Ponte e o concreto
Marco Prisco
“Como cooperadores com Ele (Jesus)...” (Paulo, II Coríntios — 6:1.)
Independente das valiosas e expressivas realizações que você não consegue produzir, tome-se uma ponte entre Deus e o seu próximo, com os elementos da boa vontade e da solidariedade.
Impossibilitado de sustentar construções morais e sociais de alto porte, pense em transformar-se no concreto armado do templo da fraternidade entre os sofredores.
Não lobrigando resolver os graves problemas da Humanidade, faça-se a chave útil que abra as portas da esperança aos que estão à borda do abismo, desistindo do bem ou no rumo da queda.
Impedido pelas contingências em que se debate, de realizar um largo cometimento, converta suas mãos em concha, no vaso singelo que conduza linfa refrescante aos sedentos.
Limitado no exíguo espaço das provas que o não liberam para os grandes voos da caridade, experimente ser uma claridade, débil que seja, resistindo a todas as sombras conjugadas.
Reduzido à posição mínima e desconsiderado pela precipitação dos outros, constitua-se o adubo fecundo para a paz de todos, pela ausência de revide ao mal.
Sentindo-se fracassar no ideal de ser como uma paisagem de sol e beleza para os homens que sonham, revele-se uma fortaleza de fé para os que se sentem fraquejar na luta.
Ambicionando ser o teto que não logrará alcançar, submeta-se a existir como o piso de segurança para outros se apoiarem.
Não distribuindo ouro, ofereça alento.
Não doando pérola, ofereça paz.
Não ensejando glória, faculte equilíbrio.
Não espalhando poder, distenda harmonia.
Não multiplicando bens transitórios, reparta fortunas de amor.
Quando se deseja cooperar com a vida, a vida ajuda o laborioso trabalhador.
À frente, fartamente, ou no imo, em abundância, estão os valores do espírito que você tem o dever de abençoar com a fecundidade do bem, objetivando o seu irmão necessitado que espera pela sua realização.
Faça alguma coisa, porém faça-a bem, ponte de amor ou concreto de paz.
- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles, a razão e a universalidade.
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