O melhor investimento
Richard Simonetti
Ilustração original do livro |
Era um empresário bem de vida, rico, poderoso, dono de muitas propriedades e negócios, mas... infeliz. Não se sentia realizado. Algo lhe faltava. Não conseguia definir...
Procurou Chico. Explicou-lhe o problema.
- Pode me ajudar?
O médium não se fez de rogado.
- Falta-lhe a alegria dos outros.
Com o espírito de síntese que caracteriza a sabedoria autêntica, Chico definiu a origem de nossos estados de ânimo, ao situar nossa alma como um espelho a refletir o que fazemos ao próximo.
O prezado leitor certamente já passou pela experiência de ajudar alguém desinteressadamente - um pobre faminto, um familiar carente, um colega de serviço atribulado, um doente desamparado...
Talvez não tenha percebido, mas, como reflexo de sua ação, você experimentou momentos indefiníveis de bem-estar e alegria, a espelhar os benefícios prestados.
Estamos submetidos a um mecanismo de causa e efeito que sempre nos oferece, nos domínios da emoção, um retomo relacionado com nossas iniciativas.
O mal que praticamos fatalmente volta para nós na forma de desajustes e angústias.
O bem que exercitamos resulta em chuva de bênçãos sobre nossa alma.
Talvez aquele empresário não fosse má pessoa...
Talvez não lesasse ninguém...
Talvez não traísse a esposa...
Talvez não cultivasse a mentira...
Talvez não falasse mal da vida alheia...
Todavia, amigo leitor, isso não é suficiente.
Na dinâmica da Vida não há neutralidade.
Se não estamos praticando o Bem, sustentamos o vazio onde se expande o mal.
Por isso, Jesus recomendava o exercido da misericórdia, do perdão, da compaixão, o pensar no outro, superando o egoísmo, para que o Bem preencha todos os espaços de nossa alma e transborde em bênçãos de paz ao redor de nossos passos.
Francisco de Assis, o grande missionário do Cristo, entendeu bem a mensagem, dedicando sua existência ao empenho de servir, tendo por base sua famosa oração, em que destaca:
É dando que se recebe.
Muitos veem em Jesus uma perene má vontade para com os ricos, atentos às suas expressões como aquela que está em Mateus, 19:24:
"...é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus."
Obviamente o rico não está condenado à perdição eterna, mesmo porque isso apenas exprimiria uma incompetência de Deus, incapaz de evitar que um filho se perdesse.
Nem situa Jesus a riqueza como instrumento de perdição, já que o dinheiro é sempre neutro. Depende do uso. Com ele podemos comprar o pão para o faminto ou explosivos para o terrorista.
O problema da riqueza é que envolve de tal forma o indivíduo que deixa de ser, para ele, parte da existência e toma-se o objetivo dela.
Ele deixa de ser senhor e toma-se escravo do dinheiro, resvalando para a ambição, sem espaço para iniciativas mais nobres como o exercício da solidariedade.
Assim, o homem pode ser rico de dinheiro e pobre de felicidade, como acontecia com aquele empresário que procurou Chico.
***
Falta a todos nós algo que sobrava em Jesus, Francisco de Assis, Chico Xavier e todos aqueles que se doaram em favor da Humanidade.
Falta amor, a chave mágica que derruba as barreiras do egoísmo para que exercitemos desprendimento, dedicação e sacrifício em favor do próximo.
Muitos falam em carência de amor, reclamando a omissão de familiares e amigos ou a ausência de sonhado afeto.
Mas, imperioso considerar.
Não é o amor que nos negam que nos afeta.
O que nos afeta é o amor que não oferecemos.
Só este amor nos realiza como filhos de Deus.
Só este amor tem o poder mágico de crescer em nós e inundar o nosso coração de bênçãos quando o oferecemos ao próximo, como aqueles pães e peixes que surgiam milagrosamente no cesto, à medida que os discípulos de Jesus os distribuíam à multidão faminta, na célebre passagem evangélica.
É o que enfatiza primoroso texto, cujo autor desconheço:
Gaste o amor a mãos cheias!
O amor é o único tesouro que se multiplica por divisão.
É o único dom que aumenta quanto mais você tirar.
É a única empresa na qual, quanto mais se gasta, mais se ganha.
Doe-o, difunda-o.
Espalhe-o aos quatro ventos,
Esvazie seus bolsos,
Sacuda o cesto,
Emborque o copo,
E amanhã você terá...
Mais do que antes.
Richard Simonetti do livro:
Rindo e Refletindo com Chico Xavier Vol.2
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