Companhia
Eros
- Sempre estive ao teu lado - declarou a Morte ao homem rico - e te negaste a ver-me e ouvir-me. Enquanto respiravas, eu te advertia que estavas morrendo desde o momento do teu berço, porque eu recolhia os fragmentos de ti, que perdiam a vitalidade e sucumbiam. Como eras criança, mais tarde jovem e tinhas forças, renovavam-se as tuas células e a vida substituía tudo aquilo que terminava o seu ciclo.
Tua companheira incessante, pacientemente chamei-te a atenção, vezes sem conta, e não te permitiste um momento para compreender-me.
Algumas vezes, quando as doenças e o infortúnio te acometeram, consegui que me ouvisses por um pouco, mas ficaste transtornado, pedindo-me nova ocasião, que eu cedi, generosa.
Agora, infelizmente, deixarei de te acompanhar.
O homem, tomado de uma grande surpresa e de alegria, sentindo-se livre, inquiriu.
- Queres dizer-me que te irás, deixando-me seguir adiante a sós?
- Não - redarguiu-lhe, sorridente, a Morte - Agora trocaremos de posição. Antes, aonde quer que fosses, eu ia contigo, te acompanhava. A partir deste momento, tu me acompanharás ao país para onde rumaremos...
... E o arrebatou, sem mais delongas.
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- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles, a razão e a universalidade.
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