificada no Evangelho. Aliás, esse Espírito se comunica raramente e apenas em circunstâncias especiais. É preciso manter-se em guarda contra os que indevidamente se enfeitam com esse título. São fáceis de reconhecer, pela prolixidade e pela vulgaridade de sua linguagem.

Allan Kardec
Revista Espírita de Julho de 1866

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