quarta-feira, 1 de junho de 2022

Porvir

Porvir

Joanna de Ângelis



Na apoteótica mensagem de Jesus aos deambulantes carnais, Ele teve a preocupação de falar-lhes sobre  o porvir que a todos espera.

Toda a Sua Doutrina é trabalhada nas perspectivas da imortalidade e nos incontáveis recursos do porvir inevitável.

Ensinou que a temporalidade do corpo é de breve duração, por mais larga se expresse a caminhada orgânica e favoráveis sejam os fatores de prolongamento existencial.

Todos e tudo marcham para o fatalismo do porvir, porque a infinitude do Universo nos demonstra que não há alternativa.

À medida que a Sua palavra se popularizou, aqueles que a ouviram e se incumbiram de divulgá-la adaptaram-na aos interesses mundanos que sempre antecedem a renúncia e a solidariedade.

Ignorando ou iludindo-se com as atividades carnais, procura-se concluir que o pensamento do Mestre, feito de misericórdia e de compaixão, tem a finalidade de tornar aprazível e colorida a roupagem física, contrapondo-se à Lei do Progresso, que estabelece todos os períodos existenciais.

Infância, juventude, maturidade e velhice fazem a caminhada de todos, sem qualquer exceção.

Nada obstante, o véu do esquecimento material-benção para a evolução do Espírito - Faculta que se cultivem somente os fatos que dizem respeito ao corpo: O mesmo sucede quando se adere às suas magníficas orientações: esses mesmos interesses sobrepõem-se, e o porvir parece que não será alcançado.

De igual maneira, na formação do ser que parte da pequenez para a plenitude do avanço, momento surge que se dá o contrário, iniciando-se a degradação e a morte.

Começa, então, o mecanismo de preparação para o abandono das ilusões, a substituição do encantamento pela realidade do processo evolutivo.

Não sejam de estranhar a decadência das forças, a perda da limpidez das faculdades psíquicas, a indiferença em relação às posses e bens a que se apega de maneira doentia, e não poucas vezes desestruturam o período que se encontra no processo existencial.

Não acostumado à reflexão do pensamento do Senhor, do qual se tomou conhecimento superficial, espera-se pelo milagre da sobrevivência do corpo aos impositivos da consumpção que lhe estão ínsitos.

Cuida de reflexionar em torno da tua jornada material, realizando uma análise dos acontecimentos vivenciados, a avisar de maneira subliminal sobre as ocorrências que virão no futuro.

Assim, vive consciente da construção do teu porvir, que está esperando pelas tuas programações.

Não penses em protecionismo especial para ti e de méritos capazes de conceder-te uma experiência única e prazerosa.

*

O porvir está sendo alcançado a cada momento.

O que anelavas no passado e tinhas como futuro já se transformou em vivência vencida.


Assim também, o teu hoje é o teu porvir visto anteriormente como algo que estava distante e agora já não tem significado, exceto pelas consequências que ficaram.

Assim sendo, desfruta do teu hoje, fruindo as dádivas da Vida e programando-te para o teu porvir eterno.

Não enfloresças as mensagens de Jesus com as láureas terrestres que Ele rejeitou.

Optou pela renúncia humana para a glória divina, vivenciando dores de todos os tipos e sempre altaneiro, sem pedir ao Pai que o aliviasse. No Calvário, entregou-se à vontade celeste, embora alquebrado e semimorto.

Logo depois, retornando em vida abundante, jamais se queixou ou reclamou, porque Ele era o Embaixador do Céu para elevar a Terra.

Não te deixes embair pelas humanas homenagens, porque tudo vira pó, conforme no começo.

Cada desilusão, antagonismo, retaliação de que sejas vítima, agradece, porque estás restaurando o equilíbrio que desarmonizaste.

Todo aplauso e recompensa, homenagem e destaque recebe com simplicidade, considerando-te em débito com a Misericórdia de Deus.

Trabalha hoje o teu amanhã e afeita os testemunhos, recordando dos mártires cristãos cujas vidas e mortes comovem-te o coração.

Em relação ao teu amanha, aprende algo fundamental: abandonar emocionalmente tudo quanto te constitui razão de apego. Objetos que te fascinam, propriedades que tornas-te encantadoras com arquitetura e organização estética para o conforto excessivo, semoventes de alto preço e raças valiosas, pessoas e as suas amizades, que parecem fundamentais à existência, têm o valor e o significado que lhes são atribuídos, mas chega um momento em que perdem essas características.

Nessa análise, repassa que se atingires o período da velhice, tens necessidade de outros valores para manter o sentido da vida.

Cada período da existência é portador de significados específicos e, por mais se busque mascarar ou iludir o passar do tempo, a inexorabilidade do porvir obriga a que sejam realizados abandonos e construídos novos sentidos.

Em assim sendo, vive cada momento em clima de totalidade, extraindo todas as possibilidades que estão ao alcance, porque nunca mais a oportunidade se apresentará com as mesmas circunstâncias.

Para que bem possas viver o porvir, recorda-te do já experimentado, das ocorrências que te foram importantes no passado, tentando, pela imaginação, revivê-las, fruindo aquilo a que não deste valor, recusando o que mais tarde demonstrou ser pernicioso e na ocasião parecia-te benéfico e fundamental.

A vida tem as cores que lhe dás, variando do escuro e tenebroso ao brilhante cheio de fulguração. 

*

Não é por acaso que tomas conhecimento dos valores do Evangelho.

Quem o lê jamais permanece como antes.

Desse modo, prepara-te, porque o porvir que esperas já começou.

O hoje é o ontem que já passou e o amanhã que virá.

Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro:
Vida Plena

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