terça-feira, 20 de agosto de 2024

Bagatelas

Bagatelas

Scheilla



Companheiro escute-me com atenção.

Eu sei que você está cansado, com a mente turbada por inquietações e desencantos.

Asserene-se e permita-me o ensejo de falar-lhe.

Provavelmente você aspirou a melhores resultados na batalha da vida; triunfo e auréolas da fama, rédeas do poder em suas mãos, comodidades e sorrisos à porta da sua afetividade, viagens, prazeres... Todavia, a surpresa da realidade o molesta.

Diante dos que conseguiram os altos postos de comando no mundo, você sente um ressaibo de inveja ou revolta e crê que eles não merecem o de que desfrutam, pois que não são melhores do que você, faltando-lhes, é bem possível, valor e nobreza para se manterem com equidade na posição que os deslumbram.

Talvez você tenha razão.

Não é justo, porém, que você considere como felicidade somente o ouro reluzente, a conta bancária expressiva, o automóvel de alta categoria, o palacete...

Esteja certo de que em muitas vivendas, senão em quase todas aquelas que se caracterizam pelo poder dos seus proprietários, a aflição também faz morada.

Há bagatelas que enchem a vida de sol, produzindo alegria e ventura se as utilizarmos devidamente.

Felicidade é moeda cujo sonido mais dura quando retorna em nossa direção, após a termos ofertado a alguém.

Não olhe os que estão aparentemente acima de você; fite os que escorregam junto aos seus desenganos, mais problematizados, e achegue-se a eles.

Muitos homens elegem a desarmonia íntima por aspirarem apenas às situações brilhantes e se engalfinham em lutas renhidas para as situações de relevo, empenhando a existência em negócios nefandos, para se envenenarem depois com a cicuta do medo, do ódio, do ressentimento.

No entanto, há tantas pequenas coisas que engrandecem!

Pequenas-difíceis realizações que todos quase desdenham e que são tesouros preciosos de fácil manejo.

Considerando a Via Láctea, ficamos a pensar no átomo que lhe serve de base...

Esses pequenos átomos de amor, na direção do próximo, geram uma Via-Láctea de felicidades para os arquitetos das ações desconsideradas.

Saia da noite de você mesmo e espalhe átomos de esperanças.

Faça alguém confiar na generosidade humana sendo gentil.

Conceda a oportunidade a um desafeto de conhecer-lhe o sorriso do perdão.

Conduza a taça de alegria a alguém numa enxerga.

Lave uma ferida num estranho.

Alongue uma moeda até as mãos que não se atreveram a buscá-la nas suas.

Dirija palavras de alento e bom humor ao companheiro de viagem, no veículo coletivo de todo dia.

Abrande o golpe do desespero em alguém que se queixe a você, dando-lhe otimismo.

Acenda uma lâmpada de alento num coração em agonia.

Olhe o manto da noite, companheiro, e medite na extensão do amor de Nosso Pai.

Tudo, além, lhe parecerá tranquilo, harmonioso, fascinante...

Calculam os astrônomos que, a olho nu, se podem ver cerca de cinco mil estrelas fulgindo, no firmamento... Considerando-se que somente se vê a abóbada celeste em uma metade de cada vez, as estrelas que nos acenam luminosas e nos ferem a retina visual não ultrapassam o número de duas mil e quinhentas... E, no entanto, acreditamos vê-las aos milhões.

Essas que vemos são as bagatelas do Universo. Além, muito além, ilhas siderais, nébulas e continentes estelares cantam as glórias do Criador, ignoradas por nós.

Transforme, assim, as nugas singelas que possui — estrelas humildes do firmamento da sua bondade — em ilhas de amor nos céus escuros de muitas almas, e agindo no bem sem cessar, você despertará cada hora nimbado de paz, envolto na luz da alegria que dimana do Sol Divino emboscado no seu coração.

Constatará, também porque Jesus, Rei do Orbe, veio até nós nas palhas de uma estrebaria, acondicionou o amor em embalagens de ternura, conviveu com os infelizes, ouviu a gente sem nome nem projeção, mourejou numa carpintaria comum de benemerência que a Cruz de escárnio e o esquecimento proposital dos poderosos não conseguiram anular através dos tempos, continuando até hoje como Modelo de felicidade integral para nós todos...

Scheilla por Divaldo Franco do livro:
Crestomatia da Imortalidade

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