Desmascarando Fabiano
Roque Jacintho
— Ele criou fama, mas é um tolo ingênuo ou, então, um grande enganador — sentenciou frei B..., a outro de seus irmãos.
— O mais que dizem é fantasia. Tu sabes o poder imaginoso da crendice!
O outro de algum modo concordou com o parecer sobre Fabiano de Cristo, que tanta gente simples buscava no convento.
— O povo tem fome de milagres — aditou B...
— Por certo que sim!
— E o Fabiano não faz por menos. Deixando-se envolver pela credulidade dos fanáticos, aparentemente faz tudo o que lhe for pedido.
— Talvez não seja bem assim... Pode ser mais ingenuidade do que malícia!
Pois vou mostrar-te. Pedirei a ele que atenda alguém que nem existe e verás que ele voltará com notícias de que atendeu.
E se assim falou, mais rápido o fez.
— Olha, irmão Fabiano, — dizia B.. com fingido interesse — trouxeram notícias de que ali está caída uma mulher e que deves socorrê-la, já que todos passam ao largo.
— Eu irei de imediato — assegurou Fabiano, partindo a arrastar a perna enferma pela ladeira abaixo, com muita e dolorosa dificuldade.
Os dois observavam.
— Não te disse? — falou B..., tão logo Fabiano se afastou e completou com ironia:
— Ele vai e, não demora muito, nos dará informações fantásticas, nascidas de sua imaginação fértil de um antigo homem de negócios.
Algumas horas mais tarde.
— Ei-lo de retorno! — diz B... e, dirigindo-se a Fabiano, que se locomovia com dificuldades, perguntou-lhe: — Prestaste assistência à mulher, irmão Fabiano?
— Oh! Sim! A pobrezinha estava em desespero e ferida...
B..., que forjara a farsa, olhou maliciosamente para o seu companheiro de trapaça, como quem vai desmascarar afinal um impostor.
— E ela sofria muito?
— Sofria, coitadinha, O que mais lhe doía, porém, era não ter chegado até aqui. Após prestar-lhe assistência, pedi o auxílio de algumas pessoas bondosas e a levamos para uma hospedaria.
— Não me diga! — exclamou B..., pleno de ironia. — Pena que não estivéssemos lá, para ajudar-te!
— Se estivesses lá, me pouparias de um incômodo! É que, tão logo a acomodamos na hospedaria, ela me encarregou te trazer-te uma correntinha de prata.
E, ante o espanto de B..., Fabiano lhe estende a mão:
— Ela me disse que é tua e que te ia trazê-la!
O frei B..., contempla a correntinha, pálido.
— Esta.., corrente... — balbucia.
Fabiano, sem aperceber-se do espanto de B..., completa a informação descrevendo a senhora a quem prestara socorro e repete algumas expressões de carinho que ela endereçara ao frei B...
— Ela é tua parenta? — indaga Fabiano, carinhoso.
— Essa... mulher,.. é minha mãe, Fabiano! E ela, há dois anos... é morta!
— Pois ela vive e segue a te amar! — complementou Fabiano com naturalidade, aumentando ainda mais o espanto dos dois ouvintes curiosos.
E ele voltou para a enfermaria, onde trabalhava agora.
Roque Jacintho do livro:
Fabiano de Cristo - O Peregrino da Caridade
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