Construção de Paz
Eros
O rei devotado, que se dedicava a construir templos, cada qual mais suntuoso, a fim de homenagear Buda, aproximou-se de um nobre Mestre e indagou-lhe:
- Face à minha devoção ao iluminado, as edificações que realizo para homenageado, contribuirão para a minha felicidade?
Ante o silêncio do sábio, mergulhado em meditação, instou:
- Os monumentos albergam devotos que se comovem e se transformam em círios votivos homenageando o Senhor. Terei merecimento ante ele, em razão de minha abnegação ?
Quebrando o recolhimento silencioso, redarguiu-lhe o iniciado:
- As edificações de pedra serão corroídas pelo tempo ou destruídas nas guerras, ou pelos fenômenos sísmicos... Somente aquelas que se estruturam nos insondáveis alicerces da alma, permanecerão inamovíveis para sempre.
Nunca faltarão os discípulos que transformam pães em pedras ante a miséria que domina o mundo. O Mestre, no entanto, está procurando conviver com aqueles que aprenderam a construir santuários de amor, transformando pedras em pães.
Além disso, o Mestre ensinou em contato direto com a Natureza, sem encarcerar-se ou limitar a mensagem a espaços exíguos, porque ela é infinita como o Amor.
*
O rei, entristecido, subitamente conduzido à reflexão profunda, bateu em retirada, e deixou o velho hábito de erguer monumentos de pedras, quando havia tanta miséria em derredor.
Curta nossa página no Facebook:
- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles, a razão e a universalidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário, sugestão, etc...