quinta-feira, 31 de agosto de 2017

A chave bendita

A chave bendita

Emmanuel



Efetivamente, muitos são os problemas que nos assediam a existência. Dificuldades que não
se esperam, tribulações que nos espancam mentalmente, sofrimentos que se instalam conosco, sem que lhes possamos calcular a duração, desajustes que valem por dolorosos constrangimentos.

Se aspiras a obter solução adequada às provas que te firam, não te guies pela rota do desespero.

Tens contigo uma chave bendita - a chave da humildade, cunhada no metal puro da paciência.

Perante quaisquer tropeços da estrada, usa semelhante talento do espírito e alcançarás para
logo a equação de harmonia e segurança a que pretendes chegar.

Nada perderás, deixando fale alguém com mais autoridade do que aquela de que porventura disponhas; nunca te diminuirás por desistir de uma contenda desnecessária; em coisa alguma te prejudicarás abraçando o silêncio diante de conceitos deprimentes que te sejam desfechados; não sofrerás prejuízo algum em te calando nessa ou naquela questão que diga respeito exclusivamente às tuas conveniências e interesses pessoais; grandes lucros no campo íntimo te advirão da serenidade ou da complacência com que aceites desprestígio ou preterição; jamais te arrependerás de abençoar ao invés de reclamar, ainda mesmo em ocorrências que te amarguem as horas; e a simpatia vibrará sempre em teu favor, toda vez que cedas de ti mesmo, em benefício dos outros.

Efetuemos os investimentos valiosos de paz e felicidade, suscetíveis de serem capitalizados por nós, através dos pequeninos gestos de tolerância e bondade e o esquema de trabalho, a que a vida nos indique, ganhará absoluta eficiência de execução.

Seja na vida particular ou portas adentro de casa, no grupo de serviço a que te vinculas ou na grande esfera social em que se te decorre a existência, sempre que te vejas à beira de ressentimento ou revide, rebeldia ou desânimo, nunca te entregues a semelhantes agentes destrutivos.

Tenta a humildade.




quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Anti-conceptivos e Planejamento Familiar

Anti-conceptivos e Planejamento Familiar

Joanna de Ângelis




Alegações ponderosas que merecem consideração vêm sendo arroladas para justificar-se a planificação familiar através do uso dos anti-conceptivos de variados tipos. São argumentos de caráter sociológico, ecológico, econômico, demográfico, considerando-se com maior vigor os fatores decorrentes das possibilidades de alimentação numa Terra ti da como semi -exaurida de recursos para nutrir aqueles que se multiplicam geometricamente com espantosa celeridade...

Entusiastas sugerem processos definitivos de impedimento procriativo, pela esterilização dos casais com dois filhos, sem maior exame da questão, no futuro, transformando o indivíduo e a sua função genética em simples máquina que somente deve ser acionada para o prazer, nem sempre capaz de propiciar bem-estar e harmonia.

Sem dúvida, estamos diante de um problema de alta magnitude, que deve ser. todavia, estudado à luz do Evangelho e não por meios dos complexos cálculos frios da precipitação materialista.

O homem pode e deve programar a família que deseja e lhe convém ter: número de filhos, período propício para a maternidade, nunca, porém, se eximirá aos imperiosos resgates a que faz jus, tendo em vista o seu próprio passado.

Melhor usar o anti-conceptivo do que abortar.

Os filhos, porém, não são realizações fortuitas, decorrentes de circunstancias secundárias, na vida. Procedem de compromissos aceitos antes da reencarnação pelos futuros progenitores, de modo a edificarem a família de que necessitam para a própria evolução. lhes lícito adiar a recepção de Espíritos que lhes são vinculados, impossibilitando mesmo que se reencarnem por seu intermédio.

Irrisão, porém, porquanto as Soberanas Leis da Vida dispõem de meios para fazer que aqueles rejeitados venham por outros processos à porta dos seus devedores ou credores, em circunstancias quiçá mui dolorosas, complicadas pela irresponsabilidade desses cônjuges que ajam com leviandade, em flagrante desconsideração aos códigos divinos.

Assevera-se que procriar sem poder educar, ter filhos sem recursos para cuidá-los, aumentando, incessantemente, a população da Terra, representa condená-los à miséria e a sociedade do futuro a destino inditoso...

Ainda aí o argumento se reveste do sofisma materialista, que um dia inspirou Malthus na sua conceituação lamentável e no não menos infeliz neo-malthusianismo que adveio posteriormente...

Ninguém pode formular uma perfeita visão do porvir para a Humanidade, e os futurólogos que aí se encontram têm estado confundidos pelas próprias apreensões, nas surpresas decorrentes da sucessão dos acontecimentos ainda nos seus dias...

A cada instante recursos novos e novas soluções são encontrados para os problemas humanos.

Escasso, porém, é o amor nos corações, cuja ausência fomenta a fome de fraternidade, de afeição e de misericórdia, responsável pelas misérias que se multiplicam em toda parte.

Não desejamos aqui reportar-nos às guerras de extermínio, que o próprio homem tem engendrado e de que se utiliza a Divindade para manter o equilíbrio demográfico, nem tão pouco às calamidades sísmicas que irrompem cada dia voluptuosas, convidando a salutares reflexões.

Quando um filho enriquece um lar, traz com ele os valores indispensáveis à própria evolução, intrínseca e extrinsecamente.

A cautela de que se utilizam alguns pais, aguardando comodidade financeira para pensar na progenitura, nem sempre é válida, graças às próprias vicissitudes que conduzem uns à ruína econômica e outros à abastança por meios imprevisíveis.

A programação da família não pode ser resultado da opinião genérica dos demógrafos assustados, mas fruto do diálogo franco e ponderado dos próprios cônjuges, que assumem a responsabilidade pelas atitudes de que darão conta.

O uso dos anti-conceptivos como a implantação no útero de dispositivos anticoncepcionais, mesmo quando considerado legal, higiênico, necessita possuir caráter moral, a fim de se evitarem danos de variada consequência ética.

A chamada necessidade do `'amor livre" vem impondo o uso desordenado dos anovulatórios, de certo modo favorecendo a libertinagem humana, a degenerescência dos costumes, a desorganização moral, e, consequentemente, social dos homens, que se tornam vulneráveis à delinquência, à violência e às múltiplas frustrações que ora infelicitam verdadeiras multidões que transitam inermes e hebetadas, arrojando-se aos abusos alucinógenos, à loucura, ao suicídio...

Experiências de laboratório com roedores, aos quais se permitem a procriação incessante, hão demonstrado que a superpopulação em espaços exíguos os alucina e os incapacita...Daí defluem, apressados, que o mesmo se vem dando com o homem, para justificarem a falência dos valores éticos, e utilizando-se da observação a fim de fomentarem a necessidade de impedir-se a natalidade espontânea... Em realidade, porém, os fatos demonstram que, com o homem, o fenômeno não é análogo.

Quando os recursos do Evangelho forem realmente utilizados, a pacificação e a concórdia dominarão os corações...

Antes das deliberações finalistas quanto à utilização deste ou daquele recurso anti-conceptivo, no falso pressuposto de diminuir a densidade de habitantes, no mundo, recorre ao Evangelho, ora e medita.

Deus tudo provê, sem dúvida, utilizando o próprio homem para tais fins.

Em toda parte na Criação vigem as leis do equilíbrio, particularmente do equilíbrio biológico.

Olha em derredor e concordarás.

Os animais multiplicam-se, as espécies surgem ou desaparecem por impositivos evolutivos, naturais.

Muitas espécies ora extintas sofreram a sanha do homem desarvorado. Mas a ordem divina sempre programou com sabedoria a reprodução e o desaparecimento automático.

O fantasma da fome de que se fala, mesmo quando a Terra não possuía super-população, como as pestes e as guerras dizimou no passado cidades, países inteiros.

Conserva os códigos morais insculpidos no espírito e organiza tua família, confiante, entregando-te a Deus e porfiando no Bem, porquanto em última análise d'Ele tudo procede como atento Pai de todos nós.




terça-feira, 29 de agosto de 2017

Louvores recusados

Louvores recusados

Irmão X.


Vicente de Paulo

Conta-se no plano espiritual que Vicente de Paulo oficiava num templo aristocrático da França, em cerimônia de grande gala, à frente de ricos senhores coloniais, capitães do mar, guerreiros condecorados, políticos ociosos e avarentos sórdidos, quando, a certa altura da solenidade, se verificou à frente do altar inesperado louvor público.

Velho corsário abeirou-se da sagrada mesa eucarística e bradou, contrito:

– Senhor, agradeço-te os navios preciosos que colocaste em meu roteiro. Meus negócios estão prósperos, graças a ti, que me designaste boa presa. Não permitas, ó Senhor, que teu servo fiel se perca de miséria. Dar-te-ei valiosos dízimos. Erguerei uma nova igreja em tua honra e tomo os presentes por testemunhas de meu voto espontâneo.

Outro devoto adiantou-se e falou em voz alta:

– Senhor, minh'alma freme de júbilo pela herança que enviaste à minha casa pela morte de meu avô que, em outro tempo, te serviu gloriosamente no campo de batalha. Agora podemos, enfim, descansar sob a tua proteção, olvidando o trabalho e a fadiga.

Seja louvado o teu nome para sempre.

Um cavalheiro maduro, exibindo o rosto caprichosamente enrugado, agradeceu:

– Mestre Divino, trago-te a minha gratidão ardente pela vitória na demanda provincial. Eu sabia que a tua bondade não me desprezaria. Graças ao teu poder, minhas terras foram dilatadas. Construirei por isso um santuário em tua memória bendita, para comemorar o triunfo que me conferiste por justiça.

Adornada senhora tomou posição e exclamou:

– Divino Salvador, meus campos da colônia distante, com o teu auxílio, estão agora produzindo satisfatoriamente. Agradeço os negros sadios e submissos que me mandaste e, em sinal de minha sincera contrição, cederei à tua igreja boa parte dos meus rendimentos.

Um homem antigo, de uniforme agaloado, acercou-se do altar e clamou estentórico:

– A ti, Mestre da Infinita Bondade, o meu regozijo pelas gratificações com que fui aquinhoado.

Os meus latifúndios procedem de tua bênção. É verdade que para preservá-los sustentei a luta e alguns miseráveis foram mortos, mas quem senão tu mesmo colocaria a força em minhas mãos para a defesa indispensável? Doravante, não precisarei cogitar do futuro... De minha poltrona calma, farei orações fervorosas, fugindo ao imundo intercâmbio com os pecadores. Para retribuir-te, ó Eterno Redentor, farei edificar, no burgo onde a minha fortuna domina, um templo digno de tua invocação, recordando-te os sacrifícios na cruz!

Os agradecimentos continuavam, quando Vicente de Paulo, assombrado, reparou que a imagem do Nazareno adquiria vida e movimento...

Extático, viu-se à frente do próprio Senhor, que desceu do altar florido, em pranto.

O abnegado sacerdote observou que Jesus se afastava a passo rápido; contudo, em se sentindo junto dele, em se, sentindo e perguntou-lhe, igualmente em lágrimas: – Senhor, por que te afastas de nós?

O Celeste Amigo ergueu para o clérigo a face melancólica e explicou:

– Vicente, sinto-me envergonhado de receber o louvor dos poderosos que desprezam os fracos dos homens válidos que não trabalham, dos felizes que abandonam os infortunados...

O interlocutor sensível nada mais ouviu. Cérebro em turbilhão desmaiou, ali mesmo, diante da assembleia intrigada, sendo imediatamente substituído, e, febril, delirou alguns dias, prisioneiro de visões que ninguém entendeu.

Quando se levantou da incompreendida enfermidade vestiu-se com a túnica da pobreza, trabalhando incessantemente na caridade, até ao fim de seus dias.

Os adoradores do templo, entretanto, continuaram agradecendo os troféus de sangue, ouro e mentira, diante do mesmo altar e afirmaram que Vicente de Paulo havia enlouquecido.

Irmão X. por Chico Xavier do livro:
Contos e apólogos,

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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Tópicos do auxílio espiritual

Tópicos do auxílio espiritual

Bezerra de Menezes



I

Irmãos. 
Devotados amigos espirituais então cooperando na Vida Maior em benefício de nossa paz!
Confiemos nas Bênçãos Divina.

II

Prossigamos no caminho da elevação, buscando sempre a bênção e o amparo de Jesus. Os Benfeitores da Vida Maior cooperarão em favor de todos nós.

III

Amigos espirituais de sempre auxiliam-nos na manutenção das forças de nossa fé para o êxito nos testes de calma e serenidade, paciência e compreensão a que tenhamos sido chamados.
Com fé viva em Deus e em nós mesmos, sigamos adiante, hoje e sempre.

IV

Abençoemos e amemos sempre! Diversos Amigos do Plano Maior tem fortalecido as nossas energias para a superação das dificuldades no capitulo da compreensão integral da nossa necessidade de aceitação das experiências indispensáveis da vida. 
Todos os nossos pensamentos de paz e esperança alcançam os entes queridos à distância, e estejamos na certeza de que não há semente de amor sem germinação no solo do tempo. Que o Senhor nos fortaleça e dirija.

V

Nossos irmãos em provação prosseguem com a assistência de vários amigos no estudo e na solução de vários problemas de suas lutas redentoras.

VI

Cada noite, consagremos um trecho do tempo às nossas preces particulares, sempre que possível à mesma hora, porquanto, assim, receberemos mais amplo auxílio espiritual à renovação das próprias forças.
O caminho é, por vezes, escuro e pedregoso, mas Jesus vence as trevas e os obstáculos, orientando-nos na jornada.
Guardemos os nossos sentimentos na confiança segura em Deus.


VII

Confiemos na bênção do Senhor que nos sustenta na travessia das provas necessárias.
Estamos, nós, os amigos do outro plano da Vida, a postos, e confiamos no amparo de Jesus, em benefício de todos.
Que o Senhor nos sustente e fortaleça!

VIII

Quando possível, simplifique as preocupações e ajude-se através da serenidade que lhe facultará a sustentação do refazimento físico.
Cada noite, faça o culto rápido da oração e medite os nossos princípios espíritas.
Receberá nessas ocasiões a cooperação mais direta dos Benfeitores que lhe assistem os passos.

IX

Nossos queridos companheiros da esfera física prosseguem sob o amparo espiritual de que necessitam, dentro de todas as possibilidades espirituais de auxílio ao nosso alcance.





domingo, 27 de agosto de 2017

As guerras

As guerras

Joanna de Ângelis


Praça da Paz Celestial na China
Foto mundialmente conhecida como:
- O homem do tanque!

Dentre todas as calamidades que periodicamente assolam a Humanidade, a guerra é a mais hedionda pelas altas cargas de barbárie que revela. Remanescente do primarismo do homem na luta pela sobrevivência, impõe-se o instinto que busca segurança submetendo os mais fracos, exaurindo-lhes os recursos, enquanto se locupleta sobre os despojos que aniquila.

Estimulado pela ganância da propriedade, arbitrariamente, o homem crê-se com permissão de vencer o próximo dando expansão à agressividade, quando se deveria impor a disciplina da superação dos males que nele mesmo residem, vitória que se torna imperiosa, para atribuir-se os requisitos de homem integral.

Confiando mais no seu “direito da força” do que no valor moral de que se deve investir, quando alcança conquistas técnicas logo lhe acorrem a aplicação da capacidade para desencadear conflitos externos, exteriorização natural dos múltiplos conflitos que lhe espocam nas torpes paisagens interiores.

A agressividade individual, adicionada entre os membros que constituem o grupo e reunida pela adesão dos grupos que formam as nações, o impositivo da suserania para repletar os celeiros de alimentos, faz a transferência do instinto de caça individual para a guerra da dominação selvagem, sob a constrição dos arquétipos de que não se deseja libertar.

No afã de combater os outros povos, os grupos humanos conseguem apressar o progresso, realizando conquistas surpreendentes, de que se utilizarão com proficiência nos futuros dias da paz.

Por enquanto, o amor não conseguiu emular os grandes grupamentos, encorajando-os à recíproca fraternidade, o que facultaria a solidariedade, mediante cuja contribuição os muitos males que desarvoram os Estados seriam debelados.

Como as leis da evolução e do progresso são imbatíveis, Deus se utiliza do estágio guerreiro em que o homem se demora, a fim de encorajar-lhe os esforços, que, não obstante programados para a destruição, logo cessa a sanha guerreira se convertem em abençoadas contribuições ao desenvolvimento das comunidades e o ajudam a redimir-se dos desvarios anteriores. Secado o rio de fogo das paixões dos partidos dominadores, que sempre cedem lugar a outros, numa sucessão que deveria merecer acurados estudos e meditações por parte dos guerreiros e triunfadores transitórios, nascem os movimentos pró paz, de auxílios recíprocos, de beneficência, de comércio, de intercâmbio cultural, de superior inspiração, desarmando as intenções vingadoras e selvagens dos que se comprazem em cultivar esperanças de desforços.

Simultaneamente, ensejam cordialidade entre os indivíduos e profícuos resultados que congregam num grande grupo de ajuda mútua os diversos países.

A guerra, conforme demonstra a História, não tem ensinado as lições que seriam de esperar-se, exceto a demonstração imediata da transitoriedade dos triunfos e das desgraças terrenos...

Desde todos os tempos, civilizações se têm erguido sobre os escombros das que sucumbiram ao guante das suas impetuosidades.... Os vencidos de ontem rebelam-se e se erguem logo surge o ensejo, expulsando o espoliador sanguinário, não raro cometendo os mais hediondos revides, que no agressor
condenava, nos quais se revelam as paixões subalternas que sufocavam.

Os modernos conceitos materialistas de que os seres vivos não têm destinação, inclusive o homem, resultando de uma combinação casual de “ácidos nucleicos e proteínas”, muito hão estimulado os desajustes da emotividade, gerando as precipitações sanguinárias e os estratagemas destrutivos de alto porte, jamais previstos, parecendo ameaçar a própria vida de extinção, na marcha em que se desdobram os acontecimentos trágicos...

A guerra, não obstante açodar os mais vis sentimentos de selvageria nos grandes grupos, inspira ao sacrifício da vida os que amam, proporcionando a manifestação nobilitante dos heróis da renúncia e da abnegação, que mergulham nos laboratórios de pesquisas e experiências a fim de encontrarem soluções para os problemas afligentes, produzindo revoluções novas na tecnologia em tempo recorde, considerando o estímulo para apressar o fim das animosidades e socorrer as vítimas inermes colhidas no fragor das batalhas ferozes...

O homem é um animal religioso por constituição e destinação espiritual. O sentimento de Deus é-lhe inato, apesar da sua recusa consciente, da sua renitente fuga das realidades do espírito para a anestesia da ilusão corporal, constituindo-lhe a guerra a forma infeliz de liberação dos traumas e medos a que se entrega e o
apavoram...

Com Jesus aprendemos que o amor substituirá, um dia, a agressividade humana, resolvendo todas as questões que possam constituir pontos de divergência entre as criaturas e motivações para as guerras.

Parlamentários honestos, em nome de governos honrados, dirimirão incompreensões, e, ao invés das hostilidades e ódios que atravessam gerações, a compreensão do mais forte perdoará a impetuosidade do mais fraco, o poderio do grande repartirá recursos com o pequeno, unindo-se todos os povos a combater as calamidades sísmicas, a tomar providências contra as adversidades advindas de eventos de outra ordem, providenciando o saneamento das regiões insalubres, o reverdecer dos desertos, o sistemático combate às enfermidades, à fome, aos problemas econômicos ...

Embora necessário como aguilhão do homem, o mal é herança que um dia desaparecerá da Terra sob a inspiração e superior comando do bem.

Nessa ocasião, a Humanidade, da guerra somente conhecerá os informes dos museus, os documentários, que farão as gerações futuras lamentar os métodos da áspera escalada por onde transitaram seus pés nestes dias, fixando os estímulos para mais avançar, envergonhadas deste hoje que lhes será o passado truanesco...

Nesses dias porvindouros terão, também, batido em retirada as calamidades morais — que são as basilares —, porquanto, de procedência da alma infeliz, atrasada, dão origem a todas as outras misérias, as que teimam no mundo em duelo incessante...

No amor e no conhecimento das “leis de causa e efeito”, haurirá o homem do porvir desde hoje a força moral e espiritual para a sua elevação, e, consequentemente, para a instalação do primado da paz, que se alongará pelos tempos sem fim.

Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro:
Após a tempestade...

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sábado, 26 de agosto de 2017

Ligação mental

Ligação mental

Emmanuel




O progresso na Terra de hoje, compele a criatura a resguardar profunda atenção, para com duas atitudes essenciais à própria segurança no comportamento comum: ligar e desligar.

É preciso saber desligar o carro no momento preciso, desligar as tomadas de força elétrica no instante exato, isolar o fogão, silenciar os aparelhos de voz, quando necessário.

A imagem é das mais oportunas, em nos referindo à tensão emocional que caracteriza a maioria das pessoas na vida terrestre contemporânea.

Recorda : tens o teu mundo íntimo a preservar.

Impraticável a execução integral de qualquer tarefa sem a paz de espírito.

Para isso é imperioso desligar o pensamento das questões que te possam afligir sem necessidade.

Nunca te desinteressares do bem a ser levado a efeito.

Participar, quanto possível, das iniciativas que visem a melhorar o recanto em que vives e acentuar a felicidade de todos.

Entretanto, é indispensável desfocar a mente de tudo o que se nos faça prejudicial ou inútil à própria existência.

Caminhos que não são nossos, pontos de vista diferentes daqueles que nos orientam os passos, amigos conscientes e responsáveis que se afastam do melhor a fazer; familiares que voluntariamente nos menosprezam; deficiências alheias, compromissos que não nos digam respeito, tentações que não se nos coadunam com o modo de ser, preocupações com o supérfluo, convites à aventura e assuntos outros que os noticiários infelizes te despejam à porta, em bases de sensacionalismo, são temas em cujo desdobramento, os nossos créditos de tempo cairiam na vala das horas perdidas.

Quanto mais amplos os domínios da evolução, mais vigilância se nos pede ao senso de escolha.

Em favor de tua segurança e em auxílio à tua rentabilidade de trabalho, é preciso aprendas, na esfera do pensamento, a ligar e a desligar para essa ou aquela experiência a fim de bem sentir e melhor produzir.





sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Pena de Morte

Pena de Morte

Joanna de Ângelis


Cena do filme:
- A espera de um milagre ( The Green Mile ), que aborda o tema da pena de morte.

Em razão do crescente surto da delinquência na sua multiplicidade chocante, que se espalha na Terra, 
de forma avassaladora, em que o crime se impõe desarvorado, esmagando as florações da esperança e da bondade, legisladores de toda parte voltam a interrogar e sugerir quanto à necessidade da aplicação da pena capital diante de determinados desrespeitos ao código dos direitos do homem, à sua vida e liberdade...

O problema, porém, não obstante a gravidade de que se reveste, não poderá ser solucionado por processos análogos que defluem da violência do próprio crime ulteriormente pelo Estado tornado legal.

Lactâncio, cognominado o Cícero cristão, já enunciava no século III que “a eliminação da vida de um homem é sempre uma afronta a Deus”.

A vida é patrimônio por demais precioso para ser ceifada seja por quem seja. A ninguém, individual ou representativamente pelo Estado, cabe o direito de eliminar o homem, mesmo quando este delinqui da forma mais grotesca ou vil. Se o Estado o fizer, torna-se igual ao delinquente que roubou à vítima sua vida.

Em cada criminoso vige um alienado necessitado de assistência competente de modo a reorganizar as paisagens íntimas por meio de terapêutica especializada, a fim de se tornar cidadão útil a si mesmo e à comunidade onde se encontra situado pelos impositivos da vida.

A tarefa que compete às leis é a de eliminar o crime, as causas que fomentam, não o equivocado criminoso.

A morte do delinquente não devolve a vida da vítima.

Ao invés da preocupação de matar, encontrar recursos para estimular a vida.

Educar, reeducar são impositivos inadiáveis; punir, não.

Tenhamos tento!

Não há, no Evangelho, um só versículo que apoie a pena de morte.

Quando o homem cai nas malhas do crime e culmina sua ação nefanda no extermínio de vidas ou atenta contra a propriedade por meios da violência, justo que seja cerceado do convívio social, a fim de tratar-se, corrigir-se, resgatar as faltas cometidas, mediante processos compatíveis com as conquistas da moderna civilização.

De forma alguma a pena de morte faz diminuir a incidência da criminalidade. Ao contrário, torna-a mais violenta e selvagem, fazendo que o tresloucado agressor, que sabe o destino que lhe está reservado, mais açuladas tenha as paixões destruidoras arrojando-se irremissivelmente nos dédalos das alucinações dissolventes.

Compete ao Estado deixar sempre acessível a porta para o ensejo de reparação ao sicário impiedoso ou ao flagelo humano que se converteu em vândalo desavisado.

Se o Estado ceifa a vida de um cidadão, não tem o direito de exigir que outros a respeitem.

A morte não destrói a vida.

Libertando-se o criminoso do domicílio carnal, intoxicado pelo ódio dos instantes finais, vincula-se psiquicamente, àqueles que lhe infligiram tal punição, mantendo comunhão mental de rebeldia por meio da qual mais torpes e sombrias faz as paisagens humanas...

Processo bárbaro, a pena de morte é tratamento da impiedade e do primitivismo que aniquila a esperança por antecipação, marcando a data da punição destruidora, fora de qualquer possibilidade redentora, que há de desaparecer da legislação terrena.

O criminoso não fugirá à consciência nem à injunção reparadora pelas Supremas Leis da Vida. Justo, portanto, facultar ao revel ensancha de recompor-se e reparar quanto possível os males perpetrados.

Nesse sentido, a Penologia dispõe de salutares programas de redenção para os transgressores da ordem e do direito, trânsfugas do dever e da responsabilidade, nossos irmãos atormentados da senda evolutiva.

Obviamente a questão se situa na anterioridade da alma, no seu processo depurador...

Necessário implantar na Terra, quanto antes, as condições morais saudáveis de que nos fala o Evangelho, a fim de auxiliarmos tais Espíritos enfermos que retornam para reajustar-se, defrontando desafetos e adversários que a morte não aniquilou, tornando-os irmãos e amigos.

Sem dúvida as condições sociais que promovem o crime e fomentam a existência dos criminosos devem merecer melhor tratamento humano, a fim de que aqueles que vigem nos escabrosos e sórdidos guetos de miséria conheçam dignidade e sejam com honradez considerados.

Aristóteles, na sua Política, preceituava que o homem, para ser virtuoso, necessitava possuir alguns bens: do espírito, do corpo e das coisas exteriores, sem os quais germens criminógenos poderiam levá-lo ao desequilíbrio.

A era tecnológica, mais preocupada com os valores objetivos e os da indústria do supérfluo e da inutilidade, vem esquecendo os legítimos objetivos do homem, seus pendores espirituais, suas realizações éticas, seus sonhos e ideais de enobrecimento.

Emulando para as aquisições de fora, facultando comodidade e prazer imediatos, faz anular a felicidade no seu sentido profundo, que independe das conquistas transitórias para as realizações essenciais e imorredouras do ser....

Aos cristãos legítimos cabe o indeclinável labor de persistir na bondade, na equidade, na paciência.

A perseverança no amor, talvez com resultados demorados, consegue a modificação da face externa das coisas e da intimidade humana para as realizações do enobrecimento.

Matar, jamais!

Um crime não pode ser solucionado por meio de outro, deis-lhe o nome ou a posição legal que se lhe queira dar: jamais terá validade moral.

Diante, portanto, da agressividade, revida com a tolerância.

Ante a ira, responda com a benevolência.

Junto ao ódio, dissemina o amor.

Ao lado da hostilidade sistemática, propõe o perdão indistinto.

Perante o acusador gratuito, oferece a paciência gentil, tradutora da inocência.

Só o bem tem existência real e permanente. Consegue triunfar, por fim, mesmo quando aparentemente campeia e domina o mal.

Não engrosses as fileiras dos que, violentos, pensam em eliminar...

São capazes, também, na sua revolta, de cometer crimes equivalentes àqueles para os quais,
veementemente, pedem a punição capital do infrator.

Ignoras tuas forças.

Não sabes como te portarias na posição daquele que agora é o algoz.

Esparze e semeia o amor, sim, criando condições joviais e felizes para todos, oferecendo o teu precioso contributo — mesmo que seja a coisa mais insignificante — a fim de modificar o estado atual do mundo, e o crime baterá em retirada, constituindo no futuro triste sombra do passado, conforme nos promete Jesus.


Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro:
Após a tempestade



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