Kardec, o codificador
Vianna de Carvalho
Guerreiros e heróis passaram pela História em caudais de sangue e desespero, erguendo impérios grandiosos que se esboroaram depois.
Famílias beligerantes, aliciadas com a nobreza de todos os tempos, ergueram cidades famosas que os tempos venceram.
Conquistadores e reis engalanaram-se com os despojos dos povos vencidos, construindo impérios que se esfacelaram...
E deles nada resta que não esteja enegrecido pela fuligem dos tempos, batido pela voz lamentosa do vento, testemunhando a vacuidade das glórias temporárias. Muitos dos seus monumentos e templos, sepulcros e altares, aparecem hoje desfigurados e carcomidos pela volúpia dos séculos.
Átila, o huno, considerado o “terror de Deus”, depois de inomináveis carnificinas, experimenta a agonia da desencarnação, deixando desagregadas suas terríveis legiões bárbaras...
Alarico, o visigodo, depois de invadir a Trácia, dominar a Grécia e apoderar-se de Roma, avançando em direção à Itália Meridional sedento de novas conquistas, morre, logo depois, às margens do Busanto, sob cujas águas foi sepulto...
Gêngis Cã, o conquistador mongol, que afirmava ter recebido da divindade a missão de conquistar o mundo, após estender o seu império desde o mar da China até às margens do Dniéper e matar quase cinco milhões de pessoas, sucumbe, após sangrenta batalha em Pequim, no fastígio do poder...
Tamerlão, o fundador do segundo império mongol, vencedor da Ásia e da Europa, após atrocidades indescritíveis, desaparece na voragem da própria alucinação, odiado e vencido...
Os Bórgias e os Médicis, os Habsbourgs e os Bourbons que dominaram a Europa manejando o punhal como a intriga, o veneno como o ódio, foram igualmente tragados na volúpia da insensatez, vencidos pela própria animosidade...
Mary, a sanguinária, ou Isabel, a virgem, e todos os grandes condutores de Impérios, embora os laureis com que se cobriram, não puderam vencer a inapelável imposição da vida: a desencarnação.
... E Godofredo de Bulhões, Frederico Barba Roxa, Ricardo Coração de Leão, Filipe Augusto, Simão de Montfort, Estevão de Vendome, Nicolau de Colonia e quase todos os Cruzados da nobreza, que se aventuraram nas lutas pela conquista de Jerusalém, mais por amor aos haveres dos pagãos e às glórias temporárias do que por fidelidade a Jesus, foram vencidos pelo tempo, partindo da Terra em lamentáveis condições...
No entanto, todos quanto permutaram o cetro do poder pela cana singela da humildade, os sólios grandiosos pelas palhas da pobreza, como o fez o “pobrezinho de Assis”, legaram à posteridade um tesouro de esperança e luz, como marcos indeléveis da sua passagem pelo Mundo.
Felizmente, à época do desequilíbrio das Instituições, na sociedade passada, em França, a Terra recebeu de Allan Kardec — o excelente embaixador dos Céus — a formosa mensagem da Codificação Espírita que traça roteiros novos para o espírito humano, numa hora de amargura para os povos e de crepúsculo para a verdade.
E agora, quando a Tecnologia favorece o conforto e a Ética se perverte para atender aos impositivos de uma sociedade em soçobro, recordamos os vencedores-vencidos de ontem, para conclamar os que se demoram fieis ao roteiro do Evangelho a que prossigam dignos e intimoratos, embora nem sempre o consenso humano lhes chegue aos ouvidos em forma de lenitivo e apoio.
Recordando o passamento do mestre lionês, que estabeleceu em linhas firmes as diretrizes sublimes das Leis de Deus, respeitamos, no Espiritismo, a pedra angular do edifício do futuro, onde se
erguerá a Catedral da Luz, sob a inspiração de Jesus Cristo que,
Vivo e Atuante de braços abertos, consolando a aflição, instalará,
na Terra, o esperado Reino de Deus.
Vianna de Carvalho por Divaldo Franco do livro:
Crestomatia da imortalidade
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