quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Filhos drogados... De quem é a culpa?

Filhos drogados... De quem é a culpa?

Jácome Góes



A toxicomania é um triste sintoma da decadência de uma civilização extremamente materialista, onde a fa­lência da dignidade e a erosão da moral se encontram...; onde milhões de pessoas se desviam dos caminhos do bem, enveredam nas florestas dos excessos e dos artificialismos mundanos...;onde existe a corrida desenfreada em busca de prazeres mais excitantes, ultrapassando, de muito, os limites do equilíbrio....

Neste mundo de aber­rantes paradoxos, as pessoas não se preocupam em ter "olhos de ver" os fatos tão contundentemente expos­tos, nem "ouvidos de ouvir" os sinais e alertas que ecoam em todas as dimensões...

Não querem aprender o valor da renúncia aos vícios, e do sacrifício na gestação das virtudes...

Querem saúde, mas desvitali­zam suas células no autoaprisionamento de costumes ir­reverentes e indignos...

Querem paz, mas ao invés de exercitarem, a serenidade, tornam-se instrumentos de violência...

Querem alegria, mas vão buscá-la não nos limites da pró­pria consciência gratificada pelos acertos, mas nos sons enganosos e na ilusão das uto­pias...

Querem felicidade mas dizem que esta só é encontra­da nos desregramentos de toda a natureza, e nunca nas sentenças da própria alma, quando decretam a autoliberdade pelos méritos do dever cumprido...

Eu pergunto. – Sem Deus; sem noções de respeito a si, aos outros e à própria vida; sem idealizações superiores, que será do homem?

Torna-se, este, num "barco" à deriva, e impotente no "ocea­no" da própria desgraça auto­criada...

Automatiza-se aos há­bitos deprimentes aos quais se entregou...

Define-se covarde porque embora sabendo que está se atolando no lodo da degradação não encontra coragem para reagir... Atenta con­tra a própria vida, numa ati­tude suicida. Desobedece aos princípios éticos que enaltecem a moral e fazem sobreviver o amor...

No emaranhado de tan­to desrespeito a ciência con­temporânea afirma que exis­te uma predisposição para a toxicomania, indicando como fatores componenciais agravan­tes entre outros, o vínculo na relação familiar.

Afirmam os estudiosos que os pais são muitas vezes responsáveis dire­tos pela caída dos seus filhos no "gueto" da marginalidade. Eles dizem o seguinte: Quando o lar é um palco onde se de­senrolam cenas de agressão mutua... de violência constante..., de insegurança..., de desa­mor..., o resultado, consequen­cialmente, é desastroso.

A degradação familiar pode levar os jovens à busca daquilo que eles chamam de compensações.

Tentando esca­par de uma atmosfera beli­cosa, eles se tornam presas fáceis para se entregarem, passivamente ao vício... Daí para a dependência psicológica é um passo. E dessa para a falên­cia espiritual é outro às ve­zes muito curto...

A família contemporâ­nea, além das pressões econô­micas anda em crise com o abandono afetivo; com a negação do espaço existencial, com o materialismo tecnicista e, principalmente, (eu insisto), com a ausência da religião e de Deus...

Não quero, não posso e não devo acusar ninguém, mas com sentimento solidário de fraternidade, permita-me, por favor, dizer o seguinte: é preciso que os pais nos conflitos de todas as circunstâncias possam dar o testemunho do exem­plo, pois somente assim terão autoridade para exigir e cobrar comportamentos. O pai que exige obediência somente pela teorização dos seus "discursos" não tem a míni­ma noção de respeito. Um dia ele poderá ouvir dos seus filhos, o seguinte: "Aquilo que o senhor é no cotidiano impede-nos de ouvir aquilo que o senhor diz como sendo ver­dades..."

Permita-me, ainda, por favor, relembrar que o processo educativo começa na gestação, e se acentua nos pri­meiros anos da infância. A criança percebe e assimila tudo num processo cumulativo de informações que irá compor o seu caráter. Por isso é que confirmam os pesquisadores: "Quem não semear a disciplina até os sete anos dificil­mente conseguirá aos dezessete..." Um dia o mundo vai exigir... a vida vai reclamar... e se não houver resistência no alicerce moral, cairá por terra a construção de uma vida...

Jácome Góes
Jornal da Cidade /Aracaju/Sergipe


Jácome Góes

Sergipano, ex-morador de São Paulo, morou em Aracajú - SE.
Foi advogado aposentado do Ministério do Trabalho.
Orador e escritor espírita, teve colunas em jornais e programas de rádio.

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