sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Serenidade

Serenidade

Lancellin



Cabe distinguir que a palavra Serenidade vem de uma abundância de virtudes vividas pelo santo, ou seja, aquele que se santifica pela vivência de todas as qualidades ordenadas por Jesus no Evangelho. Serenidade de consciência existe quando o ser humano ou espiritual conquistou o celeiro do Amor e quando esse Amor faz parte integrante da inteligência.

O Espírito dotado da mansuetude permanente conheceu a verdade e, por ela, foi libertado dos alinhavos da ignorância, predispondo o coração a grandes voos dentro do reino da mente, com integração plena em todos os sentimentos da fraternidade. É nosso dever buscar a brandura em todos os trabalhos empreendidos por nós e remover os entulhos que nos dificultam a conquista da equidade.

Como é agradável conversar com pessoas serenas, repletas de confiança em Deus e no que dizem, seguras nas suas determinações, sem violentar consciências, mas expondo caminhos valorosos para os que buscam a luz!

Como é interessante estar em companhia de irmãos que se mostram inalteráveis diante de todos os assuntos, mesmo de problemas cruciantes por que a Humanidade passa e que eles, por vezes, provam em seus caminhos, sem perderem o prazer de ajudar com os valores espirituais do coração.

Meu filho, a Serenidade é um talento que cresceu na área dos sentimentos e que assegura outro tanto de virtudes inumeráveis a despertarem como soldados valentes na legião do Bem. A suavidade no falar ajuda na aquisição de um ambiente imperturbável em torno de quem fala, que agrada a quem ouve e que, certamente, é transmitido aos que não puderam ouvir. Ela é vida que irradia vida sem cessar. E se todas as qualidades nobres vêm de Deus, pelos canais de nossos esforços, pedimos ao Senhor que nos ajude a conquistá-los.

Comecemos hoje, porque ao bom trabalhador não é negado o seu salário. O Espírito desconhece os seus próprios valores. Ele é um mundo cheio de talentos espirituais capazes de iluminar toda a constelação da consciência. Para tanto, temos de sofrer várias cirurgias morais e o especialista nesta arte de operar sem que encontremos outro para se lhe igualar, somos nós mesmos. Sê médico da tua própria conduta, sê mestre das tuas próprias necessidades. Sê tutor de ti mesmo, abre os braços para a eternidade e dize: graças a Deus estou livre... porque conheci a mim mesmo...

A bonança de conhecimentos vem da libertação de todas as ignorâncias que antes empanavam todas as nossas qualidades espirituais. Devemos compreender o valor da posição dos outros ante as nossas e o respeito a todas as criaturas nos seus devidos procedimentos.

Nós recebemos o que doamos e refletimos aquilo que somos. Se alguém te fere com uma simples palavra ainda não ficaste livre das enfermidades do orgulho e da vaidade, do egoísmo e da vingança.

Aprende a discernir o que vem por trás das ofensas e as lições que poderás receber delas. Se bem compreendidas, é Deus que Se faz presente e mais visível em teu coração.

Lancellin por João Nunes Maia do livro:
Cirurgia Moral


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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

O amor

O amor

Eros



A jovem plebeia aguardava o amor e se debruçava no retângulo da janela, olhando os transeuntes passarem e as carruagens que levantavam nuvens de pó. Não possuía nada, exceto a beleza de que era dotada.

- Tenho certeza que o meu príncipe um dia virá buscar-me, libertar-me da pobreza - afirmava, sorrindo, e preparava-se, todos os dias, adornando a cabeleira negra que lhe escorria da cabeça com coroas de flores de laranjeira brancas e perfumadas.

Na aldeia humilde, jovens rapazes sonhadores lhe propunham núpcias, dispensando mesmo qualquer tipo de dote, e ela os recusava sorrindo, informando:

- Casarei com um príncipe, rico e bom, doce como o mel e poderoso como o Sol.

Passaram os anos e as épocas, enquanto ela aguardava, sem mudar de ideia.

As pessoas, na aldeia singela, acreditavam que ela houvesse enlouquecido.

No entanto, continuava lúcida e sonhadora, debruçada ao peitoril da janela, adornada de flores, agora porém, olhando o zimbório estrelado, sem preocupar-se com o pó que se levantava da estrada ou a zombaria dos passantes irônicos.

Numa noite de incomparável beleza, uma carruagem iluminada e decorada com guirlandas de rosas e mirtos, puxada por ginetes alvos e reluzentes, parou à sua porta e, de dentro, saltou um príncipe ajaezado de joias, ostentando na cabeça fulgurante coroa, e, tomando-lhe a mão, convidou-a a entrar no veículo resplandecente, dizendo-lhe com sorriso e musicalidade na voz:

- Eu sou o teu príncipe. Venho buscar-te.

- E como de chamas?

- Amor.

Ao amanhecer, encontraram-na morta, encostada à madeira da janela, fitando o firmamento, e sorridente.

Eros por Divaldo Franco do livro:
A busca da perfeição

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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Pérolas de luz

Pérolas de luz

Meimei


Contemplando o Anjo da Morte, a alma arrimada ao leito despedia-se enfim...

Quisera comentar as sensações derradeiras para os entes amados, no entanto, contraíra-se-lhe a boca em amargo silêncio.

Tentava estender as mãos ansiosas e amigas aos que ficavam, contudo, enrijeciam-se-lhe os braços como se imobilizados em couraça de gelo.

Queria continuar a ver-se nas molhadas pupilas que se rodeavam, tristes, mas o pranto a cair-lhe dos olhos encovados suprimia-lhe, aos poucos, a bênção de visão.

Era a grande viagem dentro do nevoeiro...

Sob o enorme conflito a vergar-lhe a esperança, recorreu à oração e o pensamento reto recusou-se a atender.

Ainda assim, apelou para a memória, demandando recursos improvisados que lhe pudessem doar segurança e consolo.

Recordava, com intensa aflição, todos os lances da própria vida.

Sofrera, sim, mas fizera com que outros sofressem...

Lutara imensamente, reparando, porém, corações desditosos em combate maior...

E enquanto meditava, no turbilhão de angústias, mergulhou-se-lhe a mente em dolorosa noite.

Todavia, das trevas, eis que pontos de luz descerram-se, cantantes, pequeninas estrelas a lucilarem, lindas, dentro da névoa espessa.

Chegam em revoada, quais sorrisos de amor desvelando na Altura, a estrada para os céus.

Atordoada e enlevada, a alma enxerga, de novo, o Anjo que a consola, explicando, amoroso:

- Eleva-te mais alto! Estes pingos de sol revelam-te o caminho! São eles, todos eles não são as gotas de fel que choraste entre homens, mas, sim, as que secaram, espalhando a alegria...

Foi assim que sem mágoa, a alma feliz, então, avançou para os cimos, ante as cintilações da caridade pura, que transformara em pérolas de esplendente beleza as lágrimas de dor que ela própria enxugara entre as sombras do mundo...

Psicografia em Reunião Pública. Data – 7-12-1957.

Local – Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas.

Meimei por Chico Xavier do livro:
Taça de Luz

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terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Liberdade e Evangelho

Liberdade e Evangelho

Vianna de Carvalho


Em nome da hegemonia política, Esparta esmagou Atenas, em guerras sangrentas, depois de vencer Tebas, Mantinéia, Megalópolis, senhoreando-se das demais ilhas gregas, plantando seus marcos de triunfo nas terras conquistadas.

Enquanto toda a Hélade chora a dor dos filhos, Esparta canta um hino de triunfo e liberdade nas ruas engalanadas.

Em regozijo à sua eleição como povo escolhido, Israel trucida os filisteus e todos os povos nômades de sua fronteira, em lutas lamentáveis e demoradas e, clamando por liberdade, insurge-se posteriormente contra o romano dominador que lhe arrebata o cetro.

E em todos os tempos, enquanto os dominadores exaltam a liberdade, os dominados clamam por ela.

Testemunhando seu amor a Jesus, Pedro, o Eremita, inicia a pregação das Cruzadas, na Europa, para libertar o túmulo vazio do Mestre, na Ásia, desencadeando a série de guerras desnecessárias que enlutaram tantas nações.

Foi igualmente em nome da liberdade que a França desencadeou a terrível hecatombe que ensanguentou a Europa no último quartel do século XVIII.

E até hoje o panorama continua o mesmo. A prepotência estabeleceu as diretrizes da dominação e, em nome dos direitos humanos, a força sobrepõe-se à fraqueza, na posição de protetora e, como não dizer, também de algoz.

No Evangelho de Jesus, anunciado há vinte séculos, a liberdade atinge seu mais nobre lugar. Através da revolução pacífica da moral e dos costumes, o Cristo é o protótipo do homem livre.

Diante de Pilatos, escarnecido e humilhado, permanece digno e nobre. Atado ao poste do suplício, alça-se a Deus e comunga com Ele.

Pregado à cruz entre apupos e zombarias, mantém o padrão elevado da liberdade, perdoando aos próprios algozes.

Assassinado, volta do túmulo em esplendorosa manhã, caminhando livremente ao lado dos companheiros atônitos e receosos.

O Evangelho é a grande lição de liberdade que o mundo conhece.

Durante dezesseis séculos fez-se dele peia e açoite, sem conseguirem destruí-lo, entretanto.

A História nos fala de santos e mártires que experimentaram punições cruéis e atrozes suplícios, vivendo na liberdade gloriosa da fé cristã, embora presos e martirizados até à morte. E que o Mestre expressara, na sua eloquência sábia, que liberdade é condição de alma isenta de paixões. Por isso, alentou os discípulos, indagando: "Que medo podem fazer aqueles que matam apenas o corpo e nada podem fazer à alma?"

Liberdade não é, portanto, estado de movimentação para o corpo, mas condição de alma no corpo.

Acreditava-se, antes, que o Evangelho era uma cadeia a jungir o crente ao carro do dever, proibindo tudo, tudo condenando. Graças, porém, à Revelação Espírita, o Evangelho passa a ser encarado na sua legítima situação de dínamo poderoso, capaz de transformar homens tíbios em gigantes, dando energia para a vitória sobre todos os males. Porque o Evangelho é mensagem de luz e esclarecimento, e o homem, beneficiado pelo conhecimento evangélico, opera o autodescobrimento que o felicita e liberta.

Evangelho - caminho da liberdade rumo à perfeição. Liberdade - mensagem do Evangelho trazida por Jesus ao presídio humano.

Vianna de Carvalho por Divaldo Franco do livro:
À Luz do Espiritismo

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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Depressão

Depressão

Maria Dolores



Dizes que sofres angústias
Até mesmo quando em casa,
Que a tua dor extravasa
Nas cinzas da depressão.
Que não suportas a vida,
Nem te desgarras do tédio,
O fantasma, em cujo assédio
Afirma que tudo é vão.

Perto da rua em que moras
Há uma viúva esquecida,
Guarda o avô quase sem vida
E três filhinhos no lar;
Doente, serve em hotel,
Trabalha na rouparia.
Busca o pão de cada dia,
Sem tempo para chorar.

Não longe triste mulher,
Num cubículo apertado,
Chora o esposo assassinado
Que era guarda de armazém…
Tem dois filhinhos de colo.
Por enquanto, ainda não sabe
O que deve fazer da existência.
Espera pela assistência
Dos que trabalham no bem.
 
Um paralítico cego,
Numa esteira de barbante,
Implora mais adiante
Quem lhe dê água a beber…
Ninguém atende… Ele grita,
Na penúria que o consome,
Tem sede e febre, tem fome,
Sobretudo quer morrer.

Depressão? Alma querida,
Se tens apenas tristeza,
Se te sentes indefesa,
Contra mágoa e dissabor,
Sai de ti mesma e auxilia
Aos que mais sofrem na estrada.
A depressão é curada
Pelo trabalho do amor.

Maria Dolores por Chico Xavier do livro:
Dádivas de Amor

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domingo, 23 de fevereiro de 2025

Orientação aos descrentes - Contribuição para espiritualistas - Lei Espírita - Causa do insucesso nas invocações - Necessidade do estudo - Perigos aparentes,regeneração do bem,Cairbar Schutel,Médiuns e mediunidades, - Perigos aparentes

Orientação aos descrentes - Contribuição para espiritualistas - Lei Espírita - Causa do insucesso nas invocações - Necessidade do estudo - Perigos aparentes


Cairbar Schutel



Pelo que temos escrito o leitor compreenderá muito bem este trabalho se divide em duas partes: estudos experimentais para descrentes; e estudos auxiliares para espiritualistas.

Façamo-nos compreender: os primeiros experimentem sem espírito preconcebido, como quem deseja encontrar a porta que dá acesso ao Caminho da Verdade; iniciados que sejam, e, portanto, já espiritualizados, devem obedecer às recomendações feitas aos últimos para que obtenham bons resultados em seus trabalhos. É indispensável que todos se compenetrem de que os fenômenos espíritas obedecem a uma Lei que não pode ser burlada.

Seria ridículo que um estudante ou amador da arte fotográfica, rebelando-se contra os raios actínicos, quisesse à viva força revelar uma chapa em plena luz; ou que um estudante de eletricidade teimasse em iluminar uma lâmpada em cuja ampola penetrasse o ar.

Assim, para todas as coisas é preciso obedecer as regras, a influência do meio, os modos de se obter o que se deseja; também as grandes verdades estão por sua vez submetidas a leis irrevogáveis, que o homem precisa estudar.

Todos os Juízos apriorísticos devem ser postos à margem em face de uma ocorrência desconhecida.

O fato de não crermos numa coisa, não destrói absolutamente a existência daquilo que julgamos não existir; e se os descrentes chegam pelos seus estudos e experiências ao conhecimento da verdade, é porque se despem do orgulho de saber, do juízo preconcebido que tinham e são auxiliados por seus amigos invisíveis para chegarem ao conhecimento da verdade.

A prova do que afirmamos se deduz das observações que se verificam: uns experimentam, cheios de orgulho, de insubmissão, e nada obtêm; outros obtêm o que não julgavam obter, para que também não se diga haver sugestão ou autossugestão.

As condições, o meio têm uma influência considerável para a produção do fenômeno; só os Espíritos Guias conhecem bem os fenômenos que se podem produzir em certos meios e em certas condições.

A mesma coisa se dá com as invocações: invocamos um parente, um amigo, e se apresenta um desconhecido!

Por que assim acontece?

Porque o parente, ou amigo não pode atender, seja devido à lei de assimilação de fluidos, seja porque uma ocupação no Mundo Espiritual impediu o comparecimento à reunião, ou por outros motivos ainda ignorados por nós.

Mas se inquirirmos com cortesia e atenção o Espírito que se comunica, podemos obter dele provas de identidade, que nos serão de maior proveito do que se comparecesse o nosso amigo ou parente.

Todos no Mundo Espiritual têm os seus afazeres, sua missão, seu trabalho, sendo possível que o parente ou o amigo não possa comparecer à hora em que o chamamos.

Aqui mesmo na Terra, entre encarnados, dá-se a mesma coisa.

Dissemos já sobre a Lei de afinalidades: é bem possível também que o Espírito evocado não possa assimilar seus fluidos aos do médium evocador, ou este aos do Espírito.

Estamos em face de uma ciência nova, que precisa ser estudada com toda a boa vontade, com toda a atenção, não nos cabendo, a nós estudantes, formular as leis a que ela se deve submeter; nós é que nos devemos submeter ao seu método experimental.

A abstenção do estudo e da experimentação de um fenômeno, sob pretexto de perigo, não é consentânea com a razão, nem com a Ciência, como também é um entrave à lei do progresso e da Verdade.

Quando se resolveria o problema da navegação aérea, se todos os homens deixassem de estudá-lo, pretextando a queda das aeronaves ou a explosão dos motores?

Ninguém ignora o perigo que existe nos trabalhos com os raios X; entretanto, os raios X têm dado excelentes resultados e podemos já evitar o perigo.

Neste mundo tudo é perigoso.

Haverá maior perigo do que um lampião de vidro aceso sobre a mesa?

Quantas mortes tem produzido o querosene?

Não pertencemos ao número dos que evitam o fenômeno espírita e se abstém das relações com os Espíritos, mas aconselhamos a todos que experimentem, estudem, para poderem prosseguir as suas relações espirituais com os que indevidamente chamamos mortos.

Como nos dói a alma ao sabermos de uma casa assombrada e sobre a qual em seguida se diz: lá compareceram os espíritas e cessaram as manifestações!

Não seria mais lógico, mais racional, mais religioso que os espíritas, após a verificação da autenticidade do fenômeno estimulassem a intensificação do mesmo, para que todos pudessem verificá-lo, e expusessem, então, aos circunstantes, a sublime Filosofia Espírita, que tem mesmo como base esses fatos, já bem constatados por grande número de sábios em todo o mundo?

O estudo, o trabalho e a boa vontade são indispensáveis à obtenção dos conhecimentos espíritas.

Cairbar Schutel do livro:
Médiuns e Mediunidades

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sábado, 22 de fevereiro de 2025

Trabalho

Trabalho

Emmanuel


“E Jesus lhes respondeu: Meu Pai obra até agora, e eu
trabalho também.” - (João, 5: 17)
Em todos os recantos, observamos criaturas queixosas e insatisfeitas.

Quase todas pedem socorro. Raras amam o esforço que lhes foi conferido.

A maioria revolta-se contra o gênero de seu trabalho.

Os que varrem as ruas querem ser comerciantes; os trabalhadores do campo prefeririam a existência na cidade.

O problema, contudo, não é de gênero de tarefa, mas o de compreensão da oportunidade recebida.

De modo geral, as queixas, nesse sentido, são filhas da preguiça inconsciente. É o desejo ingênito de conservar o que é inútil e ruinoso, das quedas no pretérito obscuro.

Mas Jesus veio arrancar-nos da “morte no erro”. Trouxe-nos a bênção do trabalho, que é o movimento incessante da vida.

Para que saibamos honrar nosso esforço, referiu-se ao Pai que não cessa de servir em sua obra eterna de amor e sabedoria e à sua tarefa própria, cheia de imperecível dedicação à Humanidade.

Quando te sentires cansado, lembra-te de que Jesus está trabalhando.

Começamos ontem nosso humilde labor e o Mestre se esforça por nós, desde quando?

Emmanuel por Chico Xavier do livro:
Caminho, Verdade e Vida

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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Uma operação invisível

Uma operação invisível

Ramiro Gama



A doente dormia para acordar daí a minutos gritando emocionadíssima: "Fui curada por um Velhinho vestido de branco..."

Este caso contou-nos o prezado amigo e irmão Manoel Epaminondas, residente em Três Rios, no Estado do Rio de Janeiro:

— Minha sobrinha Luzia achava-se atacada, há quase dois anos, de uma sinusite crônica, segundo o diagnóstico de seu médico assistente.

No meado do ano passado, 1941, a doença agravou-se, complicando-se com velhas outras enfermidades. Seu médico, depois de lançar mãos de todos os recursos de sua ciência, desenganou-a tanto mais que a operação, que lhe poderia salvar, era contraindicada, dada a sua fraqueza orgânica, que progredia diariamente.

Foi quando, à residência de minha irmã, que residia no Rio, nesta época, na qual estava minha sobrinha, chega uma senhora Espírita. Observa a doente desenganada e aconselha:

— Por que não levam a Luzia a um Grupo Espirita e não a tratam pelo Espiritismo? Tenho a intuição de que ficará boa, tanto mais que a Medicina da Terra se mostra impotente para curá-la...

Minha irmã e meu cunhado são católicos, se bem sejam simpáticos à Doutrina Espirita. E ficaram indecisos...

Mais tarde, aparecem outras visitas e aconselham a terapêutica Espirita.

-Dormiram, pois, todos apreensivos com as recomendações.

Pela manhã minha irmã, meu cunhado e a própria doente contam seus sonhos. Eram idênticos. Sonharam os três: que o Dr. Bezerra de Menezes lhes havia aparecido e dito:

— O Caso é de operação. E, amanhã, no fim da tarde, às 18 horas, concentrem-se porque vou operá-la. Tenham fé em Jesus.

A perplexidade era geral. Então o Caso era mesmo sério e haveria de dar bom resultado. Confiaram e esperaram. Neste interim, entra a senhora Espirita que, na véspera, os visitara e os aconselhara a procurar um Grupo Espírita e conta-lhes:

Esta noite, sonhei com a Luzia e o Dr. Bezerra. Ouvi, nitidamente, ele dizer que vai operá-la hoje, à tarde...

Era demais. A comoção invadiu a todos. A Graça se lhes parecia além de seus merecimentos...

E, à tarde, às 18 horas, de acordo com as recomendações do Dr. Bezerra nos "quatro sonhos" concentraram-se. Oraram, com respeito e emoção. A doente foi colocada na cama. E esperaram todos, temerosos, apreensivos...

Daí em diante, a enferma dormia para acordar minutos depois gritando, emocionadíssima:

— Fui operada por um velhinho de branco, que aqui esteve, me fez dormir e, depois, senti que me operava, que abria minha testa e limpava... Despediu-se, abraçando-me e ouvi que dizia: Vão-lhe aparecer na testa algumas feridinhas, mas não se incomode. Depressa desaparecerão. E, depois, você ficará completamente curada. Dê graças a Deus! Eleve seu coração para Jesus, o Divino Médico do corpo e da alma que por intercessão de Maria Santíssima, permitiu a operação! E partiu...

Isto se deu, conclui nosso caro Amigo Nonda, há 17 anos e minha sobrinha Luzia se acha, hoje, completamente, curada. Tudo se realizou como o Dr. Bezerra lhe disse, pequenas feridas apareceram-lhe na testa. Depois, desapareceram como por encanto...

Ramiro Gama do livro:
Lindos Casos de Bezerra de Menezes

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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Companhia

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Eros


- Sempre estive ao teu lado - declarou a Morte ao homem rico - e te negaste a ver-me e ouvir-me. Enquanto respiravas, eu te advertia que estavas morrendo desde o momento do teu berço, porque eu recolhia os fragmentos de ti, que perdiam a vitalidade e sucumbiam. Como eras criança, mais tarde jovem e tinhas forças, renovavam-se as tuas células e a vida substituía tudo aquilo que terminava o seu ciclo.

Tua companheira incessante, pacientemente chamei-te a atenção, vezes sem conta, e não te permitiste um momento para compreender-me.

Algumas vezes, quando as doenças e o infortúnio te acometeram, consegui que me ouvisses por um pouco, mas ficaste transtornado, pedindo-me nova ocasião, que eu cedi, generosa.

Agora, infelizmente, deixarei de te acompanhar.

O homem, tomado de uma grande surpresa e de alegria, sentindo-se livre, inquiriu.

- Queres dizer-me que te irás, deixando-me seguir adiante a sós?

- Não - redarguiu-lhe, sorridente, a Morte - Agora trocaremos de posição. Antes, aonde quer que fosses, eu ia contigo, te acompanhava. A partir deste momento, tu me acompanharás ao país para onde rumaremos...

... E o arrebatou, sem mais delongas.

Eros por Divaldo Franco do livro:
A busca da perfeição

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