quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

A inveja

A inveja

(Espírito Anônimo)


Rogo a proteção Divina para todos nós e mais particularmente para mim, necessitado que sou.

Já conheceis muitos depoimentos, daqueles que retomam do além-túmulo para confessar-se, objetivando instruir-vos nas diretrizes da vida espiritual.

Hoje sereis surpreendidos por uma narração que fugirá, certamente, a craveira habitual. Desejo reportar-me a inveja — essa arma insidiosa de que se utilizam os fracos.

A inveja é a matriz de inúmeros males, mentora de muitas desordens, alicerce de incontáveis desventuras.

Discreta, incomodamente, tem sido deixada a margem pelos expositores das verdades evangélicas. Sutil como é, passa despercebida, embora maliciosa, comparável a vapor deletério que intoxica todo aquele que lhe padece a presença, espalhando miasma em derredor.

Hábil, consegue travestir-se de ciúme exacerbado, quando não o faz como arrogância vingadora ou aparenta na condição de humildade, sempre perniciosa, ou se disfarça como orgulho prepotente.

A inveja, além dos males psíquicos que produz, em razão dos pensamentos negativos que dirige contra outrem, proporciona, simultaneamente, graves prejuízos morais aquele que dela se empesta.

A inveja é capaz de caluniar, investindo contra uma vida com uma frase dúbia, na qual consegue infamar o mais puro caráter. Soez, transmuda palavras e infiltra doestos perniciosos; vê o que lhe apraz e realiza conforme lhe parece lucrar.

Consequentemente, o invejoso é um peso infeliz na comunidade humana, porque débil moral, adapta-se, amolda-se, é venenoso na bajulação e terrível na agressividade...

Posso falar com muita autoridade sobre o assunto, porque tenho sido o protótipo vítima da inveja que cultivei, desde quando na Terra...

Espírito infeliz, egoísta, a minha vida foi assinalada por largos voos da inveja, do despeito e da malquerença. Ególatra, procurava superar os valores alheios através da ambição desmedida, sempre encontrando o de que invejar. Ao atingir as praias da Vida Espiritual, surpreendendo-me com uma consciência pesada pela carga de mil loucuras, numa vida completamente perdida, fui colhido pela rede da minha própria loucura: a inveja!

Nas primeiras vezes em que aqui estive, ao ver-vos, ao acompanhar o desdobramento da Obra de caridade cristã e dedicação evangélica, ao invés de permitir-me tocar o espírito insensível, mais açularam-me as qualidades negativas, fazendo-me odiar-vos.

A arma do invejoso é o ódio desenfreado, mortífero. Na impossibilidade de valorizar o trabalho que fazeis em nome de Jesus, procurei inspirar em muitos o despeito e a mágoa, a raiva e a imponderação, a palavra ácida e a acusação mordaz, a fim de realizar-me e afligir-vos. (*)

(*) Muitos incidentes infelizes, que ocorrem em incontáveis Instituições de beneficência, têm origem no Mundo Espiritual... São-nos permitidos pelos Mentores Desencarnados a fim de nos facultarem o treino e o exercício nas virtudes cristãs.

A Alma generosa que vos comanda, pacientemente me lecionou as palavras austeras e nobres da humildade e do amor. (**)

(**) A Entidade refere-se ao Espírito Joanna de Ângelis, abnegada Instrutora da nossa Casa.

Devotadamente, fez-me matricular na escola do otimismo e facultou-me o material da esperança com que eu pudesse modificar a ondulação defeituosa das minhas observações odientas.

Não tem sido fácil esta tarefa de reeducação. Aqui tenho aprendido lições que me hão valido muito; desprendimentos de uns, simplicidade de outros, confiança de muitos e não obstante a deficiência que há em cada um, sempre menor do que as minhas imensas mazelas, com todos venho aprendendo a respeitar, porquanto o invejoso não considera ninguém, padecendo despeito de todos, a todos apedrejando, maldizendo...

Estou no exercício para querer estimar, conseguir amizade e plantar no coração o que muitos chamam amor, mas que ao ególatra constitui um fardo pesado, tenebroso, difícil de carregar.

Sim, o espírito invejoso, percebo que do lado de cá há muitas vítimas dessa epidemia moral — odeia, persegue, porque, tendo ciúme da felicidade alheia corrói-se pela inveja da felicidade dos demais.

Acautelai-vos contra eles, orai por eles, ponde-vos vigilantes em relação a eles. Os que apresentam recalques entre os homens, os que cultivam complexos de inferioridade, no fundo são Espíritos invejosos, malévolos, insidiosos, infelizes, pois somente quem é desventurado se compraz na desventura alheia...

Com estas minhas palavras, que talvez vos surpreendam, saberdes que éreis odiados por alguém que vos invejava a esperança, a alegria do trabalho, — eu desejo que me perdoeis, mas, rogo que vos acauteleis, porque os desencarnados, como dizeis, são as almas dos homens da Terra, e, aqui, cada um continua totalmente como era, apenas desprovido das manifestações fisiológicas que cessaram na tumba.

... E espalhai a largueza da generosidade, difundi a amplitude da gentileza, ampliai os horizontes imensos da caridade, porque as mãos que esparzem rosas sempre ficam impregnadas de perfume... Como é ditoso oferecer-se rosas muito melhor seria tirar-lhes, também, os espinhos, como os cardos do caminho por onde transitam incautos pés.

Que Deus vos abençoe e se apiade dos invejosos!

Espírito Anônimo por Divaldo Franco do livro:
Depoimentos Vivos

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