Calma e fé
Emmanuel
Realmente, não te será possível deter as
vítimas da precipitação.
Aqui, é alguém que clama
intempestivamente por dias melhores, sem despender qualquer esforço para
alicerçá-los.
Ali, é o amigo que desiste da tolerância e
se desequilibra no espinheiral da irritação.
Mais adiante, é o doente exigindo a própria
cura em poucas horas, depois de organizar campo adequado para a longa
enfermidade que o aflige.
Com todos esses casos rentearás, inclusive
talvez, através de familiares queridos que se mostrem incursos nesses
quadros de intemperança mental, a se expressarem por estranhas
perturbações.
Lembrar-te-ás, porém de que a ansiedade
negativa, só por si, nunca serviu a ninguém.
A aflição inútil quase sempre apenas
mentaliza alucinações suscetíveis de piorar quaisquer problemas, já de si
mesmos graves e complicados.
Observa os padrões da Natureza.
A árvore não frutesce sem habilitar-se no
tempo para isso.
Por mais vocifere um homem reclamando a luz
solar direta num hemisfério em que o relógio aponta a meia-noite,
reconhecer-se-á obrigado a esperar pelo amanhecer.
A lâmpada para fazer-se clarão deve
ajustar-se à voltagem a que se vincula.
E uma criança, por mais prodígios de
inteligência dos quais dê testemunho, somente abraçará determinadas
responsabilidades quando o tempo lhe acrescente madureza ao raciocínio.
Nas provas com que te defrontes, conserva a serenidade da paciência para que te sobreponhas aos impactos
inevitáveis do sofrimento que, na Terra, comparece no caminho de todos.
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