Comportamentos esdrúxulos
Joanna de Ângelis
É natural que se esperem das criaturas humanas, hodiernamente, comportamentos compatíveis com o atual estágio da sua evolução antropológica e cultural.
Nada obstante, generalizam-se os de natureza agressiva, permissiva, a expressar-se em violência, licenciosidade, transtornos graves.
O que antes era considerado antiético, deselegante, atraso moral, tornou-se quase rapidamente convencional, normal, cada dia avançando para condutas mais chocantes.
A perda do valor moral liberou os indivíduos para a permissividade abusiva, propiciadora da insatisfação que empurra para situações calamitosas que se pretendem tornar cidadãs aceitas.
Os desatinos alcançam tão elevado nível que os indivíduos mais sensíveis, não desejando entregar-se aos modismos, deixam-se dominar por conflitos de ódios que explodem em crimes seriais assustadores.
Busca-se encontrar as suas causas, e ei-las no espírito doente, desajustado socialmente, que se deixou intoxicar pela banalidade a que foi relegado o homicídio, buscando notoriedade ou tentando vingar-se da sociedade que acredita ser responsável pela sua não aceitação no grupo dominante.
Por outro lado, os conflitos íntimos que o humilham em silêncio, empurram-no para os transtornos psicológicos de gravidade, que se manifestam em mecanismos de fuga da realidade através do afogamento nas paixões exacerbadas.
Constituindo legiões, gargalham esses trânsfugas de si mesmos, no prazer, fingindo felicidade que desconhecem, atraindo outras multidões indecisas para o banquete da alucinação, que não lhes resistem aos apelos doentios.
São indivíduos fisicamente belos a sacrifícios terríveis, que se situam dentro dos padrões de estética física estabelecidos por mentes também enfermas que se comprazem em os martirizar, embriagando-se nos excessos de toda natureza, quais as libações alcoólicas, as negociações sexuais para acumularem fortunas que as desperdiçam depois com hábeis exploradores das suas debilidades e o uso de drogas químicas de efeitos devastadores.
Qualquer proposta de comedimento que se lhes faça é aviltada, como se o bom proceder fosse patológico, enquanto que as aberrações convertem-se em normalidade e saúde.
Nesse clima de contínua bacanal, os seus líderes são consumidos ou abandonados por outros mais atrevidos e vulgares, que os excitam até a exaustão, amargurando-os por um tempo e, mais tarde, em definitivo.
A glória da juventude, porém, é breve, convertendo-se em cansaço e desencanto na maturidade, marchando para o amargor na decrepitude, isso quando consegue atingi-la.
Comportamentos doentios são responsáveis por existências malogradas.
A vida é dom superior que não pode ser malbaratada sem as consequências nefastas que lhe são inerentes.
*
Comportamentos estranhos assaltam estes dias e desalinham crianças, adolescentes despreparados para a sua vivência, embora sem qualquer estrutura moral ou resistência emocional para enfrentá-los.
Multiplicam-se os inexpressivos comportamentos religiosos externos, destituídos de religiosidade por parte dos seus aficionados.
Aumentam os comportamentos políticos esdrúxulos, mediante os quais governantes e legisladores são o oposto do compromisso assumido.
Ampliam-se os comportamentos morais que se celebrizam pelo desrespeito à organização fisiopsicológica, de que se é constituído, permitindo-se as extravagâncias mais perturbadoras possíveis.
Por isso mesmo, os transtornos depressivos de comportamento bipolar fazem-se epidemia na Terra, aturdindo as suas vítimas e eliminando, pelo suicídio, incontável número delas.
Nesse báratro, o comércio psíquico inferior que se mantém com equivalentes espíritos desencarnados, mais aumenta o enxame de desditosos-sorridentes.
Entretanto, é tão fácil o comportamento feliz!
Basta que se o inicie mediante o respeito moral a si mesmo, não se permitindo qualquer forma de promiscuidade: mental, emocional ou física.
Mantendo-se um padrão de pensamento trabalhado na ética dos deveres humanos, em relação ao próximo, à Natureza e a Deus.
Discernindo o que lhe é lícito realizar em detrimento do que pode, mas não deve fazer, por imposição dos modismos momentâneos.
Aplicando-se a autoanálise em relação ao que convém, mas não alcança, em detrimento do que pode conseguir a qualquer preço...
Intensificando o exame da finalidade existencial, interrogando-se sobre a velocidade com que se sucedem os acontecimentos e pensando em torno do que ocorre na etapa final do processo físico.
Concentrando-se nas reflexões a respeito da própria imortalidade e como gostará de enfrentá-la.
Contribuindo em favor do bem e do progresso geral, dando sentido humano e psicológico à sua passagem pelo mundo...
Compreendendo a fragilidade de que são constituídos os equipamentos orgânicos, recordando-se que basta uma parada cardíaca, relativamente breve, para danificá-los em definitivo ou encerrar-lhes o curso, mediante a morte...
Utilizando todo o tempo disponível em conquistas morais e espirituais valiosas, que assinalam a existência com harmonia e alegria de viver.
Aquele que age sem pensar, sempre é constrangido depois a fazê-lo para reparar os prejuízos causados pela intemperança.
Não se pretende com estas considerações o retorno dos comportamentos ancestrais, vigentes nos períodos de sombra e de ignorância, quando se era escravo do poder temporal político e religioso.
O avanço da cultura libertou a consciência dos grilhões da superstição e do desconhecimento, facultando a liberdade de pensar, de expressão e de ação, mas também ofereceu a responsabilidade em relação a cada um desses comportamentos.
*
Jesus, o Psicoterapeuta excelente, penetrando de maneira segura no futuro, identificou este período e referiu-se-lhe como sendo de dores e aflições pelos desatinos que se permitiriam as criaturas insensatas.
Tem, portanto, muito cuidado com o teu comportamento, elegendo aquele que preencha o vazio existencial, antes que o aumentando, e te faculte uma saudável jornada terrestre.
Descobrirás a sua qualidade porque te eliminará a ansiedade, a insatisfação, proporcionando-te tranquila alegria de vida e de ação.
Os comportamentos são o outro lado do espelho do mundo íntimo, exteriorizando o que se é sem máscaras.
Reveste-te de harmonia e comporta-te como discípulo de Jesus, que o mantinha ideal, e jamais te perturbarás...
Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro:
Jesus e Vida
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