Vigia o que falas
Lancellin
A tua boca é um canal que obedece cegamente à tua mente. Se as tuas ideias forem negativas, rolarão como pensamentos malfeitores na tua fala e esta corromperá aqueles que te ouvem. És responsável pelo que dizes aos ouvidos dos teus companheiros.
Vela o que conversas com teus irmãos, presta bem atenção à formação das tuas ideias e disciplina tuas emoções para que não venhas a cair nas tentações do mal, que sempre espreita a coletividade. Vigia constantemente teus pensamentos e não te esqueças de fazer o mesmo com o que falas.
Deixa vicejar o amor em teu coração e alimenta esse princípio divino em tua vida, para que a tua paz seja duradoura. Se ainda não tens a consciência exata dos valores dos teus pensamentos e das reações deles sobre os outros, passa a observar, de agora em diante, pois a melhor escola é a observação pessoal, sem a crítica que pode levar ao desespero.
A tua palavra é uma semente vicejante. Onde cai, pode germinar com traços do teu compromisso e, mais tarde, poderá alterar a tua conduta e te forçares a responder por ela, colhendo os frutos do que plantaste. Porém, se ela é educada e instruída, se está amoldada aos ensinamentos de Jesus, é semente mais viva e te ajudará a construir a tua própria felicidade. Deves zelar pelas tuas palavras, mas cuidar também do que ouves dos outros.
A influência danosa pode perturbar a nossa conduta.
Se já abriste as portas do teu entendimento em busca do aprendizado, não percas a oportunidade de seres útil a ti mesmo, criando condições e enaltecendo o Bem no silêncio dos teus próprios sentimentos. Educar-se é analisar a própria vida, selecionar pensamentos palavras e ações ante os que nos cercam. Esteja sempre atento aos acontecimentos e saberás comportar-te diante de tudo, sem nada menosprezares.
Se o teu irmão aparecer frente a ti, envergando a cruz de duras provações, não te deixes influenciar pela viciação dos erros que carrega. Ajuda-o a melhorar a sua conduta, a desfazer-se das ideias desfavoráveis ao bem comum. Precaver-se, nestes momentos, é manter o que já conquistaste na área do equilíbrio e da paz de consciência. Faze a tua parte, que Deus nunca Se esquecerá de ti. Desliga-te do mal e deixa a luz do Bem clarear o teu caminho que, por onde passares, estarás sempre ajudando àqueles que transitarem por ali.
Confia em Deus e em ti mesmo, desde que estejas seguro dos teus próprios atos.
Acautela-te dos impulsos inferiores que, por vezes, assaltam a tua mente, querendo transformar a tua conduta. Revigora a fé pela oração e cria o hábito de servir aos outros sem exigências, para que a caridade, em teus passos, passe a ser a tua própria vigilância.
As nossas palavras podem ser jatos de luz ou impulsos de trevas, sementes do Bem ou convites para o desequilíbrio. Depende da educação e da disciplina que já granjeamos na escola da vida. Estamos sendo chamados todos os dias para o autoaperfeiçoamento, convite este que poderá passar e demorar a voltar; e não podemos afirmar que, no seu regresso, venha com as mesmas branduras do primeiro chamado, sendo comum o retorno acontecer sob a forma da dor. É a guerra interna, recebendo as bombas dos infortúnios e o fogo das provações, para nos ensinar o que devemos ouvir e o que nos compete dizer.
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