Manhã de primavera em Corinto
Hermínio C. Miranda
Respeitáveis razões de natureza politica, que não são de nossa competência apreciar aqui, impedem a óbvia e econômica solução - já que se está, por exemplo, no Cairo - de voar diretamente a Tel Aviv, em Israel, passando da Terra dos Faraós para a da Bíblia em menos tempo do que tomaria uma viagem Rio - São Paulo. Para contornar o impedimento, o jeito é traçar no tormentoso mapa do Oriente Médio e adjacências um triângulo em que um dos vértices seja, por exemplo, Chipre ou Atenas. Entre essas e outras alternativas, preferimos Atenas. Não - pelo amor de Deus - que a Grécia seja apenas um trampolim geopolítico que nos permite conviver por alguns dias com árabes e judeus alternadamente. A Grécia é um sonho bom, do qual a História ainda não acordou, de todo, e creio que jamais acordará. Porque ali os mais nobres filósofos, estadistas, médicos e historiadores pensaram, para nós, um pouco de todos os grandes problemas do ser e do mundo em que vivemos.
E assim, nos primeiros dias de maio de 1977, o jato egípcio nos deixa no aeroporto de Atenas, em plena primavera.
Fascinam-me aqueles belos caracteres da língua que falou Aristóteles. Embora sem entender muito do que dizem, encontro aqui e ali palavras familiares - como "taripha", escrita, naturalmente, no taxímetro do carro que me leva ao hotel.
Ainda naquela tarde perambulamos pela cidade limpa e civilizada, como convém aos herdeiros políticos de Péricles. No dia seguinte, rumo à Acrópole e ao museu. Busco, porém, em todo o esplendor daquelas ruínas, além dos marcos de uma época extinta, a presença do Apóstolo Paulo, aliás, uma grande presença em Atenas. Lá está o "Poço de S. Paulo", ao pé da Acrópole. Também tem o seu nome a moderna avenida que passa pouco adiante. O padroeiro católico da cidade é S. Dionísio, que, como sabemos, foi praticamente o único ateniense, além de Dâmaris, que ouviu Paulo com respeito e atenção. Ali está o Areópago, onde ele falou do Deus Desconhecido. Imagino-o, magro e ascético, vestido de uma túnica pobre, as sandálias rotas, a passear o olhar incendiado e o coração algo desencantado por aqueles mármores brancos e puros convertidos em estátuas, monumentos e edifícios. Tanto fausto e beleza física e tanta especulação vã naqueles cérebros privilegiados e "blasés"...
Emmanuel (in "Paulo e Estêvão") nos dá conta da amarga decepção que o valoroso trabalhador do Cristo experimentou ali, onde a semente generosa parece ter caído sobre aqueles mármores tão belos quão frios, e a não ser uma ou outra que alcançou uma frincha rumo ao solo, como no caso de Dionísio, no solo mesmo feneceu a maior parte. A Inteligência de muitos era farta, mas estava sem luz o coração, talvez porque fossem felizes demais como criaturas humanas, saudáveis e folgazãs. Será que lhes faltava um pouco que fosse de dor? Não sei. Talvez, porque a doutrina da renúncia e do amor, que não medrou na Grécia luminosa e feliz, germinou e explodiu em luzes nas profundezas das catacumbas romanas, que ainda há pouco também visitara.
Minha ideia fixa, no entanto, era ver Corinto, e quase entro em pânico quando me informam que o 1º de Maio, feriado nacional também lá, caindo num domingo, nos deixaria na segunda-feira sem guias, sem transporte, sem restaurantes, sem nada. Como seria a sonhada viagem a Corinto, se na quarta-feira, dia 4, partiria para Tel Aviv? Tentei arranjar alguém que, pelo menos, fosse comigo de ônibus e me mostrasse: ali é Corinto, mas fui logo dissuadido pelo inflexível gerente do hotel informando-me que o sindicato dos guias não permitiria fosse a séria profissão exercida amadoristicamente. Ofereceram-me, alternativamente, uma viagem pelas ilhas, pois os navios, ao que parece, não ligavam muito para essa questão de feriados. Mas eu queria mesmo Corinto. E para encurtar uma longa história, dia 3, pela manhã, uma belíssima manhã grega e primaveril, o ônibus da empresa de turismo nos deixava, à beira da estrada, em frente às ruínas da velha Corinto. Ali estava ela, afinal!
Para o turista desatento seria apenas um monte desarrumado de pedras, onde aparece, aqui e ali, o esboço de um templo, o traçado de uma rua ou os alicerces de algumas casas. A custo consigo conter as emoções que me sacodem, pois identifico as cenas iniciais de "Paulo e Estevão"; quando Emmanuel descreve a covarde agressão sofrida pelo velho Jochedeb ben Jared, pai de Abigail e Jeziel, o futuro Estêvão. Por ali andou o Apóstolo dos Gentios e mais Timóteo, Lucas, Silas, Áquila e Prisca. Chegou a ser, a famosa cidade, um dos mais importantes centros de cultivo e irradiação do Cristianismo nascente. Nela, Paulo escreveu, pregou, ensinou, curou. E ausente, mais tarde, para os adeptos que nela operavam escreveria duas das suas grandes Cartas, inclusive para disciplinar melhor o exercício da mediunidade que começava a transviar-se e para combater dissensões que surgiam e ameaçavam erigir-se em seitas: a de Paulo, a de Pedro, a de Apolo...
Desligo-me do grupo de turistas, para melhor sentir Corinto na sua intimidade, procurando recapturar os ecos distantes das emoções que em seu seio foram vividas e sofridas. Por toda parte aquele verde absurdo do mato rasteiro salpicado de florezinhas amarelas e discretamente perfumadas, que o guia ainda há pouco dizia serem camomilas. O campo estende-se além das ruínas e atrás de uma construção moderna, mais ao longe, ergue-se, imponente, a grande altura, o monte Acrocorinto. Lá em cima - não há tempo para subir -, naqueles tempos idos, fervilhava de gente, pois o culto da deusa descera ao nível mais baixo, quando a prostituição exercida - dizem - por mais de mil mulheres era ao mesmo tempo ritual religioso e fonte de renda.
A manhã é clara e fresca, luminosa e perfumada; e aquelas pedras falam. Ainda lá está a plataforma de onde não apenas Paulo, mas qualquer orador se dirigia ao público que se movimentava na praça fronteira. Seria a praça que o pai de Estêvão atravessava quando foi agredido? Parece que sim, pois as ruínas em volta lembram os modernos "boxes" de certos mercados: pequeninas construções onde artesãos e agricultores ofereciam seus produtos ao público. Tenho de subir à bema (palavra grega para degrau, assento, tribuna, púlpito, trono), uma espécie de sacada ou patamar protegido noutro tempo por colunatas; resta agora apenas uma parte do piso, por onde caminho em extrema agitação emocional. Lá em cima, numa pedra tombada, está escrito em grego e em inglês o versículo 17, do capítulo 4, da Segunda Epístola, em que Paulo nos lembra que pouco importa a pequena tribulação do momento, quando nos aguarda a glória futura da paz:
- Com efeito, a leve tribulação de um momento nos produz, sobre toda a medida, um enorme caudal de glória eterna.
Daqui - penso eu - falou Paulo, de pé sobre estas pedras, os olhos postos naquela praça onde eram muitos os que passavam sem lhe dar ouvidos, enquanto outros ouviam-no, mas sem compreender direito qual era a sua mensagem.
Viera do desencanto de Atenas. Lucas, em Atos (18:1), nos fala da sua chegada a Corinto, onde encontrou Áquila e Prisca que, como tantos, haviam sido expulsos de Roma, ante as perseguições desencadeadas pelo Imperador Claudius. Emmanuel nos enriqueceu generosamente, com o conhecimento de inúmeros outros pormenores importantes, ao relatar um pouco da comovente história desse casal que tão cedo dedicou-se ao trabalho devotado na seara de Jesus.
Já vinham eles de perseguições outras, desde a primeira hora, quando o próprio Paulo as iniciara na velha Palestina. Foram companheiros do futuro Apóstolo nos "anos ocultos" no deserto de Dan. Sonhavam os mesmos sonhos e entregavam suas vidas pelos mesmos ideais.
Mas como seria Corinto?
***
Antes de apanhar o ônibus que nos levaria ainda a Epidauros, adquiro alguns "slides" e um interessante livrinho em inglês, do erudito Otto Meinardus, que, como ministro da Igreja Americana de S. André, em Atenas, pesquisou e escreveu seu valioso estudo sob o título "St. Paul in Greece" ("S. Paulo na Grécia", edição Lycabettus Press, 1972, Atenas).
Meinardus não dispõe, evidentemente, das informações que Emmanuel nos trouxe, e por isso seu livro apresenta algumas lacunas e falhas, mas sua obra é honesta e tão rica quanto possível ante a exiguidade dos fatos disponíveis e a despeito da abundância de material especulativo. Diz ele haver nada menos que 84 livros e um número incalculável de artigos sobre Paulo. Muitos desses títulos ele cita como fontes de consulta no final de seu trabalho.
Corinto era uma cidade cosmopolita de costumes extremamente corrompidos, como nos assegura Renan ("S. Paulo" - Série "Origens do Cristianismo", edição Lello, Porto).
Era capital romana da província da Grécia, então chamada Acaia. Graças à facilidade de comunicação, tanto com a capital do Império quanto com o Ocidente, Corinto era importante ponto estratégico para divulgação das ideias cristãs. Havia lá considerável número de judeus, muitos dos quais fugiam das perseguições de Claudius. Aliás, havia muitos judeus na Grécia. Tinham mesmo uma sinagoga em Atenas e outra em Argos, segundo nos assegura Philon, mas a maior delas era mesmo a de Corinto.
É importante observar, neste ponto, que a cidade estava predestinada à missão de criar e desenvolver influente e dinâmico núcleo cristão, pois quando, num momento de passageira depressão, Paulo parece algo desencantado com as possibilidades e perspectivas do Cristianismo na Grécia, o próprio Cristo lhe transmite uma palavra inequívoca de estímulo, como documentam os Atos (18:9 e 10):
- Não temas! - disse-lhe o Mestre, numa visão - Continua a pregar e não te cales, porque estou contigo e ninguém te porá a mão para fazer-te mal, pois tenho um povo numeroso nesta cidade.
Que significaria isto, senão que haviam sido reunidos, naquele ponto, muitos que traziam na sua programação espiritual o compromisso de prepararem-se para as tarefas da consolidação do Cristianismo nascente?
Segundo Meinardus, Corinto era bastante diferente de Atenas, no sentido de que não era uma cidade provinciana grega, mas a capital de uma província romana, o que fazia enorme diferença. Sua localização geográfica lhe assegurava condição privilegiada para transações comerciais internacionais. Depois de destruída por Lucius Mummius, em 146 a. C., foi reconstruída por Júlio César em 44, tornando-se conhecida então como Laus Julia Corinthiensis, onde gregos, judeus e orientais se misturavam com os romanos colonialistas. É fácil, pois, imaginar como em seu perímetro circulavam aventureiros de toda a sorte e dinheiros de muitas nações.
- A viagem a Corinto - dizia um provérbio da época, colhido por Estrabão de Amasia - não é para qualquer homem.
Muitos, pois, eram os que se perdiam nos desatinos que nela se praticavam, o que Paulo deixa claramente expresso no longo trecho da Primeira Epístola, versículos 9 a 20, do capítulo 6, e na Segunda, capítulo 12, versículos 20 e 21, que termina assim:
- Temo que em minha próxima visita o Senhor me humilhe por vossa causa e tenha de chorar por muitos que anteriormente hajam pecado e não tenham feito penitência por seus atos de impureza, fornicação e libertinagem.
Ao restaurar a cidade em 44, os romanos levaram para lá seus deuses. E para eles construíram templos imponentes, como o de Apoio, o qual, ainda nos tempos de Paulo, segundo Meinardus, seria um dos monumentos marcantes do local.
A cidade controlava a rota marítima que passa pelo estreito istmo que liga a Grécia Central à do Sul: o porto de Lecaion, no Golfo de Corinto, de um lado, e o de Cencreia, no mar Egeu, do outro. O atento leitor de Emmanuel há de lembrar-se que para Cencreia fugiu Abigail, quando o seu mundo doméstico desmoronou com a morte do pai e a escravização de Jeziel, seu irmão.
No tempo de Paulo, os navios eram retirados da água e arrastados por terra sobre roletes de madeira ou sobre enormes carretas. Tanto Alexandre, o Grande, como Júlio César (aliás, o mesmo Espirito em diferentes encarnações) e ainda Calígula, pensaram em rasgar o utilíssimo canal que somente no século XIX foi possível construir, sendo ultimamente ampliado, creio que com novo traçado às condições da moderna tecnologia das comunicações, pois levaram-nos a vê-lo.
Renan informa que, depois de arrasada por Mummius, Corinto ficou um deserto durante cem anos, e assim continuou até à reconstrução; e que o seu repovoamento trouxe tanta gente, e tão heterogênea, que os coríntios "permaneceram durante muito tempo estranhos à Grécia, que os olhava como intrusos". Os espetáculos públicos, ainda no dizer de Renan, eram os jogos brutais dos romanos, em lugar do elegante atletismo da tradição cultural grega. Era, pois, uma cidade internacional, rica, movimentada, brilhante, nada típica da civilização grega, na qual se incrustara.
- O traço dominante e que tornou o seu nome proverbial - escreve Renan - era a extrema corrupção de costumes.
Isso contrastava fortemente com os hábitos simples e joviais das demais cidades helênicas, e Paulo, portanto, precisou enfrentar dificuldades consideráveis para manter o núcleo cristão de Corinto ao abrigo da perniciosa influência daquela devassidão, transformada em ritual religioso e favorecida por desmedida tolerância.
Quanto aos muitos judeus então existentes, não poucos traziam já de Roma suas preferências pelo Cristianismo, tanto que Suetônio, na sua "Vida de Claudius", escreve famosa passagem dizendo que "sob a instigação de certo Crestos se estavam tornando cada vez mais turbulentos" e acabaram sendo banidos de Roma. Acrescenta Meinardus, citado por Paulo Orósio, historiador espanhol do século V, que a expulsão verificou-se no ano nono do reinado de Claudius, isto é, entre janeiro de 49 e janeiro de 50. Esses, por certo, compunham aquele grupo que o Cristo confiou ao ministério apostólico de Paulo, estimulando-o a que prosseguisse destemidamente na pregação àquela sua gente reunida providencialmente pelas contingências da vida.
O autor de "St. Paul in Greece" situa nesse período a chegada de Áquila e Prisca a Corinto.
Paulo ficaria lá durante um ano e meio, e seus incansáveis pés devem ter percorrido muitos e muitos quilômetros pelas redondezas. Mesmo hoje, por estradas asfaltadas, em ônibus velozes, a viagem de Atenas a Corinto é longa. Vejo o Apóstolo a caminhar por aquelas áridas e desoladas paragens em busca do coração e da inteligência dos gregos... Seria, por certo, uma figura esquálida e maltratada, sustentada apenas pelo ideal que mantinha acesa a chama sagrada da sua vontade férrea de servir ao Cristo, segundo o compromisso que assumira quando ainda emborcado na areia de Damasco, anos antes.
Roland Baiton, autor de "Here I Stand", escreveu que, perguntado, certa vez, sobre a aparência que a seu ver teria o Apóstolo, respondeu Lutero com um riso afetuoso:
- Acho que ele se parecia com um camarão magricela, assim como Melanchthon.
Daniel Rops estima que Paulo haja percorrido cerca de 20.000 quilômetros em 13 anos. E ele não sabe da viagem à Espanha, que Emmanuel nos assegura! (Ver, a respeito, "A Igreja dos Apóstolos e dos Mártires", Rops, Livraria Tavares Martins, Porto, 1960)
Dois ingleses ilustres - Malcolm Muggeridge e Alec Vidler -, que decidiram refazer todo o percurso de Paulo pelo mundo a fora, ficaram impressionados com a tremenda resistência física e moral do valente servidor do Cristo. O livro deles, muito dialogado, é leitura fascinante. Chama-se "Paul, Envoy Extraordinary" (edição Collins, Londres, 1972). E, bem entendido, fizeram as conexões por avião, ônibus, automóvel ou trem.
Foi em Corinto que se deu o, curioso julgamento de Paulo pelo Proconsul Gálio, irmão de Sêneca, o famoso filósofo romano (nascido, aliás, em Córdova, na Espanha). Conta Emmanuel que Gálio ouviu os acusadores com um ouvido só, reservando o outro, que mantinha tampado com um dedo, para a defesa. O sábio Proconsul não via crime algum no Apóstolo e a sentença foi tão bem recebida que o povo deu uma surra em Sóstenes, o acusador, à vista do próprio juiz, enquanto alguém de coração generoso recolheu Paulo para dar-lhe proteção, depois de ter este interferido a favor do adversário.
Sem decidir a questão, Meinardus informa que o julgamento de Paulo pode ter sido realizado junto à famosa bema, que até hoje se acha defronte a ágora, como testemunha silenciosa e venerável de muitos séculos de sublimes renúncias, de atrocidades e vandalismos inomináveis. Há quem creia, porém, que o julgamento possa ter ocorrido num dos templos locais.
Paulo nunca mais se esqueceria dos seus amados coríntios. Visitou-os novamente mais tarde e para eles escreveu duas das suas mais notáveis epístolas. O ensaio sobre a Caridade, constante do capitulo 13 da Primeira, é, na opinião de Muggeridge, "uma das mais encantadoras e maravilhosas coisas jamais escritas".
- Diria mesmo - prossegue ele, adiante, no seu diálogo com Vidler - que esta é uma das mais sublimes expressões de Paulo. Não acho que ele tenha jamais alcançado ponto tão elevado quanto este.
Emmanuel nos diz que o guia espiritual de Paulo era Estevão, incumbido da missão pelo próprio Jesus. Embora Paulo, com a potência de seu gênio, pudesse perfeitamente ter produzido tão elevada manifestação do pensamento, não seria desdouro para ele acreditar que não era estranha a esse valiosíssimo documento a inspiração da antiga vítima, designada como seu guia.
Comentando a admiração de Muggeridge, Vidler declara não acreditar que Paulo tenha escrito tanto de um só impulso, ditando tudo no calor do momento; ao contrário, deve ter meditado maduramente sobre o texto sublime. Na verdade, porém, a inspiração mediúnica tem dessas coisas, que saem perfeitas, a despeito de aparente improvisação.
Seja como for, Corinto foi, sob muitos aspectos, um teste para o Cristianismo nascente, Nela a doutrina de Jesus confrontava o pensamento greco-romano, o entrechoque de muitas correntes exóticas que para a sua área convergiam, a mistura de raças, crenças e descrenças, o politeísmo, o ateísmo e a ortodoxia judaica. Tornou possível demonstrar que, mesmo vivendo em meio à corrupção a mais desenfreada, os verdadeiros cristãos podem sustentar-se na fé e na prática das simples, mas austeras virtudes da ética do Evangelho do Cristo. Em Corinto se praticou a mediunidade a serviço de Jesus e lá verificou-se que a mediunidade também pode transviar-se, como os homens, ao embalo de paixões mal controladas.
Era por tudo isso que eu desejava tanto ver Corinto, antiga principal cidade da Acaia, e assim se explicam as fundas emoções que pude viver, enquanto à minha volta muitos turistas viam apenas umas pedras envelhecidas e desarrumadas na luminosa e idílica paisagem daquela primavera grega.
Justo onde pisaram os pés daqueles desbravadores dos caminhos da luz, curvei-me para colher raminhos humildes de camomila perfumada, porque assim podia disfarçar melhor as lágrimas, que não desejava conter...
Hermínio C. Miranda
Revista Reformador Dez. 1978
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Revista Reformador Dez. 1978 |
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