Profecias e revelações
Vianna de Carvalho
Atitudes incompatíveis com a ética comportamental recomendada pela Doutrina Espírita, o profetismo irresponsável e as revelações sobre as existências pregressas.
As previsões desastrosas sobre o futuro da Humanidade, que campeiam, apavorantes, são deduzíveis pela conduta que governos e homens das várias Nações se permitem, cultivando a beligerância sem disfarce, o egoísmo sem medida e a correria armamentista, a que se aplicam os grandes blocos do Oriente e do Ocidente, sob as justificativas de medidas preventivas para a paz.
Não há por que duvidar-se das notáveis informações precognitivas que vêm atravessando os séculos; em torno do fim dos tempos, desde as visões dos profetas antigos às palavras de Jesus, no "sermão profético", ou narrados por João, no incomparável Apocalipse, ou, ainda, as previsões de Nostradamus e outros não menos eminentes médiuns de todas as épocas...
Ressalte-se, porém, que os tempos negativos, infelizes e o mundo moral inferior serão os que darão lugar a uma vida menos atribulada do que a existente nestes tumultuados dias do planeta, que ainda transita de um estágio expiatório para uma fase de regeneração com as criaturas que o habitam.
Não se creia, portanto, literalmente, na extinção da vida, mesmo porque, se as formas desaparecessem, não se acabariam os seres em si mesmos, cujo berço e habitat definitivo são além da matéria, na sua estrutura íntima, portanto, espiritual.
Guerras, calamidades, desastres de todo porte sempre os houve, em razão de o lento processo da evolução moral dos homens, por sua livre opção, vir ocorrendo, por enquanto, através do fórceps da dor.
No que tange às supostas revelações reencarnacionistas, em que desfilam, no proscênio dos homens, personalidades famosas, mas nem sempre dignas, vultos lendários e nobres de toda estirpe, para que sejam consideradas deveriam partir de Entidades Elevadas, que o sendo, não se interessam por futilidades de tal monta, destituídas de significado para a evolução moral do Espírito, antes exalçando-lhe as qualidades negativas quão perniciosas do orgulho, da presunção, da falsa superioridade.
Convenhamos que o importante para todos nós, desencarnados ou encarnados, não é o que fomos, qual o papel transitório que desempenhamos no palco das existências corporais, mas o que hoje somos, o que ora valemos e fazemos, o que viremos a ser...
Espíritos irresponsáveis e folgazões comprazem-se em estimular as vaidades chãs, incensando aqueles com quem convivem, narrando-lhes fatos e acontecimentos mirabolantes, informando-os de reencarnações de pessoas importantes, com eles distraindo-se e, ao mesmo tempo, levando-os ao ridículo.
O estudioso sincero do Espiritismo deve precatar-se de disparates e frivolidades desse porte, examinando-se com critério e concluindo, por si mesmo, pelo que é, pelas inclinações e tendências atuais, o que foi nas existências transatas.
Se à Divindade aprouve descer o véu do esquecimento sobre as lembranças das vidas anteriores, fê-lo por ser mais proveitoso ao Espírito ignorar do que perder-se em excogitações improdutivas, senão prejudiciais, em torno da questão.
Não se nega que, muitas vezes, para dirimir um grande problema, atender a uma premente necessidade, impulsionar o progresso, Espíritos Superiores concedem informações em torno do passado dos seus pupilos, sempre vazadas na discrição, na prudência e num conteúdo do qual se retiram salutares lições que revigoram o desfalecido na luta e o sustentam nas difíceis conjunturas.
Outrossim, escasseando o conhecimento das reencarnações de pessoas modestas e humildes, enquanto pululam as de afamadas e controvertidas criaturas, depreende-se que os primeiros, porque lutadores anônimos e abnegados, libertaram-se das dolorosas conjunturas, enquanto os outros, que malversaram os tesouros de que foram depositários, aqui prosseguem nas lutas do autoaprimoramento, ainda fascinados pelas glórias e ilusões terrenas, sem haverem despertado para os altos compromissos da realização interior e da edificação do bem geral ao qual deveriam empenhar todos os esforços.
De somenos importância, portanto, essas preocupações que agitam os neófitos e os militantes invigilantes nas hostes espíritas.
A todos nós devem interessar o bom uso da oportunidade, o aprofundamento do estudo da Doutrina, com que nos armaremos de vigilância e responsabilidade para os cometimentos superiores da reencarnação, que tem como meta resgatar os erros do passado e adquirir valores positivos para o futuro.
Viseu, Portugal, 17.08.80
Vianna de Carvalho por Divaldo Franco do livro:
Roteiro de Libertação
Declaração de Origem
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