Diálogo
Eros
- Este é o maior diamante do mundo - esclarecia, comovido, o rei. - Homens e mulheres de diferentes países morreram e mataram-se através dos milênios, a fim de tê-lo. Hoje ele repousa no meu cetro de conquistador invencível e brilha mais do que uma estrela.
- Nada eu tenho que valha qualquer coisa terrestre - respondeu o Sábio. - Acostumei-me a ser feliz sem ter qualquer coisa, trabalhando apenas para conseguir o essencial, que para mim, é a paz.
- Como podes anelar por algo que dispensa joias, dinheiro e poder? Seguro o meu cetro com mãos de ferro e o vigio com olhos de águia. Os meus servos e subordinados sabem que ninguém pode aproximar-se dele, sem incorrer no risco de perder a própria vida. Todos temem.
- A minha paz, pelo contrário, atrai as pessoas que se acercam de mim, repousam na minha comunhão e experimentam felicidade ao meu lado.
- Pois eu, cioso do meu poder e do valor das minhas gemas, conhecendo a miséria moral das pessoas, não permito que ninguém se acerque desse tesouro valioso para roubá-lo. É meu, e o levarei comigo mesmo na viagem da morte.
O Sábio sorriu triste, meditou, e exclamou, por fim: - Pobre rei! Nada tens, e tudo que pensas possuir, não te pertence, porque fica na Terra, nem sequer o corpo pelo qual transitas é de tua propriedade, porque te escapa ao controle e segurança. E a joia, que pensas ficará na sepultura, é verdade, se demorará ali até que algum ladrão a transfira para outras mãos.
A minha paz, no entanto, seguirá comigo, embora fique também na Terra, sem nunca ser roubada por quem quer que seja.
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- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles, a razão e a universalidade.
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