Caridade de Jesus
Fabiano de Cristo
Muitas pessoas se escusam de praticar a abençoada virtude da caridade, justificando-se ausência ou escassez de recursos materiais, através dos quais somente poderiam auxiliar.
Asseveram encontrar-se em carência econômica e quase em indigência, o que lhes constitui motivo de aflição.
Pensam, ou fazem crer, que a caridade é somente a doação de valores amoedados, de contribuições financeiras, esquecendo-se do sentido e do significado real da celeste virtude.
A caridade transcende à doação de coisas ou de moedas, embora essas expressões tenham grande valor para quem as oferece tanto quanto para aquele que as recebe.
O ideal seria transformá-las em salário digno, que enriquece de honradez o necessitado, que deixa de depender para transformar-se em colaborador.
A caridade é luz mirífica a brilhar sem termo na sombra dos sofrimentos humanos, de todos os sofrimentos, luarizando-os.
É o amor que se expande e se santifica, abençoando o charco, que se veste de flores e o deserto, que se transforma em pomar.
Saulo era rico. No entanto, fiel à Lei Antiga, deixou-se arrastar pela soberba e fez-se revel. Amparado pela caridade de Jesus, transformou-se e, pobre de dinheiro, distribuiu a luz da vida eterna por onde passou, enriquecendo todas as vidas que dele se acercaram.
Francisco Bernardone, esbanjando a fortuna do genitor, era trovador da futilidade. Todavia, convidado pela caridade de Jesus, empobreceu-se para enriquecer a Humanidade com amor e alegria.
Léon Tolstói, possuidor de sólida fortuna, recebeu a caridade de Jesus e repartiu os bens transitórios para melhor servir ao ideal da igualdade humana.
Gandhi, conseguindo amealhar moedas através da sua banca de advocacia, foi bafejado pela caridade de Jesus e tornou-se rico de não violência, libertando centenas de milhões de vidas que estorcegavam sob os camartelos da sujeição escravocrata imposta pelo estrangeiro.
Todos eles, e inumeráveis outros, empobreceram-se para servir à caridade, porquanto, ricos, não tinham o que doar, iluminando as paisagens escuras de vidas incontáveis, que se tornaram livres.
A caridade nunca se cansa e jamais aguarda recompensa. É alegre e simples, contentando-se em amar e erguer os combalidos, ao mesmo tempo irisando os países das almas com a esperança após as tempestades rudes.
Toda vez que o amor se compadece e se dispõe a servir, a caridade desata o perfume da sua presença e modifica o quadro de aflição.
A caridade se apresenta sutil, tornando-se forte e transformadora em razão de estruturar-se no amor de Deus.
Caridade sempre, sem recriminação nem impaciência.
Caridade em todos os momentos, porquanto ela tem cabimento em todas as circunstâncias.
Sem a caridade do Pai a vida pereceria e a esperança murcharia nas almas abrindo espaços para a desolação.
Caridade e vida, portanto, são termos da equação do amor.
Jesus, que é o Governador da Terra, para erguer as criaturas à gloria estelar, tornou-se pobre e viveu sem atavios, como exemplo máximo da caridade, a fim de que todos aqueles que O conhecem, sigam as Suas pegadas ajudando e ajudando-se com a iluminação interior do amor que é a alma da caridade.
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- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles, a razão e a universalidade.
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