domingo, 12 de maio de 2019

Mãe

Mãe

Anthero de Quental



Disse o Inferno à alma triste, em sombra densa,
Que no Além pervagava, em noite escura: –
-“Eu sou a grande e eterna desventura
que recebes por dura recompensa ”.

E disse a Dor: - “Em minha treva imensa,
Sorverás o teu cálice de amargura...
Sou chama imperecível de tortura
Que vergasta com fria indiferença!...”.

Mas terna e doce voz clamou da Terra: -
-“Eu sou o Amor Divino que não erra
Vem a mim, alma pobre e desvalida!...”

E o Coração Materno, em riso e pranto,
Abriu-lhe o seio dadivoso e santo
E deu-lhe novamente a luz da vida.





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Nota: Importância da maternidade definida pelo Espírito de Anthero de Quental, em reunião pública do Centro Espírita Oriente, em Belo Horizonte, Minas, em soneto psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, na noite de 14 de maio de 1950, depois de significativa conferência, alusiva ao assunto, pronunciada pelo Professor Clóvis Tavares, residente em Campos, Estado do Rio.


Anthero de Quental por Chico Xavier do livro: Encontros no tempo





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