quinta-feira, 31 de março de 2022

Segue adiante

Segue adiante

Auta de Souza



Faze da própria dor o facho da esperança
Espalhando por luz o verbo em que te exprimes,
Revelando em Jesus as estradas sublimes
Para o Reino da Paz, onde a Paz nos descansa.

Por mais luta ou mais dor, jamais te desanimes,
Chora, mas serve e crê, suporta e avança
Nos caminhos da fé, mantendo a segurança
Das ideias do bem a que te arrimes!...

Não olhes pra traz, mesmo de lenho aos ombros,
Vara pedras, brejais, trevas e escombros
Prossegue à frente, eleva, ampara e lida...

E, um dia, muito além da sombra e da saudade,
Encontrarás, de novo, o Lar da Eternidade,
E a vitória do amor na Grande Vida.

Auta de Souza por Chico Xavier do livro:
Tempo de Luz

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- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610/98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.
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quarta-feira, 30 de março de 2022

Na hora que passa

Na hora que passa

Modesto Lacerda



Irmãos, a paz de Jesus reine soberana entre nós.

O Espiritismo, no dia laborioso dos pioneiros, poderia ser uma fonte de consolações e surpresas, à frente de nossos olhos deslumbrados...

Era natural que assim fosse.

A sabedoria antiga voltava a felicitar-nos, no intercâmbio entre as duas esferas, abrindo-nos horizontes diferentes no país das grandes revelações.

Infantis no conhecimento de ordem superior, éramos tolerados na indagação infindável e na curiosidade enfermiça que nos centralizavam a mente e o coração no verbalismo sem obras.

O tempo, no entanto, assinalou novas portas evolutivas em nossa jornada para diante.

A responsabilidade em nossa vida, convertendo-nos a fé em abençoados compromissos de trabalho e a confortadora Doutrina que nos enriquece de bênçãos passou, de manancial do consolo isolado, à bendita construção espiritual, em que todos somos peças integrantes do serviço, em favor do progresso geral.

Antigamente perguntávamos.

Hoje é necessário fazer.

Em outro tempo experimentávamos.

Agora devemos ser experimentados no engrandecimento da vida na Terra.

Outrora, éramos exigentes no ― "receber".

Atualmente, é imprescindível a nossa diligência para ― "dar".

No princípio, eram justos a expectação e o êxtase.

Na hora que passa, entretanto, somos obreiros convocados à edificação da fraternidade e da elevação entre os homens.

Grandes são as nossas oportunidades nos tempos modernos, em que a nossa instrumentação se mostra tão rica de dons para a vida eterna.

Nós, os espíritas cristãos, na segunda metade do século XX, somos servos conscritos à atividade incessante, com a aplicação dos imensos recursos recebidos do Alto.

Assemelhamo-nos a senhores abastados do ideal, com a obrigação de fugir à secura e à avareza, se quisermos encontrar, mais tarde, as compensações da verdade e do amor.

Nossas convicções são valores reais que precisamos distribuir, a benefício de todos; não somente, porém, com as palavras brilhantes, com as páginas inspiradas, com as promessas sublimes ou com os votos risonhos, mas, acima de tudo, com a demonstração prática de nossas experiências, de vez que apenas o orientador adequado produz roteiros adequados.

Ninguém nos conhece pelo que falamos e sim pelo que operamos.

Não somos amados pelo que ensinamos com a boca, mas sim pelo que realizamos com o coração.

Não somos conhecidos pelas teorias que esposamos e sim pelos bens ou pelos males de que somos portadores, na estrada em que seguimos, na companhia de quantos nos foram confiados pelo Senhor.

Façamos assim, do Espiritismo a carta de nossos deveres pessoais, à frente de Deus e da Humanidade, e não a mensagem que nos lisonjeie a expressão particularista de crentes, aprendizes ou simpatizantes da Grande Causa que cogita da redenção terrestre.

O nosso caminho está descerrando ao sol do Cristo.

Seguiremos para diante com a ação evangélica ou seremos esmagados pelo carro do progresso comum. Agiremos com o bem ou perderemos tempo no mal.

Materializaremos o amor que o Mestre nos legou ou permaneceremos indefinidamente materializados no círculo carnal, por séculos infindos.

Avancemos meus amigos.

Nosso ideal é serviço constante, nossa fé representa claridade divina e nossa esperança é caridade em ação.

Sigamos com Jesus, afastando-nos da retaguarda, e Jesus estará conosco na vanguarda de luz.

Modesto Lacerda por Chico Xavier do livro:
Comandos do Amor

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terça-feira, 29 de março de 2022

Seguindo adiante

Seguindo adiante 

Emmanuel



A provação que se nos revela de impacto assemelha-se a golpe destruidor.

Quando isso, porventura, te aconteça, é natural que sofras e chores; entretanto, não te fixes em qualquer condição negativa.

Prossegue nas tarefas que a Sabedoria da Vida te confiou.

Recorda: quando uma bomba explode numa longa vereda talhada na pedra, quase sempre surgem janelas abertas nas paredes da rocha, pelas quais é possível descortinar amplos caminhos que mais facilmente trilharemos em busca e de elevação.

Emmanuel por Chico Xavier do livro:
Neste Instante

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segunda-feira, 28 de março de 2022

Equilíbrio

Equilíbrio

Marco Prisco


“Um homem se acha perdido no deserto. A sede o martiriza horrivelmente. Desfalecido, cai por terra. Pede a Deus que o assista, e espera. Nenhum anjo lhe virá dar de beber. Contudo, um bom Espírito lhe sugere a ideia de levantar-se e tomar um dos caminhos que tem diante de si.”  -  O Evangelho Segundo o Espiritismo — Cap. XXVII - Item 8.

 

Comece o trabalho diário na luz da oração.

O céu não atende a pedidos que não são formulados.

Estimule alguém com uma palavra gentil.
Você ignora o poder incendiário de uma faísca.

Cultive a cordialidade onde esteja.
Uma gota de narcótico, injetada na artéria, conduz a mente inquieta ao repouso necessário.

Renuncie à opinião de quem dá a última palavra.
Há serpentes que matam de uma só picada.

Conclame suas forças à realização do bem.
A noite de tenebra rasga-se ante uma fagulha de luz.

Domine as emoções, como se dirigisse fogosos corceis.
As grandes alturas produzem quedas desastrosas.

Quando ultrajado, antes de reagir utilize a boa palavra e, se não puder, mantenha o silêncio.
Ninguém se arrependerá de ter silenciado uma ofensa, desculpando e prosseguindo firme.

Recorde-se de Jesus em todos os dias e circunstâncias de sua vida, vendo n'Ele o homem que se venceu a si mesmo, e dirija-Lhe o pensamento quando convocado pela aflição.

Senhor do Mundo, respeitou a insignificante moeda de pobre viúva entre opulentas doações.
Administrador da Terra, considerou o fermento humilde.

Enviado de Deus, buscou a Lázaro, leproso, arrancando-o da sepultura.

Sol da Vida, esteve nas trevas do vale humano, sem humilhar.

Rei Amoroso, aceitou desdenhada manjedoura para nascer. . .

Guarde, você também, seu equilíbrio em qualquer situação. A tormenta vigorosa e destruidora fica esquecida ante a paz da madrugada, que tudo renova e embeleza. Saiba, pois, que, orando na dificuldade, "um bom Espírito lhe sugere a ideia de levantar-se e tomar um dos caminhos que tem diante de si".

Marco Prisco por Divaldo Franco do livro:
Glossário Espirita-Cristão

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domingo, 27 de março de 2022

Riqueza e felicidade

Riqueza e felicidade

Emmanuel


Há ricos do dinheiro, tão ricos de usura, que se fazem mais pobres que os pobres pedintes da via pública que, muitas vezes, não dispõem sequer de um pão.

Há ricos de conhecimento, tão ricos de orgulho, que se fazem mais pobres que os pobres selvagens ainda insulados nas trevas da inteligência.

Há ricos de tempo, tão ricos de preguiça, que se fazem mais pobres que os pobres escravizados às tarefas de sacrifício.

Há ricos de possibilidades, tão ricos de egoísmo, que se fazem mais pobres que os pobres irmãos em amargas lutas expiatórias, que de tudo carecem para ajudar.

Há ricos de afeto, tão ricos de ciúme, que se fazem mais pobres que os pobres companheiros em prova rude, quando relegados à solidão.

Lembra-te, pois, de que todos somos ricos de alguma coisa ante o Suprimento Divino da Divina Bondade e, usando os talentos que a vida te confia na missão de fazer mais felizes aqueles que te rodeiam, chegará o momento em que te surpreenderás mais rico que todos os ricos da Terra, porquanto entesourarás no próprio coração a eterna felicidade que verte do amor de Deus.

Emmanuel do livro:
O Espírito da Verdade de  Chico Xavier e Waldo Vieira (Espíritos Diversos)

Em referência ao Evangelho Segundo o Espiritismo 
Cap. XVI – Item 5

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Lixo mental

Lixo mental

Hermínio C. Miranda



Médiuns e demais participantes de grupos e centros queixam-se, às vezes, de que é difícil concentrar porque, mal conseguem aquietar a mente por alguns momentos, começam a surgir pensamentos e imagens indesejáveis, de baixo teor. É outro aspecto sobre o qual convém dizer uma palavra específica. Recorro, para isso, a um texto de minha autoria, publicado em Presença Espírita, de Salvador, BA, em maio/junho de 1984 e que se intitula Lixo mental.
Um amigo e confrade que trabalha no mundo mágico dos computadores chamou minha atenção, há tempos, para uma expressão do jargão cibernético que circula entre os seus técnicos, algo assim como: "de onde entra lixo só pode sair lixo". (Miranda, Hermínio, 1984)
Isto significa, naturalmente, que o computador dá exatamente aquilo que recebe, ou seja, ele responde dentro dos dados confiados à sua memória, segundo a programação nele instalada. Não inventa, nem cria; apenas analisa, compara e escolhe, como lhe foi ensinado. Só que faz isso com fantástica paciência e numa velocidade que não podem os seres humanos imitar.

Mesmo assim, dizia-me um instrutor especializado, nos Estados Unidos, na remota década de cinquenta, quando lá estive em trabalho e estudo, que o computador (que começava a engatinhar) era um instrumento burro (stupid). Um burro muito veloz, mas, ainda burro. Queria dizer com isso que o computador não tem capacidade criadora, a sua inteligência artificial fica dentro dos limites dos dados com os quais foi alimentada a sua memória, e sua eficiência depende, ainda, da sua capacidade de processamento e da competência de seus programadores humanos.

Se, portanto, os técnicos que o manipulam, alimentarem tais memórias com dados sobre a melhor maneira de destruir uma cidade, a máquina responderá, como lhe foi pedido, sem o menor remorso ou escrúpulo.

Vimos, na inteligente fantasia de Arthur Clarke, no filme 2001 - Uma Odisseia no Espaço, que o computador executa com a maior frieza e precisão o comando programado para eliminar a tripulação humana, caso esta criasse, como criou, qualquer dificuldade ao exato cumprimento da missão espacial em que estavam empenhados. No momento em que a máquina percebe o sinal de rebeldia, entra em ação o programa assassino. Ela simula um defeito e obriga a saída dos dois astronautas. Logo que eles se encontram lá fora, em pleno espaço, ela comanda o fechamento das escotilhas para impedir que retornem ao interior da nave. Que eles morram lá fora da maneira mais horrenda não é problema que a preocupe. Cabe-lhe, apenas, executar ordens, segundo um programa que ela não tem condições de discutir nem desobedecer, ou ponderar aspectos éticos, a não ser que, para isso, seja também programada, o que não era o caso ali. Não é para eliminar os dois homens? Qual a dúvida? Cumpra-se. Feito isso, seriam descongelados os seres hibernados, dentro da nave e tudo prosseguiria como se nada houvesse ocorrido.

É por isso que dizem que, se entrar lixo nele, só pode sair lixo, da mesma forma que, se for programado para dizer qual o melhor procedimento para ganharmos o Reino dos Céus, ele o fará, com a mesma competência e a mesma indiferença, aliás.

Também nós somos computadores. Superinteligentes e dotados de livre-arbítrio, programados para alcançar a paz e a felicidade totais, que o Cristo caracterizou como o Reino de Deus, explicando muito bem que esse Reino já está em nós, cabendo-nos, apenas, realizá-lo. Chegaremos lá, portanto, um dia. O único problema grave aí é que permitimos a entrada de uma quantidade espantosa de 'lixo mental' em nossas memórias e, por isso, a cada passo, o programa se desvia e acarreta atrasos imprevisíveis e lamentáveis, seculares, milenares até.

Que tipo de lixo mental? Tudo quanto você possa imaginar: ódio, vingança, crueldade, hipocrisia, insanidade, intolerância, indiferença... A lista é assustadora e arrasadora. E voluntárias as nossas opções.

Nem sempre, contudo, a gente percebe que está colocando lixo na memória. Por exemplo: uma leitura perniciosa, um filme pornográfico, anedota inconveniente, uma notícia escandalosa no jornal ou na tv, cena chocante na rua que, em vez de passar ao largo, vai ver de perto, para "conferir". Enfim, inúmeros atos de verdadeira morbidez espiritual, por melhor que sejam as intenções.

Digamos que você seja espírita e que frequente um grupo mediúnico sério e devotado à tarefa do socorro espiritual. É bem provável que, no momento crítico em que toda a sua atenção e concentração estão sendo exigidas e para levar a bom termo a tarefa coletiva, comecem a emergir dos recessos da memória certas cenas deprimentes, vistas ou lidas. A essa altura, já se cortou o fio da sua ligação com o trabalho. Em vez de servir aos que precisam de sua ajuda, você passa a dar trabalho aos mentores espirituais do grupo.

Eles precisam construir imediatamente um círculo de isolamento em torno de você para que, além de não ajudar, você, pelo menos, não atrapalhe. É que sua memória começou, de repente, a regurgitar o lixo que você colocou lá. E, como era de se esperar, nos momentos mais inoportunos.

Coincidência? Nada disso. Espíritos desarmonizados deram, aí, sua contribuição para que, no momento crítico, você fosse neutralizado. Basta induzir um mergulho em imagens prejudiciais à tônica da tarefa socorrista, que exige de nós, pelo menos enquanto estamos ali, certa dose de renúncia e um mínimo de pureza. Como poderá haver pureza se o lixo mental está acumulado nas memórias de nosso computador pessoal?

Se você é médium atuante, pior ainda o quadro, pois, como sabemos, os espíritos manifestantes operam prioritariamente com o material que encontram em nós. Se você acumula lixo dentro de si, eles irão encontrá-lo e dele se utilizarão. Ou, então, se é um espírito harmonizado que desejaria transmitir, por seu intermédio, uma mensagem de consolo ou de aconselhamento, como irá fazê-lo se só dispõe de lixo para elaborá-la?

Não é preciso concluir estas observações com longos conselhos e sermões.

Você sabe o que tem a fazer. É simples, claro e direto: 
- Não ponha lixo mental na memória.
Aí termina o texto, mas, fica no ar uma pergunta que interessa ao nosso livro: uma vez que o lixo já está lá, como eliminá-lo?

A primeira observação a respeito é contundente e pode gerar até algo parecido com o desalento, mas aí vai ela: a memória é indelével. Tudo o que ela registrou é para sempre. Para não tomar aqui espaço, repetindo o que está dito em A memória e o tempo, convido o leitor a uma leitura desse livro. Enquanto isso, vale a pena reiterar: da memória nada se apaga.

Isso não impede, porém, que você procure policiar o seu pensamento e esteja bem atento e vigilante para que, ao menor sinal de que sua memória vá começar a regurgitar, você mude prontamente o rumo, bloqueando, com um pensamento diferente, positivo, tranquilizante e harmonioso, as imagens ou lembranças indesejáveis. Um bom recurso é a prece imediata e atenta, com o pensamento posto nas palavras que você está mentalmente recitando; não uma prece pré-fabricada que se repete maquinalmente sem saber o que se está dizendo. Se você fizer isso, ou seja, apenas repetir palavras, observará com desgosto que a tentativa de prece prossegue num nível subliminar, ou subconsciente, enquanto o consciente continua ocupado com o pensamento indesejável. Eis aí uma das muitas coisas que não se pode fazer desatentamente.

Mas, além de combater as lembranças indesejáveis, procurando bloquear o fluxo inoportuno, você precisa, também, mudar o mobiliário da sua casa mental, ocupando com ideias novas, positivas, construtivas, espaços da memória que, deixados na ociosidade, tendem a ser ocupados com as latas de lixo mental que, infelizmente, são recolhidas ao longo do tempo. O problema é que, mesmo varrendo o lixo para debaixo do tapete, ele continua ali, sabemos que ele está ali e que um dia pode espalhar-se novamente.

Quando falo em mobiliário, quero dizer: introduzir na memória somente - e tanto quanto possível - material selecionado com o mais atento cuidado. O livro é suspeito? Não o leia. O filme cuida de uma temática duvidosa ou francamente repulsiva? Não o veja. A conversa encaminha-se para uma rodada de anedotas inconvenientes? Disfarce e saia, se não conseguir mudar o seu rumo. A notícia de jornal é escandalosa? Leia outra coisa.

Isso não quer dizer, certamente, que você terá de virar asceta, mesmo porque, como informa o velho ditado, o hábito não faz o monge. O que o faz é uma atitude correta perante a vida e isto não se veste; conquista-se na luta, na vigilância, na atenção com que se critica previamente o material que vamos admitir à mente.

Do que se depreende que, em matéria de lixo mental, o caminho certo é o da profilaxia, da prevenção, muito mais do que o da terapêutica. Em outras palavras: é infinitamente melhor tomar a vacina para não se contaminar contra o vírus do que encher-se de remédios para se livrar dele, depois que o mesmo está instalado. Se conseguirmos que não entre mais lixo em nossa mente, já teremos alcançado importante vitória nas inúmeras batalhas da vida.

Insisto em dizer, contudo, que o médium, ou qualquer outro participante de trabalhos mediúnicos, não tem obrigação de levar uma existência monástica, preservado em atmosfera asséptica, dentro de uma redoma de vidro. A vida está aí para ser vivida, com as suas experiências, confrontos, vitórias, derrotas - pois estas nos ensinam, também, importantes lições. Como iriamos opinar sobre os problemas da vida - que são todos os problemas humanos - se não participamos dela? Como ajudar os que nos buscam com as suas aflições, se nunca soubermos o que é uma dificuldade, um problema, uma dor?

Nem a prática espírita em geral, nem a mediunidade em particular, exige como condição preliminar um estado de santidade de todos e de cada um. Sê assim fosse, não haveria ninguém entre nós, ou seriam raros aqueles em condições de exercer tais atividades. O importante em tudo isso é que não nos deixemos arrastar pelos chamamentos da inferioridade que remanesce em nós, em decorrência de antigas e recentes atitudes equívocas ou francamente desarmonizadas.

Sobre esse aspecto. Regina tem isto a dizer:
" ...o que mais temos dentro de nós são sensações negativas e deformadas, trazidas do passado. Por isso é muito mais fácil sintonizar com o negativo, do que com o positivo." Agora, como livrar-se? Isto já é mais difícil. Com exercícios constantes de autorreforma interior, meditando e orando muito. Pedindo ajuda aos amigos espirituais que nos mostrem as coisas erradas que há dentro de nós para possamos eliminá-las. Aceitando a nossa própria realidade de seres inferiores e cheios de mazelas morais e tentando nos melhorar, dia a dia. É uma luta enorme, difícil. Mas é o que nos cabe fazer. Não adianta querer ser bom e puro de uma hora para outra. Há que trabalhar, e muito mesmo. Carregamos séculos de erros e alguns anos (na existência atual) de boas intenções. É claro que não podemos mudar sem esforço."

Hermínio C. Miranda do livro:
Diversidade dos Carismas

Palestra sobre o tema na IBNL em 03/05/22.

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sábado, 26 de março de 2022

O anjo silencioso

O anjo silencioso

Eurípedes Barsanulfo



No cimo da cruz, reconhecia o Senhor que, em verdade, no mundo, não havia lugar para Ele...

Sem asilo para nascer, fora constrangido a valer-se do ninho dos animais e, sem pouso para morrer, içavam-no ao lenho dos malfeitores.

Agora, porém, que se isolara mentalmente na gritaria em torno, espraiava-se lhe a visão...

Fitava, em espírito, os grandes palácios da Terra, ocupados pelos poderosos que se vestiam de púrpura e ouro, cercados de mulheres escravas e servos infelizes, e notou que dominavam os quatro cantos do globo, prestigiando os verdugos do sangue humano e os falsos profetas que lhes entorpeciam as consciências...

Mas, entre os altos muros que os apartavam, viu também o Senhor os que viviam desajustados quanto Ele mesmo...

Assinalou os mártires da justiça, encarcerados nas prisões; as vítimas da calúnia, açoitadas em praça publica; os heróis da fraternidade, em postes de martírio; os lidadores do bem, cedidos em pasto às feras; os amigos da educação popular, sob o cutelo de carrascos inconscientes; os perseguidos, condenados a ferros em regiões inóspitas; as mães desamparadas, cujo pranto caía como orvalho de fel sobre a terra seca; os velhos sem esperança; os caravaneiros da nudez e da fome; os doentes sem leito e as crianças sem lar...

Entre os homens igualmente não havia lugar para eles.

Como outrora, à frente de Lázaro morto, Jesus chorou...

Chorou e suplicou a Deus a vinda de alguém que o representasse ao pé dos aflitos... Alguém que lenisse chagas sem recompensa, que enxugasse lagrimas sem queixa e servisse sem perguntar...

E o Pai Misericordioso enviou-lhe toda uma coorte de anjos que o louvavam, felizes, transformando o madeiro numa apoteose de luz, com exceção de um deles que, ao invés de adorá-lo, procurou-lhe respeitoso, os lábios trementes, como quem lhe buscava as derradeiras ordenações.

Não percebeu a multidão desvairada o que se passou entre o Cristo agonizante e o mensageiro sublime; no entanto, de imediato, o nume celeste, sereno e compassivo, desceu do monte para os vales humanos, nos quais, desde então, até hoje, converte o ódio em amor, a expiação em ensinamento, a dor em alegria, o desespero em consolo e o gemido em oração...

Esse anjo silencioso é o Anjo da Caridade.

Por isso, toda vez que lhe ouvis a inspiração divina, abraçando os sofredores ou amparando os necessitados, ainda mesmo através da mais leve migalha de pão ou de entendimento, é a Jesus que o fazeis.

Psicografia em Reunião Publica Data – 11/01/1959.

Local – Lar Espírita Bezerra de Menezes, na cidade de Uberaba, Minas.

Eurípedes Barsanulfo por Chico Xavier do livro:
Através do tempo

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sexta-feira, 25 de março de 2022

No milagre da vida

No milagre da vida

Eros


Transposto o limite do tempo e vencida a dimensão da distância, mudam-se os conceitos sob a ação dinâmica da vontade.

Quem adquire o hábito de librar-se nas asas velozes do pensamento, alcança "os longes espaços" e trá-los para perto das emoções.

Quando se logra a empresa de compreender, decorrência natural do exercício mental de crer, o futuro chega agora, delineado e pronto pelas ações realizadas.

Não há, então, remotos lugares, não se medindo distâncias com os instrumentos habituais, mas com as vibrações do sentimento.

Não existem ontens nem amanhãs, mergulhando-se em uma realidade que começou hoje, um longo hoje de momentos que foram e ficaram, que virão e já se encontram.

Se são examinados os anseios projetados para longe, descobre-se que está perto o começo do fim, da mesma forma que o esperado já chegou, desde o momento em que se pensou na sua realidade.

Do mesmo modo, o que aconteceu prossegue sucedendo, enquanto é trazido à atualidade da imaginação.

O que se pretende, já se possui.

O que se desconhece, passa a saber-se, a partir do instante em que a ignorância se apresenta e começa a desaparecer.

Quanto se dá, pertence ao doador, e tudo que se recebe deixa de ser posse, para converter-se em dívida.

No longe-perto do amanhã-hoje, o pensamento cósmico do amor vê a eterna presença da vida, que se organiza em forma e se dilui em energia, sempre indestrutível e real.

Nenhum lugar está longe nem perto e coisa alguma se encontra distante ou próxima, no tempo, se o homem deseja e busca.

Longe-perto quando se sabe e próximo-remoto quando o ser se aturde e se debate na ignorância.

Agora e aqui, tudo que se deve e se pode realizar no milagre da Vida.

Vive, portanto!

Eros por Divaldo Franco do livro:
No Longe do Jardim

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quinta-feira, 24 de março de 2022

Velhos hábitos

Velhos hábitos

Hammed



“... O corpo não dá cólera àquele que não a tem, como não dá os outros vícios; todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao Espírito; sem isso, onde estariam o mérito e a responsabilidade?...” (Capítulo 9, item 10 - Evangelho Segundo o Espiritismo)
Em primeiro lugar, é necessário conceituar que vícios são dependências vigorosas e profundas de uma pessoa que se encontra sob o controle de outras ou de determinadas coisas.

Portanto, deve ser considerado como vício não apenas o consumo de tóxicos e de outros produtos de origem natural ou sintética. O conceito é mais amplo. Analisando-o em profundidade, podemos interpretá-lo como atitude mental que nos leva compulsoriamente à subjugação a pessoas e situações.
Muitos de nós aprendemos a ser dependentes desde cedo, dirigidos por adultos superprotetores que nos imprimiram “clichês psíquicos” de repressão, que se refletem até hoje como mensagens bloqueadoras dentro de nós e que não nos deixam desenvolver o “senso de autonomia” e de independência.

Outros trazem enraizadas experiências em que lhes foi negada a possibilidade de exercer a capacidade de seleção de amigos e parceiros afetivos, em virtude da intervenção de adultos prepotentes. Essa nociva interferência torna-os mais tarde indivíduos de caráter oscilante, indecisos, assustados e inseguros. Outros ainda, por terem sofrido experiências conflitantes em outras encarnações, em contato com criaturas desequilibradas e em clima de inconstância e desarmonia, são predispostos a renascer hoje com maior identificação com a instabilidade emocional.

Dessa forma, entendemos que os fatores que propiciam os vícios e as compulsões ocorrem em ambientes familiares-sociais desarmônicos, desta ou de outras encarnações, onde deixamos as pressões, traumas, coações, desajustes e conflitos se enraizarem em nossa “zona mental” ou “perispiritual”, porqüanto os vícios não passam de efeitos externos de nossos conflitos internos.

Vale ressaltar que nossa sociedade, a rigor, é extremamente “machista”, razão pela qual muitas mulheres foram educadas para aceitar comportamentos dependentes como sendo “virtudes femininas”, o que as leva a viver dentro de “demarcações estreitas” do que elas devem ou podem fazer.

O vício do álcool, sexo, nicotina, jogos diversos ou drogas farmacológicas são formas amenizadoras que compensam, momentaneamente, áreas frágeis de nossa alma desestruturada.

Aliviam as carências, as ansiedades, os desajustes, as tensões psicológicas e reduzem os impulsos energéticos que produzem as insatisfações e o chamado “mal-estar interior”.

Pode parecer que as opções vício-dependência disfarcem ou abrandem a “pressão torturante”, porém o desconforto permanece imutável.

O álcool e a droga são sedativos ou analgésicos, mas por acarretar gravíssimas consequências, são denominados “vícios autodestrutivos”. A comida é uma dependência considerada, de início, “vicio neutro”, para, depois, transformar-se numa “opção de fuga” negativa e profundamente desorganizadora do nosso corpo físico-psíquico.

Há manias ou vícios comportamentais tão graves e sérios que nos levam a ser tratados e considerados como pessoas de difícil convivência, isto é, inconvenientes:
— Vício de falar descontroladamente, sem raciocinar, desconectando-nos do equilíbrio e do bom senso.
— Vício de mentir constantemente para nós mesmos e para os outros, por não querermos tomar contato com a realidade.
— Vício de nos lamentarmos sistematicamente, colocando-nos como vítima em face da vida, para continuarmos recebendo a atenção dos outros.
— Vício de nos acharmos sempre certos, para podermos suprir a enorme insegurança que existe em nós.
— Vício incontido de gastar desnecessariamente, sem utilidade, a fim de adiarmos decisões importantes em nossa vida.
— Vício de criticar e mal julgar as pessoas, para nos sentirmos maiores e melhores que elas.
— Vício de trabalhar descontroladamente, sem interrupção, para nos distrairmos interiormente, evitando desse modo os conflitos que não temos coragem de enfrentar.
Inquestionavelmente, as chamadas viciações resultam do medo de assumir o controle de nossa vida e, ao mesmo tempo, do medo de nos responsabilizarmos por nossos atos e atitudes, permitindo que eles fiquem fora de nosso controle e de nossas escolhas.

Quaisquer que sejam, contudo, os motivos e a origem de nossos “velhos hábitos”, urge estabelecermos pontos fundamentais, a fim de que comecemos indagando “por que somos” dependentes emocionalmente e “qual é a forma” de nos relacionarmos com essa dependência.

Aqui estão alguns itens a ser também observados e que provavelmente nos ajudarão a ser mais independentes, além de capazes de satisfazer nossos desejos e vocações naturais. Ao mesmo tempo, nos permitirão estar junto a pessoas e situações sem tomar-nos parcial ou totalmente dependentes delas:
— Aguçar nossa capacidade de decidir, de optar e de escolher cada vez mais livre das opiniões alheias.
— Combater nossa tendência de ser “bonzinhos”, ou melhor, de desejar ser sempre agradáveis aos outros, mesmo pagando o preço de nos desagradar.
— Estimular nossa habilidade de dizer “não”, quantas vezes forem necessárias, desenvolvendo assim nosso “senso de autonomia”, a fim de não cair nos “modismos” ou “pressões grupais”.
— Estabelecer no ambiente familiar um clima de respeito e liberdade, eliminando relações de superdependência “simbióticas”, para que possamos ser nós mesmos e deixemos os outros ser eles mesmos.
— Criar padrões de comportamentos positivos, pois comportamentos são hábitos, e nossos hábitos determinam a facilidade de aceitarmos ou não as circunstâncias da vida.
— Conscientizar-nos de que somos seres humanos livres por natureza, mas também responsáveis por nossos atos e pensamentos, pois recebemos por herança natural o livre-arbítrio.
— Cultivar constantemente o autoconhecimento: 
- reforçando nossa visão nos traços de nossa personalidade que já conhecemos; 
- buscando nossos traços interiores, que ainda nos são desconhecidos;
- analisando as opiniões de outras pessoas que, ao contrário de nós, já
conhecemos nosso perfil psicológico; 
- aceitando plenamente nosso lado “inadequado”, sem jamais escondê-lo de nós mesmos e dos outros, tentando, porém, equilibrá-lo.
Meditemos, pois, sobre essas ponderações que, com certeza, nos ajudarão a libertar-nos dessas “necessidades constrangedoras”, cujas verdadeiras matrizes se encontram na intimidade de nós mesmos.
Hammed por Francisco do Espírito Santo Neto
do livro: Renovando atitudes

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