quinta-feira, 8 de junho de 2023

A Ciência ante o Espiritismo

A Ciência ante o Espiritismo

Aristides Spínola



Apoiando-se nas apressadas conquistas da Ciência aliada à Tecnologia e num movimento de reação natural às arbitrárias imposições da fé religiosa, estribada em dogmas irracionais do passado, os estudiosos e investigadores, do fim do século XIX e começos deste declararam-se ateus, invectivando, violentos, contra a crença na existência da alma e na sua sobrevivência à morte do corpo físico.

Afeiçoando-se ao materialismo dialético, procuraram demonstrar que o pensamento é gerado pelo cérebro e que o problema da consciência decorre da cultura ancestral, da hereditariedade e dos atavismos sociológicos de que o homem é, inevitavelmente, o resultado.

Aferrados a essas concepções, engendraram explicações complexas e sofisticadas, para demonstrar a origem da vida nas profundas reações do nada, para onde retornam todas as coisas, reduzindo a extraordinária organização cósmica às absurdas reações do acaso, que produziu a ordem, retirada do caos, e a inteligência, derivada da estupidez...

Cada descoberta no campo da matéria parecia confirmar tais prognósticos, e a “revolução do átomo” surgiu como poço para absorver as antigas tendências religiosas e elucidar os múltiplos mecanismos no campo da forma.

Levadas as pesquisas e aplicadas à organização fisiológica dos seres vivos, especialmente o homem, pensou-se que “a matéria explica a matéria”, não obstante o conhecimento de que o fatalismo celular não explica o surgimento daquelas que possuem finalidades específicas, derivadas do neuroblasto que, único, transforma-se em sessenta trilhões de outros, no organismo adulto.

A matéria apresentava-se, desse modo, como causa e efeito de si mesma, ignorando-se que um conglomerado caótico de forma alguma pode produzir a matriz do pensamento e, a partir de então, seguir uma linha direcional de equilíbrio, sem retorno ao mecanismo desordenado e arbitrário das suas origens...

A matéria no entanto se encarregaria de decepcionar aqueles que lhe concediam a apologia de responder por todas as ocorrências.

Lentamente invadida, foi-se desvelando em partículas cada vez menores e mais penetráveis, a ponto de levar os seus investigadores à utilização do cálculo e da matemática concepcionista, por impossibilidade total de captar-lhe as expressões mais reduzidas, na área do infinitamente pequeno.

Adentrando a sonda da busca no campo subatômico, deslumbraram-se os cientistas, que partiram para técnicas e aparelhagens cada vez mais perfeitas até alcançarem o neutrino, que somente pôde ser captado vinte e seis anos depois de concebido, em razão de o mesmo “não possuir carga elétrica, nem magnética, bem como não ter massa” e sendo de breve duração...

Sem se darem conta, uniram-se químicos e físicos, matemáticos e astrofísicos, concepcionistas e biólogos, nas várias faixas das suas especialidades, aprofundando cada vez mais o bisturi da investigação e detectando, surpreendidos, novas expressões que remontavam à energia pura, causa de todo campo molecular e estágio final que acolhe os resíduos da desintegração de todas as partículas.

Nesse momento de observações, viram-se compelidos a refundir os conceitos anteriores, constatando que a matéria não se explica a si mesma, sendo, então, o resultado da “energia resfriada” ou “condensada”, de duração efêmera, em razão das múltiplas e constantes transformações a . que está sujeita.

Um movimento novo passou a tomar corpo, na área da Ciência, propelindo aos seus apóstolos a defrontarem a perfeição onde parecia haver a desordem e uma programação no lugar do acaso, afirmando uma causalidade estabelecida para uma fatalidade prevista.

Do nada evoluiu-se para uma máquina pensante, como a responsável, no Universo, pela existência do Cosmo e de tudo quanto existe, atualizando-se o conceito aristotélico do “Primum movens”, para justificar a origem e a existência das Galáxias e da vida.

Na atualidade, a esdrúxula afirmação do nada produzindo tudo encontra-se caduca, e a falência da matéria foi decretada pela energia, que lhe tomou o lugar em todas as áreas da causalidade universal.

Não há muito, o astrofísico inglês, Firsoff, consciente do que defrontara no campo da investigação da vida, afirmava, sem qualquer pejo e com absoluta segurança que “o Espírito é uma entidade de interação universal semelhante à gravidade e à eletricidade”, possuidor de inteligência, sem dúvida, pois que, concluía, concebia-o como uma realidade estruturada, “constituído de midoms, ou partículas da mente (mind em inglês), “demonstrando, assim, que o pensamento é o resultado de uma onda que o elabora e o projeta, campo material e vivo.

O propósito confirma o conceito do Dr. Hine, no estudo dos fenômenos de telecinesia, que afirmava: “a mente, que não é física, interfere no mundo físico, de uma forma não-física.”

Antes deles, no entanto, a ciência espírita, através de Allan Kardec, postulava que “o espírito é o princípio inteligente do Universo”, conforme a questão número 23 de O Livro dos Espíritos.

Indagando, ainda, no item a, da mesma pergunta, “qual a natureza íntima do Espírito”, responderam os Instrutores da Humanidade: “Não é fácil analisar o Espírito com a vossa linguagem. Para vós ele é nada, por não ser palpável. Para nós, entretanto, é alguma coisa. Ficai sabendo: coisa nenhuma é o nada e o nada não existe.”

Perfeitamente concorde com as modernas conclusões dos investigadores que o defrontam nos seus laboratórios, a definição espírita precede-as, noutra linguagem, de acordo com os conhecimentos da época em que foi apresentada.

Da mesma forma, divergindo da teologia ancestral, que buscava saber quem é Deus, Kardec inquiriu a esses Mentores: "Que é Deus?”, desumanizando a Divindade e retirando-lhe o caráter antropomórfico ancestral.

Não menos sábia foi a resposta procedente da Espiritualidade: “Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas”, igualmente inserta em O Livro dos Espíritos, indagação número um.

Em consequência, dos gabinetes de pesquisa vem o decreto da morte do materialismo, estabelecendo a fase da fé racional, fundamentada na ciência de laboratório, que veio confirmar os conceitos da Filosofia espírita, revelados pelos Imortais ao preclaro Codificador do Espiritismo, Allan Kardec.

O homem, diante da realidade nova, levanta-se e busca Deus, aplicando a ética do amor e da caridade na vivência diária, emulado à transformação moral sobre a qual alicerça o conhecimento para adquirir a harmonia, mediante o qual se integra na consciência cósmica em plenitude e paz.

Aristides Spínola por Divaldo Franco do livro:
Antologia Espiritual

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