quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Amor e comportamento

Amor e comportamento

Joanna de Ângelis



O amor contribui para o comportamento ditoso daquele que o cultiva.

O treinamento do amor na conduta torna-se indispensável para que se desenvolva e alcance níveis elevados de emoção.

O amor não surge concluído, em condições de esparzir suas vibrações em clima de plenitude. É resultado de esforço e conquista de que paulatinamente se enriquece, conseguindo estabelecer fronteiras nas paisagens íntimas do ser humano. É uma força irresistível que necessita ser bem canalizada a fim de produzir os resultados opimos a que se propõe.

Por isso, ninguém pode esperar que surja poderoso, de inopino, arrebatando, ao mesmo tempo felicitando.

Quando assim ocorre, trata-se de impulso inicial da sua manifestação, ainda arraigada aos desejos e aspirações pessoais, que anelam pela permuta de interesses imediatistas, longe do significado real que o deve caracterizar.

É um empreendimento emocional-espiritual muito específico, que exige o combustível da ternura e da afabilidade, para poder compreender e desculpar toda vez quando convidado a envolver as pessoas com as quais se convive.

À medida que se instala no homem e na mulher, altera-lhes o comportamento para melhor, dulcificando-lhes a existência mesmo quando esta se encontra sob os camartelos dos sofrimentos e das dificuldades. Suaviza a aspereza da jornada e contribui em favor da alegria que deve ser preservada, mesmo que a peso de sacrifícios.

O amor não se deixa impressionar pela aparência física ou pelos atributos pessoais de outrem, embora, de alguma forma, esses possam contribuir em favor dos primeiros passos, como o fascínio, a aproximação, o intercâmbio afetivo, definindo-se depois pela própria qualidade de que se reveste.

Desdobra-se na convivência ou não com as pessoas que lhe recebem o alento, jamais diminuindo de intensidade por multiplicar-se largamente em todas as direções.

Pode-se amar a um número incontável de pessoas, com qualidade especial em relação a cada uma, sem que haja predominância de alguém em detrimento das demais. A sua chama nunca se apaga, porque não se consome, antes autossustenta-se com o combustível da alegria em que se expressa.

Nos relacionamentos agressivos e imprevistos da sociedade hodierna, como de outros passados tempos, não se influencia negativamente, corrompendo-se ou diluindo os vínculos, porque nada exige, possuindo a capacidade de compreender as dificuldades que sempre surgem, revigorando-se à medida que se doa.

O amor é otimista e sempre atuante, contribuindo eficazmente para o comportamento ditoso daquele que o cultiva.

Jamais agredindo, estimula os neurônios cerebrais à produção de moléculas propiciatórias à saúde e ao bem-estar, para evitar que os mesmos sejam bombardeados por toxinas procedentes do sentimento da amargura, do ressentimento, da revolta, do ódio...

Envolvente, é suave como um amanhecer e poderoso como a força ciclópica da própria vida.

Não se desnatura, quando não recebido conforme é do seu merecimento, nem se rebela, porque desdenhado. Mantém-se paciente e tolerante, por entender que o outro, aquele a quem se dirige, encontra-se doente, destituído de sensibilidade para recebê-lo.

A vigência do amor é o recurso mais hábil para uma real mudança de conduta da sociedade, que passaria a viver de maneira mais consentânea com as conquistas da Ciência e da Tecnologia, utilizando-se desse extraordinário contributo da evolução para tornar a existência terrestre muito mais feliz e menos preocupada.

Na raiz da crueldade e do crime encontramos o amor ausente naquele que se deixa arrastar pela loucura, que o não recebeu e não foi impregnado pela sua vitalidade prazenteira. Pelo contrário, acumulou resíduos de ira, de maus tratos, de indiferença e de perseguição, que se encarregaram de asfixiar quaisquer possibilidades de vivência da compaixão e da misericórdia, que são filhas diletas do amor.

Complexos de culpa e de inferioridade, rebeldia sistemática, amargura continuada, distimia contumaz são os frutos espúrios de uma existência sem amor, que se desenvolveu longe da esperança e da compreensão.

Esse coração sempre esteve fechado à irradiação do sol do amor, que não conseguiu penetrar-lhe a intimidade, alterando-lhe a pulsação emocional.

É necessário que se abram os sentimentos à sua presença, de forma que qualquer lampejo produza claridade interior, estimulando ao aumento de luminosidade.

Exercitando-se a vivência das suas vibrações, aumenta-se a capacidade de senti-lo e expressá-lo nas mais diversas situações.

Ao mesmo tempo, especial bem-estar domina o comportamento, proporcionando emoções enobrecidas e aspirações elevadas que objetivam a harmonia geral.

Quando alguém ama, o mundo começa a transformar-se. Basta que esse sentimento seja direcionado, indiscriminada ou especificamente, em favor de alguém e logo ocorre uma real mudança na psicosfera do indivíduo, que se irradia em toda as direções, modificando a estrutura perturbadora e desconfiada que por acaso exista à sua volta.

Conforme o Sol é sempre novo em cada amanhecer e sua luminosidade enriquece de luz e calor a Terra, o amor esplende de beleza e de vitalidade a cada momento em que se expande. Se houver noite moral, ele se torna claridade fraternal; se permanece a suspeita, ele oferta segurança; se campeia o desencanto, ele faculta a confiança, porquanto a todos aquece com o vigor da bondade e da paz.

Dizem os escritos evangélicos que Deus amou tanto ao mundo e à Humanidade, que ofereceu o Seu Filho, a fim de que, crendo n’Ele, todos encontrassem paz e felicidade.

Também se pode dizer que, amando-O, todos desfrutarão de equilíbrio e ventura.

Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro:
Garimpo de Amor

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