Aos médiuns principiantes
João Cléofas
Desejando cooperar com os instrutores Espirituais, no ministério da mediunidade enobrecida, não descureis da parte que vos diz respeito, certamente a mais importante.
Sem o empenho consciente para a aquisição do próprio equilíbrio, mui difícil se tomará a realização das tarefas que se apresentam desafiadoras. Todavia, para lograr a harmonia, o estudo sistemático da Doutrina Espírita e o exercício do bem, conforme, as leis morais que regem a vida, tornam-se de alta valia.
O estudo oferece o conhecimento das leis que estabelecem a ordem e a harmonia, ao mesmo tempo elucida quanto ao mecanismo de que se constituem as relações entre os encarnados e os desencarnados.
O exercício do bem - favorecer a educação dos sentimentos, - desenvolvendo as faculdades morais que, por sua vez, permitem mais valioso intercâmbio, caracterizando-o pela qualidade superior do seu conteúdo.
O aprendiz da mediunidade deve ser dócil à voz e ao comando dos Espíritos Superiores, através de cuja ductilidade consegue vencer-se, corrigindo os desvios da vontade viciada, adaptando os seus desejos e aspirações aos interesses relevantes que promovem a criatura humana, domiciliada ou não no plano físico, meta precípua do compromisso socorrista a que candidata a mediunidade.
O estudo renova os clichês mentais ensejando visão feliz dos quadros da existência que se assinala de esperança e otimismo.
A boa leitura propõe a empatia, ao mesmo tempo colore e ilumina as torpes situações com lúculas de amanheceres felizes. Faculta a reflexão, donde se recolhem proficientes resultados e estímulos radiosos para o tentame feliz da consciência.
O exercício do bem promove o Espírito, dilatando-lhe a compreensão em torno da divina justiça a revelar-se nas soberanas leis que alcançam todos aqueles que as ludibriaram, convocando cada um ao justo refazimento em ocasião própria.
Se sois candidato ao labor enobrecido da mediunidade e desejais servir com abnegação, fazei da prece uma ação constante e do trabalho edificante a vossa oração libertadora.
Cultivai a brandura, por cujo cometimento conseguireis gerar simpatias em torno dos passos.
Evitai o desalento quanto, á presunção, que são inimigos lúridos, a corroerem o metal da alma, desarticulando as engrenagens psíquicas imprescindíveis ao labor a que desejais ser fiel.
Retirai sempre de qualquer circunstância ou comentário o lado melhor, a parte boa, de modo a aprenderdes filtrar os valores bons, mesmo quando ocultos ou mesclados na ganga das paixões dissolventes.
Aprendei o comedimento, selecionando o que podeis e devereis dizer, porquanto o bom médium não é apenas aquele que recebe os comunicados com perfeita sintonia, e sim, os que abstraem, por seleção automática e natural, as questões deprimentes e perniciosas como médium que se faz bom para o bem geral.
A Humanidade sempre esteve a braços com bons médiuns, no sentido de portadores de faculdades estuantes e potentes, mas Jesus prossegue aguardando os médiuns bons para o serviço da caridade fraternal e da elevação do espírito humano às cumeadas do progresso e da harmonia.
- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles, a razão e a universalidade.
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