Destino e fatalidade
Marco Prisco
Acentua-se que o destino é a força ciclópica a dirigir a todas as vidas.
Ocorrências inditosas, aflições superlativas, insucessos contínuos, desaires, são denunciados como filhos do destino ingrato…
Apegando-se a esse fator tradicional, não poucas vítimas deixam-se arrastar incólumes na direção dos desastres, perfeitamente evitáveis.
Na tradição do pensamento pessimista, a infelicidade seria parte inexorável do destino, que elege uns em detrimento de outros, aos quais abençoa com a plenitude, facilita as conquistas brilhantes, premia com as alegrias incessantes.
Ledo engano!
Existe, sim, uma fatalidade para todas as vidas, que é a autoiluminação, a conquista do Reino dos Céus.
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Você renasceu na Terra para triunfar sobre as heranças perturbadoras do período primário.
Você enfrenta dificuldades por havê-las semeado antes.
Você desfruta de bênçãos, a fim de fortalecer-se para as lutas de autossuperação.
Você padece dolorosas injunções familiares e sociais, porque a forja das transformações trabalha os metais do ser, amoldando-o para a construção da grei universal.
Você jornadeia em solidão, para treinar desenvolvimento íntimo dos valores da solidariedade.
Você contorce-se nas aflições e nas deficiências para recuperar-se do uso infeliz das faculdades nobres que destroçou.
Você chora enquanto outros sorriem, esquecendo-se do Amigo que mais verteu pranto do que alegrias quando esteve na Terra.
Você queixa-se de escassez porque desconhece o tormento da abundância nos que vivem o vazio existencial.
Você lamenta as incompreensões que lhe seguem no encalço, porque vive encarcerado no egoísmo.
Você anela pelas formosas concessões e esquece as dádivas naturais da Vida que outros não fruem: a visão, a audição, o tato, o olfato, o paladar, a sensibilidade, desconsiderando as mil glórias da Natureza à sua disposição.
Saia da concha da autocompaixão e sorria, participando do festival do tempo de que dispõe.
Você está fadado à conquista do universo.
Ninguém alcança o platô da montanha sem vencer o vale e as anfractuosidades da rocha na sua ascensão.
Nunca olvide que você se encontra amparado por Deus.
Aproveite cada momento da existência e trabalhe pela conquista da sua fatalidade: a harmonia plena!
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- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles, a razão e a universalidade.
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