sexta-feira, 5 de maio de 2023

Obsessões intermitentes

Obsessões intermitentes

Manoel Philomeno de Miranda

Lei de Causa e Efeito

Na gênese das enfermidades físicas e psíquicas, temos como fator preponderante a lei de causa e efeito. Particularmente, nas patologias de largo porte são inevitáveis as ocorrências dessa lei, que remontam às experiências malogradas em reencarnações transatas.

O homem e a mulher reencarnam-se sob os condicionamentos e consequências dos próprios atos, que se tornam responsáveis pelo patrimônio de que se fazem portadores.

A incidência dos distúrbios no comportamento, como nas expressões psíquicas, resulta da interferência dos equívocos graves que o ser se permitiu, gerando os profundos desajustes e enarmonias dos equipamentos nervosos e cerebrais.

Da mesma forma, as energias dissolventes que fazem parte da realidade espiritual, mediante o perispírito, facultam receptividade às vidas microbianas degenerativas, que permitem a instalação de doenças graves, ou assinalam fortemente o corpo, produzindo deformações que se expressam como anomalias da mais variada catalogação.

Os indivíduos são, por conseguinte, o suceder do seu pretérito, assinalando a vilegiatura carnal com as conquistas positivas ou perniciosas de cada reencarnação.

Nesse contexto, surgem as interferências de natureza espiritual perturbadora que, por vários motivos sob os quais se ocultam, produzem lamentáveis processos obsessivos, que estiolam milhões de vidas, aturdem os sentimentos, desarticulam a razão, levando a estados de alucinação e suicídio aqueles que lhes experimentam as injunções.

Os processos obsessivos respondem por cobranças morais, nas quais os litigantes desencarnados, fixados na própria inferioridade, dão campo aos sentimentos mórbidos, ensejando oportunidade aos processos degenerativos de interferência psíquica ou física, colocando plugs vibratórios nas tomadas dos hospedeiros humanos, que lhes são as culpas fixadas no ádito do ser.

As obsessões são enfermidades graves e quase desconhecidas, mesmo por aqueles que se dedicam ao seu estudo e terapia.

Variando em caráter, tipo e profundidade, conforme as razões que as estabelecem, exigem cuidados muito especiais e pacientes, de todos quantos se dedicam à sua erradicação.

Tarefa complexa essa, exige perseverança e humildade, especialmente de quem lhes sofre a intercorrência.

A recuperação não libera, porém, as vítimas, de responsabilidades em relação aos seus algozes e ao seu próximo, antes, pelo contrário, amplia-lhes a compreensão em torno da vida e do comportamento, que devem alterar-se para melhor, assim gerando novos fatores de saúde, que irão agir nas fontes celulares, produzindo futuros resultados ou harmonizando os implementos neuroniais, os sistemas nervosos, respiratório, circulatório e tornando-se equilíbrio que produz harmonia.

Dentre as várias manifestações obsessivas, uma passa quase despercebida, sendo, por isso mesmo, de alta gravidade, pela razão de raramente chamar a atenção, graças às suas sutilezas e características especiais.

Referimo-nos às obsessões intermitentes.

Elas são frequentemente variantes, isto é, apresentam-se voluptuosas e destruidoras em determinados períodos, para desaparecerem quase completamente em outros.

Suas vítimas experimentam injunções crueis, vivendo sob verdadeiras espadas de Dâmocles, prestes a terem ceifadas a paz, a saúde, a vida...

Aqueles que sofrem as ações dos espíritos perversos — e no caso em tela, muito lúcidos e crueis — passam períodos de otimismo e realizações edificantes para, subitamente, derraparem em paixões sórdidas, depressões sem causa aparente ou exaltação de violência...

Durante a incidência da perturbação, esses seres chegam às raias da loucura, perdendo o discernimento e a lucidez, permitindo-se comportamentos esdrúxulos, atitudes surpreendentes e estados desequilibrados da alma.

Isto, porque, os seus adversários espirituais, que os conhecem, identificam os seus defeitos e sabem quais as suas imperfeições, graças aos quais têm preferências estranhas, permitindo-se licenças morais que se tornam campo propício à penetração e assimilação pelo paciente da energia obsessiva.

Esse fenômeno perturbador ocorre, como é natural, porque o enfermo cultiva os hábitos viciosos que procedem de outras existências, ou que são adquiridos mais recentemente, a cujo exercício de prazer se entregam inermes. Têm a mente enriquecida de extravagâncias e comportamentos defeituosos, não se esforçando por liberar-se em definitivo dos instintos primários nem das paixões selvagens.

As pessoas que sofrem obsessões intermitentes marcham sob sombras que necessitam ser desbastadas com a luz da conduta nobre, da ação edificante e da prece inspirativa...

Mantendo-se vigilantes, preservando o equilíbrio no trabalho do bem, conseguem despertar a simpatia dos Mentores Espirituais e libertar-se da psicosfera propiciadora da vinculação com os antigos comparsas, ora tornados inimigos.

Quem, periodicamente, experimente as alternâncias de humor, de estados emocionais e físicos, sem causas imediatas, certamente está sob a pressão de obsessões intermitentes, necessitando de coragem para o autoexame, o enfrentamento das inferioridades e a elevação moral, entregando-se ao bem que possa fazer e fruir, no qual a saúde se torna o estado ideal que todos aspiram.

No memorável diálogo entre Jesus e Pedro, a que se refere o evangelista Mateus (*), o discípulo tornou-se médium inspirado de Deus, no momento de responder ao Senhor, para logo depois, vítima de perturbação espiritual, tentar amedrontá-lO, a fim de que Ele não descesse a Jerusalém, onde seria maltratado e levado à Cruz... Posteriormente, acovardado e pusilânime, voltou a sintonizar com as mentes perversas do Além-Túmulo e negou o Amigo por três vezes...

Pedro, não obstante a sua dedicação ao Mestre, sofria de obsessões intermitentes, liberando-se, completamente, quando se resolveu abraçar a Mensagem e entregar-lhe a vida, tornando-se, desse modo, um modelo para outros pacientes semelhantes que viessem a surgir no futuro.

(*) Mateus : 16 - 14 e seguintes. Nota do Autor espiritual.

Manoel Philomeno de Miranda por Divaldo Franco do livro:
Antologia Espiritual

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