Gratidão de quem dá
Eros
A choupana do ermitão Li-Yen no monte coberto de abetos e vetustos carvalhos, era o albergue dos viajantes cansados ou daqueles que se perdiam na floresta.
Sorridente e jovial, com quantos lhe buscavam a acolhida, ele os atendia com bonomia e generosidade.
Um dia, no entanto, um mendigo exausto pediu-lhe pouso, e recebeu-lhe a hospitalidade carinhosa.
Após o chá quente com ervas medicinais, o visitante amargurado desfiou-lhe aos ouvidos sensíveis o rosário de queixas e de aflições.
- Tudo na minha existência — asseverou magoado — tem sido tragédia e desditas. Já não confio em ninguém, tanto hei sofrido dos homens e do mundo que me afligem.
O sábio escutou compadecido a narração triste, confortou o estranho, cedeu-lhe o próprio leito e, no solo varrido, se recolheu ao sono até o dia raiar em bênçãos de luz.
Depois do desjejum singelo, renovado e diferente, o hóspede, preparando-se para seguir adiante, despediu-se e agradeceu a oportuna acolhida.
Para sua surpresa, porém, o ancião lhe disse:
- A vida é dádiva de Deus, que ainda não sabemos valorizar.
Conhecer-vos e conviver convosco, constituiu-me verdadeira bênção, que vos agradeço. Ide, pois, em paz. A gratidão que me domina, é resultado da alegria de vos hospedar, porque, realmente feliz é aquele que acolhe, que doa, face à honrosa oportunidade de poder amar, jamais de quem recebe...
O peregrino, ante a resposta incomum, deu-se conta que a existência é aquilo que dela se faz e sempre responde conforme é solicitada.
Todo aquele que enseja ocasião para outrem auxiliar, faculta-lhe a alegria de repartir, o que constitui a verdadeira felicidade.
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- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles, a razão e a universalidade.
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