quarta-feira, 6 de setembro de 2023

A gratidão como recurso para a aquisição da paz

A gratidão como recurso para a aquisição da paz

Joanna de Ângelis


Uma existência sem a presença de um significado psicológico é vazia e destituída de motivação para ser experienciada, e nenhum ser humano a suporta, e, quando nela se movimenta, normalmente naufraga na busca de soluções que não possuem conteúdos libertadores.

O Espírito foi criado para alcançar o infinito e possuir a sabedoria superior que o transforma em arcanjo...

A caminhada, às vezes dolorosa, pela escola terrestre faz lembrar o diamante bruto que é submetido à remoção da ganga, a fim de poder brilhar como uma estrela em que se transforma.

Nas vidas vazias, aquelas que não têm objetivos psicológicos, há muito espaço para a inquietação e a desconfiança, o autodesprezo e o ressentimento, o acolhimento dos transtornos da emoção e dos desequilíbrios da mente, pela ausência de significado existencial.

Essa ocorrência é facilmente identificada nos indivíduos solitários ou não, sempre caracterizados por imensa necessidade de conquistar coisas externas e de projetar a imagem, porque o ser real encontra-se incompleto, inseguro, sem estímulo para continuar a jornada.

Premidos pelas circunstâncias amargas a prosseguirem no veículo físico, buscam os jogos dos prazeres exaustivos ou partem para as experiências perigosas a que submetem o Self, em desafios que quase sempre resultam em fracassos, quando não em mortes destituídas de dignidade. Entre eles encontram-se alguns dos desportistas radicais, que pretendem chamar a atenção para a coragem, que bem pode significar desamor à existência e zombaria ao bom senso e à precaução; ou, sob a ação exasperada da adrenalina, esquecem-se de si mesmos, transferindo-se para o aplauso em que se irão destacar, demonstrando aos demais a sua superioridade.

Igualmente se entregam a competições nas quais pretendem sempre ultrapassar os limites anteriores, como novos deuses, dominados pelos mitos das personagens de quadrinhos, que se transformam em heróis do absurdo, revivendo aqueloutros adormecidos no recesso do inconsciente coletivo...

O ser humano saudável é cauto, vivendo dentro dos padrões éticos que conferem o bem-estar e a alegria existencial. A sua coragem não é medida pelo destemor e pela busca do perigo, mas pela resistência que oferece às circunstâncias perturbadoras, permanecendo sempre digno e lutando tranquilo.

Sente-se afortunado pela harmonia de que desfruta no eixo emoção/psique e no apoio aos equipamentos físicos de que se utiliza para o crescimento interior e para a vitória sobre as heranças prejudiciais que lhe permanecem no comportamento.

Em razão da harmonia que vibra na sua existência, é rico de alegria e de objetivos edificantes, proporcionando-se satisfação pela oportunidade que desfruta, igualmente contribuindo em favor da comunidade onde se encontra, a fim de torná-la sempre melhor.

O sentimento de gratidão é-lhe uma condição natural, pois que sabe valorizar tudo quanto lhe chega, sendo abençoado pelas facilidades ou mediante os sofrimentos que, eventualmente, o alcançam. Isso porque o bem-estar não se restringe apenas às questões agradáveis e proporcionadoras de júbilo, mas também àquelas de preocupação e de análise das variadas conjunturas do processo humano em desenvolvimento.

O apóstolo Paulo, por exemplo, afirmava que se comportava da mesma forma, quer estivesse coroado de alegrias, quer experimentasse o cárcere e a provação... Isso porque o sentido psicológico da sua vida era servir a Jesus, e onde se encontrasse, conforme estivesse nada lhe constituía impedimento para prosseguir na vivência do seu significado emocional. Na alegria, demonstrava gratidão pelas bênçãos, e na dor, ainda agradecia por poder confirmar a grandeza da sua fé e da sua entrega.

Quem somente espera frutos saudáveis da árvore da vida ainda não aprendeu a viver, desconhecendo que as ocorrências variadas, todas elas, fazem parte do esquema existencial.

Pessoas existem que nem sequer agradecem as dádivas que lhes são oferecidas, permanecendo sempre queixosas, insatisfeitas, insaciáveis, porque é baixa a sua capacidade de autoestima, dessa maneira fugindo para a situação egotista. Outras sempre agradecem todas as alegrias que fruem, mas se olvidam de expressar a gratidão ante os embaraços que não sucederam, os insucessos que não aconteceram... E outras ainda existem que sabem agradecer a alegria que vivenciam, as dificuldades que não se tornaram impedimento às realizações edificantes e as dores que as alcançam, elucidando que tal acontecimento encontra-se incurso na lei de causa e efeito, porquanto somente lhes acontece o que é de melhor para o seu processo de evolução. Assim procedem porque sabem da justiça que se encontra embutida em todos os mecanismos do desenvolvimento espiritual e moral de cada um.

Quando se aprender a agradecer e a louvar, certamente a saúde integral se constituirá o resultado feliz do fenômeno agradável do júbilo presente em todas as situações existenciais trabalhando a elevação do ser.

Nessa compreensão, lentamente o eixo ego/Self faculta, a unidade sem choque, a harmonia que deve existir no processo da recuperação decorrente da anterior fissão da psique...

Certamente se trata de uma batalha silenciosa, significativa, no entanto rica de aprendizagem e descobertas, porque se vai ao mais profundo dos sentimentos, a fim de avaliar o sentido e o significado psicológico da vida física.

Assim procedendo, encontra-se a maturidade emocional, aquela que auxilia o discernimento a respeito de tudo quanto se pode e se deve realizar, em detrimento do que se pode, mas não se deve fazer, ou se deve, mas não é lícito executar.

A expressiva maioria das criaturas vive de tal maneira automaticamente que nem sequer se apercebe dos mecanismos existenciais, das possibilidades de desenvolvimento da inteligência e dos sentimentos, tornando a jornada um encantamento no qual as experiências de auto iluminação multiplicam-se, toda vez que os acontecimentos são bem-administrados. Não existem pessoas privilegiadas, nem mesmo aquelas que parecem totalmente felizes, porquanto o trânsito carnal é recurso de que se utiliza a Divindade, a fim de permitir o desenvolvimento dos valores adormecidos no cerne do ser.

Em consequência, deve-se viver atentamente, observando-se tudo aquilo que acontece durante a jornada humana, amealhando simpatia e solidariedade, afeição e renúncia aos impositivos do ego, na incessante busca da plenitude.

Somente aquele que luta e se aprimora consegue a superação dos vícios, dos arquétipos inquietadores que procedem do passado.

Viver, portanto, na Terra, é uma excelente ocasião de avançar no rumo da imortalidade feliz.

Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro:
Psicologia da Gratidão

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