Inconveniências
Valérium
O jovem periodicamente brunia o revólver de alto preço.
Admirava.
Lubrificava.
Revisava.
Experimentava.
Um dia, alguém lhe perguntou:
— Você é caçador?
— Não — respondeu.
— Para que tem a arma?
— Tenho nela simplesmente valioso objeto de estimação.
E guardou-a de novo.
Certa feita, repetia a operação da limpeza esmerada, quando movimentou irrefletidamente um dedo e o revólver disparou, projetando sobre um dos seus pés a única bala guardada no tambor, obrigando-o a severa hospitalização de alguns dias.
*
A lição simples assinala a atitude de alerta que devemos sustentar para com tudo o que seja inconveniente.
As vezes, por egoísmo ou por vaidade, conservamos conosco isso ou aquilo que nos garanta impressões favoráveis junto à maioria, em muitas ocasiões enganada no campo dos preconceitos.
Entretanto, sempre chega o momento em que entramos no papel das vítimas do tiro pela culatra.
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Espírita, irmão, não se esqueça, na experiência cotidiana, de que tudo aquilo que não serve, não serve mesmo.
- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles, a razão e a universalidade.
Linda reflexão!!! Gratidão! Coloquemos em prática!!
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