Instruções claras
Batuíra
“... se vossa linguagem não se exprime em palavras inteligíveis, como se há de compreender o que dizeis? Estareis falando ao vento.” (1ª Epístola aos Coríntios, capítulo 14º, versículo 9)
Examinemos a clareza e a direção, o modo e a firmeza das palavras, antes de pronunciá-las. Em quase todos os lugares, observamos o vozerio que dá notícias do serviço a fazer, mas não demonstra caminhos compreensíveis e prudentes.
Podemos dizer que o operário do Evangelho é o porta-voz do Cristo, e dele devemos esperar avisos salutares e seguros que espalhem benefícios infinitos.
Ao nos reunirmos a serviço da organização da Casa Espírita, façamos o possível para sermos compreendidos. Estimulemos perguntas e encorajemos discussões sobre as dúvidas comuns, a fim de garantirmos amplo entendimento.
O quadro de seareiros provavelmente poderá hesitar em pedir algum esclarecimento mais pormenorizado. Afinal de contas, por inibição ou timidez, nem todos se acham descontraídos e receptivos.
Na maioria dos núcleos espíritas deparamo-nos com trabalhadores iniciantes que duvidam de sua capacidade e vibram com uma fé acanhada e vacilante.
Desenvolvamos com o pessoal em ação um tipo de relacionamento fraterno que os deixe à vontade, evitando igualmente tratá-los com superioridade em qualquer situação.
Levemos em conta que mais de uma conversa pode ser necessária para esclarecer seguramente a todos.
Não fiquemos indignados com os outros por não compreenderem logo de imediato as orientações. Talvez nós mesmos não estejamos conseguindo nos comunicar claramente.
Os aprendizes do Evangelho merecem todo o cuidado e fortalecimento nos primeiros passos na Doutrina. Sabemos que muitos se encontram decididos a servir na seara de redenção; no entanto, é bom lembrar que dar instrução e apoio é um processo contínuo: não acontece vez ou outra apenas, mas sempre, para que nos afinemos em sentimento, pensamento e ideal.
Ao fazermos perguntas iniciadas por: para que, por que, quando, onde, quem e como, os componentes da equipe em reunião terão ensejo de respondê-las uns diante dos outros, com isso beneficiando-se mutuamente.
Assim, por intermédio da associação de pensamentos e da troca de ideias, a semeadura crescerá, dando frutos imediatos.
É imprescindível vigiar a palavra, porque o verbo claro renova, modifica, cria e revigora, não só quem o emite, mas também quem o recebe.
Quem fala, semeia algo no terreno da alma, e quem comanda ou dirige está fortalecendo a semeadura.
Portanto, anotemos regras básicas de conversação inteligível em nossas reuniões:
Inicie dizendo a finalidade em pauta;
Respeite o grau de entendimento dos outros;
Simplifique suas idéias;
Aceite comentários não relacionados ao assunto e use-os para chegar à finalidade proposta;
Utilize vocabulário acessível a todos os participantes.
Em muitos lugares surgem multidões que se servem de expressões não apropriadas; nós, porém, não somos convocados a usar o verbo como se falássemos ao vento. Em todos os acontecimentos, ao usá-lo, recordemo-nos do Cristo ao advertir: “o que sai da boca procede do coração, e isso contamina o homem”.
- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles, a razão e a universalidade.
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