sábado, 7 de janeiro de 2023

A força do Destino

A força do Destino

Richard Simonetti

Melina acordou assustada:

- Meu Deus! Que pesadelo horrível! Eduardo, o marido, encarou-a sorrindo:

- Sonhou que a troquei por outra? Olhe que não está fora de cogitação...

- Pior! Vi você morto num desastre de automóvel.

- Ora, meu bem, foi apenas um sonho...

- Mas muito nítido! Seu carro derrapou e saiu da pista, arrebentando-se no acostamento. Logo após, incendiou-se.

O marido procura acalmá-la.

- Não se envolva demais com essas impressões, que são sempre perturbadoras. Se todos os seus pesadelos tivessem algo a ver com a realidade, mil coisas más nos teriam acontecido. Você frequentemente sonha com acidentes, doenças e mortes...

- Desta vez foi diferente. Era tudo incrivelmente real!

Olhos em lágrimas, expressão angustiada, Melina pede ao marido:

- Por favor, querido, não viaje hoje. Telefone ao chefe, diga que está doente...

- Você sabe que não posso me dar ao luxo de faltar ao trabalho porque minha esposa teve um pesadelo.

- O que me aflige é a estrada. São cinquenta quilômetros.

- Tenho feito centenas de vezes o percurso, sem problemas. Você sabe que sou muito cuidadoso.

- Está bem. Então quero fazer-lhe um pedido: vá de ônibus. Deixe o carro em casa.

- Acidentes também ocorrem com coletivos...

- São menos frequentes. E no ônibus estará mais protegido. Automóveis são muito frágeis.

- A mudança trará problema. Como vou dizer ao Itamar e ao Marcelo que não irão no meu carro? É a minha vez de levá-los.

- Troque a escala. Só hoje...

Eduardo resolve aceder, a fim de tranquilizar a esposa.

- Está bem. Falarei com eles. E sorrindo:

- Devo dizer-lhes de seu sonho? Quem sabe os livraremos também?

- Meu sonho foi com você. Eles não participaram.

- O acidente foi na ida ou na volta? Se foi na ida poderei retornar com eles.

- Não brinque...

- Seja feita a sua vontade. Regressarei de ônibus. Só que chegarei mais tarde.

Não poderemos ir ao cinema.

- Não faz mal. Haverá outros dias.

Eduardo avisou os amigos. Melina foi levá-lo à rodoviária. O marido embarcou algo contrafeito, mas conformado. Faria o sacrifício em favor do bem-estar da esposa.

Beijou-a carinhosamente.

- Até à noite.

- Vá com Deus, querido.

A jovem senhora retornou aliviada ao lar. Embora o marido fosse excelente motorista, confiava mais na segurança do coletivo.

Horas mais tarde recebeu a visita inesperada de Itamar e Marcelo. Ambos taciturnos e tensos.

- Algum problema com vocês? Voltaram cedo... O carro enguiçou?

- O problema é com Eduardo. Houve um acidente com o ônibus. O veículo derrapou, saiu da estrada, bateu no acostamento e se incendiou.

- Meu Deus! E ele, como está?

- Lamentamos muito. Eduardo faleceu...

A sabedoria popular proclama que ninguém escapa ao seu destino.

Embora as restrições que se possa fazer a semelhante assertiva, já que com o exercício do livre arbítrio podemos refazer o destino todos os dias, há cobranças cármicas, envolvendo problemas da vida e circunstâncias da morte, que não podem ser dribladas.

A submissão a Deus, nesses momentos, é a nossa melhor opção, reconhecendo que a sabedoria divina sabe o que faz e que sejam quais forem as atribulações do presente, o Senhor nos reserva sempre o melhor.

Richard Simonetti do livro:
Encontros e Desencontros

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