sábado, 30 de agosto de 2025

Coragem na ação

Coragem na ação

Bezerra de Menezes



Meus filhos:

Em uma panorâmica da sociedade contemporânea anotamos o desar, a agressividade, o crime e o desrespeito pela criatura humana.

As nações desagregadas expõem as feridas profundas da sua decadência.

Os governos desajustados apresentam-se estúrdios, vitimados pela prosápia, tombando na corrupção, na indignidade.

Os grupos sociais agridem-se, famigerados, como se fossem inimigos motivados à destruição recíproca.

... E os indivíduos, que ouviram a proposta do amarem-se uns aos outros, armam-se uns contra os outros em assinalada loucura e perversão.

Tem-se a impressão de que o mal administra a cultura hodierna; que a barbárie governa os sentimentos.

Sente-se uma vaga de agonia, que faz estertorar a criatura humana fragilizada e as instituições vencidas pelo vírus da perversidade.

Em uma observação imediata, parece existir uma conspiração contundente para o infortúnio que assinala os aparentemente bons a benefício dos aparentemente maus.

Anota-se o progresso dos desonestos; o acúmulo de valores dos arbitrários e dos injustos, e a dor que asselvaja, estiolando os que se dedicam ao dever.

O desânimo grassa, enquanto o pessimismo ensombra a cultura moderna. Todavia, tudo isso é somente aparência, porque a grande realidade é que luz a misericórdia de Deus soberana. E é para este momento de trevas que ela acende um sol de primeira grandeza no empíreo tomado pela sombra densa.

Onde a vitória das mentes pervertidas e o triunfo dos desonestos, dos injustos, dos perversos e dos corrompidos? Estarão os cristãos invertendo a ordem dos valores, assinalando somente triunfos? As moedas que se enferrujam, que perdem o valor por decretos e os tesouros que passam de mãos, são vitórias? Onde a glória dos que dominam as consciências com o anestésico da mentira, com a volúpia do suborno e com os recursos da indignidade?

Filhos, mais do que nunca, deve viger em nós a presença do Cristo e dos Seus valores. Lamentar, porque somos convidados à luta para mudar essas estruturas carcomidas? Nunca! Jesus não esteve em época melhor do que esta, nem a sociedade de então se caracterizava por virtudes e valores que não sejam semelhantes aos de hoje.

Não nos enfraqueça a dor, nem se nos arrefeça o entusiasmo, porque os anestesiados gargalham enlouquecidos na esquizofrenia delirante da mentira e da ilusão.

Jesus nos prometeu e deu-nos outra forma de triunfo, que foi sobre a cruz.

Em que página do Seu Evangelho está consignado que os Seus discípulos ganhariam o mundo, o aplauso, a glória ilusória e ridícula, o triunfo da selvageria e o êxito da posição social?

É necessário despertarmos para a profundidade do pensamento do Mestre, que renunciou a todas essas glórias de mentira, aceitando a esperança no reino dos céus, a certeza inalienável da vida imortal.

A dor, meus filhos, é honra que nós devemos desfrutar.

A carne é veiculo transitório, e, como todo veículo, passa breve, sem sentido, sua única finalidade é preparar-nos para a ressurreição triunfal.

Aqueles que O amam, não elegem os triunfos do mundo, que se fazem acompanhar das acerbas lágrimas do arrependimento, da amargura.

Colheis, hoje, a sementeira. Prossegui semeando para o amanhã, sem desalento, e, se por acaso, o desânimo se vos acercar, acendei a candeia da alegria na paisagem do coração.

Não vos enganeis nem enganeis a ninguém, acenando em vossa fé com as glórias enganosas da Terra e as alegrias que entorpecem a mente e deixam vazio o sentimento.

Confiai em Deus!

As vossas, são as alegrias dúlcidas do coração afervorado à verdade, que se derivam da consciência tranquila.

A desencarnação alcança a todos: justos e criminosos, nobres e escravos, sábios e estúpidos. Mas a vida, pujante e verdadeira, soa em igualdade de condições para todos, acenando-lhes as recompensas e justiças de acordo com o trânsito carnal.

Não temais! Enxugai o suor e alegrai-vos sem pessimismo, porque o vosso é o triunfo sobre a cruz e a ressurreição sobre a morte.

Bezerra de Menezes por Divaldo Franco do livro:
Antologia Espiritual

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